Cidades

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País tem mais de 1,2 milhão de jovens ociosos

País tem mais de 1,2 milhão de jovens ociosos

Redação

10/10/2009 - 12h30
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        Da redação

        Mais de 1,2 milhão de jovens de 18 a 24 anos não exerciam, em 2008, nenhuma atividade produtiva no Brasil, segundo números apresentados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Síntese de Indicadores Sociais referente ao ano passado. Essa enorme ociosidade juvenil - 1.245.270 pessoas que não estudavam, não trabalhavam e não ajudavam em afazeres domésticos - atingia 5,37% dos 23.242.000 brasileiros desta faixa etária no País. Ela se deve, em boa parte, ao desemprego.
        O levantamento foi feito por técnicos do IBGE com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em setembro. Os números da falta de atividade produtiva de parte dos jovens brasileiros foram calculados pelo Estado, a partir da síntese.
        Segundo o IBGE, a inatividade em 2008 era maior no sexo masculino, com 943.675 homens que não trabalhavam, não estudavam e não ajudavam em afazeres domésticos. Eram 301.591 mulheres na mesma situação. Entre os rapazes, havia 300.344 inativos de 18 a 19 anos e 643.335 de 20 a 24 anos; entre as garotas, 88.209 na primeira faixa, e 213.382 na segunda.
        O grande número de jovens sem atividade produtiva chamou a atenção da pesquisadora Lara Gama, do IBGE, que trabalhou no capítulo referente a crianças, adolescentes e jovens da síntese. "Uma parte dessas pessoas sem atividade estava procurando emprego, cerca de metade dos homens que disseram não fazer nada estava nessa situação", diz Lara.
        Ela explica que o IBGE limitou-se a apresentar aos entrevistados cinco opções de resposta - só trabalha, só estuda, trabalha e estuda, cumpre afazeres domésticos e não faz nada -, mas não perguntou o motivo. "Outra parte pode ter deficiências, doenças ou simplesmente não tem uma ocupação, mas não é possível determinar o motivo", afirma.
        A pesquisadora diz que a falta de atividades é menor no sexo feminino por vários motivos: as mulheres estão entrando mais fortemente no mercado de trabalho e, quando não têm emprego, em geral se incumbem de tarefas domésticas.
        Uma quantidade muito maior de jovens na mesma faixa etária, porém, declarou exercer atividades produtivas. Ao todo, 3.853.755 homens e mulheres dessa idade (16,58% do total) acumulavam trabalho e estudo. Outro grupo, formado por 3.236.267 pessoas, só estudava. E 11.051.503 só trabalhavam.
        
        FAMÍLIAS
        A inatividade de parte expressiva dos jovens brasileiros se dá em um quadro de melhoria da distribuição de renda, embora permaneçam grandes os níveis de desigualdade. Em 1998, 27,3% das pessoas com até 17 anos viviam em famílias em situação de extrema pobreza, com renda familiar per capita de até um quarto do salário mínimo. Em 2008, essa proporção caiu para 18,5%.
        Quase metade, porém, ainda vivia, no ano passado, em famílias com menos de meio salário mínimo de renda familiar per capita (44,7%). No Nordeste, a proporção de jovens em famílias pobres ou extremamente pobres era maior, 66,7%, ante 73,1% em 1998. "Tais melhoras podem ser atribuídas ao efeito de políticas públicas de transferência de renda", diz o estudo.
        A síntese também aponta a redução da população brasileira mais jovem. Em 1998, as crianças de zero a 6 anos eram 13,2% da população, passando a 10,2% em 2008. Menos da metade da população (43,2%) estava na faixa de zero a 24 anos, o que coloca o Brasil entre os países em processo de envelhecimento.
        A pesquisa se baseou na Pnad - na qual 2,5 mil pesquisadores ouviram 391 mil pessoas em 150 mil domicílios. Outras bases de dados foram consultadas. (informações do Estadão)
        

CADA VEZ PIOR

Ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo dados do Inmet

Instituto Nacional de Meteorologia verificou temperatura média de 25,02ºC, a maior desde quando iniciou-se o registro, em 1961

04/01/2025 11h00

2024 foi o ano mais quente da história do Brasil

2024 foi o ano mais quente da história do Brasil Marcelo Victor / Correio do Estado

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O ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A média de 25,02°C verificada para o ano passado é a maior desde 1961, ponto de partida da série histórica do órgão oficial de meteorologia brasileiro.

