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Campo Grande

Prefeitura entrega mais quatro Emeis e revitalização chega a 14% das unidades

Em abril do ano passado, foi anunciado investimento de R$ 40 milhões para a reforma de todas as 205 unidades escolares de Campo Grande

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A Prefeitura de Campo Grande entregou na última quarta-feira (19) mais quatro Escolas de Educação Infantil (EMEIs) revitalizadas. A reforma das unidades faz parte do programa Juntos Pela Escola, que em abril do ano passado recebeu investimento de R$ 40 milhões para a revitalização de 205 unidades escolares, sendo 106 delas EMEIs.

Dentre as intervenções anunciadas pelo projeto, estão:

  • revisão elétrica;
  • revisão hidráulica;
  • manutenção na cobertura (telhado);
  • acessibilidade e
  • pintura.

No início da semana, haviam sido entregues três EMEIs. Agora o Município já soma 29 escolas com a revitalização concluída, o que representa 14,1% do total.

As quatro unidades inauguradas desta vez foram: EMEI Maria de Lourdes Vieira Castoldi, Clotilde Chaia, Micheli Regina Locatelli e Clebe Brazil Ferreira.

Na EMEI Maria de Lourdes Vieira Castoldi, no Jardim Sayonara, que atende 139 alunos do grupo 1 ao 5, foi revitalizada toda a pintura interna e externa, feita acessibilidade e construído um banheiro para PCDs. A unidade também já tem placas solares instaladas e parques novos, para os alunos.

Na Reme desde 2011, a diretora, Jaqueline Vascão, afirma que o Programa impacta da escola à comunidade.

“É incrível esse olhar para a educação, o programa trouxe uma transformação completa, não só aos nossos olhos, mas principalmente para as crianças e para a comunidade”.

Na EMEI Clotilde Chaia, são atendidos 193 alunos do grupo 1 ao 4. No programa, foi construído o muro na lateral, acessibilidade e ampliação de calçadas, além da pintura interna e externa.

Segundo o diretor da escola, localizada no Jardim Imá, Ricardo Henrique de Souza, há 20 anos na REME, ele nunca viu a escola ser revitalizada.

“O que a gente tinha era o nosso esforço da comunidade para poder melhorar a EMEI, mas da prefeitura é a primeira vez que a nossa escola é revitalizada em 20 anos. A revitalização não interfere só no prédio, ela mexe na autoestima dos pais, dos servidores e das crianças. Toda criança gosta de chegar num ambiente limpo, num ambiente gostoso, num ambiente colorido e apropriado para eles. Quando esse espaço está organizado, a gente consegue construir com as crianças os hábitos de cuidado”.

Na EMEI Micheli Locatelli, são 310 alunos matriculados do grupo 1 ao 5 que após a revitalização, contam com pintura nova de toda a unidade, reforma da caixa d’água e acessibilidade.

A diretora Mariley Braga afirma que desde 2012 a unidade não tinha uma pintura completa.

“Ao longo desses anos, fizemos pequenos reparos, mas nada comparado ao o que o programa nos proporcionou”.

Já na EMEI Clebe Brazil Ferreira, no Jardim Itamaracá, são 294 alunos atendidos do grupo 1 ao 5. Na unidade, foi realizada a troca de telhado de um dos blocos, pintura interna e externa e acessibilidade.

A diretora, Valéria Ortiz, também comemorou, ressaltando que a pintura traz alegria e cor para os dias.

“O Juntos pela Escola, vem trazer alegria, ânimo, esperança de dias melhores. Estávamos na escola triste, sem cor, e hoje a gente tem uma revitalização que vem trazer um conforto para as crianças, que vem trazer alegria de estar num lugar bem cuidado”.

Programa

O Juntos Pela Escola está revitalizando as 205 unidades escolares da Reme (Rede Municipal de Ensino). As 29 já finalizadas são:

