Polícia

ESTADO DE CALAMIDADE

Governo de MS envia helicóptero para resgatar vítimas das enchentes no RS

Aeronave está equipada com imageador térmico e guincho elétrico para o resgate de pessoas em áreas isoladas e de difícil acesso

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Helicóptero do governo de Mato Grosso do Sul está a caminho do Rio Grande do Sul para auxiliar no resgate de vítimas das enchentes.

A aeronave saiu de Campo Grande (MS) na noite desta sexta-feira (3) e chegará em Lageado (RS) neste sábado (4), onde foi montada uma base de resgate aéreo das forças de segurança que integram a missão de auxílio às vítimas.

A tripulação é composta por policiais e bombeiros militares especialistas em busca e salvamento.

O helicóptero é do prefixo PT-FRN, esquilo e pertencente a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

A aeronave está equipada com imageador térmico e guincho elétrico para o resgate de pessoas em áreas isoladas e de difícil acesso. É possível içar até duas pessoas, suportando um peso de 204 quilos.

Gaúcho e cabo da Polícia Militar, Carlos Eduardo Hickman, é dos militares que está indo para o Rio Grande do Sul.

"Sou mecânico de aeronaves, helicópteros, e tripulante operacional que faz parte da equipe que está indo ajudar o povo gaúcho. Para mim é uma honra poder fazer parte dessa missão humanitária", comentou o policial.

Nesta sexta-feira (4), nove militares do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) saíram de Campo Grande (MS) com destino a Monte Negro (RS).

A equipe se desloca por meio terrestre e é composta por oito mergulhadores e um médico, distribuídos em duas viaturas carregadas com dois barcos motorizados.

A previsão é que os bombeiros permaneçam, por no mínimo, 10 dias em solo riograndense.

CALAMIDADE

Boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul neste sábado (4) aponta que as chuvas já resultaram em 56 mortes, 67 desaparecimentos e 74 feridos, em todo o Estado, desde terça-feira (30). Até o momento, existem 8.296 desabrigados e 24.666 desalojados.

As chuvas atingem 281 municípios do RS. Segundo a Defesa Civil, 350 mil pontos residenciais e comerciais seguem sem energia elétrica.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao menos 128 trechos de 68 rodovias estavam total ou parcialmente bloqueados, incluindo estradas e pontes.

Alguns foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.

Na quarta-feira (1º), o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas.

A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras.

O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas.

O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros.

O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.

* Com Agência Brasil

RIO BRILHANTE (MS)

Homem empina moto com criança na garupa e mata menino de dois anos

Rapaz conduzia a motocicleta em alta velocidade com mãe e filho na garupa, realizando acrobacias e manobras perigosas; criança teve traumatismo craniano e morreu

13/09/2024 09h25

Imagem de ilustração

Imagem de ilustração DIVULGAÇÃO

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Homem, de 30 anos, matou um menino de 2 anos, após empinar a moto em alta velocidade com a criança na garupa, na madrugada desta sexta-feira (13), em Rio Brilhante, município localizado a 161 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, havia três pessoas na moto: o rapaz, a mãe e o filho de dois anos, sem capacete.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem conduzia a motocicleta em alta velocidade com mãe e filho na garupa, realizando acrobacias e manobras perigosas em via pública.

Em determinado momento, ele perdeu a direção da moto e todos caíram no asfalto. Os três ficaram feridos, sendo o bebê em estado gravíssimo e a mãe em estado grave. Com isso, mãe e filho foram encaminhados para o hospital.

A criança foi diagnosticada com traumatismo craniano e, devido a gravidade do caso, teve que ser transferida para Dourados. Mas, a caminho do hospital, não resistiu e morreu dentro da ambulância.

O autor, que é namorado da mulher, confessou ter ingerido bebida alcoólica com a mãe da criança momentos antes de saírem com a motocicleta.

Ele foi conduzido para a delegacia, enquanto a mãe e filho foram hospitalizados. A moto foi encaminhada ao pátio de Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS). O caso foi registrado como “Homicídio” na Delegacia de Polícia Civil de Rio Brilhante.

OUTRO CASO

Milena Honorato Cosmo Gomes, de 25 anos, morreu após ser arremessada da garupa da moto do namorado que fazia acrobacias e manobras perigosas, em 27 de junho de 2024, no cruzamento da rua Vanderlei Pavão com avenida José Barbosa Rodrigues, Jardim Aerporto, em Campo Grande. 

Motociclista e namorado da vítima, Peterson Bueno Machado, de 23 anos, fugia da Polícia Militar quando bateu em outro carro que fazia conversão, momento em que ele e a namorada, que estava na garupa, foram arremessados a uma distância de aproximadamente 10 metros. Ela deixou um filho de 6 anos.

