Cidades

CAMPO GRANDE

Prefeito se reúne com bancada federal em MS em busca de recursos

Trad obteve a garantia de liberação de R$ 62 mi em emendas

RAFAEL RIBEIRO (com assessoria)

27/03/2019 - 18h52
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O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), se reuniu na tarde desta quarta-feira (27), em Brasília (DF), com a bancada federal de Mato Grosso do Sul e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina. A reunião tem por objetivo solicitar o apoio dos representantes do Estado na liberação de recursos importantes para a Capital. E, de início, foi obtida a garantia de liberação das R$ 62 milhões em emendas para obras, prometidas ainda no ano passado, segundo anúncio oficial da Prefeitura em seu site oficial.

O prefeito já havia se reunido com a bancada em outubro do ano passado, quando os integrantes, à época, apresentaram emendas ao orçamento para recapeamento e pavimentação de ruas, além da revitalização do prtédio da Antiga Rodoviária, na região central.

Uma emenda de bancada, no valor de R$ 28 milhões, será utilizada para recapeamento; outra, de R$ 17 milhões, para pavimentação, e R$ 17 milhões para revitalização do prédio da Antiga Rodoviária.

Segundo o texto da Prefeitura, o projeto de revitalização da Antiga Rodoviária  preserva importante patrimônio público da Capital, colocando-o em conexão com as iniciativas em execução do Programa de Desenvolvimento Integrado de Campo Grande, em especial com a requalificação da Rua 14 de Julho.

"A revitalização contribuirá para o estímulo à concentração de atividades econômicas, sociais e de circulação de pessoas no antigo Terminal Rodoviário, bem como atrair novos serviços de vizinhança e oportunidades de trabalho, emprego e renda", promete o Executivo municipal.

O prefeito também solicitou empenho da bancada federal para liberação de R$ 50 milhões para obras do Programa de Intervenções Emergenciais em Drenagem Urbana de Campo Grande.

O programa apresenta propostas de intervenções nas bacias hidrográficas mais impactantes de Campo Grande, principalmente por se tratar de cabeceiras de drenagem, destinadas a melhorar o sistema de saneamento básico, a partir da implantação de sistemas de manejo de águas pluviais e drenagem urbana.

"Espera-se, assim, promover melhorias no contexto socioambiental e de saúde pública, impactando positivamente na qualidade de vida da população e na qualidade ambiental da cidade", aponta o comunicado da Prefeitura.

Segundo o projeto, estão previstas seis obras ao todo de implantação de bacias de amortecimento de águas pluviais, promovendo o correto manejo de águas pluviais, bem como, quando necessário, a readequação do sistema de drenagem urbana do respectivo entorno, cuja inexistência dessas obras atualmente contabilizam inúmeros impactos ambientais, principalmente nos períodos anuais de maior pluviosidade.

logística reversa

Só 14 das 2,6 mil lojas de baterias de MS cumprem legislação ambiental

Mesmo assim, a maior parte recebe licenciamento do Imasul. E, por conta de supostas ilegalidades, o MPMS abriu uma série de inquéritos em Campo Grande

11/12/2025 12h30

MPMS instaurou 15 inquéritos civis para investigar por que empresa de Campo Grande não seguem a legislação da logística reversa

MPMS instaurou 15 inquéritos civis para investigar por que empresa de Campo Grande não seguem a legislação da logística reversa

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Mato Grosso do Sul tem uma frota de cerca de 1,9 milhão de veículos e, em média, eles são obrigados a trocar de bateria a cada três anos, ou menos. Para atender a essa demanda, existem em torno de 2,62 mil lojas espalhadas pelo Estado. Porém, somente 14 delas estão regularizadas junto ao Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (IBER).

Os dados fazem parte de uma denúncia que este Instituto entregou ao Ministério Público Estadual em abril do ano passado. E, depois da coleta de uma série de informações, nesta quinta-feira (11) o MP anunciou, no diário oficial, a abertura de inquérito civil para investigar possíveis irregularidades relativas a 15 destas empresas que atuam em Campo Grande. 