A diferença em relação à média de temperatura foi de 0,79°C, considerando a série de 1991 a 2020.

Os dados completos confirmam a tendência apontada em informações parciais, com dados até novembro, de que 2024 tomaria o lugar de 2023 como o ano mais quente do país, como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo da última segunda-feira (30). Em 2023, a média foi de 24,92°C.

De acordo com comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária, ao qual o Inmet é vinculado, foi verificada uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos nos desvios de temperaturas médias, "que pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais."

A anomalia é uma variação —positiva ou negativa— de uma temperatura em relação à linha de base. No caso, a mais alta até então havia sido a de 2023, com 0,69°C. Essa média é feita com ao menos 30 anos de dados, segundo a meteorologista Andrea Ramos, e é usada para fazer as observações de desvios.

"É importantíssima, é a anomalia que define o quanto ficou acima ou abaixo da média, seja em temperatura ou em chuva e umidade. A partir de uma estação meteorológica convencional, que tem mais de 30 anos de dados, podemos gerar essa climatologia, com valores de referência", explica a especialista.

Para além das ondas de calor, dois fenômenos que marcaram o ano passado, lembra Ramos, foram os incêndios florestais em diversas regiões do país e as chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul —e isso sem a ocorrência de um super El Niño, ela destaca.

A chuva minguou e antecipou a temporada de seca e fogo, como visto no pantanal.

"Tivemos tempo e solo secos, com déficit hídrico e aumento de biomassa, pelas folhas secas. A partir de abril e maio começaram os incêndios, seja por questões naturais ou humanas, mais plausíveis para o que passamos, com toda aquela intensidade. Quando chegou o inverno, o caos já estava acontecendo", recorda a meteorologista.

Somou-se à situação a ocorrência dos bloqueios atmosféricos por sistemas de alta pressão com tempo quente e seco, que não permitiam o trânsito de umidade para o Centro-Oeste. Como as frentes frias ficavam estacionadas no Sul, a região viu os temporais caírem com violência.

"Então esses dois fenômenos foram bem típicos dessa era dos extremos, algo que a OMM [Organização Meteorológica Mundial] já estabeleceu. Anos quentes, secos e com chuvas previstas para o mês ocorrendo em dias ou horas, como aconteceu no Rio Grande do Sul."

Já era esperado que 2024 estivesse entre os anos de calor recorde, situação que pode ser explicada pela combinação de oceanos e continentes mais quentes, em razão das mudanças climáticas e pelos efeitos do El Niño, entre outros fatores.

Um possível refresco com o La Niña, caracterizado pelo resfriamento da superfície do oceano nas porções central e oriental do Pacífico Equatorial, fica cada vez mais fraco e distante, segundo previsões da OMM, agência ligada à ONU (Organização das Nações Unidas).

No Brasil, geralmente o La Niña muda a distribuição de chuvas, com precipitação maior nas regiões Norte e Nordeste e menor no Sul e Centro-Oeste. As temperaturas costumam ficar mais baixas no país.

No cenário mundial, já é dado por certo que 2024 será o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia.

Com a confirmação de que novembro foi mais um mês com temperaturas escaldantes no planeta, os cientistas do órgão calcularam ser impossível que 2024 não supere a marca anterior, que é de 2023.

Os números oficiais serão divulgados na próxima semana pelo observatório europeu e também pela Nasa (Agência Espacial Americana) e pela Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA).

Os pesquisadores europeus apontam que a marca será a maior dos últimos 125 mil anos. A conclusão inclui a análise de vestígios do ambiente pré-histórico, necessária para saber as temperaturas da Terra muito antes da existência dos termômetros.

O ano de 2024 será lembrado também por ser o primeiro a terminar com média de temperatura acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

Esse limite é considerado pelos cientistas como o teto para impedir as piores consequências do aquecimento global, como o desaparecimento de países insulares. Ele é também o valor preferencial pactuado no Acordo de Paris, de 2015.

A marca não significa, no entanto, que o planeta já rompeu definitivamente a barreira de 1,5°C e as metas do acordo, explicam cientistas. Para considerar que o limite foi definitivamente violado, seriam necessários vários anos com os termômetros acima desse patamar.

