Cidades

Corrupção

Polícia Civil detona esquema de corrupção em agência do Detran de MS

Máfia era organizada por servidores do órgão e movimentou R$ 17 milhões com falsificação de documentos

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Máfia composta por despachantes, empresários e servidores do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul), órgão que só existe para impor sobriedade em documentos que determinam se um carro, veículos grandes ou motocicletas podem, ou não, circular pelas ruas, foi destruída depois de fraudar documentos de veículos irrugulares.

Antes, contudo, a organização praticou fraudes e, com isso, arrecadou em torno de R$ 17 milhões, segundo cálculos do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), braço da Polícia Civil de MS.


No âmbito da Resfriamento, operação do Dracco, em curso há dez dias, os investigadores identificaram cinco integrantes da organização criminosa.

 

Nesta sexta-feira (18), os policiais tentaram cumprir três mandatos de prisões em Juti, mas o trio fugiu antes que os investigadores chegassem a eles.

 

Era em Juti, município com cerca de 7 mil habitantes que funcionava o esquema. O "escritório" da organização era a própria agência do Detran-MS, onde os documentos eram fraudados.

 

Em comunicado emitido pela Polícia Civil, na manhã desta sexta é dito que "as informações são de que veículos irregulares, até mesmo de outros estados, seriam regularizados na agência [de Juti], mediante inserção de documentos falsos e pagamento de propina a servidores, sem nunca ter passado por vistorias de segurança ou mesmo ingressado no estado".


Ou seja, veículos com documentações irregulares nem precisavam ser levados à agência do Detran, sejam eles da Bahia, Espírito Santo ou Amapá, qualquer região do país.

 

DINHEIRAMA

 

Com as fraudes, a máfia arrecadou milhões de reais, segundo nota emitida pela polícia:  "com o auxílio dos operadores financeiros, mais de 17 milhões de reais foram movimentados pela organização, sendo mais de um milhão de reais transacionados apenas por um dos servidores, que tem salário em torno de 3 mil reais".
Investigadores do Dracco iam prender nesta sexta o gerente da agência do Detran, em Juti, Adriano Passarelli, que é do PP, Jefferson Cassavara, que seria empresário e um de seus filhos, cujo nome ainda não foi divulgado.


Passarelli já foi vereador e, em suas redes sociais foi atuante nas eleições deste ano, postando lá congratulações a candidatos eleitos.

 

Na nota da polícia, é citado a questão dos foragidos: "... ao serem procurados em suas residências nesta manhã [sexta], não foram localizados e são considerados foragidos. Dentre os foragidos, encontram-se o atual gerente da agência do Detran de Juti/MS [o ex-vereador, que é servidor de carreira] e um pai e filho, que serviriam de operadores financeiros da organização criminosa. Além das ordens prisionais, também foi obtida a conversão em prisão preventiva de outro servidor do Detran e do despachante, que já estavam presos temporariamente".

 

Fora os três foragidos implicados no esquema, os investigadores do Dracco já tinham prendido na semana passada Marcel Libert Lopes Cançado, também servidor do Detran e João Ney Pereira da Silva, que é despachantes na cidade de Dourados.

Contra eles a justiça decretou prisão preventiva, sem data definida para expirar.

 

COMO FUNCIONA O ESQUEMA

 

Ainda de acordo com o comunicado do Dracco, durante a investigação foram confirmados os indícios de "verdadeira prática de corrupção sistêmica, empreendida pela organização criminosa".
A máfia agia em três frentes, segundo a nota policial:


O primeiro grupo é o Grupo Despachante, diz a polícia, "formado pelo despachante que já se encontrava preso temporariamente, sendo ainda apurada a participação de outros despachantes ou funcionários. O Grupo Despachante tinha a função de captação de clientes, que são proprietários de veículos irregulares que teriam a intenção de regularizá-los indevidamente. Após a captação dos clientes e pagamento pelo serviço, o Despachante encaminhava os documentos para o Grupo Político, integrado pelos dois servidores públicos da agência de trânsito de Juti/MS".

