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PAC perderá quase 30% dos recursos
com bloqueio do Orçamento

PAC perderá quase 30% dos recursos
com bloqueio do Orçamento

FOLHAPRESS

27/07/2017 - 23h00
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O governo anunciou nesta quinta-feira (27) que vai represar um terço dos recursos destinados pelo Orçamento ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), além de R$ 640 milhões previstos para projetos patrocinados por emendas de parlamentares.

Às vésperas da análise pela Câmara dos Deputados da denúncia de corrupção apresentada contra o presidente Michel Temer, o Ministério do Planejamento informou que vai congelar R$ 426 milhões em emendas propostas individualmente por parlamentares e R$ 214 milhões em projetos coletivos, de bancadas.

Essas emendas reúnem projetos e obras nos redutos eleitorais dos parlamentares e representam historicamente objeto de barganha entre congressistas e o Executivo.

No PAC, cujas obras estão prioritariamente no Nordeste, o governo anunciou que congelará R$ 7,47 bilhões -R$ 5,23 bilhões serão represados e outros R$ 2,25 bilhões serão remanejados para outras áreas do governo, incluindo a contratação de carros pipa e a Polícia Rodoviária.

Com isso, o programa que era uma das principais vitrines dos governos do PT está emagrecendo. De uma previsão inicial de quase R$ 37 bilhões em despesas, o PAC tem garantidos pouco menos de R$ 20 bilhões para este ano.

O represamento é parte do esforço feito pelo governo para tentar cumprir a meta estabelecida para este ano, que é reduzir o deficit do Orçamento para R$ 139 bilhões. No período de 12 meses até junho, o rombo acumulado alcançou R$ 183 bilhões.

Para cumprir a meta, além do bloqueio adicional de R$ 5,9 bilhões em despesas, o governo elevou na semana passada a tributação sobre os combustíveis, aumentando alíquotas do PIS e da Cofins.

Apesar de integrantes do governo admitirem reservadamente a possibilidade de discutir a revisão da meta, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta quinta que se trata uma determinação fixada em lei e que, para cumpri-la, o governo está contendo despesas.

Com o anúncio oficial desta quinta, o congelamento total soma R$ 45 bilhões.

Questionado sobre a possibilidade de redução da meta, Oliveira declarou que a equipe econômica "não está fazendo conjecturas" a respeito do tema. "Temos que tratar do ponto de vista dos fatos. O Tesouro recomenda que precisamos fazer um bloqueio de R$ 5,9 bilhões, e estamos buscando receita para esse contingenciamento."

RUÍDO

Oliveira se reuniu nesta quinta com representantes dos ministérios da Integração, das Cidades e da Defesa, que demonstraram preocupação com os projetos que poderão ser suspensos por causa do aperto orçamentário.

Cidades e Defesa são os dois ministérios onde ocorreram os maiores bloqueios em verbas do PAC. Isso tem potencial de gerar ruído nas negociações políticas do governo com o Congresso neste momento, principalmente com parlamentares do Nordeste.

Aos jornalistas, Oliveira afirmou que o represamento não provocará a suspensão das obras. "Em princípio, isso não deve implicar em suspensão imediata de obra nenhuma, uma vez que a perspectiva é de que haja recomposição desses recursos ainda no decorrer do ano", disse.

Ao mesmo tempo em que tenta reduzir o deficit orçamentário neste ano, Oliveira afirmou que o governo está se esforçando para conter despesas com pessoal, mas as medidas em estudos dentro do governo só terão efeitos práticos a partir de 2018.

Está em discussão atrasar o reajuste salarial de 6,5%, previsto para janeiro. "O efeito sobre o Orçamento vai depender do tempo do adiamento da concessão do reajuste", afirmou Oliveira. Segundo o ministro, o governo prevê gastar R$ 8 bilhões com os reajustes negociados no ano passado. Se passar para o segundo semestre, por exemplo, o gasto poderia cair pela metade

saúde

Novas diretrizes médicas ajudam a prevenir a ocorrência de AVCs

Objetivo é ajudar as pessoas e seus médicos a adotarem medidas de prevenção para evitar os riscos

25/12/2024 20h00

Reprodução/Agência Brasil

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A maioria dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs) pode ser evitada, segundo as novas diretrizes que pretendem ajudar as pessoas e seus médicos a fazerem exatamente isso.

O AVC foi a quarta principal causa de morte nos EUA em 2023, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, CDC. Anualmente, mais de 500 mil americanos sofrem um AVC. Mas até 80% deles podem ser evitados com melhoras na alimentação, nos exercícios físicos, e na identificação de fatores de risco.

As primeiras novas diretrizes sobre prevenção de AVC em 10 anos, da Associação Americana de AVC, uma divisão da Associação Americana do Coração, incluem recomendações para o público e aos profissionais de saúde que refletem uma melhor compreensão de quem sofre AVCs e por quê, além de novos medicamentos que podem ajudar a reduzir os riscos.

A boa notícia é que a melhor forma de reduzir o risco de AVC também é a melhor forma de reduzir o risco de uma série de problemas de saúde: tenha uma dieta saudável, faça exercícios e não fume. A má notícia é que manter esses hábitos nem sempre é tão fácil.

O Dr. Sean Duke, especialista em AVC no Centro Médico da Universidade de Mississippi, atribui essa responsabilidade às forças da sociedade que mantêm as pessoas sedentárias e com alimentação inadequada, como os celulares e os alimentos baratos e pouco saudáveis. "Nosso mundo está armado contra nós", diz.

O que você precisa saber sobre AVC e as novas diretrizes:

O que é um AVC?

