Cidades

REVIVA CAMPO GRANDE

Otimismo está de volta à 14 de Julho, principal via comercial da cidade

Revitalização anima empresários, que já falam em alta nas vendas

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Em um período de 18 meses, o comércio da Rua 14 de Julho, no centro de Campo Grande, foi do pessimismo ao otimismo. A virada de perspectiva para os empresários da principal rua comercial da Capital tem um motivo: as obras de revitalização do programa Reviva Centro. Na semana da inauguração, a expectativa é de mais movimento na região. 

Comerciantes já projetam aumento nas vendas e mudanças na fachada das lojas, para não destoar da profunda transformação por qual a via passou. A gerente da loja Prisma Cosméticos, Sirlei Mariotti, 46 anos, afirma que as pessoas estão mais animadas em ir à região central. “Desde que abriram as ruas, tem mais gente e elas parecem animadas com essa ‘cara nova’ do Centro. Hoje já tem muito mais gente, mas, depois que inaugurar, esperamos mais ainda. Acredito que tanto em dezembro quanto no ano que vem as pessoas estarão curiosas para conhecer, até mesmo pessoas do interior do Estado virão. Teremos uma mudança na economia da cidade, porque Campo Grande estava muito atrás até mesmo de cidades do interior de outros estados, que já tem calçadões. Ano que vem daremos uma repaginada na cara da loja também. Os lojistas não tem do que reclamar, a rua está 100% melhor”, afirmou.

Para o vendedor da Ótica Campo Grande Marcos Antônio Fontes, 44 anos, que trabalha há 30 anos no comércio, o movimento de pessoas já aumentou. “Este mês o pessoal começou a vir mais ao Centro. Nossa expectativa é que, após a inauguração da 14, teremos um movimento ainda maior”.

Para a gerente da Megajeans, Ninfa Fernandes, 41, que trabalha há 20 anos no comércio, a expectativa é de um desempenho melhor nas vendas. “A nova estrutura da 14 de Julho está muito bonita , mas o movimento ainda não voltou a crescer. Em dezembro, a gente espera que o movimento e as vendas devem melhorar. Sem dúvidas será um retorno em longo prazo”, informou.

A vendedora da Lelis Modas, Taynara Frois, 22, disse que já percebeu um  retorno de clientes. “Esperamos um movimento maior agora após a inauguração da rua, mas hoje já percebemos que algumas clientes voltaram a frequentar a loja. E em dezembro a gente sempre espera uma melhora nas vendas”.

A gerente da loja de calçados Passaletti, Mayara Malaquias, 30, destaca que com as calçadas mais largas mais gente transita pelo local. “Já estamos reformando uma das lojas e ano que vem vamos reformar esta outra unidade. Estamos com muitas expectativas positivas, esperando uma lucratividade maior”, considerou.

NECESSÁRIA

Lançada no dia 15 de maio de 2018, a revitalização da principal via comercial do centro de Campo Grande estava no papel há mais de uma década.  De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), João Carlos Polidoro, a obra era necessária, pois a região central estava decadente, perdendo espaço para os bairros e shop­pings. “Já podemos observar mais atrativos no Centro.

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos empresários, que viram o faturamento despencar em função dos transtornos no início da obra, o Centro continua sendo uma opção para quem quer empreender. Vimos algumas lojas fecharem e novas empresas se estabelecerem, trazendo conceitos diferentes, com grande expectativa para o que o Centro promete se tornar”.

Projeto de revitalização da Rua 14 de Julho, a primeira etapa do Reviva Centro levou 18 meses para ser concluída. 
A inauguração será nesta sexta-feira

Pesquisa

Wolbachia reduziu mais de 60% dos casos de dengue em Campo Grande

O cientista brasileiro criador do "bloqueador da dengue", Luciano Andrade Moreira, foi escolhido pela revista Nature como uma das 10 pessoas que moldaram a ciência em 2025

08/12/2025 18h00

Casos de dengue reduzem em MS

Casos de dengue reduzem em MS Divulgação

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Um estudo conduzido pela Fiocruz juntamente com as universidades de Yale, Stanford, Johns Hopkins, de São Paulo (USP) e Monash University, na Austrália, pelo World Mosquito Program (WMP) e pelas secretarias Municipal de Saúde de Campo Grande e Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, divulgaram uma análise detalhada da soltura em massa dos mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia para frear os casos de dengue em Campo Grande. 

Os resultados da análise mostraram uma redução de 63,2% em 2024 na incidência da doença em áreas onde a Wolbachia atingiu níveis estáveis na população de mosquitos, após a soltura entre 2020 e 2023. 

A liberação dos mosquitos com a bactéria foi realizada de forma contínua pelos três anos, abrangendo seis grandes zonas urbanas e totalizando mais de 100 milhões de insetos liberados. 

A técnica introduz a bactéria Wolbachia, que já é comum em cerca de 60% dos insetos, no mosquito Aedes aegypti. A presença dessa bactéria dificulta a proliferação do vírus dentro do mosquito, o que diminui a sua capacidade de transmitir doenças. 

No ano de 2024, a prevalência média da bactéria nos mosquitos era de 86,4%. Quase 90% das áreas monitoradas alcançaram prevalência igual ou superior a 60%, considerado indicador de estabilidade. 

Ao todo, foram monitoradas as 1.677 ovitrampas distribuídas pela cidade, o que permitiu o acompanhamento do avanço da Wolbachia a cada mês. 

