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tragédia

Parente de Michel Teló morre em acidente no interior do Paraná

Parente de Michel Teló morre em acidente no interior do Paraná

g1

17/02/2012 - 13h01
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Um acidente na BR-163, no município de Toledo, oeste do Paraná, matou uma pessoa e deixou outras três gravemente feridas na manhã desta sexta-feira (17). A vítima fatal era primo em segundo grau do cantor Michel Teló, e possuía um hotel em Dourados (MS). A informação foi confirmada por um funcionário do estabelecimento.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o carro com placa de Dourados bateu em um trevo contra um caminhão da prefeitura de Toledo, que estava carregado de massa asfáltica. Os veículos capotaram na altura do km 263, e a PRF suspeita que o caminhão estivesse realizando uma conversão proibida.

Um dos feridos é primo em terceiro grau de Teló, e foi encaminhado à Casa de Saúde Bom Jesus, em Toledo, junto da mulher e da esposa do homem que morreu. Eles ficaram presos nas ferragens, o que atrasou o resgate e fez com que o trânsito ficasse em meia pista nos dois sentidos por mais de duas horas. O motorista do caminhão não ficou ferido.

(Atualizada às 18h12min)

"Mão leve"

Funcionário é preso por furtar mais de 200 litros de combustível em Campo Grande

O trabalhador confessou à polícia que surrupiou o combustível e o vendeu por R$ 1 mil

16/03/2025 08h17

Divulgação PCMS

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Um homem de 51 anos, que trabalha como motorista em uma empresa de pavimentação, terminou preso por furtar aproximadamente 260 litros de óleo diesel em Campo Grande.

O proprietário do local acionou a polícia e contou que chegou a conversar com o motorista, que subtraiu o combustível.

No local, agentes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) foram até a empresa e conversaram com o proprietário e o funcionário.

O motorista relatou que vendeu o combustível por R$ 1 mil para um terceiro, de 58 anos. O autor levou a polícia até o local onde o comprador, que adquiriu 13 galões de 20 litros cada, confirmou a compra, mas afirmou que não sabia que o combustível havia sido furtado.

Segundo informações da Polícia Civil, o funcionário foi preso em flagrante e encaminhado a uma unidade do Garras para passar pelos procedimentos legais referentes à detenção.

A equipe apreendeu o combustível e o devolveu ao proprietário da empresa. Diante do ocorrido, o motorista vai responder por furto qualificado pelo abuso de confiança.

Já o homem que adquiriu o produto também foi “enquadrado” e vai responder por receptação culposa.

Valor na bomba

Cabe ressaltar que, até fevereiro deste ano, o preço do diesel apresentava variação, a depender do tipo - comum ou aditivado.

Em alguns postos de gasolina, o litro podia custar entre R$ 6,19 e R$ 6,49. Em uma simulação em que o combustível fosse cobrado a R$ 6,49 por litro, o total sairia por R$ 1.687,40.

Ou seja, o receptador adquiriu os 260 litros com um "descontão" digno da Semana do Consumidor.

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Educação

Falta de acesso a creches e escolas impacta mulheres de favelas

Pesquisa realizada no Grande Rio conta história de desigualdade

15/03/2025 23h00

Foto: WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

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Dados do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), levantados entre 2022 e 2023, apontam que 61,8% das mulheres de Jardim Gramacho, bairro da periferia de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, dizem que a localidade não conta com creches e escolas públicas em que elas possam deixar seus filhos enquanto trabalham.

A mesma dificuldade é percebida por moradoras de favelas da Grande Tijuca, como Borel (17,7%), Indiana (20,7%) e Chácara do Céu (28,7%). No Complexo do Alemão, zona norte do Rio, o cenário não é diferente. O Ibase percorreu 11 favelas e levantou que 32% das moradoras não encontram abrigo para seus filhos em creches ou escolas públicas no território.

Municípios e regiões diferentes, mas os mesmos problemas. A pesquisa identificou que a falta de vagas causa dificuldade no desenvolvimento das crianças, prejudica os direitos das mães ao trabalho, e exige que recursos já escassos como os obtidos como programas sociais custeiem cuidadores ou escolas particulares. Foram entrevistadas, ao todo, 12.414 pessoas.

