Cidades

saiba como aderir

Pedidos de ressarcimento de descontos no INSS começam hoje

Os primeiros pagamentos estão previstos para o dia 24 e ocorrerão por ordem de adesão; pedidos podem ser feitos por meio do aplicativo Meu INSS ou nos Correios

Continue lendo...

Começa hoje uma nova etapa para os aposentados e pensionistas que já informaram que foram lesados por descontos ilegais em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os beneficiários poderão confirmar a adesão ao ressarcimento de mensalidades não autorizadas.

Segundo o governo federal, o INSS começa a devolver neste mês os valores descontados indevidamente por associações e sindicatos. Cerca de 2,27 milhões de beneficiários poderão aderir ao acordo administrativo para receber os valores corrigidos, mediante solicitação no aplicativo Meu INSS ou presencialmente nos Correios. 

Conforme o governo federal, os aposentados e pensionistas que entraram na Justiça para receber o ressarcimento podem aderir ao acordo, porém, ao optar por esta solução, o beneficiário deverá desistir da ação contra o INSS, que se compromete a pagar 5% de honorários advocatícios nas ações individuais propostas antes de 23 de abril deste ano.

Para o especialista em Direito Previdenciário Washington Barbosa, os aposentados devem ter atenção às condições estabelecidas para decidirem se aderem ou não à forma de ressarcimento proposta pelo governo.

“Esse acordo representa uma solução administrativa e célere para uma demanda de massa. Porém, é importante que o beneficiário entenda que, ao aderir, estará automaticamente renunciando a qualquer ação judicial ou direito a indenização por dano moral”, declarou Barbosa.

Aderindo ao acordo, os segurados com direito à reparação financeira receberão em suas contas, em uma única parcela, todo o valor descontado ilegalmente entre março de 2020 e março deste ano corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sem precisar aguardar por uma decisão judicial.

Desta forma, conforme explica Washington Barbosa, o segurado que entrou na Justiça exigindo o ressarcimento abre mão de pedidos de reparação de danos, por exemplo. 

“O governo está oferecendo um caminho de solução, mas quem já ingressou com ação judicial precisa ficar atento. A adesão ao acordo extingue o processo e impede o beneficiário de pedir, por exemplo, a devolução em dobro do valor ou reparação por danos”, afirmou o advogado.

Os primeiros pagamentos estão previstos para o dia 24 deste mês e ocorrerão por ordem de adesão. O governo liberou cerca de R$ 3 bilhões para cobrir as devoluções previstas no acordo, prevendo até 100 mil pagamentos por dia útil.

O INSS também fará automaticamente a contestação dos descontos indevidos para beneficiários em situações específicas que ainda não fizeram o pedido. Esse procedimento, chamado de contestação de ofício, vai contemplar: pessoas idosas com descontos iniciados após março de 2024 que tinham 80 anos na ocasião, indígenas e quilombolas. 

Essa medida vai beneficiar diretamente cerca de 209 mil pessoas idosas, 17 mil indígenas e 38 mil quilombolas.

JUDICIALIZAÇÃO

Como informou o Correio do Estado em reportagem, mais de 500 processos sobre fraudes ligadas a cobranças indevidas de associações de idosos por descontos associativos em aposentadorias e pensões do INSS estão em tramitação no Estado. 

Entre eles, por exemplo, está o de uma pensionista de 63 anos que está perdendo mensalmente R$ 231,71 para uma associação. De acordo com esse processo, aberto na Comarca de Campo Grande, a quantia parcelada em 36 meses – que começou a ser descontada em dezembro de 2024 – totaliza o montante debitado de R$ 8.341,56.

A defesa da pensionista pede na Justiça que a Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Abap), para a qual era destinado o valor debitado, seja condenada à devolução em dobro dos valores descontados indevidamente.

Além da quantia em dobro, também pede que a associação seja condenada ao pagamento de indenização por danos morais à pensionista no valor de R$ 20 mil.

Agora, com a possibilidade de acordo de ressarcimento do INSS, a expectativa do governo federal é de que o modelo reduza a judicialização em massa contra a instituição. 

A recomendação do especialista Washington Barbosa é de que o segurado consulte um advogado caso tenha dúvidas sobre os valores ou sobre a conveniência da adesão.

PRESENCIAL

Segundo os Correios, os aposentados e pensionistas que buscarem o atendimento presencial sobre a adesão ao ressarcimento serão informados sobre os valores calculados por meio de uma memória de cálculo.

“Caso concordem com o montante apresentado, o crédito será efetuado automaticamente, em até 30 dias, diretamente na conta cadastrada, sem a necessidade de apresentar documentos adicionais ou retornar à agência”, responderam os Correios, em nota.

Até o momento, os Correios já realizaram mais 1,7 milhão de atendimentos relacionados ao serviço de análise de descontos de entidades associativas (1ª fase) e para o serviço de resposta às entidades (2ª fase).

Em Mato Grosso do Sul, desde quando começaram as orientações para vítimas da fraude no INSS, os Correios já atenderam mais de 21 mil pessoas. Desde o dia 30 de maio, as 85 agências da entidade no Estado estão habilitadas para consultas e contestações relativas aos descontos irregulares feitos por entidades associativas.

O INSS e os Correios alertam que não enviam links por mensagem e não vão ligar para tratar do ressarcimento. Não há necessidade de intermediários. 

Saiba

O processo de adesão ao ressarcimento só pode ser feito se o aposentado ou pensionista já contestou no aplicativo ou presencialmente os descontos indevidos feitos por associações e sindicatos.

Assine o Correio do Estado

PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

Assine o Correio do Estado

ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

Continue Lendo...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).