2024.2

Em 10 dias, Operação Ágata Fronteira Oeste apreendeu 3 toneladas de droga

Além disso, também foram apreendidos mercadorias irregulares, munições, armas, retroescavadeiras, motosserra e betoneira

12/09/2024 12h30

Coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (12) na Base Aérea der CG

Coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (12) na Base Aérea der CG MARCELO VICTOR

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Operação Ágata Fronteira Oeste apreendeu, entre 2 e 12 de setembro de 2024, nos 2.500 quilômetros da fronteira MS/Paraguai/MT/Bolívia:

  • 3 toneladas de droga (pasta base de cocaína, maconha, haxixe e skank)
  • 5 toneladas de mercadorias irregulares
  • 4 retroescavadeiras utilizadas em garimpo ilegal
  • 1 betoneira utilizada em garimpo ilegal
  • 1 motosserra utilizada em garimpo ilegal
  • Munições calibre 32
  • Armas
  • 440 toneladas de maconha que sairiam do lado paraguaio e viriam para o lado brasileiro

Pessoas, que escondiam droga no corpo e engoliram entorpecentes, também foram presas. Um meliante, que praticava garimpo ilegal em terra indígena e transportava ouro, também foi preso.

Em dez dias, as apreensões resultaram em prejuízo de R$ 19,5 milhões para o crime organizado no lado brasileiro e US$ 15 milhões no lado paraguaio.

Os principais desafios encontrados pelos militares, durante a operação, estão relacionados a geografia local, como fronteira seca e capilaridade para vias de escoamento.

O Exército Paraguaio e Exército Boliviano foram convidados para participar da operação, mas só o Exército Paraguaio aceitou e foi integrado de fato.

O major-brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB), Luiz Cláudio Macedo, afirmou que a vigilância permanecerá reforçada no espaço aéreo, terrestre e aquático nos oito dias que ainda restam de operação.

Coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (12) na Base Aérea der CGmajor-brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB), Luiz Cláudio Macedo. Foto: Marcelo Victor

“A partir desse momento, a gente inicia o retraimento, sendo que em função da integração e coordenação dos órgãos de segurança pública, que permanecem na região por todo esse tempo, são desenvolvidas algumas ações que nós chamamos ações em profundidade nesse período aí do rescaldo. Então, ao longo desse período de desmobilização, que vai até o dia 20, é em coordenação dos órgãos de segurança pública e de fronteira. Também nós realizamos ações justamente visando a aumentar o monitoramento, o patrulhamento nas vias, nos rios e também do espaço aéreo até o dia 20”, explicou o militar.

Além disso, ressaltou que a integração entre as forças e órgãos federais e estaduais são extremamente importantes no combate ao crime organizado.

“Um dos propósitos da Operação Ágata é justamente a integração, da operação das Forças Armadas com os órgãos de segurança pública, federais, estaduais e municipais. Isso aí gerando uma sinergia, justamente porque a gente leve a população no aumento da sensação de segurança na faixa de fronteira”, pontuou o major-brigadeiro.

Os dados foram divulgados à imprensa na manhã desta quinta-feira (12), pelo major-brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB), Luiz Cláudio Macedo, no auditório da Base Aérea de Campo Grande (BACG).

OPERAÇÃO

Operação Ágata Fronteira Oeste ocorrerá de 2 a 20 de setembro de 2024, nos 2.500 quilômetros da fronteira MS/Paraguai/MT/Bolívia. Ao todo, são 18 dias ininterruptos de operação.

Coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (12) na Base Aérea der CGAeronaves utilizadas na Operação Ágata. Foto: Marcelo Victor

Forças Armadas (Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira), forças de segurança federais (Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Força Nacional), forças de segurança estaduais (Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal de MS e MT) e órgãos federais (Receita Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Fundação Nacional dos Povos Indígenas e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) atuam na operação.

Mais de 2.000 homens atuam na operação com auxílio de 217 viaturas, 12 aeronaves e 16 embarcações.

O efetivo atua em postos de bloqueio terrestres e fluviais, patrulhamento mecanizado e motorizado, controle de tráfego aéreo e posto de segurança estático.

O objetivo é combater os crimes fronteiriços de contrabando, descaminho e tráfico de drogas, armas e animais silvestres.

Esta é a segunda operação do ano, tendo em vista que a primeira começou em novembro de 2023 e encerrou em maio de 2024, com apreensão de 25,6 toneladas de droga, 222.368 unidades de pacotes de cigarro, R$ 157,8 milhões em espécie, veículos avaliados em R$ 9,7 milhões e escavadeiras avaliadas em R$ 54,8 milhões.

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