Cidades

campo grande

Prefeitura prevê arrecadar R$ 33 milhões com multas de trânsito neste ano

Apesar de considerável, valor é o menor dos últimos quatro anos; orçamento para transportes também sofreu decréscimo

Continue lendo...

A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) prevê uma arrecadação de R$ 33 milhões em multas neste ano. O valor é estimado de acordo com as infrações aplicadas no decorrer do ano passado e pode variar, pois a projeção foi lançada antes de 31 de dezembro.

De 2020 até este ano, de acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA), esse é o menor valor previsto para arrecadação proveniente de multas em Campo Grande apesar de ser considerável. 

Em 2020, a LOA estimou um rendimento de R$ 34 milhões em infrações de trânsito, no entanto, a Agetran não informou quanto foi, de fato, recebido. 

Em 2021, a estimativa de saldo das multas foi de R$ 37 milhões, sendo realmente arrecadados R$ 35 milhões. Já para 2022 foi projetado o maior valor de recolhimento dos últimos anos, de R$ 38,226 milhões, mas a arrecadação do ano passado ainda não foi divulgada pela Prefeitura de Campo Grande. 

INFRAÇÕES

As principais multas aplicadas são em decorrência de excesso de velocidade, avanço de sinal e conversão proibida. 

De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), de 37,65% das infrações são de média gravidade, 24,14% são multas graves, 19,34% são infrações gravíssimas, 4,85% são multas leves e 14,03% não foram classificadas. 

Em Campo Grande, esse número muda um pouco, sendo 45% das multas classificadas como média gravidade; 24,97%, graves; 17,33%, gravíssimas; 2,61%, leves; e 10,10% não foram classificadas. 

Ainda na Capital, a quantidade de multas aplicadas até 29 de dezembro de 2022 caiu em relação ao mesmo período de 2021 – foram 325.584 infrações em 2022, contra 387.815 multas aplicadas em 2021. 

Nos últimos anos, o recorde de aplicação de punições foi registrado em 2020, quando foram notificadas 417.222 penalidades de trânsito. Em relação a Mato Grosso do Sul, os índices de aplicação de multas de trânsito são mais equilibrados. 

Em 2022, foram registradas, até o dia 29 de dezembro, 496.005 infrações de trânsito; em 2021, foram 531.519 penalidades; e em 2020, foram 526.956 punições. 

ORÇAMENTO

Parte do orçamento da Agetran é proveniente do valor arrecadado pelas multas aplicadas, que se soma às aplicações diretas e aos recursos próprios. 

Os valores das aplicações diretas na autarquia tiveram acréscimos durante os anos, mas o valor destinado aos projetos ligados a transportes no município não acompanharam o crescimento. 

Para a Agetran, está previsto o envio direto de R$ 84.572.635 neste ano, mas o total para o setor de transportes, que visa não apenas a Agetran, como projetos que influenciam diretamente no trânsito da Capital, teve um decréscimo de investimento, são R$ 258.590.076 para este ano, ou seja, 4,77% do orçamento total. 

Em relação a 2022, o valor destinado diretamente à Agetran, de acordo com a LOA, foi de R$ 71.847.000, enquanto para o setor de transportes foi de R$ 261.277.000, correspondentes a 5,44% do orçamento total do município. 

Já em 2021, os valores da aplicação direta não mudaram muito, foram R$ 71.139.000 para a Agetran, enquanto transporte recebeu R$ 272.779.000, correspondendo a 5,86% da LOA. 

Em 2020, a aplicação direta ficou em R$ 68.227.684, e a fatia para transporte foi de R$ 281.529.684, totalizando 6,54% do orçamento anual aprovado. Esse valor direcionado para o setor de transportes foi o maior dos últimos quatro anos. 

Questionada sobre o decréscimo no investimento em transportes, a prefeitura respondeu, por meio da Agetran, reafirmando o aumento de investimento na agência nos últimos anos, entretanto, a assessoria confirmou que o orçamento de transportes engloba outras secretarias, como a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e a Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos. 

Assine o Correio do Estado

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

Continue Lendo...

O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou ‘com nós’, mas nós não precisamos dele”, postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

Continue Lendo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

Assine o Correio do Estado
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).