Silvia Tada
O pai de Luiz Eduardo Martins Gonçalves, o Dudu, Roberto Gonçalves, tem planos para homenagear o filho, que foi enterrado, ontem, após 980 dias de espera. Logo após o sepultamento, o homem agradeceu a Deus, à polícia, à Justiça e à imprensa pelo desfecho do caso e anunciou que pretende fazer, em sua casa, no Jardim das Hortênsias, algo para homenagear a criança, que foi morta por espancamento no dia 22 de dezembro de 2007.
O corpo do menino não foi localizado após o crime, o que levou a família a mobilizar a sociedade em busca de informações sobre o paradeiro da criança. Mais tarde, ficou constatado que o Dudu havia sido assassinado e enterrado. Dias depois, o corpo foi retirado do primeiro local, esquartejado e queimado, sendo enterrado novamente pelos autores do crime – duas pessoas foram condenadas e cumprem pena em regime fechado, enquanto três adolescentes cumpriram medidas socioeducativas e estão livres.
Enterro
Ontem pela manhã, os pais, Eliane e Roberto, receberam da Justiça o caixão contendo a ossada encontrada no local indicado pelos autores. O velório foi feito na casa do pai e, às 14h30min, aconteceu o sepultamento, acompanhado por cerca de 40 pessoas, entre familiares e vizinhos. Junto ao caixão foi depositado um cartaz com a foto de Dudu, utilizado durante as buscas pelo menino.
“Nada mais vai trazer ele de volta, mas estará presente em nossos corações. Justiça foi feita e graças a Deus tivemos muito apoio, sempre fomos bem recebidos nos locais que procuramos ajuda, o que fez com que tivéssemos esperança e o caso não caísse no esquecimento”, disse Roberto Gonçalves.
Anteontem, o último acusado de participação no crime, Holly Lee de Souza, foi condenado a 24 anos e 10 meses de reclusão. Em março, o acusado de ser mandante do crime, José Aparecido Bispo da Silva, já havia sido sentenciado a 26 anos de prisão.