Polícia

FRONTEIRA

Polícia boliviana descobre golpe do seguro em veículo de luxo de R$ 300 mil

Proprietária de SUV vendeu carro na Bolívia por US$ 6 mil e alegou furto

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Policiais da Direção Nacional de Prevenção e Investigação de Roubo de Veículos (Diprove), unidade da polícia boliviana, descobriram uma SUV de luxo vendida na região de fronteira com o Brasil a partir do chamado golpe do seguro. O carro foi comercializado próximo a Corumbá por cerca de US$ 6 mil (em torno de R$ 30 mil), quando o valor dele chega a ser de R$ 300 mil. O veículo acabou sendo recuperado na região de fronteira, nesta semana.

Conforme apuração da equipe de investigação do Diprove, a proprietária do carro é do Paraná e veio para Corumbá. A venda teria ocorrido em Puerto Quijarro e a dona do carro recebeu em dólar, em espécie. Essa comercialização teria ocorrido no começo de setembro.

A SUV de marca inglesa é do ano de 2021 e ainda não havia notificação oficial de roubo ou furto quando foi encontrada. Durante apuração, por conta das placas brasileiras, as autoridades bolivianas averiguaram que o carro estava em nome de uma mulher e estava alienado para uma empresa. Bem como, consta registro de seguro do carro. Além disso, o veículo possui sistema de monitoramento via satélite, mas ele estava desligado.

 A equipe policial conduzia uma investigação paralela para tentar encontrar um outro carro. Houve registro de furto na Polícia Civil de um Gol no município de Corumbá, na semana passada. A vítima, que é de Mato Grosso, também fez registro no Diprove do furto e solicitou apoio para tentar recuperar o carro.

Depois desse registro, houve início de investigação de equipe que está instalada em Puerto Suarez, município a 30 km de Corumbá. Houve a identificação que veículos brasileiros suspeitos tinham sido vistos cruzando a fronteira. Primeiro, os policiais encontraram o Gol em um terreno e já estava sem placas. Por conta das características do registro feito no Brasil e os dados no chassi, os policiais conseguiram fazer a identificação.

A equipe investigativa fez averiguação na região onde estava o Gol e, então, encontraram a SUV. Esse carro de luxo ainda estava com as placas brasileiras e o que levantou a suspeita é que o veículo aparentava estar escondido no local, sem ninguém para se apresentar como proprietário. 

Depois de trâmites burocráticos realizados nesta semana, com apoio do Consulado da Bolívia em Corumbá, a equipe do Diprove conseguiu regularizar a devolução dos dois veículos aos proprietários brasileiros. A entrega aconteceu nesta sexta-feira (8), porém apenas o representante do Gol foi à fronteira do Brasil com a Bolívia para retirar o carro. A proprietária da SUV foi notificada pelas autoridades bolivianas sobre a recuperação. Na Bolívia não foi identificado crime praticado pela mulher, mas no Brasil ela pode responder criminalmente. 

A reportagem tentou contato com ela, mas não conseguiu obter retorno. Como ninguém retirou o carro na fronteira, ele foi levado para o pátio do Diprove e vai permanecer sob custódia. Autoridades brasileiras foram contatadas diante do ocorrido.

Desde junho deste ano, a unidade do Diprove em Puerto Suárez ampliou sua atuação para combater o roubo e furto de veículos, bem como as práticas e comercialização ilegal de carros brasileiros em território boliviano. Foi criado um canal de contato para que brasileiros façam a reclamação formal para as autoridades do país vizinho. O telefone de notificação de crimes de roubos e furto de veículos na Diprove da fronteira é o +591 71169790, que recebe comunicação via aplicativo de mensagens, e também o número brasileiro (67) 98218-7656. As vítimas devem enviar o boletim de ocorrência brasileiro com relação ao furto ou roubo e informar detalhes e características do carro.

Entre janeiro e começo de setembro de 2023, o Diprove já realizou a devolução de 10 veículos para vítimas brasileiras. Quando há recuperação por parte da unidade especializada, nenhum tipo de pagamento é preciso ser feito por parte da vítima. Conforme apurado pela reportagem, investigadores particulares chegam a oferecer o serviço de devolução de veículos roubados ou furtados, mas cobram pela recuperação. As autoridades bolivianas reforçam que esse tipo de prática pode estar ligada a criminosos.

Autoridades brasileiras estimam que, em média, até 16 veículos passam por estradas cabriteiras em Corumbá com destino a Puerto Quijarro e Puerto Suárez por mês. Esses carros são roubados ou furtados no Brasil e comercializados ilegalmente no país vizinho.