Por Folhapress

2025 CHUVOSO

Primeiro sábado do ano deve ser chuvoso em MS

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, precipitação pode chegar aos 50 mm, acompanhada de ventos fortes, com previsão de duração até a manhã deste domingo (05), mas os dias ainda devem ser calorentos

04/01/2025 10h30

Chuvas intensas devem atingir todo o território sul-mato-grossense neste sábado (04)

Chuvas intensas devem atingir todo o território sul-mato-grossense neste sábado (04) Foto: Gerson Oliveira

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um aviso para mais da metade dos municípios brasileiros, incluindo todos do Mato Grosso do Sul, alertando para chuvas intensas neste sábado (04) até manhã de domingo (05), o primeiro fim de semana de 2025.

Segundo a notificação do órgão, devem ser observadas chuvas de 20 mm a 50 mm nas próximas 24 horas, acompanhadas de ventos fortes de 40 a 60 km/h. Porém, é “baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas”, de acordo com a própria instituição meteorológica.

O Inmet também disponibiliza orientações a serem seguidas durante esta chuva intensa que deve atingir o estado: não se abrigar debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas; não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda; evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada; e obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Temperaturas no sábado

Estão previstas mínimas entre 21°C e 23°C e máximas entre 26°C e 32°C para as regiões SulLeste Sudeste do Estado.

Nas regiões Pantaneira Sudoeste esperam-se mínimas entre 23°C e 26°C e máximas entre 27°C e 31°C.

Já nas regiões do Bolsão Norte são esperadas mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 29°C e 33°C.

Em Campo Grande, são esperadas mínimas entre 21°C e 23°C e máximas entre 26°C e 28°C.

Previsão para domingo (05)

Em grande parte do Estado, a previsão indica predomínio de sol e variação de nebulosidade para o domingo.

Nas regiões Centro-Norte, Pantaneira e Bolsão há possibilidade para chuvas de intensidade fraca a moderada devido ao avanço da frente fria.

"Não descarta-se que,pontualmente, possam ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios", acrescenta o Cemtec.

Temperaturas

Estão previstas mínimas entre 18°C e 22°C e máximas entre 31°C e 35°C para as regiões SulLeste Sudeste do Estado.

Nas regiões Pantaneira Sudoeste esperam-se mínimas entre 21°C e 24°C e máximas entre 31°C e 34°C.

Já nas regiões do Bolsão Norte são esperadas mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 30°C e 33°C.

Em Campo Grande, mínimas entre 20°C e 22°C e máximas entre 29°C e 31°C.

E ontem?

Nesta sexta-feira (03), segundo dados fornecidos novamente pelo Instituto, alguns municípios sul-mato-grossenses registraram precipitação, com destaque para Paranaíba (25,4 mm), Coxim (15,6 mm), Nhumirim (14,8 mm) e Sonora (10,4 mm). Outras cidades também choveram:

  • Ivinhema (5,8 mm)
  • Rio Brilhante (5,4 mm)
  • São Gabriel do Oeste (3,8 mm)
  • Campo Grande (1 mm)

Já o restante, municípios como Três Lagoas, Cassilândia e Miranda, registraram milímetros de chuva abaixo de 1.

Prognóstico do verão (Jan-Fev-Mar)

O verão em Mato Grosso do Sul será de calor intenso, forte 'mormaço' e chuvas de rápida duração, as famosas "chuvas de verão".

A informação foi divulgada pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), em publicação de prognóstico da estação climática no estado. O verão começou oficialmente em 21 de dezembro e vai até 20 de março.

Ainda segundo o Cemtec, o forte calor deve superar as médias históricas para o período. Este cenário favorece a formação de ondas de calor, nos momentos em que não houver ocorrência de nuvens e chuvas.

As chuvas, contudo, deverão ter rápida duração e ocorrer de maneira irregular. Essa irregularidade pode agravar a recuperação das condições hídricas da região, o que acende um alerta para o setor agropecuário. 

Conforme o Cemtec, mesmo que as chuvas se mantenham dentro da média histórica no próximos meses, isso não será suficiente para reverter o cenário de seca que afeta a região central do país, incluindo o estado de Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, para os pesquisadores, o cenário é de incerteza.

Essa tendência incerta está diretamente relacionada ao fenômeno La Niña. O evento climático provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que impacta na ocorrência irregular das chuvas e na imprevisibilidade do clima no estado.

*Colaborou Alanis Netto e Lucas Caxito

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