Um AVC acontece quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro fica bloqueado, ou quando um vaso sanguíneo do cérebro se rompe. Isso prejudica a oxigenação do cérebro e pode causar danos cerebrais que levam a dificuldades para pensar, falar e caminhar, ou até mesmo à morte.

Como uma alimentação saudável pode reduzir o risco de AVC

Segundo a associação médica, uma alimentação saudável pode ajudar a controlar vários fatores que aumentam o risco de AVC, incluindo colesterol alto, glicemia alta, e obesidade.

A organização recomenda os alimentos da chamada dieta mediterrânea, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e azeite de oliva, que podem ajudar a manter baixos os níveis de colesterol. Uma das sugestões é limitar a carne vermelha e outras fontes de gordura saturada. A proteína pode ser obtida de leguminosas, castanhas, aves, peixes e frutos do mar.

Limitar também os alimentos ultraprocessados e as bebidas e alimentos com muito açúcar adicionado. Isso também pode ajudar a reduzir o consumo calórico, que ajuda a manter o peso sob controle.

Manter o corpo em movimento pode ajudar a prevenir AVCs

Levantar e caminhar por pelo menos 10 minutos por dia pode reduzir "drasticamente" o risco individual, diz a Dra. Cheryl Bushnell, neurologista da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, que integrou o grupo que criou as novas diretrizes. Entre os principais benefícios: o exercício regular pode ajudar a reduzir a pressão arterial, um dos principais fatores de risco para o AVC.

Mas claro, quanto mais, melhor: a associação recomenda a prática semanal de pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade vigorosa, ou alguma combinação dessas modalidades. A forma como você faz isso não importa tanto, segundo os especialistas: vá à academia, faça uma caminhada ou uma corrida pelo seu bairro, ou use esteiras e aparelhos elípticos em casa.

Novas ferramentas para reduzir a obesidade, um fator de risco do AVC

Dieta e exercícios podem ajudar a controlar o peso, outro importante fator de risco para os AVCs. Mas uma nova categoria de medicamentos que podem reduzir drasticamente o peso foi aprovada pelos órgãos reguladores, fornecendo novas ferramentas para reduzir o risco de AVC desde a última atualização das diretrizes.

As diretrizes agora recomendam que os médicos avaliem a possibilidade de prescrevê- los para pessoas com obesidade ou diabetes.

No entanto, embora os remédios possam ajudar, as pessoas ainda precisam se alimentar bem e fazer exercícios, alerta o Dr. Fadi Nahab, especialista em AVC no Hospital Universitário Emory.

Novas diretrizes ajudam os médicos a identificarem quem pode ter risco mais alto de AVC

As novas diretrizes, pela primeira vez, recomendam que os médicos avaliem os pacientes por outros fatores que podem aumentar o risco de AVC, incluindo sexo e gênero, além de outros fatores não médicos, como estabilidade econômica, acesso aos cuidados de saúde, discriminação e racismo. Por exemplo, o risco de ter um primeiro AVC é quase duas vezes maior para adultos negros nos EUA em relação aos adultos brancos, segundo os CDC.

"Se uma pessoa não tem plano de saúde ou não consegue chegar ao consultório médico por problemas de transporte, ou se não consegue faltar no trabalho para buscar atendimento (...) todas essas coisas podem impactar a capacidade de se prevenir um AVC", diz Bushnell.

Os médicos podem indicar recursos para obter assistência de saúde ou alimentos a baixo custo, assim como dar sugestões para aumentar o nível de atividade física sem gastar muito com uma mensalidade de academia.

As diretrizes agora também recomendam que os médicos avaliem condições que podem aumentar o risco de AVC em mulheres, como pressão alta durante a gravidez ou menopausa precoce.

Como saber se estou tendo um AVC e o que devo fazer?

Três dos sintomas mais comuns de AVC são fraqueza facial, fraqueza nos braços e dificuldade na fala. O tempo também importa, porque os danos cerebrais podem acontecer rapidamente, e se o AVC é tratado logo, eles podem ser limitados.

Especialistas em AVC criaram uma sigla em inglês para ajudar na memorização: FAST. F de face (rosto), A de arm (braço), S de speech (fala), e T de time (tempo). Se você acha que você ou alguém próximo pode estar sofrendo um AVC, ligue imediatamente para o número de emergência.

Cidades

Aplicativo sobre de prevenção de desastres já tem 2 mil downloads

Mais de 1,7 mil municípios já foram mapeados

25/12/2024 19h00

Aplicativo sobre de prevenção de desastres já tem 2 mil downloads

Aplicativo sobre de prevenção de desastres já tem 2 mil downloads MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASI

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O aplicativo Prevenção de Desastres, desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), já conta com mais de 2 mil downloads. Mais de 1,7 mil municípios já foram mapeados e têm áreas de risco indicadas no app.

O aplicativo, lançado em maio deste ano, traz alertas sobre áreas de risco de inundações, deslizamentos de terra, enxurradas e outros fenômenos que podem impactar a segurança da população do país.

Na interface do app, o usuário pode visualizar informações do local onde está ou selecionar áreas de interesse. Entre os dados disponíveis, estão o número de edificações da região e de pessoas em áreas de risco.

O serviço de monitoramento também permite que os usuários possam inserir informações no mapeamento de risco e cadastrar inundações ou deslizamentos que tenham presenciado. O processo deve ser feito por meio da inserção de vídeos ou fotos e a descrição do fato.

IOS

O app já estava disponível para usuários do sistema Android e está sendo ampliado para outros dispositivos. Agora, usuários dos celulares e outros dispositivos desenvolvidos para sistemas IOS (Apple) já podem baixar o aplicativo. 

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