Por lidarem com produtos altamente tóxicos, já que baterias contêm grande quantidade de chumbo e ácido, todas estas empresas deveriam ter adesão formal à política nacional de logística reversa, que consiste na coleta e devolução de resíduos sólidos à indústria para que sejam reaproveitados ou descartados de forma ambientalmente adequada. 

Em 2021 o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) firmou uma espécie de convênio com o IBER se comprometendo a exigir que as empresas que compram e/ou revende baterias recebessem licenciamento ambiental somente se cumprissem toda a legislação da logística reversa. 

Porém, segundo o IBER, isso não estaria acontecendo e por conta disso o Instituto decidiu pedir ajuda ao Ministério Público. Ainda de acordo com o IBER, o Imasul não só estaria fazendo vistas grossas no que se refere à concessão de licenciamento, mas estaria até mesmo ignorando denúncias sobre supostos crimes ambientais. 

O Instituto, conforme revelam os inquéritos instaurados nesta quinta-feira, fez uma denúncia formal em fevereiro de 2024 relativa a duas empresas que não estariam cumprindo as normas da logística reversa.

Porém, a denúncia simplesmente permaneceu engavetada no Imasul, reclamam os responsáveis pelo IBER. 

Além da falta de controle sobre a reciclagem ou descarte das baterias velhas, a investigação do Ministério Público destaca que o Estado faz fronteira com o Paraguai e Bolívia, o que facilita a possível compra de produtos que estejam em desacordo com as exigências brasileiras. 

Os 15 inquéritos instaurados pelo promotor Luiz Antônio Freitas de Almeira, da 34ª promotoria de justiça de Campo Grande, cobram explicações diretamente às empresas. Porém, o Imasul também está sendo alvo, já que estaria concedendo licenciamento sem obedecer às normas legais a ao acordo firmado com o Instituto.

De acordo com o IBER, o principal problema das baterias é a contaminação por chumbo, um metal pesado,  que pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso, ao sangue, aos rins, aos ossos e ao cérebro. 

Ainda conforme o Instituto, o chumbo pode ser liberado ao meio ambiente por meio de  vazamentos, explosões, incêndios, corrosão ou descarte inadequado das baterias. O chumbo pode se acumular no solo, na água, no ar e na cadeia alimentar, afetando a flora, a fauna e a saúde humana.

Outro problema das baterias é a contaminação por ácido sulfúrico, uma substância corrosiva e tóxica que pode causar queimaduras, irritações, lesões oculares e respiratórias. O ácido sulfúrico pode ser liberado no ambiente por derramamentos, vazamentos ou descarte inadequado das baterias. 

CRIME

PF afasta servidora flagrada desviando produtos da Receita Federal

Suspeitas se iniciaram após a análise de imagens do circuito interno de segurança

11/12/2025 12h00

O material recolhido será periciado, e a PF não descarta novas diligências nos próximos dias

O material recolhido será periciado, e a PF não descarta novas diligências nos próximos dias Divulgação

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A Polícia Federal afastou, nesta quinta-feira (11), uma servidora suspeita de chefiar um esquema de desvio de mercadorias de alto valor apreendidas na Alfândega de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. A medida faz parte da Operação La Mano de Dios, deflagrada após a Corregedoria da Receita Federal apontar os primeiros indícios das irregularidades.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados à servidora e a funcionários terceirizados da unidade. Durante as diligências, a PF encontrou produtos de origem ilícita tanto na casa da investigada quanto na residência de um dos terceirizados.

As suspeitas ganharam força após a análise de imagens do circuito interno de segurança, que registraram o uso indevido de um veículo apreendido para retirar bens do depósito sob a falsa justificativa de doação a uma entidade religiosa.

O nome da operação remete ao gol de Diego Maradona na Copa do Mundo de 1986, em referência ao modo como os envolvidos atuavam mesmo sob monitoramento das câmeras da alfândega.

O material recolhido será periciado, e a PF não descarta novas diligências nos próximos dias.

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