Moradora de Jardim Gramacho, a dona de casa Gisely de Aguiar, de 24 anos, é mãe de três filhos: um menino, de 2 anos; uma menina, de 4 anos; e o mais velho, de 6 anos. Sem conseguir vaga em creche para o menor nem escola para a filha de 4 anos, ela teve que matriculá-la em uma instituição particular. Gisely conta que essa é a realidade de muitas mães perto dela.

“O mais novo não está em creche porque é bem difícil de conseguir por causa de sorteio. Nunca é chamado. A menina também não conseguiu colégio público, então, eu tiro do meu Bolsa Família para pagar colégio, para, ano que vem, tentar colocá-la num público. O mais velho, consegui [matricular] este ano na escola pública. Eu não trabalho fora porque não tenho uma rede de apoio para me ajudar. Eu gostaria de trabalhar fora”.

Procurada para dar posicionamento sobre a pesquisa, a Prefeitura de Duque de Caxias não retornou o contato até a publicação da matéria.

Defasagem escolar

Gisely estudou até o sexto ano do Ensino Fundamental e também gostaria de voltar aos estudos, mas não consegue encontrar uma pessoa para ficar com os filhos à noite. Essa é uma situação comum constatada pela pesquisa, que mostra ainda que 38,3% das mulheres que vivem no Borel, Indiana, Chácara do Céu e Casa Branca, na Grande Tijuca, não completaram o ensino fundamental. Em Jardim Gramacho e no Complexo do Alemão os índices também são altos: 33% e 34%, respectivamente.

Quando o estudo aborda o acesso à educação superior, ele aponta que nos territórios da Tijuca que participaram do levantamento apenas 2% das mulheres concluíram a graduação, percentual próximo do levantado em Jardim Gramacho (1,7%). O local com melhor desempenho é o Complexo do Alemão, com 6% das mulheres na universidade. Mesmo assim, o índice é bem abaixo do nacional, apresentado pelo último Censo da Educação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em que 20,7% das mulheres do país tinham nível superior completo em 2022.

A diretora executiva do Ibase, Rita Corrêa Brandão, lembra que a educação infantil é um direito básico garantido na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes Básicas da Educação, no Estatuto da Criança e do Adolescente, e é um dever do Estado.

“O que a gente percebe é que as mulheres pesquisadas têm uma inserção mais precarizada no mercado de trabalho, ou seja, recebem salários mínimos. Não tendo creche pública, as que trabalham precisam dispor de um dinheiro para pagar as creches particulares. A gente não só não garante um direito que a criança tem quando essas mulheres precisam deixá-las com parentes, que na maioria das vezes são crianças e jovens que tomam conta dos filhos menores. Tem um índice grande de mulheres que não trabalham e também têm o direito ao trabalho violado. É uma dupla violação de direitos”, disse Rita.

Problema pode ser ainda maior

A coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Samantha Guedes, destaca que os números de déficit de vagas nas creches e na educação infantil são subnotificados.

“Em nível nacional, muitos responsáveis sequer ficam na lista de espera porque já sabem que não vão conseguir. Os números de déficit são muito maiores do que a gente sequer possa imaginar”, diz.

Segundo ela, a educação infantil que vai de 0 a 5 anos e 11 meses é responsável pelo pleno desenvolvimento da criança. Na educação infantil é que os profissionais de educação observam se a criança tem algum tipo de transtorno, e, quanto mais cedo for feito um tratamento, menos defasagem a criança vai ter. A coordenadora do Sepe acrescenta que os municípios não atendem à mulher trabalhadora.

“As creches deveriam ter horário de funcionamento das 7h às 17h. No Rio, a maioria das creches vai das 8h às 15h30. A mãe vai ter que pegar uma parte do dinheiro do trabalho para pagar alguém para buscar o filho na escola e ficar com ele até chegar do trabalho. Ou, então, o irmão mais velho ou a avó tomam conta da criança”, afirma Samantha.

Em 2024, a prefeitura do Rio de Janeiro foi condenada a pagar multa de mais de R$2 bilhões por não ter conseguido zerar a fila de espera em creches e pré-escolas do município. De acordo com dados da prefeitura, no final do ano letivo de 2023, ainda havia 12.394 crianças de até 6 anos esperando vaga no turno integral, e 2.911 no turno parcial.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação do Rio para saber sobre o pagamento da multa e atualizar o déficit de vagas, mas não recebeu resposta até o fechamento da matéria.

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