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Política externa brasileira perde prestígio

Política externa brasileira perde prestígio

Folhapress

23/07/2017 - 11h06
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Na chamada diplomacia do prestígio, o Brasil está à frente apenas da Turquia, recém-convulsionada por uma tentativa de golpe de Estado e que assiste às investidas autoritárias do presidente Recep Tayyip Erdogan.

A edição 2017 do estudo "The Soft Power 30", realizado pela consultoria britânica Portland e divulgado na última semana, aponta que o Brasil caiu cinco posições no ranking em relação a 2016, ocupando hoje o 29º e penúltimo lugar.

A análise leva em conta a capacidade de persuasão de um país no cenário global.

Desde a publicação da primeira edição do estudo, em 2015, o Brasil só perde terreno –foi ultrapassado por países como China, Polônia, República Tcheca e Hungria.

O cenário condiz com o encolhimento da política externa brasileira nos últimos anos, iniciado ainda sob Dilma Rousseff e catalisado pela crise política que engolfa o governo de Michel Temer –que, há quase um ano, ao assumir a Presidência de fato, prometera priorizar a área.

"Não vejo estratégia alguma. O Brasil em matéria de política internacional está cumprindo tabela", afirma à Folha Celso Amorim, que chefiou o Ministério das Relações Exteriores de 2003 a 2010, no governo Lula.

Segundo analistas ouvidos pela reportagem, a atual crise política e econômica não é a única explicação para a menor presença do país no cenário global –da qual um último exemplo foi a passagem desbotada de Temer na cúpula do G20, no início do mês.

"Esse período de mudança política no Brasil é contemporâneo a um período em que o mundo se fechou para negócios", diz Marcos Troyjo, professor da Universidade Columbia, em Nova York, e colunista da Folha de S.Paulo.

"Há um recrudescimento da política comercial chinesa, o 'brexit' e a vitória de Donald Trump nos EUA, que coloca a Parceria Transpacífico de escanteio, questiona o Nafta e põe um enorme ponto de interrogação na relação EUA-União Europeia."

Na avaliação de Mathilde Chatin, do King's College de Londres, a crise econômica e a turbulência política dos anos recentes contribui para uma retração visível da política externa em comparação com o governo Lula, mas a pesquisadora também acredita que o período de expansão é que foi exceção.

"O contexto econômico e político que os sucessores enfrentaram foi drasticamente diferente do qual o presidente Lula beneficiou. Pode ser que aquele período tenha sido um 'ponto fora da curva', que se regularizou com seus sucessores –inclusive por falta de interesse em política externa da presidente Dilma Rousseff e uma diplomacia presidencial menos intensa."

Para o pesquisador Andrés Malamud, da Universidade de Lisboa, o encolhimento diplomático do Brasil "é evidente, não é opinião".

Hoje, ele explica, "o Brasil tem menos protagonismo, e por vezes até nem participa, em reuniões ou fóruns de alto nível, mesmo sobre questões nas quais o país já foi um ator relevante (como ambiente). Em nível regional, a Unasul (uma criação brasileira) e a Celac estão paralisadas: nem conseguem se reunir para tratar a crise venezuelana".

O Brasil, para Malamud, ampliou sua presença diplomática no mundo pela "atuação excepcional" dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula, mas depois "voltou à normalidade dos presidentes medíocres: daí a perda de imagem internacional e soft power".

"Mesmo que a gestão diplomática de Dilma tenha sido incompetente e a de Temer seja inexistente (e são!), o 'encolhimento' do Brasil é estrutural. A sua retração deve-se parcialmente aos erros na política externa, mas deve-se ainda mais ao fato de o país ter pretendido jogar numa liga maior à permitida por seus recursos materiais."

Malamud defende que é importante considerar o Brasil em uma escala global.

"A sua capacidade militar está mais próxima da Colômbia que da Índia (para não falar dos EUA, China ou Rússia), a sua participação no comércio internacional não chega a 1,5% (tendo 3% da população mundial) e o seu desenvolvimento científico e tecnológico é baixo."

Troyjo aponta o que, para ele, é um erro recorrente na diplomacia brasileira: a visão de que a negociação multilateral é, por si só, o ponto de partida para uma maior inserção internacional do país.

