Cidades

COMBATE

Oito focos continuam ativos devido às intensas mudanças climáticas no Pantanal

Com umidade entre 10% e 30% e temperatura média de 35ºC, os incêndios florestais no bioma voltaram e, nesta quinta-feira (1º), quase 60 mil hectares foram queimados

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Segundo boletim diário divulgado nesta sexta-feira (02), os incêndios florestais no Pantanal realmente se intensificaram nos últimos dias, devido às mudanças climáticas na região, e oito focos continuam ativos. Ainda, somente nesta quinta-feira (1º), o bioma teve uma área de 60 mil hectares queimados, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa-UFRJ).

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Mato Grosso do Sul (Cemtec), a região apresenta umidade entre 10% e 30% e temperatura média de 35ºC, o que facilita a propagação das queimadas no bioma pantaneiro. Ademais, a previsão é que os focos continuem ativos pelos próximos dois meses (agosto e setembro).

“Entre agosto e setembro ocorrem os maiores incêndios florestais e as condições previstas são favoráveis para o fogo. Até outubro a região pantaneira e sudoeste está em alerta e as demais em atenção e observação”, reforçou a meteorologista Valesca Fernandes, coordenadora do Cemtec.

No informativo de hoje da Operação Pantanal, foi divulgado que os militares estão concentrados nas áreas próximas da fazenda Tupaceretã e Porto do Ciríaco – na região da Nhecolândia –, região do Abobral, Rio Verde, divisa do Estado com a Bolívia, Porto da Manga, Albuquerque e área de adestramento do Rabicho.

Ainda, os dois principais focos, que estão localizados na região da Nhecolândia e na fronteira com a Bolívia, estão mobilizando 34 bombeiros, devido à gravidade da situação na região. Além disso, ambas as zonas são de difícil acesso e o clima adverso também prejudica o trabalho dos militares. 

“Nós estamos na região de Aquidauana, para traçar algumas estratégias e auxiliar as equipes em campo. As condições climáticas deram uma piorada, as rajadas de vento estão bastante altas na região fazendo com que o fogo avance”, disse José Carlos Herculano, tenente do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS).

Segundo o Lasa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, somente nesta quinta-feira, o bioma teve uma área de 59,4 mil hectares queimados, o pior dia do ano para o Pantanal. Ao todo, a floresta teve 758 mil hectares devastados em 2024, cerca de 7,78% da extensão total do bioma.

Ajuda sergipana e do clima

Nesta quinta-feira (1º), o governo anunciou, durante live da “Operação Pantanal”, com o boletim semanal de informações da ação, que o Pantanal vai receber 13 bombeiros de Sergipe, a partir da próxima semana (07). Além destes, outros 607 bombeiros, 279 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 79 militares da Força Nacional têm ajudado no combate aos incêndios.

“Estamos recebendo reforços de corporações e da Força Nacional. Já temos em combate bombeiros de Goiás e do Paraná e mais 13 militares do Sergipe vão vir para o Estado executar combate. O período vai ser longo, estamos no começo de agosto e a estiagem está prometendo mais trabalho no bioma”, disse a diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, tenente-coronel Tatiane Inoue.

Segundo Valesca Fernandes, apesar da baixa probabilidade de chuvas para o Pantanal, a frente fria trará um aumento de nebulosidade e queda nas temperaturas. “Há probabilidade de chegada de uma frente fria, entre 7 e 9 de agosto, que favorece o aumento da nebulosidade, leva queda nas temperaturas e pequena chance de chuva em Porto Murtinho”, disse Valesca.

Mobilização

Profissionais

  • 268 das Forças Armadas
  • 344 do Ibama e ICMBio
  • 72 da Força Nacional de Segurança Pública
  • 16 do MS e PF
  • 13 Bombeiros de Sergipe (a partir da próxima semana)

Aeronaves:

  • 4 aviões
  • 3 helicópteros do Ibama e ICMBio
  • 2 aviões e 7 helicópteros das Forças Armadas

Embarcações

  • 22 das Forças Armadas
  • 7 do Ibama e ICMBio
  • 1 da PF

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Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

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O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

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Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

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Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

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