Cidades

DNA

Polícia Civil confirma identidade de homem esquartejado e carbonizado em 2021

Pedro Vilha Alta Torres e a esposa, Priscila Gonçalves Alves, foram encontrados carbonizados em agosto de 2021 mas, na época, apenas Priscila foi identificada, pois as digitais estavam preservadas

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A Polícia Civil, por meio do Setor de Desaparecidos da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou nesta segunda-feira (18) os restos mortais de um indivíduo que estava desaparecido desde agosto de 2021. 

A confirmação da identidade foi possível após a coleta de material genético da mãe. da da vítima, quatro anos depois do crime. 

De acordo com as investigações, no mesmo ano do desaparecimento do corpo do home, foi encontrada uma ossada em um saco plástico em um terreno baldio localizado no Bairro Moreninha IV, em Campo Grande. 

No crânio da ossada havia sinais de violência, mostrando se tratar de um homicídio. Com o andamento das investigações, surgiram indícios de que os restos pertenciam a Pedro Vilha Alta Torres, que tinha 45 anos na época dos fatos e o material genético da ossada foi colhido.

Em uma campanha de coleta de material genético de familiares desaparecidos promovido pela Polícia, foi colhido o material genético da mãe de Pedro, confirmando a identidade do homem a partir do DNA da mãe. 

O caso

Pedro Vilha Alta Torres e a esposa, Priscila Gonçalves Alves, foram encontrados carbonizados no dia 16 de agosto de 2021, às margens da BR-262, na saída para Três Lagoas. 

De acordo com as investigações, o casal teria sido esquartejado e os corpos incendiados. Segundo a polícia, a intenção dos criminosos era matar, cortar e espalhar o corpo do casal pela cidade, mas decidiram queimar as partes para facilitar. 

Quatro pessoas foram presas 6 meses depois suspeitos pela morte do casal: um homem de 32 anos, duas mulheres, de 35 e 31 anos, e um adolescente de 17 anos. 

Em agosto de 2023, Ana Carla Pereira e Alexandre de Oliveira Gimenes foram condenados à prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. 

Alexandre foi condenado a 36 anos de pena por causa de sua reincidência criminal, uso de arma de fogo e tortura; e Ana Carla, a 17 anos de reclusão e 20 dias de multas vigentes no valor de um sexto do salário mínimo vigente. 

A terceira acusada, Grasieli Felix Ferreira, foi absolvida das acusações, mesmo tendo confessado sua participação no crime. 

Pedro e Priscila estavam juntos há 12 anos e o casamento era marcado por drogas e várias prisões do homem. De acordo com a família, Pedro já vinha cometido crimes como ameaças, furtos, roubos e porte ilegal de arma. 

A motivação do crime teria sido vingança, na acusação de que Pedro e Priscila teriam furtado a casa de um traficante. 

Campanha Nacional

A 3ª edição da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas resultou na coleta de amostras genéticas de familiares de oito pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul. 

A ação foi realizada no Estado entre os dias 5 e 15 de agosto pela Polícia Civil por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Coordenadoria Geral de Perícia, através do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF).

A iniciativa, vinda do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp - MS), a campanha contou com 334 postos de coleta em todo o Brasil, sendo 15 em Mato Grosso do Sul. 

Em números, 12 familiares sul-mato-grossenses procuraram os postos de coleta espalhados em Campo Grande (9), Amambai (2) e Três Lagoas (1).

Foram coletadas amostras de saliva ou sangue, que vão para os bancos estadual e nacional de perfis genéticos, permitindo o cruzamento de informações para ajudar na localização de pessoas desaparecidas. 

A coleta de material genético acontece de forma contínua, durante todo o ano pela Polícia Científica. Em Mato Grosso do Sul, são disponibilizados postos de coleta nos municípios e endereços abaixo:

Campo Grande
Instituição: Instituto de Análises Laboratoriais Forenses.
Endereço: Avenida Filinto Muller, 1530 – Vila Ipiranga
Telefone 1: (67) 33456738

Amambai
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação de Amambai
Endereço: Rua Colombo, 807, Amambai – MS
Telefone 1: (67) 34811066

Bataguassu
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação de Bataguassu
Endereço: Rua Padre Anchieta, 850 Jardim São Francisco
Telefone 1: (67) 35411943

Costa Rica
Instituição: Unidade Regional de Perícias e Identificação de Costa Rica
Endereço: Rua Domingos Augusto Coelho, 511, Centro
Telefone 1: (67) 32472170
Telefone 2: (67) 32472783