Ele cita a expansão econômica por meio do comércio exterior da Coreia do Sul e da China, nos anos 1980 e 1990. "Eles desenharam uma estratégia comercial apesar do mundo ser protecionista e ter barreiras. E tiveram êxito."

"No caso do Brasil, em vez de desenharmos uma estratégia para o mundo como ele é, tentamos fazer com que o mundo se torne justo para aí então colocar o nosso time em campo", afirma Troyjo.

EVENTO

Empregabilidade das pessoas com deficiência

Campo Grande recebe seminário sobre inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

25/11/2024 10h47

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A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho será tema central do seminário “O Trabalho e a Empregabilidade da Pessoa com Deficiência: Uma Construção Social”, promovido pela Associação Pestalozzi de Campo Grande.

O evento, que promete reunir empresários, gestores públicos, pessoas com deficiência e seus familiares, acontece no dia 5 de dezembro, no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

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Com vagas limitadas, o seminário visa debater desafios e apresentar oportunidades para a inclusão no mercado de trabalho, incentivando o compartilhamento de experiências e estratégias que valorizem as habilidades das pessoas com deficiência.

Os participantes terão acesso a palestras de especialistas renomados, histórias inspiradoras de superação e a possibilidade de se conectar com profissionais e entidades dedicados à construção de uma sociedade mais inclusiva.

 

Destaques da programação

Um dos pontos altos do evento será a participação da influenciadora digital Clarinha Mar, conhecida por seu trabalho em prol da inclusão por meio de conteúdos impactantes nas redes sociais. Entre as palestras confirmadas estão:

  • “Empregabilidade Inclusiva: Desafios e Perspectivas”, que discutirá os obstáculos e avanços no mercado de trabalho inclusivo;
  • “Construindo Relações para o Fortalecimento do Trabalho Inclusivo: Capacitismo x Sociedade”, abordando a desconstrução de preconceitos e a criação de ambientes mais equitativos.

Serviço

  • Data: 5 de dezembro de 2024
  • Horário: 8h às 12h30
  • Local: Auditório do Bioparque Pantanal – Avenida Afonso Pena, 6277, Campo Grande
  • Contato: (67) 3316-7600 | E-mail: [email protected]

Este seminário é uma iniciativa essencial para ampliar o debate sobre a inclusão no mercado de trabalho e fomentar políticas que garantam igualdade de oportunidades para todos. Não perca a chance de participar desta discussão e contribuir para um futuro mais inclusivo!

 
 

CONCURSO UNIFICADO

Candidatos reintegrados do CNU já podem consultar resultados das provas

Resultados estão na página da Cesgranrio

25/11/2024 10h45

Resultados do CNU estão na página da Cesgranrio

Resultados do CNU estão na página da Cesgranrio Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Os  candidatos do Concurso Nacional Unificado que foram reintegrados após acordo com o Ministério Público podem consultar o resultado das provas a partir desta segunda-feira, 25. São mais de 32 mil pessoas nessa situação.

Para isso, basta acessar a área do candidato na página da Cesgranrio e clicar na aba “Resultados e Convocações”. Esses candidatos voltaram ao processo seletivo depois de acordo com o Ministério Público. Eles já receberam e-mail informando da situação alterada no concurso.

O acordo evitou a eliminação dos candidatos que deixaram de marcar o gabarito ou a frase no cartão de resposta. Eles terão agora os dias 4 e 5 de dezembro para o envio de títulos. A nota preliminar das discursivas será divulgada no dia 9 de dezembro. E o resultado final no dia 11 de fevereiro.

Outros detalhes sobre o cronograma do Concurso Nacional Unificado você pode conferir no site da Cesgranrio ou do Ministério da Gestão.

Notificações

Na quinta-feira (21), cada um dos 32.260 candidatos reintegrados recebeu um e-mail da Fundação Cesgranrio, com informação sobre a situação alterada no certame. Os demais terão a informação disponível na área do candidato na página do Concurso. Em caso de dúvidas, o candidato pode procurar a Fundação Cesgranrio via e-mail ([email protected]) ou ligar para o suporte 0800 701 2028 (das 9h às 17h).

Confira o novo cronograma divulgado pelo Ministério da Gestão.

*Com informações da Agência Brasil

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