Desaparecido

Suplente de vereador teria emprestado dinheiro com agiotas para a campanha

A mãe relatou que o filho recorreu a um empréstimo para a campanha, enquanto a esposa afirma que "não viu a cor do dinheiro" em casa

12/11/2024 20h20

Reprodução Redes Sociais

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Há quatro dias sem notícias do marido, Ronaldo Cardoso, de 45 anos, que desapareceu no último sábado (09), a esposa relata que a sogra teria dito que ele emprestou dinheiro com agiotas para a campanha.

A servidora pública Suzi Adriana Martins contou ao Correio do Estado, nesta terça-feira (11), que não tem nenhum bem material dentro de casa que justifique o suposto empréstimo do marido.

Com muitas perguntas e sem respostas, ela informou que a sogra disse que o filho adquiriu dívidas para usar na campanha municipal de 2024, em que ele disputou uma vaga como vereador para a Câmara Municipal de Campo Grande.

"Eu nem imaginava que ele devia para alguém. Fui saber agora, depois que aconteceu tudo isso, que aí o povo começou a me ligar e falar, mas eu não sabia não. Por que, onde que ele enfiou esse dinheiro? Aqui em casa ele não trouxe. A mãe dele fala que ele gastou na campanha esse dinheiro", disse Suzi.

Campanha

A esposa explicou que o partido passou dinheiro para a campanha do marido e, se ele realmente emprestou dinheiro, ela não sabe qual foi a finalidade do uso.

“Ele não usou na campanha, ele não usou na campanha dinheiro nenhum, ele não apareceu com dinheiro na campanha para falar que pegou com alguém que ele pagou isso ou aquilo. Não, porque fui eu que coordenei a campanha dele e eu que fazia os pagamentos para cabo eleitoral, para tudo. Se ele pegou esse dinheiro, eu não sei para que foi.”

Reprodução Divulgacand

Suplente e nervosismo

Assim que saiu o resultado das urnas, segundo Suzi, Ronaldo demonstrou desespero.

“Depois que ele perdeu, ficou como suplente, aí sim ele ficou muito nervoso, chorava bastante.”

Entretanto, segundo Suzi, o marido costuma ser uma pessoa que se emociona com facilidade. 

Amanhã (13), Suzi vai, acompanhada do sogro, conversar com investigadores da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DHPP) para relatar o desaparecimento do esposo.

Até o momento, segundo confirmou à reportagem, apenas ela foi chamada.

Trotes

Desde o desaparecimento de Ronaldo, a esposa tem recebido diversos trotes dizendo que o viram bebendo em bares de Campo Grande.

No entanto, ela afirma que o marido não faz uso de bebidas alcoólicas, e isso acaba atrapalhando a busca pelo paradeiro dele.

A família reforça que, caso alguém tenha visto Ronaldo Cardoso, deve acionar o número da polícia, 190.

Entenda

Suplente a vereador pelo Podemos, Ronaldo Cardoso, de 45 anos, que está desaparecido desde sábado (09), a família suspeita que ele pode ter contraído dívidas com um agiota.

O boletim de ocorrência foi registrado nesta segunda-feira (11) na 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande como desaparecimento de pessoa.

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Corumbá

PF combate contrabando de combustível no Pantanal e confisca três embarcações

Operação resultou no confisco de três embarcações de grande porte, um caminhão e uma camionete

12/11/2024 17h30

Operação resultou no confisco de três embarcações de grande porte, um caminhão e uma camionete

Operação resultou no confisco de três embarcações de grande porte, um caminhão e uma camionete Foto: Divulgação

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Corumbá sempre foi um entreposto para o contrabando de combustível procedente da Bolívia, com o baixo preço do produto no outro lado da fronteira, operando vários postos de abastecimento na cidade.

Investigações da Polícia Federal apontaram a existência de uma organização criminosa atuando de forma ousada, responsável pelo descaminho de derivados do petróleo para abastecer propriedades rurais dentro do Pantanal.

Ontem (11), agentes federais entraram em ação para desarticular a quadrilha, que usava o Rio Paraguai para transportar o produto ilegal em grande volume para as fazendas e comunidades, deflagrando a Operação Waterworld (referência ao filme clássico homônimo, que retrata um cenário pós-apocalíptico onde a Terra está coberta por água e a luta por recursos, como combustível, é constante). Conforme foi apurado, não houve prisões de envolvidos.

Barcos confiscados

A Polícia Federal informou que os contrabandistas não apenas vendiam o combustível, trocando a carga também por serviços de prostituição, “incluindo a exploração de menores de idade e por carne de animais silvestres do bioma”, sem especificar quais espécies. A operação resultou no confisco de três embarcações de grande porte, um caminhão e uma camionete. Foram apreendidas ainda três armas longas e munições em uma fazenda.

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