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Para receber fabrica de R$ 28 bi, começa obra de aeroporto em Inocência

Município terá a primeira fábrica de celulose da Arauco no Brasil

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O Governo do Estado deu início à construção de um novo aeródromo em Inocência, município da região leste de Mato Grosso do Sul, que irá receber a primeira fábrica de celulose da Arauco no Brasil, um investimento de R$ 28 bilhões.

As obras incluem implantação das pistas de pouso e decolagem, de taxiway (que conecta a pista principal ao pátio), do pátio de aeronaves e do alambrado operacional, e resultam de um investimento de R$ 15,4 milhões do Estado.

O aeroporto chega para facilitar o acesso à região, já que o município fica 337 quilômetros distante da Capital, podendo ser destino do avião turbo-hélice modelo ATR 72-600, da empresa Imetame, que chamou a atenção recentemente no Aeroporto Internacional de Campo Grande por trazer dezenas de trabalhadores que iriam para a fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo.

Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul (Seilog), as obras já estão com cerca de 15% de execução, e devem ser finalizadas até o meio do ano que vem.

Planta de celulose

Segundo o projeto original, a indústria da Arauco tem previsão de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, 1,5 milhão de toneladas a mais do que é produzido no Chile.

Isso faria da Arauco a segunda maior planta de Mato Grosso do Sul (e do Brasil), ficando atrás somente da unidade da Suzano de Ribas do Rio Pardo (2,9 milhões de toneladas/ano).

Após a conclusão da primeira parte (edificação) serão cerca de 2 mil postos de trabalho para as operações industrial e florestal.

Para ativar a fábrica, Arauco deve buscar áreas alugadas ou mediante usufruto para cultivar em torno de 400 mil hectares de florestas de eucalipto.

Até o fim de 2023 já estavam assegurados 280 mil hectares e a previsão era chegar a 320 mil durante este ano.

Antes mesmo de iniciar as obras da primeira etapa a direção da Arauco já fala em dobrar a capacidade de produção em uma segunda fase. 

Inocência

Para acompanhar o ritmo de crescimento e desenvolvimento econômico sustentável do município, onde vivem cerca de 8.400 pessoas, o Governo do Estado tem realizado uma série de investimentos na infraestrutura de Inocência.

Em saneamento básico, habitação e obras estão sendo investidos R$ 46,6 milhões. Deste montante, cerca de R$ 38 milhões estão destinados a obras concluídas, em execução, a retomar e a executar, incluindo:

  • asfalto, drenagem e recapeamento no Distrito de São Pedro;
  • recapeamento de diversas ruas;
  • elaboração de projeto para implantação e pavimentação de 38 quilômetros da rodovia MS-316;
  • asfalto e drenagem no loteamento Nercilio Ferreira Leal;
  • reforma e ampliação da delegacia; e elaboração de projeto para implantação da pavimentação de quase 40 quilômetros da rodovia MS-316;
  • obras do novo aeródromo.

Na habitação, o Governo está construindo bases estruturais para 51 casas do Programa Lote Urbanizado da Agência de Habitação de MS (Agehab), em parceria com o município, no valor de R$ 5,7 milhões. Neste segmento em obras a executar e em execução o Governo do Estado está investindo cerca de R$ 847 milhões.

No aniversário da cidade, em abril deste ano, o governador Eduardo Riedel lançou um pacote de obras e investimentos. Na ocasião, Riedel visitou o local onde está sendo construído o novo dispositivo. Com investimentos robustos, o Governo do Estado pretende alavancar o turismo na região, facilitar o transporte de cargas e passageiros e fomentar a economia local.

Plano Aeroviário Estadual

O Governo está trabalhando arduamente para concretizar o “maior plano de investimento aeroviário da história do Estado”. O Plano Aeroviário Estadual prevê o investimento de R$ 250 milhões para a construção de novos aeroportos, a estruturação de alguns já existentes, a reforma de outros e a implantação de dispositivos onde não existem.