A análise da série histórica de casos de dengue, que começaram a ser monitorados em 2008, mostrou que, após a intervenção da bactéria, a cidade deixou de sofrer grandes surtos como os observados antes da intervenção. 

Antes da implementação, os casos anuais frequentes ultrapassavam 4.700 registros. Nos anos seguintes, os números se estabilizaram em números menores: 

  • Em 2021: 410 casos
  • Em 2022: 8.045 casos
  • Em 2023: 11.406 casos
  • Em 2024 (até setembro): 605 casos

Atualmente, foram confirmados 8.372 casos de dengue em Mato Grosso do Sul até a última sexta-feira (5).

Foram confirmadas 18 mortes em decorrência da doença e outras 7 estão em investigação. 

Esse número é 60% menor que o número de mortes registrado no mesmo período referente ao ano passado, quando o Estado já contabilizava 30 óbitos confirmados. 

O número também é menor que o registrado no mesmo período em 2023, quando foram registrados 43 óbitos pela doença. Em 2022, foram 24 mortes na janela de tempo. 

Além disso, no mesmo período, foram notificados 8 mil casos a menos de janeiro a outubro deste ano com relação ao mesmo período no ano passado. 

O método

O projeto de liberação dos mosquitos do Aedes aegypti com a bactéria da Wolbachia espalhou pelas sete regiões de Campo Grande 102 milhões de mosquitos.

De acordo com o World Mosquito Program (WMP), responsável por implementar o método em Campo Grande,  a prevalência da Wolbachia na população de mosquitos na Capital aumentou constantemente, sendo que em algumas áreas à prevalência deste inseto que impede a fecundação dos ovos do mosquito da dengue varia de 70% a 100%.

Ao longo das liberações, que aconteceram em seis etapas, mais de 2,5kg de ovos de mosquitos foram eliminados, segundo a WMP. As fases realizadas do projeto atingiram aproximadamente 130 mil pessoas por fase. 

Além da liberação dos mosquitos nos bairros, a pesquisa também desenvolveu outros métodos, como a iniciativa “Wolbito em casa” e a instalação de uma biofábrica na sede do Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), para produzir milhões de mosquitos com a bactéria Wolbachia usados para o enfrentamento da Dengue, Zika e Chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes.

Nature’s 10

O engenheiro agrônomo Luciano Andrade Moreira, cientista estudioso do uso da bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão do vírus da dengue, zika e chikungunya no mosquito Aedes aegypti, foi escolhido pela revista Nature como uma das dez pessoas ao redor do mundo que moldaram a ciência em 2025, configurando na lista “Nature’s 10”. 

A técnica desenvolvida a partir de sua pesquisa em parceria com outros cientistas foi chamada de “Método Wolbachia”, mostrando que os mosquitos portadores da bactéria têm menor probabilidade de contrair os vírus. 

Assim, a aplicação do método pode ser decisiva no controle de doenças. 

Os mosquitos infectados com a bactéria, chamados de wolbitos, ao serem liberados em áreas urbanas se reproduzem com outros Aedes aegypti, reinfectando a bactéria para novas gerações de mosquitos. 


 

TEMPO

Pancada de chuva atinge Campo Grande devido a ciclone que passa pelo Sul do Brasil

Em MS, a atuação indireta de ciclone extratropical pode favorecer a formação de chuvas intensas e tempestades

08/12/2025 17h34

Chuvas intensas estão previstas para todo o Estado durante a semana

Chuvas intensas estão previstas para todo o Estado durante a semana Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O ciclone que está previsto para atingir a região Sul do Brasil começa a fazer efeito nos municípios de Mato Grosso do Sul. Na tarde desta segunda-feira (8), uma pancada de chuva atingiu Campo Grande, acumulando cerca de 10,8 mm e mantendo a temperatura em 22°C, dando um alívio no calor.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (CEMTEC), o aprofundamento rápido de um sistema de baixa pressão atmosférica dará origem a formação de um ciclone extratropical no centro-sul do Brasil.

No Estado, a atuação indireta do ciclone extratropical pode favorecer a formação de chuvas intensas e tempestades, que podem vir acompanhadas de raios e fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo.

Confira os maiores acumulados de chuvas em MS desde a madrugada

Chuvas intensas estão previstas para todo o Estado durante a semana

Como adiantado pelo Correio do Estado, as chuvas, embora irregulares, devem ser de valor excessivo, podendo acumular volumes de 100 a 200 milímetros em setores isolados. As pancadas devem seguir durante toda a semana.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Mato Grosso do Sul está, novamente, em alerta de perigo para chuvas intensas, especialmente na metade norte do Estado.

Previsão do tempo

De acordo com o CEMTEC, o tempo segue com instabilidade durante a terça-feira (9).  A presença de muita nebulosidade favorece a formação de chuva em diversas regiões do Estado, com acumulados que podem superar os 40 mm em 24 horas em alguns pontos. 

Chuvas intensas estão previstas para todo o Estado durante a semanaEscreva a legenda aqui

As regiões Sul, Cone-Sul e Grande Dourados têm previsões de mínimas entre 20-22°C e máximas entre
24-29°C.

As regiões Pantaneira e Sudoeste marcam mínimas entre 21-23°C e máximas entre 25-31°C.

Regiões do Bolsão, Norte e Leste com mínimas entre 21-23°C e máximas entre 24-29°C.

Na Capital, as mínimas serão entre 20-23°C e máximas entre 22-25°C.

Os ventos atuam entre o quadrante norte e oeste com valores entre 40-60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60-80 km/h

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