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TRÂNSITO

Prefeitura da Capital decreta silêncio sobre contrato dos radares e lombadas

Há quase uma semana encerrado, administração não quis explicar se equipamentos estão funcionando normalmente

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Quase uma semana depois que o contrato para gerenciamento dos radares e lombadas eletrônicas de Campo Grande terminou, a prefeitura da Capital não quer comentar se os equipamentos continuam funcionando e se pode haver novo aditivo no contrato com o Consórcio Cidade Morena, que foi encerrado no dia 5 deste mês.

Após vários dias de insistência por uma resposta, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), responsável pelo contrato, só informou ao Correio do Estado que não iria comentar sobre o fim da parceria com o grupo de empresas.

Na prática, o Consórcio Cidade Morena era responsável pela garantia dos equipamentos e deveria “fornecer, instalar, operar, conservar, prestar apoio técnico e manter em perfeito estado de funcionamento e segurança” todos os equipamentos que integram o sistema de fiscalização de Campo Grande, conforme o contrato.

Sem um contrato ativo, não há um responsável por garantir o devido funcionamento dos radares e lombadas. Porém, segundo fontes da reportagem, mesmo que no papel o contrato está encerrado, caso novo termo aditivo seja assinado de forma retroativa, essas multas aplicadas neste período poderiam ser consideradas.

A falta de radares não é novidade em Campo Grande. No final de 2016 o contrato que a Capital tinha com a Perkons também chegou ao fim, no final da gestão do ex-prefeito Alcides Bernal, e nova licitação só foi encerrada em agosto de 2018, quando a prefeitura assinou com o Consórcio Cidade Morena. Nestes mais de um ano e meio os radares da Capital foram desligados.

Um novo aditivo, que seria o oitavo no contrato com o Consórcio Cidade Morena, só seria possível em caso emergencial, já que o acordo já foi prorrogado por 5 anos. 

O valor do serviço começou em R$15.489.991,20, preço de 2018. Depois dos sete aditivos, o total do contrato com o consórcio está em R$70.310.275,95, sendo que no último ano o aditivo garantiu R$ 23,7 milhões para o grupo de empresas. Em caso de nova ampliação do prazo, esse valor também deverá ser revisto.

Outra solução seria uma licitação para o serviço, porém, como estamos em ano eleitoral, a prefeitura tinha prazo para iniciar o processo licitatório, o que não aconteceu, portanto, apenas após outubro um novo certame pode começar.

FATURAMENTO

Dados de arrecadação da Agetran mostram que, sem os radares e lombadas eletrônicas ativas em Campo Grande, e suas respectivas multas, a pasta deixa de contar com cerca de R$ 3 milhões ao mês. 

Segundo o balanço, a média de valores arrecadados com multas de trânsito no primeiro trimestre deste ano é de quase R$ 3 milhões mensais (R$ 2,9 milhões).

O documento mostra que em março de 2024 a Agência embolsou R$ 2.894.135,91, com 18.478 registros de infração nas ruas e avenidas de Campo Grande. 

Em fevereiro, as 16.711 multas renderam R$ 2.726.708,37, enquanto as mais de 20,2 mil infrações de janeiro representaram R$ 3.103.867,81 em arrecadação para a autarquia.

OUTROS MEIOS

Sem confirmação da funcionalidade dos radares, os funcionários da Agetran estão tendo que usar aplicativo do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o caderninho para anotar as multas aos condutores que infringirem as leis de trânsito.

Sejam funcionários do Departamento Estadual (Detran-MS), da Agetran, ou guardas municipais, ou seja, todos os agentes públicos que fiscalizam as vias de Campo Grande, podem recorrer ao aplicativo gratuito “Autua”, sob o guarda-chuva Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) para registro, validação e transmissão de infrações de trânsito. 

A ferramenta está disponível para download pelos agentes através da loja de aplicativos do celular. Além disso, o famoso “caderninho dos amarelinhos” também pode ser utilizado.

Até um tempo atrás, os agentes podiam utilizar o aplicativo da Perkons para registro das infrações de trânsito. 

A empresa integrante do Consórcio Cidade Morena, grupo com o qual o Executivo assinou contrato em 2018, depois que a parceria com a própria Perkons chegou ao fim, em 2016.

Saiba

Último aditivo ocorreu no ano passado

O contrato para manutenção e operação dos radares e lombadas eletrônicas em Campo Grande com o Consórcio Cidade Morena começou no dia 31 de agosto de 2018 e sofreu sete aditivos ao longo de cinco anos, sendo que no último, firmado no dia 22 de agosto do ano passado, o prazo final estabelecia fim a parceria no dia 5 de setembro de 2024.

Em uma das cláusulas do documento, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) diz que a vigência desta nova prorrogação seria “contados de 05 de setembro de 2023 a 05 de setembro 2024 ou até a finalização do procedimento licitatório”. Porém, não foi iniciado nenhuma licitação para este fim na Capital.

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Cotidiano

Governo Lula propõe aumento de pena para responsáveis por incêndios florestais

Proposta é que punição a quem comete esse tipo de crime passe a ser de quatro a seis anos de detenção; regra atual é de dois a quatro anos

15/10/2024 20h00

Região do Forte Coimbra, no Pantanal  em chamas

Região do Forte Coimbra, no Pantanal em chamas (Fotos: CBMMS)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15) o projeto de lei que endurece as penas para quem pratica crimes ambientais, em particular as queimadas florestais.

A proposta será apensada no Congresso Nacional a um outro projeto de lei, de autoria do senador Davi Alcolumbre (União-AP), que é favorito para assumir a presidência do Senado a partir de fevereiro.