 

Segue o comunicado da polícia: "... os servidores são responsáveis por fazer as alterações falsas no sistema do Detran, mesmo diante das irregularidades do veículo, endereços falsos e ausências de documentos obrigatórios. Para o financiamento do esquema, contavam ainda com o Grupo Financeiro, que é composto por pai e filho, que serviam como verdadeiros operadores financeiros da organização. Além de pagamentos diretos entre o Grupo Despachante e o Grupo Político, que se aproximam de meio milhão de reais, também eram realizadas transações financeiras por intermédio dos operadores financeiros, que além disso, também seriam responsáveis pela dissimulação e ocultação dos valores movimentados pela organização criminosa"

 

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Trecho Liberado

Manifestantes encerram bloqueio após 8 horas de protesto na BR-262

Manifestantes fecharam o trecho na manhã de hoje, em protesto por reivindicações de terras, assentamentos e alimentação para famílias acampadas.

25/11/2024 14h00

Bloqueios ocorrem na BR-262, entre os municípios de Anastácio e Miranda, e na MS-384, entre as cidades de Ponta Porã e Antônio João

Bloqueios ocorrem na BR-262, entre os municípios de Anastácio e Miranda, e na MS-384, entre as cidades de Ponta Porã e Antônio João Foto: Ligado Na Notícia

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Os manifestantes do MST (Movimento Sem Terra) liberaram o trecho da BR-262, entre Anastácio e Miranda, após 8 horas de protestos. O bloqueio, que tinha como objetivo a luta por moradia, teve início por volta das 4h e foi encerrado no início da tarde de hoje (25).

Conforme apurado pela reportagem, cerca de 400 manifestantes bloquearam o km 492 com troncos de árvores, reivindicando terras, alimentação para famílias acampadas e respostas mais concretas do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) sobre novos assentamentos ainda neste ano.

Após aproximadamente 8 horas de protestos e negociações, o líder do movimento e diretor regional, Douglas Cavalheiro, divulgou o lançamento da rodovia.

Outro ponto de manifestação ocorre na MS-156, região de acesso entre Dourados e Itaporã, onde indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru protestam contra a falta de água nas comunidades. Usando árvores e tratores, eles impedem o trânsito nos dois sentidos, permitindo apenas a passagem de veículos de emergência.

Conforme informações obtidas na região, os indígenas cobram da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) o envio de mais caminhões-pipa para suprir a demanda de água potável, já que na área não há redes de abastecimento.

Até o momento, não há prazo para a liberação do trecho. Equipes da Polícia Militar Rodoviária (PMR) estão no local, orientando os motoristas a seguirem rotas alternativas.

A reportagem do Correio do Estado tentou contato com a Sesai, mas não obteve respostas sobre as demandas dos manifestantes e o prazo para seu atendimento. O canal segue aberto caso a Secretaria queira se manifestar sobre o assunto.

 

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Maracaju

Policiais apreendem produtos de contrabando avaliados em mais de R$ 1 milhão

Os produtos de contrabando foram encontrados neste final de semana na zona rural do município de Maracaju. Até o momento, ninguém foi encontrado

25/11/2024 13h30

Veículo foi encontrado abandonado na zona rural de Maracaju

Veículo foi encontrado abandonado na zona rural de Maracaju Imagens/ DOF

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Em duas operações separadas, agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) encontraram cargas de agrotóxicos e cigarros contrabandeados, avaliados em R$ 1,1 milhão, abandonados na zona rural de Maracaju, a 159 quilômetros de Campo Grande. Até o momento , ninguém foi preso ou localizado

A primeira operação ocorreu na zona rural da MS-460, onde os policiais avistaram um GM Classic abandonado às margens da rodovia. Durante a vistoria, foram encontrados diversos pacotes de agrotóxicos de origem estrangeira, avaliados em R$ 722 mil.

Durante diligências em busca de suspeitos, nenhum foi localizado. O material apreendido foi encaminhado à Receita Federal, em Ponta Porã.


Mais apreensões 

A segunda operação, que também aconteceu neste final de semana, foi na MS-164, também na zona rural do município de Maracaju. Durante a ação, os policiais do DOF encontraram 400 caixas de cigarros contrabandeados, abandonados em um veículo nas margens da BR-164. O automóvel estava sem ocupantes, por isso os policiais não conseguiram localizar o dono da carga. 
 

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