  • E.M. Prof.ª Ione Catarina Gianotti Igydio (Prosa);
  • E.M. Professor Arassuay Gomes de Castro (Prosa);
  • E.M. Senador Rachid Saldanha Derzi (Prosa);
  • EMEI Carlos Nei da Silva (Prosa);
  • EMEI Elza Francisca de Souza Maciel (Prosa);
  • EMEI José Ramão Cantero (Prosa);
  • EMEI Maria Dulce Prata Cançado (Prosa);
  • EMEI Mary Sadalla Saad (Prosa);
  • EMEI Novos Estados (Prosa);
  • EMEI Paulo Siufi (Prosa);
  • EMEI Prof.ª Emy Ishida Nascimento Nogueira (Prosa);
  • EMEI Michele Regina Locatelli (Prosa/Anhanduizinho);
  • E.M. Des. Carlos Garcia de Queiroz (Imbirussu);
  • E.M. Prof.ª Eulália Neto Lessa (Imbirussu);
  • EMEI Clotilde Chaia (Imbirussu);
  • EMEI Indubrasil (Imbirussu);
  • EMEI Lar de Sheila (Imbirussu);
  • EMEI Maria de Lourdes Vieira Castoldi (Imbirussu);
  • EMEI Serradinho (Imbirussu);
  • EMEI Prof.ª Maria Josefina B. Xavier – Base Aérea (Imbirussu/Lagoa);
  • EMEI Floria Britez de Eugênio (Bandeira);
  • E.M. Prof. Nagib Raslan (Imbirussu); E.M. José Mauro Messias da Silva (Bandeira);
  • E.M. José Do Patrocínio (Imbirussu);
  • EMEI Maria de Lourdes Vieira Castoldi;
  • EMEI Clotilde Chaia;
  • EMEI Micheli Regina Locatelli e
  • EMEI Clebe Brazil Ferreira.

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Cidades

Frente fria derruba temperaturas e traz tempestades durante a semana

Temperaturas serão menores ao amanhecer, mas sobem ao longo da tarde; há possibilidade de ventos acima de 60 km/h

15/12/2025 18h27

Temperaturas devem ter ligeira queda a partir de quarta-feira e chuva está prevista para toda a semana

Temperaturas devem ter ligeira queda a partir de quarta-feira e chuva está prevista para toda a semana Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A semana começou com tempo instável em Mato Grosso do Sul, com variação entre abertura de sol e nebulosidade e chuvas, mas deve ser marcada por chuvas e queda nas temperaturas, devido à passagem de uma frente fria.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), para esta terça-feira (16), em decorrência do avanço da frente fria, a tendência é de tempo mais fechado, com maior cobertura de nuvens e condições para chuvas.

De forma pontual, podem ocorrer tempestades, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento.

"Essa configuração atmosférica está associada ao intenso transporte de calor e umidade, aliado à atuação de áreas de baixa pressão atmosférica", diz o Cemtec.

Ainda segundo o órgão, o avanço da frente fria, em conjunto com o deslocamento de cavados em médios níveis da atmosfera, favorece a formação de instabilidades sobre o Estado.

São esperados acumulados significativos de chuva, com valores acima de 40 mm em 24 horas, principalmente nas regiões centro-leste do estado.

Em relação à previsão de temperaturas, devem ser registradas por regiões:

  • Regiões Sul, Cone-Sul e Grande Dourados: Mínimas entre 18-22°C e máximas entre 22-32°C.
  • Regiões Pantaneira e Sudoeste: Mínimas entre 21-26°C e máximas entre 25-37°C.
  • Regiões Bolsão, Norte e Leste: Mínimas entre 21-24°C e máximas entre 28-33°C.
  • Campo Grande (Capital): Mínimas entre 22-24°C e máximas entre 25-32°C.

Ao longo da terça-feira, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Frente fria

A partir de quarta-feira (17), a previsão indica tempo mais firme, com predomínio de sol e variação de nebulosidade, em função da atuação de um sistema de alta pressão atmosférica.

No entanto, devido à passagem da frente fria, as temperaturas devem ter queda, ficando mais amenas ao amanhecer, com mínima de 16ºC.

Em Campo Grande, a mínima prevista é de 21°C, enquanto a máxima deve ser de 29°C.

Apesar da tendência de estabilidade, não se descartam pancadas de chuva e tempestades isoladas.

Entre quarta e quinta-feira (18), a previsão de temperaturas é:

  • Regiões Sul, Cone-Sul e Grande Dourados: Mínimas entre 16-19°C e máximas entre 26-28°C.
  • Regiões Pantaneira e Sudoeste: Mínimas entre 20-24°C e máximas entre 30-32°C.
  • Regiões Bolsão, Norte e Leste: Mínimas entre 18-24°C e máximas entre 27-30°C.
  • Campo Grande (Capital): Mínimas entre 21-23°C e máximas entre 27-29°C.

Alerta

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem dois alertas de perigo para tempestades, com vigência já a partir desta segunda-feira.