 “A cada dia, Mato Grosso do Sul está mais evidente na rota do desenvolvimento aéreo. Isso atrai novos investimentos, agrega ao trade turístico, atende à demanda de empresários e traz mais pessoas ao nosso Estado”, pontua o secretário de Infraestrutura e Logística (Seilog), Helio Peluffo Filho.

Esse montante de R$ 250 milhões já está em andamento com o objetivo de fortalecer a infraestrutura aeroportuária em diversas localidades, contribuindo para o crescimento econômico local.

“Essa iniciativa não apenas irá melhorar a infraestrutura do aeródromo, mas também tem o potencial de impulsionar o turismo, facilitar o transporte de cargas e passageiros, além de fomentar a economia local. Com um olhar voltado para o futuro, essas melhorias prometem trazer impactos positivos e duradouros para a cidade de Inocência e seus habitantes”, defende o superintendente Logístico e coordenador de Transporte Aéreo, Hidroviários e Ferroviários da Seilog, Derick Hudson Machado de Souza.

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MATO GROSSO DO SUL

Em pleno período de chuvas, Hidrelétrica Porto Primavera reduz vazão

Com a barragem mais extensa do País (10,2km), redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciadano último dia 12, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira

20/12/2025 14h14

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera Reprodução/Cesp

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Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, a unidade começou nesta sexta-feira (19) através da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a redução da vazão, para preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio Paraná. 

Com a barragem mais extensa do País (10,2 km), essa redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciada pela Cesp no último dia 12, prevista para começar ainda em 15 de dezembro, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira. 

"O patamar mínimo defluente será reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 metros cúbicos por segundo para 3.900 m³/s, seguindo diretrizes operacionais do ONS", cita a Cesp em nota. 

Além disso, a Companhia frisa que, durante o processo, será mantido o plano de conservação da biodiversidade que havia sido aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e teve início em maio deste ano, para monitoramento do Rio Paraná justamente nos trechos da jusante - parte rio abaixo - da Porto Primavera até a foz do Ivinhema. 

Ou seja, entre outros pontos, equipes embarcadas formadas por biólogos e demais profissionais especializados, devem trabalhar como os responsáveis por acompanhar a qualidade da água, bem como a conservação e comportamento dos peixes locais enquanto durar a flexibilização da vazão. 

Importante frisar a redução adotada também ao final de novembro (24/11) e mantida até 1° de dezembro, a partir de quando houve a retomada gradativa aos patamares originais. 

Problemas com a vazão

Em épocas passadas, como bem acompanha o Correio do Estado, o controle da vazão em Porto Primavera já trouxe prejuízo e revolta de produtores que chegaram a culpar a ONS pelas fazendas alagadas por mais de quatro meses em Batayporã no ano de 2023, por exemplo. 

Nessa ocasião, o problema começou com a abertura das comportas de Porto Primavera no dia 18 de janeiro de 2023, com a usina avisando a Defesa Civil de Batayporã da liberação de até 14,7 mil metros cúbicos de água por segundo. 

Sendo a maior vazão desde o começo do período chuvoso, as águas se somaram ainda à liberação dos cerca de 3 mil metros cúbicos por segundo do Rio Paranapanema, juntando em torno de 18 mil metros cúbicos por segundo. 

Na linha cronológica em 2023, o problema dos alagamentos começou no final de janeiro, indo até o mês de abril diante do fechamento das comportas em 31 de março. 

Quando a água já havia recuado, saindo de boa parte dos nove mil hectares alagados, as comportas foram reabertas na terceira semana de abril, com vazão máxima de dez mil metros cúbicos.

Depois, o aumento da vazão para até 13 mil metros cúbicos chegou a alcançar 14,7 mil m³, sendo que antes disso o volume anterior já havia sido responsável por invadir casas de moradores locais pela terceira vez no ano. 

Estimativas da Defesa Civil de Batayporã à época apontaram que pelo menos sete mil animais tiveram de ser remanejados na região por causa do mesmo problema. E, mesmo depois que a água baixar, são necessários de dois a três meses para que o pasto cresça e esteja em condições para alimentar os rebanhos. 

 

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MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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