Polícia

CASO WESNER

Condenada a 12 anos de prisão, dupla que matou rapaz com mangueira de ar está foragida

Ambos foram condenados a 12 anos de prisão por matar Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, com uma mangueira de ar introduzida no ânus, em 2017

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Thiago Giovanni Demarco Sena, de 27 anos e William Enrique Larrea, de 37 anos são considerados foragidos por não terem se entregado às autoridades até a manhã desta terça-feira (20).

Eles são acusados de matar Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, com uma mangueira de ar introduzida no ânus, em 3 de fevereiro de 2017.

Foram condenados a 12 anos de cadeia em júri popular realizado em 30 de março de 2023, mas recorreram da decisão do juiz, e, até então, viviam em liberdade.

Após o crime, ambos não ficaram presos um sequer dia, prestaram depoimentos dias depois da morte e foram liberados.

Mas, nesta segunda-feira (19), sete anos após a morte de Wesner, o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Júri de Campo Grande, mandou prendê-los e recolhê-los. Porém, até o momento, ambos não se apresentaram à delegacia.

JÚRI POPULAR

Em júri popular realizado em 30 de março de 2023, Thiago Giovanni Demarco Sena e Willian Enrique Larrea negaram que havia intenção de matar o jovem e alegaram que a tragédia resultou de uma “brincadeira de mau gosto”.

Primeiro a depor entre os acusados, Thiago Giovanni Demarco Sena disse não saber do potencial destrutivo da mangueira de ar comprimido, que teria sido introduzida na região do ânus da vítima.

Segundo ele, todos eram amigos e nunca tiveram desavença. Ele afirma ainda que não era a primeira vez que brincavam com a mangueira, direcionando o jato de ar para o rosto ou outras partes do corpo.

No dia do crime, ele afirma que Wesner e Willian estavam brincando com o compressor e que a vítima teria iniciado.

Thiago, que estava fazendo a lavagem embaixo de um carro, também entrou na suposta brincadeira.

"Eu com a mangueira na mão, em tom de brincadeira falei 'de novo você fazendo isso Wesner'. Peguei e direcionei a mangueira na bunda dele por cima do short, com ar do compressor aberto, que eu já vinha usando, encostei, pressionei por nem três segundos", disse o réu.

"Na hora ele reclamou e pediu para parar, falou que tava doendo, na hora eu desliguei a mangueira", afirmou ainda.

Questionado se tinha consciência que o compressor de ar pudesse causar danos graves e levar a morte, Thiago disse que não sabia do risco.

"Eu nunca imaginei que pudesse acontecer o que aconteceu com ele, se eu soubesse jamais teria brincado com ele com o compressor", afirmou.

Na sequência, o outro acusado,Thiago Giovanni Demarco Sena depôs e, chorando, também afirmou que o caso se tratou de uma brincadeira que deu errado.

Ele confirmou a versão de Willian, de que todos eram amigos e estavam brincando quando a mangueira foi direcionada a Wesner.

Eles falaram ainda que as brincadeiras com o compressor de ar eram comuns, mas não com direcionamento para as partes íntimas e nunca na maldade.

O CRIME

Em 3 de fevereiro de 2017, Thiago Giovanni e William Enrique Larrea introduziram uma mangueira de ar comprimido – equipamento automático para lavagem de carros –  no ânus de Wesner Moreira, por “brincadeira”, no lava-jato em que trabalhavam.

De acordo com os réus, os três estavam “brincando” com a mangueira de ar, direcionando o jato de ar para o rosto ou outras partes do corpo, quando ambos pegaram Wesner no colo, o seguraram e apontaram o compressor em direção ao ânus do garoto. 

Wesner foi levado ao hospital, alegando dores na barriga, vômito e inchaço abdominal. Permaneceu internado por 11 dias no Hospital Santa Casa de Campo Grande e morreu em 14 de fevereiro de 2017.

* Colaborou Glaucea Vaccari

campo grande

Motorista colide em veículos, é arremessado para fora e morre esmagado pelo próprio carro

Com o impacto das batidas, vítima foi arremessada para fora, caiu no asfalto e ficou prensada entre o carro e o chão

28/12/2024 09h55

Marcas do acidente ainda permanecem no local: sangue, papéis e estilhaços da lataria do carro

Marcas do acidente ainda permanecem no local: sangue, papéis e estilhaços da lataria do carro Foto: Mariana Piell

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Abel Melgarejo, de 51 anos, morreu esmagado pelo próprio carro, após perder o controle do veículo e colidir em outros dois carros estacionados, na madrugada deste sábado (28), na rua 13 de maio, número 1.404, em frente ao Residencial Damasco, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Abel trafegava pela 13 de maio em um Hyundai IX35 cinza, quando perdeu o controle da direção e bateu em um FordKa vemelho e Chevrolet Prisma grafite.

De acordo com o boletim de ocorrência, com o impacto das batidas, a vítima foi arremessada para fora e caiu no asfalto.

Neste momento, seu carro tombou em cima de seu corpo, esmagando-o. Ele morreu na hora, esmagado pelo próprio carro.

