Cidades

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Prejudicados pelas chuvas, municípios terão R$ 15 milhões

Prejudicados pelas chuvas, municípios terão R$ 15 milhões

CLODOALDO SILVA, DE BRASÍLIA

28/01/2010 - 22h33
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O Ministério da Integração Nacional vai liberar, no prazo de 30 dias, R$ 15 milhões para atender cinco municípios de Mato Grosso do Sul atingidos por desastres naturais provocados por chuvas. O recurso foi assegurado pelo ministro Geddel Vieira Lima na tarde de ontem, em reunião com prefeitos sulmato- grossenses, deputados federais e representantes do Governo do Estado. A decisão do ministro foi motivada pela solicitação de R$ 21 milhões apresentada pelos prefeitos de Coxim (R$ 1 milhão), Ivinhema (R$ 2,722 milhões), Miranda (R$ 655 mil), Aquidauana (R$ 1,9 milhão) e Novo Horizonte do Sul (R$ 15 milhões) para que recuperem os estragos causados pelas chuvas. O prefeito de Novo Horizonte do Sul, Marcílio Álvaro Benedito, afirmou que “estamos isolados, a situação é caótica. Nunca havia acontecido uma situação como esta, em que famílias ficaram desabrigadas e casas correm o risco de ruir por apresentar rachaduras”. A prefeitura constatou que 37 casas estão com rachaduras e 11 estão com a demolição prevista. Também as estradas vicinais e rodovias estão sem condições de tráfego, sendo que, até o momento, cinco fazendas estão ilhadas, afetando 30 famílias. Em Miranda e Aquidauana, os problemas são semelhantes, mas originados pela enchente causada pelos rios que cortam os municípios. O prefeito de Miranda, Neder Afonso da Costa Vedovato, enfatizou que “102 famílias estão desabrigadas. Estradas vicinais e ruas estão destruídas. O nosso pleito aqui é conseguir dinheiro para recuperar as moradias afetadas”. Para o prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman, o relatório de avaliação dos danos apontou prejuízos de R$ 5,2 milhões no total, porém, o pleito ao Ministério é de R$ 1,9 milhão para recuperar oito pontes e atender mais de mil pessoas afetadas pela cheia do rio. Após ouvir os prefeitos, Geddel Vieira Lima determinou que a Secretaria de Defesa Civil da pasta atenda os pedidos, aproveitando a Medida Provisória 480, publicada ontem no Diário Oficial da União, que garantiu R$ 394 milhões para que o Ministério realize obras preventivas de desastres, socorro e assistência às pessoas atingidas por desastres e restabelecimento da normalidade no cenário de desastres. “Ficou definido que serão, no mínimo, R$ 15 milhões para atender os municípios de Coxim, Aquidauna, Ivinhema, Miranda e Novo Horizonte do Sul”, enfatizou o deputado federal Waldemir Moka (PMDB), que esteve na reunião e agendou o encontro em nome da bancada federal por ser o coordenador em Brasília. O governador André Puccinelli (PMDB) disse, após a reunião, que o Governo estadual vai gerenciar os recursos destinados a Novo Horizonte do Sul porque o projeto foi elaborado por técnicos estaduais, enfatizando que: “Os municípios de Jateí, Deodápolis, Naviraí e Vicentina serão atendidos pelo Governo do Estado por não se enquadrarem nas exigências do Ministério”, explicando, ao ser indagado, que o valor ainda será calculado. Embora tenha definido o patamar mínimo de R$ 15 milhões para Mato Grosso do Sul, os técnicos do Ministério somente vão definir nos próximos dias o valor que será destinado para cada localidade. Estiveram na reunião com Geddel Vieira Lima o secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste do Ministério, Carlos Henrique Menezes Sobral, o deputado federal Vander Loubet (PT), o deputado federal Geraldo Rezende (PMDB), representantes dos deputados federais Dagoberto Nogueira (PDT) e Marçal Filho (PMDB).

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

CAMPO GRANDE

Trabalhadores engrossam paralisação na Santa Casa

Se no primeiro dia manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, ato é engrossado e pelo menos dois mil  trabalhadores aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário

23/12/2025 11h00

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: 

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua". Marcelo Victor/Correio do Estado

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Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos/serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua".

"Com efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores", complementa a Santa Casa de Campo Grande em retorno. 

Em outras palavras, se no primeiro dia a manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, a paralisação é engrossada e pelo menos dois mil  trabalhadores da Santa Casa (dos quatro mil totais) aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário. 

Sem acordo

    

Enquanto a Santa Casa de Campo Grande aponta que, até o momento, não há nenhuma novidade em relação ao pagamento do décimo terceiro, que afeta todos os funcionários celetistas da unidade, a paralisação acaba impactando na vida não somente dos trabalhadores mas também de pacientes e visitantes. 

Ainda ontem no fim da tarde, através das redes sociais, a Santa Casa de Campo Grande emitiu comunicado anunciando ajustes temporários nas rotinas de vista aos pacientes, diante da paralisação. 

Essas visitas estão autorizadas tanto para pacientes internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas enfermarias. 

Esses ajustes na rotina seguem as seguintes diretrizes: 

  • - Apenas um familiar será liberado e permitido vistar o paciente;
  • - Cada paciente tem direito a uma visita por dia, feita pelas manhãs, às 11h. 
  • - Acesso das visitas deve ser feito exclusivamente pela porta de vidro do térreo.  

Há o detalhe de que, para os pacientes da área de trauma, onde ficam os acidentados, os visitantes devem dirigir-se pela entrada específica do setor. 

É o caso de Vitória Lorrayne, que está com o irmão acidentado na Santa Casa, que deu entrada na unidade desde o domingo e seria submetido a cirurgia durante o primeiro dia de paralisação, e sequer conseguiu contatar o parente que foi vítima de acidente de moto. 

"Não facilitaram em nada. Até disse que minha mãe sairia de viagem e precisava de notícias, está preocupada, mas falaram ontem (22) infelizmente que eu não poderia entrar", comenta ela. 

Como se não bastasse, até mesmo as informações sobre quando teria novamente contato com o irmão foram desencontradas, já que num primeiro momento mandaram a jovem voltar à Santa Casa por volta de 16h, quando novamente foi impedida de fazer a visita. 

"Voltei lá e disseram que haviam suspendido as visitas da tarde e da noite. Que seria apenas hoje às 11h, e não facilitaram em nada, sendo que gastei 70 reais ao todo entre idas e vindas", conclui. 

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).
**(Colaborou Naiara Camargo)

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