Conforme os alertas, podem ocorrer chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos, entre 60 e 100 km/h.

Por este motivo, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

O Inmet orienta que, em caso de rajadas de vento, a população não se abrigue debaixo de árvores e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

Em caso de ocorrências relacionadas a tempestades, a orientação é entrar em contato com a Defesa Civil (199) e ao Corpo de Bombeiros (193).

Temperaturas devem ter ligeira queda a partir de quarta-feira e chuva está prevista para toda a semanaMato Grosso do Sul está em alerta para tempestades (Reprodução / Inmet)

Transporte Público

Com greve dos ônibus, viagens por aplicativos ficam 140% mais caras

100% dos ônibus da Capital estão parados e a greve deve permanecer ainda amanhã e sem prazo para terminar

15/12/2025 18h00

Todos os ônibus estão parados desde a meia noite desta segunda-feira (15)

Todos os ônibus estão parados desde a meia noite desta segunda-feira (15) FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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Menos de 18 horas após o início da greve dos motoristas do transporte público de Campo Grande, a cidade já sentiu as consequências, especialmente os trabalhadores que dependiam dos ônibus para deslocamento. 

Entre as alternativas para chegar aos locais de trabalho, o deslocamento através de aplicativos, como Uber e 99, chegou a ficar 140% mais caro. 

É o que contou a diarista Elizaneia Costa de Assis Gonçalves, de 57 anos. Ela se desloca todos os dias do bairro Bosque do Trabalho, onde mora, até o bairro Coophatrabalho, onde atende seus clientes. 

“Eu trabalho aqui há mais de 18 anos e desde a pandemia eu venho pra cá de Uber. O valor normal da viagem é de R$25 reais. Hoje, a mesma viagem estava custando R$60”, disse.

O designer gráfico Antonio Rissato também passou pelo mesmo sufoco. Ele disse que não foi pego de surpresa pela greve e se programou para se deslocar através de aplicativos, mas os preços pesaram no bolso.

“Eu me adiantei pra pedir um motorista de aplicativo, mas os preços já estavam muito inflados, geralmente eu pago de 8 a 10 reais pra vir de moto, mas hoje chegou a bater 30 reais, de carro chegou até 70, fora do normal”, contou. 

A empresa onde ele trabalha não deu opção para os usuários do transporte público, nem flexibilidade para atrasos. Mesmo assim, para ele, a greve é compreensível e reflete problemas gerados e acumulados que impactam tanto os usuários dos ônibus quanto os trabalhadores. 

“O valor do passe está lá em cima, a condição do transporte é vergonhosa e ainda por cima não pagam direito aos servidores, não existe lógica nisso. Claro, gera um atraso nos nossos horários, mas acho que o atraso maior ainda é diariamente a gente ter que ir trabalhar em péssimas condições, sem contar o estresse causado aos motoristas pela falta de pagamento”, desabafou. 

Mas o valor alto não foi o único problema. Com a alta demanda, os usuários também enfrentaram demora na espera para localizar um motorista para a corrida e um trânsito “caótico” nas primeiras horas do dia. 

Vinícius esperou mais de 20 minutos até que um motorista aceitasse sua corrida pelo aplicativo. Às 7h40 ele precisou se deslocar para outra loja filial onde trabalha, mas às 8 horas da manhã, ainda estava esperando. 

“Tudo ficou atrasado, além dos preços que subiram, o que é normal por causa da demanda. Mas complica muito a vida”, relatou. 

Sofia Bento costuma utilizar o transporte coletivo para chegar ao trabalho todos os dias, mas como soube da greve antes, se organizou para ir com o carro da família. Porém, o problema enfrentado por ela e por tantos outros foi o fluxo de carros. 

“Eu saí de casa às 7h20 e cheguei no trabalho às 7h52. Nunca gastei tudo isso para chegar. Até a rua Antônio Maria Coelho, o trânsito fluía. Dali em diante, tudo parado, um ‘fervo’”, contou à reportagem. 

Mesmo que a greve já estivesse avisada aos usuários, a surpresa foi o serviço ter sido paralisado de forma completa, já que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia determinado em decisão judicial que apenas 30% dos motoristas poderiam aderir à paralisação, sob multa diária de R$ 20 mil. 

A decisão foi desrespeitada, já que 100% dos motoristas declararam greve na manhã desta segunda-feira (15). 

