A Polícia Civil identificou e já tem um mandado do Judiciário para apreender o adolescente de 16 anos que matou com cinco facadas no peito Paulo Henrique de Carvalho de 18 anos, o Poconé, nas proximidades da Praça do Bairro São Bento. O crime, registrado na madrugada do último dia 20, teve a participação ainda de outros quatro adolescentes, que perseguiram a vítima na saída de uma noitada de uma conveniência.
Três jovens imobilizaram Poconé, um terceiro esfaqueava o rapaz até deixá-lo agonizante e morrer, enquanto o quinto integrante do grupo monitorava a movimertação no entorno. Todos são integrantes da facção de menores delinquentes residentes no São Bento que se juntam para usar drogas, se embriagar, praticar pequenos furtos e eventualmente, se enfrentar em confrontos que acabam em morte.
Segundo a delegada Deborah Mazzola Nunes Pereira, os dois menores envolvidos no crime que foram apreendidos (e soltos depois de prestarem depoimentos) detalharam como tudo aconteceu e informaram a identidade do responsável pelos golpes que acabaram matando Poconé. A motivação do crime seria uma “treta” (rixa) entre a vítima e os adolescentes que se juntaram para matá-la.
Um dos menores apreendidos é L.S.J de 15 anos, que a exemplo do restante do grupo é detentor de uma longa ficha de passagens pela polícia. Numa delas, no último dia 12 de setembro, foi surpreendido numa residência no prolongamento da Rua General Osório no bairro São Bento, participando do desmanche de seis bicicletas que tinham roubado.
Além dele participavam do grupo M.R de 13 anos vulgo “Bobeias”, L.V.S de 14 anos e P.G.L de 14 anos. Foram levados para Delegacia por volta das 13h e duas horas depois já estavam de volta às ruas.
O crime
Paulo Henrique de Carvalho, um jovem de 18 anos, foi linchado por cinco menores que o perseguiram, o seguraram e o executaram com cinco facadas na altura do coração. Conforme relato de testemunhas, os adolescentes saíram da conveniência Pagode Jovem (localizada próximo da Praça do bairro São Bento) em perseguição a Paulo.
Quando o alcançaram, iniciaram a sessão que só terminou quando o deixaram quase morto. Três rapazes o seguraram, um quarto deu cobertura e o quinto, se encarregou de desferir as facadas. De imediato, os assassinos fugiram, enquanto a vítima ainda agonizava pelo chão da praça. Levado num táxi, Paulo morreu a caminho do hospital.
Pelo que a Polícia apurou, o que desencadeou a perseguição, seguida do linchamento, foi um incidente ocorrido dentro da conveniência. Paulo Henrique teria se desentendido com o grupo de jovens e eles então resolveram acertar as contas na saída.