A vítima perdeu muito sangue. A reportagem compareceu no endereço do acidente na manhã deste sábado (28) e constatou que as marcas do acidente ainda permanecem no local: sangue, papéis e estilhaços da lataria do carro. 

Lateral do FordKa vermelho e traseira do Chevrolet Prima grafite sofreram avarias e ficaram destruídas. 

Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros Militar e funerária estiveram no local para realizar os procedimentos de praxe.

A reportagem apurou que a família da vítima foi até o local do acidente buscar os pertences de Abel na manhã deste sábado (28), após saberem da tragédia. 

Neste ano, 337 pessoas morreram em acidentes de trânsito em Mato Grosso do Sul. Veja as fotos do acidente:

Marcas do acidente ainda permanecem no local: sangue, papéis e estilhaços da lataria do carroFoto: Mariana Piell
Marcas do acidente ainda permanecem no local: sangue, papéis e estilhaços da lataria do carroFoto: Mariana Piell

OUTROS ACIDENTES

Motociclista, Luiz Carlos, de 41 anos, morreu após colidir contra meio-fio, cair no asfalto e ser atropelado por outra moto, em 14 de dezembro de 2024, na avenida Gunter Hans, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o motociclista trafegava na avenida Gunter Huns, esquina com a rua da Enseada, sentido centro-bairro, quando perdeu o controle da moto, colidiu contra o meio-fio do canteiro central e caiu no asfalto, no meio da avenida. O capacete se desprendeu da cabeça no momento em que foi arremessado em direção ao solo.

De acordo com populares que presenciaram o acidente, em seguida, outro motociclista vinha no mesmo sentido e atropelou a vítima, passando por cima de sua cabeça.

Ele fugiu no local e não prestou socorro. Populares acionaram a polícia e o socorro, mas, Luiz morreu na hora. Ele sofreu diversas lesões na região da cabeça.

Havia chovido minutos antes do fato e o asfalto estava molhado no momento do acidente. A vítima não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

CRIANÇA ATROPELADA NO NATAL - Criança, de 10 anos, morreu atropelada por um motorista bêbado, na noite desta quarta-feira (25) de Natal, em Rio Negro, município localizado a 151 quilômetros de Campo Grande.

O carro estava cheio de caixas de cerveja e latas vazias. O condutor foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e homicídio culposo na direção de veículo automotor.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz estava em uma confraternização de Natal com família e amigos, bebeu várias latas de cerveja e foi embora de carro, dirigindo.

No caminho de volta para a casa, dirigia a uma velocidade aproximada de 60 km/h, quando o menino surgiu na pista, após atravessar um carro estacionado. Ele não teria olhado para os lados antes de atravessar a via.

O motorista relatou que não conseguiu frear a tempo e acabou atropelando o garoto. O menino foi socorrido em estado grave e encaminhado para o posto de saúde, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

POLÍCIA

Pistoleiro é preso horas antes de executar 6ª vítima em 4 meses

Último assassinato ocorreu na sexta-feira (13) e o próximo ocorreria nesta quinta-feira (19)

19/12/2024 12h15

Pistoleiro e seus comparsas presos

Pistoleiro e seus comparsas presos Divulgação/Polícia Civil - MS

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Homem, de 41 anos, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante por policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta quinta-feira (19), no Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

O criminoso é pistoleiro responsável pela morte de cinco pessoas em um período de quatro meses, de agosto a dezembro de 2024.

Ele mataria a sua sexta vítima nas próximas horas, mas, graças ao trabalho da polícia, foi preso antes de executar o próximo alvo.

A última execução ocorreu na noite desta sexta-feira (13), quando o pistoleiro e Júnior Ferreira trafegavam juntos, em uma mesma motocicleta, em uma avenida. Júnior pilotava a moto e o pistoleiro estava na garupa.

Em determinado momento, Júnior estacionou a moto e o criminoso desceu, sacou a arma e atirou contra o rosto e costas da vítima. Em seguida, entrou em um carro branco que passou na rua, no momento da execução, para fugir. Possivelmente a “carona” já era premeditada.

Ele recebeu R$ 5 mil para assassinar Júnior Ferreira em 13 de dezembro.

Após o crime, o autor seguiu para Ponta Porã, cidade que adotou como base para praticar os crimes de tráfico de drogas e homicídio mediante pagamento.

O indivíduo retornou a Campo Grande na terça-feira (17) para, mediante pagamento de R$ 12.000,00, assassinar outra pessoa e negociar uma carga de droga nesta quinta-feira (19), dependendo da facilidade para abater o alvo.

Ele não apontou a identidade da vítima e nem quem seria o contratante. O motivo da execução seria disputa pelo tráfico de drogas e contrabando.

Sobre as armas de fogo utilizadas nas pistolagens, o homicida informou que eram fornecidas pelos contratantes e, após a execução, eram devolvidas.

Sobre a droga, disse ser de sua propriedade e da pessoa que o acompanhava, tendo eles apontado o Jardim São Conrado onde se encontrava o entorpecente.

O homicida, natural de São Paulo e residente em Mato Grosso do Sul, é de extrema periculosidade, pois permaneceu nove anos preso pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas, e, quando recebeu a liberdade em agosto, matou mais quatro pessoas no Paraguai e uma em Campo Grande.

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