A audiência de conciliação entre o TRT e o Sindicato será realizada nesta terça-feira (16). 

O lado do Consórcio

O Consórcio Guaicurus, em nota enviada ao Correio do Estado na quinta-feira (18), informou que está sem dinheiro para honrar com:

  • Folha salarial
  • 13º salário
  • Custos Operacionais Básicos (combustível, manutenção da frota e encargos)

Segundo a concessionária, a ameaça de greve é causada pela crise financeira, decorrente da inadimplência nos repasses devidos pelo Poder Público (Prefeitura de Campo Grande). Os repasses abrangem o vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários definidos para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do sistema.

"É crucial destacar que, apesar do acordo estabelecido com a participação e anuência do Poder Concedente (Município), a tarifa não está sendo praticada, pois os repasses necessários não estão sendo efetuados de maneira adequada e nos valores devidos. A falta de regularização imediata desses pagamentos críticos ameaça diretamente a continuidade e a qualidade da prestação dos serviços. Sem o fluxo de caixa necessário, o Consórcio está impossibilitado de honrar obrigações financeiras essenciais com vencimento iminente. O sistema opera atualmente no limite de suas capacidades, e a ausência destes repasses torna a operação inviável a curto prazo. O Consórcio Guaicurus reitera o apelo para que as autoridades competentes ajam com a máxima urgência para regularizar os débitos em atraso. A manutenção da inadimplência nos repasses inviabiliza o cumprimento dos pagamentos salariais. Desta forma, o Consórcio alerta que os trabalhadores poderão interromper legalmente suas atividades em razão do não cumprimento destas obrigações, conforme previsto no Artigo 624 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O não cumprimento destas obrigações contratuais e salariais, que derivam de um compromisso que envolvia o Poder Concedente, pode resultar na interrupção total dos serviços, o que afetará drasticamente a mobilidade urbana e a vida dos cidadãos de Campo Grande".

O lado da Prefeitura

Durante a coletiva de imprensa marcada para a manhã desta segunda-feira, a Prefeitura Municipal de Campo Grande negou que haja qualquer débito entre eles e o Consórcio Guaicurus, responsável pela manutenção do transporte público na Capital. 

Em nota, o Executivo afirmou que na semana passada foram antecipados repasses financeiros ao Consórcio Guaicurus, referentes às subvenções das gratuidades, no valor médio de R$ 3 milhões, valor que só venceria no final do mês, em uma tentativa de evitar que a greve fosse deflagrada.

"Somente este ano, a Prefeitura já repassou mais de R$ 35 milhões ao Consórcio Guaicurus, sendo R$ 19 milhões referentes às gratuidades e mais R$ 15 milhões de vale-transporte dos servidores. Ainda assim, a concessionária, que é uma empresa privada, deixa de honrar os compromissos que têm com seus funcionários e causa prejuízos a toda a população", afirma a nota. 

Segundo dados apresentados, a paralisação afetou cerca de 110 mil usuários do sistema e aproximadamente mil trabalhadores do transporte coletivo.

Manifestações

Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo se manifestaram nas redes sobre a paralisação do transporte público de hoje. 

A vereadora Luiza Ribeiro destacou que é "inadmissível que uma empresa de grande porte, que atua há anos na cidade e recebe antecipadamente recursos do vale-transporte, alegue falta de condições financeiras para honrar compromissos básicos com seus funcionários" e que se tratam de "direitos humanos". 

Ela ressaltou que, como apurado na CPI, o Consórcio Guaicurus faturou cerca de R$1,8 bilhão desde que assumiu o serviço na Capital. Mesmoa assim, acumula reclamações diárias dos usuários, como atrasos, superlotação e condições precárias dos ônibus, com 197 ônibus acima da idade média permitida. 

A vereadora Ana Portella afirmou nas redes socias que o Consórcio Guaicurus "está fazendo isso por simples maldade". 

"Não faz sentido algum a população pagar essa fatura. Uma empresa que teve R$ 165 milhões falar que não tem recurso suficiente é má gestão. Essa empresa não pode mais continuar, esse contrato precisa ser rompido”, afirmou em vídeo.

Maicon Nogueira pediu pela intervenção do contrato de forma imediata.

"Tenho feito denúncias a meses e o Ministério Público não age. A prefeitura segue na inércia. Não tem como negociar com mafiosos. Somos reféns e ninguém faz nada”, relatou o vereador.

 

*Colaborou Naiara Camargo

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