Fátima do Sul
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação de Fátima do Sul
Endereço: Rua Antônio Barbosa, 1980 – Centro
Telefone 1: (67) 34674311

Nova Andradina
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação de Nova Andradina.
Endereço: Avenida José Heitor de Almeida Camargo, 1044 – Centro
Telefone 1: (67) 996610586

Coxim
Instituição: Unidade Regional de Perícias e Identificação de Coxim.
Endereço: General Mendes de Moraes, 240. Jd Aeroporto
Telefone 1: (67) 998782287

Aquidauana
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação.
Endereço: Rua Luís da Costa Gomes, 593, Vila Cidade Nova
Telefone 1: (67) 999169455

Naviraí
Instituição: Unidade Regional de Perícias e Identificação de Naviraí.
Endereço: Avenida Campo Grande, 188, 1° piso, Centro
Telefone 1: (67) 992157528

Corumbá
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação.
Endereço: Rua Major Gama, 290
Telefone 1: (67) 32349913

Jardim
Instituição: Núcleo Regional de Medicina Legal de Jardim
Endereço: Avenida Fernando Aranha, 1055 Vila Major Costa
Telefone 1: (67) 32516100

Dourados
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação de Dourados
Endereço: Rua Cel. Ponciano, 835 – Terra Roxa
Telefone 1: (67) 34165614

Três Lagoas
Instituição: Núcleo Regional de Medicina Legal de Três Lagoas
Endereço: Rua Mario Cesar Mancini, 351, jardim Morumbi
Telefone 1: (67) 35227975
Telefone 2: (67) 999653166

Ponta Porã
Instituição: Núcleo Regional de Medicina Legal de Ponta Porã
Endereço: Rua Jorge Roberto Salomão, 1534 – Jardim Ipanema
Telefone 1: (67) 996174579
Telefone 2: (67) 34311034

Paranaíba
Instituição: Unidade Regional de Perícia e Identificação de Paranaíba
Endereço: Rua Autogamis Rodrigues da Silva n. 1531 – Centro
Telefone 1: (67) 35031043
 

Cidades

Veículos batem de frente e três pessoas da mesma família morrem na BR-267

Motorista de um Virtus tentou fazer uma ultrapassagem, quando colidiu de frente com um Corolla; todas as vítimas estavam no veículo atingido

16/12/2025 18h36

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram Foto: Divulgação / PRF

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Três pessoas morreram em um acidente envolvendo dois carros de passeio, na manhã desta terça-feira (16), na BR-267, em Nova Alvorada do Sul. O acidente aconteceu durante uma tentativa de ultrapassagem.

De acordo com informações da PRF, um veículo Toyota Corolla, com placas de São Miguel de Guaporé (RO), seguia no sentido Nova Alvorada do Sul a Distrito de Casa Verde, enquanto um Virtus, com placas de Três Lagoas, seguida no sentido contrário.

Na altura do km 177, os veículos bateram de frente. Segundo testemunhas, o Virtus teria tentado fazer uma ultrapassagem e acabou colidindo com o Corolla.

Com o impacto da batida, duas passageiras no Corolla, de 55 e 73 anos, morreram na hora. Um outro passageiro, de 74 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu posteriormente no hospital. O motorista, de 53 anos, não teve ferimentos graves.

Conforme informações, as vítimas eram a esposa, pai e mãe do motorista.

No Virtus estavam o condutor e um passageiro, de 42 e 37 anos, respectivamente. Ambos tiveram lesões consideradas leves e foram encaminhados ao hospital em Nova Andradina, mas não correm risco de morte.

Ainda segundo a PRF, foi realizado o teste do bafômetro nos motoristas, com resultado negativo para alcoolemia em ambos.

Informações preliminares são de que a família que estava no Corolla saiu de Rondônia para visitar familiares no interior de São Paulo.

Durante os trabalhos de resgate e perícia, parte da pista ficou interditada. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Outro acidente com duas mortes

Na madrugada desta terça-feira (16), outro acidente deixou duas pessoas mortas e três feridas, na BR-158, em Três Lagoas.

Conforme reportagem do Correio do Estado, Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, trabalhava como moto-entregador. Ambos colidiram em ua região conhecida como anel viário Samir Tomé.

No Palio conduzido, além da motorista estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas.

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora.

