Polícia

EXTRADITADO E PRESO

"Operação Pavo Real" mira patrimônio de U$ 150 milhões do megatraficante Jarvis Pavón

Ação entre Polícia Federal e Secretaria Antidrogas do Paraguai cumpre 32 mandados de prisão, com policiais sendo recebidos a tiros

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De olho em um patrimônio de imóveis avaliado em 150 milhões de dólares, a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e o Ministério Público do Paraguai - junto da Polícia Federal brasileira - realizam a operação "Pavo Real" para o confisco de bens do narcotraficante Jarvis Pavón, cumprindo inclusive 32 mandados de prisão no País vizinho. 

Fruto de uma investigação de três décadas, nos rastros criminais de Jarvis Chimenes Pavón, essa operação faz busca e apreensão também em outras 11 empresas diretamente ligadas à organização criminosa. 

Ainda, conforme a secretaria de segurança pública da região de fronteira, esses imóveis apreendidos deverão, posteriormente, ficar à disposição do Estado Paraguaio. 

Ainda, segundo a mídia local, a ação é feita em residências particulares; hotéis, estabelecimentos comerciais e até armazém abandonado, prendendo pelo menos 11 pessoas até a metade da manhã desta segunda-feira (10). 

Adrián Brizuela, Lilian Haydee Ayala de Silva, Gabriela Esther González Jacquet e Carlos Oleñik Memmel foram detidos em Assunção.

Já em Pedro Juan Caballero, foram pegos Daniel Montenegro, María Cristina González Ibarra, Nancy del Carmen Alfonso, Raquel Amaro González, Jorge Mora Galeano e Renan Gilberto Mora Benítez. Segundo a Segurança da Fronteira, além desses, o advogado Alfredo Duarte também foi preso. 

Desde 1994 as polícias de ambos os países apuram o patrimônio de Pavón, que teria sido acumulado através dos ganhos com o tráfico de drogas, usando negócios de fachada - como concessionárias; pecuária e hotelaria - para disfarçar o esquema.

Conhecido como "o Barão das drogas", ainda em 2009 a Senad realizou a prisão de Jarvis no Paraguai, sendo que sua extradição para o Brasil aconteceu em 28 de dezembro de 2017. 

Atirou contra policiais

Também, um dos detidos na Operação Pavo Real, Daniel Montenegro, deu trabalho para os policiais que realizavam o serviço, por disparar contra equipes da Senad. 

Marido da promotora Katia Uemura, como bem lembra o ABC Color, ela seria a agente fiscal que culpou Humberto Coronel por "se entregar" para a morte. 

Conforme o veículo, Humberto Coronel - jornalista conhecido por denúncias de irregularidades políticas e inação policial em Amabay - teria "se entregue" a pistoleiros e morto em Pedro Juan Caballero, em setembro do ano passado. 

Em contraponto, as autoridades frisam que Ministério Público ou Polícia não tiveram culpa na morte de Coronel, que teria recusado a custódia. 

"Uma pessoa que é diretamente ameaçada deve se abrigar... de repente, tentar consertar as coisas se a situação permitir e não ficar se entregando assim", pontua a nota. 
 
Daniel Montenegro Menesez disparou um projétil, que atingiu a parede da residência. Não houve registro de troca de tiros, ou de qualquer agente ferido. 

Longa busca

Na mira das investigações há décadas, essa não é a primeira investida contra o patrimônio de Jarvis que, mesmo encarcerado, era tido como o mandante do tráfico de drogas, controlando pelo menos R$ 302 milhões de fortuna. 

Além dos vários imóveis listados na operação paraguaia de hoje, ainda em novembro de 2022 uma investida mirava casas de luxo avaliadas em R$ 80 milhões, espalhadas por Mato Grosso do Sul e pelo menos outras quatro unidades da Federação: Rondônia; Bahia; Santa Catarina e Distrito Federal. 

Também, em 2022, o Tribunal do Júri da Justiça Federal da 4ª Região absolveu Jarvis Chimenes Pavão da acusação de homicídio qualificado e o condenou por tráfico e associação para tráfico de drogas. 

Ele foi condenado a 23 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado, que deve começar após o fim da pena que ele já está cumprindo na Penitenciária Federal de Porto Velho.
 

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TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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