Quem caminha pela Times Square à noite provavelmente vai se deparar com moças seminuas, vestindo apenas calcinhas e pinturas corporais no tema da bandeira norte-americana.
O visual parece um tanto inspirado nos carnavais brasileiros: tinta no corpo, plumas na cabeça e saltos nos pés. Algumas usam máscaras.
As "desnudas", como elas mesmas se chamam, lucram até US$ 1.000 por noite para tirar fotos com turistas. Elas dividem a praça com outros artistas de rua, fantasiados de Minions, Homem Aranha e qualquer personagem que estiver fazendo sucesso no momento.
Mas a festa das "desnudas" pode acabar. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que pretende regulamentar em breve o trabalho das artistas.
Nesta semana, De Blasio e o governador de Nova York, Andrew Cuomo, fizeram discurso contra as artistas de topless. Eles não criticaram os seios expostos, mas alegaram que elas assediam turistas e são "agressivas" para conseguir gorjetas. O topless em Nova York é permitido desde 1992.
"Estou me divertindo e ganhando um bom dinheiro", disse Lucky, 21, umas das artistas, à "Time".
"O prefeito, na verdade, ajudou a gente", provoca ela, explicando que a polêmica gerou publicidade e o movimento aumentou. "Não sei se ele achou que ia nos parar, mas na verdade está melhor do que nunca".
Lucky chega a ganhar US$ 1.000 em um dia movimentado, no verão. Nos dias ruins, volta para casa com "apenas" cem dólares. "Gosto de observar as expressões nos rostos das pessoas quando me veem", conta.