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

 

Cabe recurso

Jogo do bicho: deputado Neno Razuk é condenado a 15 anos de prisão

Condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

16/12/2025 17h45

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

Deputado estadual Neno Razuk (PL) Foto: Wagner Guimarães / Alems

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), foi condenado a 15 anos e 7 meses de prisão, apontado como o "cabeça" de um grupo criminoso para tomar o controle do jogo do bicho em Campo Grande. A condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) nesta segunda-feira (15) e sentencia outras 11 pessoas. 

Conforme os autos do processo que corre em segredo de Justiça, os réus tentaram anular a condenação sob pedindo a nulidade das investigações. Em resposta ao Correio do Estado, André Borges, advogado de defesa do deputado, disse que irá recorrer da sentença. "Defesa certamente recorrerá; processo está longe de encerrar; Neno confia na decisão final da justiça", declarou. 

Condenações 

  • Carlito Gonçalves Miranda 10 anos, 9 meses e 24 dias de reclusão, em regime fechado; Não tem o direito de recorrer em liberar e segue sendo procurado;
  • Diogo Francisco 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;   
  • Edilson Rodrigues Ferreira 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 
  • Gilberto Luis dos Santos 16 anos, 4 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • José Eduardo Abduladah 4 anos e 1 mês de reclusão, em regime fechado; permanecerá em prisão domiciliar;
  • Júlio Cezar Ferreira dos Santos 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Manoel José Ribeiro 13 anos, 7 meses e 1 dia de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • Mateus Aquino Júnior 11 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado;
  • Roberto Razuk Filho 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Taygor Ivan Moretto Pelissari 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclisão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado; 
  • Valnir Queiroz Martinelli 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Wilson Souza Goulart 4 anos, 2 meses e 22 dias de reclusão, no semiaberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 

Buscas

Em novembro deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apreendeu mais de R$ 300 mil durante a operação deflagrada contra alvos ligados à família Razuk. A ação, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, também resultou na prisão de três familiares do deputado estadual Neno Razuk. 

Foram detidos o pai do parlamentar, Roberto Razuk, e os irmãos Rafael Razuk e Jorge Razuk. Segundo informações, além do montante em dinheiro, equipes recolheram armas, munições e máquinas supostamente usadas para registrar apostas do jogo do bicho.

Os materiais foram apreendidos durante o cumprimento dos 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão executados  em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã, além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Em Dourados, viaturas foram vistas logo cedo em bairros como Jardim Água Boa e Vila Planalto. A residência de Roberto Razuk foi um dos principais pontos de ação, onde agentes recolheram malotes.

Outro alvo da operação é Sérgio Donizete Balthazar, empresário e aliado político, proprietário da Criativa Technology Ltda., que no início deste ano ingressou no Tribunal de Justiça com mandado de segurança para tentar suspender a licitação da Lotesul, estimada em mais de R$ 50 milhões.

Também aparecem entre os alvos o escritório de Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, conhecido como "Marquinho", chefe de gabinete de Neno Razuk e funcionário da família há cerca de 20 anos.

A família Razuk, já foi alvo de apurações relacionadas ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. A ação é tratada pelo Ministério Público como uma nova fase dessas investigações.

FASES

Em outubro de 2023, antes das fases da Successione, a Polícia Civil fez uma apreensão de 700 máquinas da contravenção, semelhantes a máquinas de cartão utilizadas diariamente em qualquer comércio, sendo facilmente confundidas.

As prisões foram desencadeadas a partir da deflagração das fases da Operação Successione, que começou no dia 5 de dezembro de 2023. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Foi nesta fase que os ex-assessores parlamentares de Neno Razuk foram pegos.

Duas semanas depois, no dia 20 de dezembro, foi deflagrada a segunda fase da operação, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão. Ela foi realizada após investigações do Gaeco apontarem que a organização criminosa continuou na prática do jogo do bicho, além de concluírem que policiais militares também atuavam nesta atividade.

No dia 3 de janeiro do ano passado, chegou a vez da terceira fase da operação, com mais dois envolvidos presos pela contravenção na Capital.

A disputa pelo controle do jogo ilegal em Campo Grande se intensificou após a prisão de Jamil Name e Jamilzinho, durante a Operação Omertá, em 2019, que eram apontados pelas autoridades como os donos do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. 

Quatro anos depois, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos de reclusão, após um julgamento de três dias.

O termo italiano "Successione"  que dá nome a operação, é uma referência a disputa pela sucessão do jogo bicho em Campo Grande após a operação Omertá. A decisão desta terça-feira cabe recurso. 

**Colaborou Felipe Machado

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