O governo também solicita a tramitação em regime de urgência no Congresso Nacional.

A proposta aumenta para de três a seis anos de reclusão a pena pelo crime de provocar incêndio em floresta ou em demais formas de vegetação, além de multa. Essa pena, pela legislação atual, é de dois a quatro anos de detenção, mais multa.

O ministro também explicou que houve a modificação de detenção para reclusão, o que fará com que os autores de crimes ambiental já comecem a cumprir suas penas em regime fechado. De acordo com a legislação, nos casos em que se prevê pena de detenção, elas apenas são cumpridas quando a condenação é superior a oito anos.

Além disso, essa pena poderá ser aumentada em um sexto se forem comprovados alguns agravantes, como, por exemplo caso atinja unidades de conservação, seja feito em grupo, cause perigo à saúde pública ou à vida coletiva, ou tenha finalidade de obter vantagem financeira.

Atos culposos (ou seja, não intencionais), reduzem a pena para detenção de um a dois anos, com multa.

E também é considerado agravante (com aumento da punição entre um sexto e um terço) caso o fogo exponha o patrimônio de outra pessoa.

A minuta também propõe que seja igualado ao crime de incêndio florestal o ato de exploração econômica financeira de áreas da União queimadas -tática comum para grilagem de terras públicas.

O governo federal diz que parte das queimadas tem esse perfil.
Em outro ponto, o governo também propõe elevar a pena para crimes de destruir ou danificar florestas de preservação permanente, para reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Atualmente está prevista a detenção de um a três anos.

A proposta também aumenta a pena os crimes de matar e outras formas de violência contra a fauna silvestre, sem licença ou autorização competente. Atualmente, a pena é de seis meses a um ano de detenção, além de multa.

Caso seja aprovada pelo Congresso, a pena subirá para um a três anos, além de multa.
A mensagem ao Congresso Nacional foi assinada durante uma cerimônia fechada no Palácio do Planalto, com a presença do presidente e dos ministros Ricardo Lewandowski 
(Justiça e Segurança Pública) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Durante o evento, Lula afirmou que a proposta vai mostrar que se não pode poderá mais "brincar com o crime ambiental" e que as pessoas terão que ser "punidas severamente".

"Eu acho que com bom trabalho a gente consegue fazer com que seja aprovado em regime de urgência na Câmara e depois no Senado para que a gente possa dizer de uma vez por todas às pessoas que agem como se fossem bandidos nesse país, achando que estão destruindo uma coisa dos outros, quando na verdade estão destruindo é a qualidade de vida do seu filho, do seu neto, do seu bisneto, das pessoas que virão", afirmou o presidente.

O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que se trata de uma atualização de uma legislação que estabelece sanções penais e administrativas para condutas lesivas ao meio ambiente. Também disse que considera a lei atual defasada.

O ministro afirmou que a pena média para esses crimes varia de dois a três anos de detenção atualmente, o que facilita a prescrição dos crimes. Também permitiem a suspensão do processo ou a liberdade condicional.
Lewandowski ainda acrescenta que apenas 350 pessoas estão presas em todo o país por crimes ambientais, em um universo de 850 mil detentos.

A proposta enviada pelo governo, então, será apensada ao projeto de lei de autoria de Davi Alcolumbre. Esse texto já foi aprovado pelos senadores e agora está em tramitação na Câmara dos Deputados, tendo como relator o petista Patrus Ananiass (MG).

Por isso, após aprovada pelos deputados, a proposta terá que ser submetida novamente para votação no Senado.

 

*Informações da Folhapress 

Acerte seu relógio

Paraguai entra para o horário de Brasília e fica uma hora à frente de MS

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto nesta quarta-feira (15) para que a população aproveite melhor a luz natural; medida causa confusão na fronteira

15/10/2024 17h45

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras Reprodução/

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Enquanto os brasileiros discutem a possibilidade de retornar o horário de verão devido à crise hídrica que preocupa especialistas, no Paraguai, o presidente Santiago Peña (Partido Colorado) decretou, nesta terça-feira (15), a adoção do horário de verão de forma oficial durante todo o ano.

Buscando fortalecer o comércio no país e aproveitar melhor a luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica, o Paraguai adotou o horário de verão em outubro deste ano. Agora, o país terá o mesmo fuso horário de Brasília durante todo o ano.

A partir de agora, com a nova lei, o Paraguai está migrando do fuso horário -4 GMT (quatro horas atrás do Meridiano de Greenwich) para o fuso -3 GMT, o mesmo adotado em Brasília, na Argentina e no Uruguai.

A mudança de horário pode desorganizar ainda mais o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, uma vez que ambos os municípios operam de forma integrada, separados apenas por uma rua.

No lado brasileiro, a discussão é semelhante. A reinstauração do horário de verão ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros, especialmente em um momento em que o país enfrenta uma severa crise hídrica devido às ondas de calor extremo e à falta de chuvas em diversas regiões.

O horário de verão no Brasil foi extinto em 2019, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro revogou a prática por meio de um decreto. O texto justificava a medida com base em recomendações do Ministério de Minas e Energia, que indicou a pouca efetividade da prática na economia de energia.

O retorno do horário de verão será decidido a partir de amanhã (16). O tema se tornou um ponto de debate entre senadores e deputados, que argumentam a favor da reinstauração para aproveitar melhor a luz natural e também para alinhar os horários com os demais países do Mercosul.

Se o horário de verão for adotado novamente, Mato Grosso do Sul passará a compartilhar o mesmo horário do Paraguai. Caso a reinstauração do horário de verão não seja aprovada no Brasil, os horários entre os dois países funcionarão com uma hora de atraso em relação ao Paraguai.

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

 

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