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Ladário

Presos secretários de Finanças e Educação

Presos secretários de Finanças e Educação

Marcelo Fernandes/diário online

16/05/2011 - 14h11
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Sete pessoas foram presas pela Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira, 16 de maio, acusadas de integraram um esquema que fraudava licitações públicas na Prefeitura de Ladário. Em um ano de investigações, a PF teria constatado desvios de recursos federais da ordem de R$ 500 mil. A "Operação Questor" acontece em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU). Outros 26 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos agentes federais.

De acordo com as investigações, o grupo era composto por funcionários públicos e empresários e fraudava procedimentos licitatórios que envolviam verbas públicas federais destinadas à saúde, educação e infraestrutura no município de Ladário.

"Eles usavam combinação de preços e inserção de empresas fantasmas para beneficiar a empresa que já estava fechada com eles. Essa empresa vencia e repassava parte do dinheiro para o grupo. Temos funcionários públicos do alto escalão da Prefeitura de Ladário, inclusive secretários municipais envolvidos", informou a este Diário o delegado chefe da Polícia Federal de Corumbá, Alexandre do Nascimento. Ainda segundo o delegado, na ação desta segunda-feira, inicialmente as investigações não citam o prefeito de Ladário, José Antonio Assad e Faria, mas ele "vai ser investigado", disse Nascimento.

Segundo o delegado, o monitoramento do grupo acontece há mais de um ano e teve início numa fiscalização rotineira da Controladoria Geral da União que verificou algumas irregularidades. "Essas investigações foram intensificadas e descobriu-se como o grupo operava. O valor [de desvio] levantado inicialmente é de mais de meio milhão de reais; mas esse valor pode ser muito maior", afirmou Alexandre do Nascimento.

Apreensões de HD

Os sete mandados de prisão cumpridos nesta segunda-feira são temporários, por até cinco dias, mas podem ser renovados ou convertidos em prisão preventiva, de acordo com o andamento e as necessidades das investigações. "Podem ser indiciados por fraude em licitações; corrupção ativa e passiva, peculato; formação de quadrilha; concussão e desvio de dinheiro público", explicou o delegado chefe da PF e que coordena as investigações.

Entre as primeiras apreensões da Polícia Federal estão a quantia de R$ 60 mil, em dinheiro, além de notas fiscais; documentos e dispositivos de armazenamento de dados de computadores, os chamados discos rígidos, ou HD (Hard Disk).

Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária em Corumbá; dois em Ladário e um em Campo Grande. A investigação ainda tem reflexos no Rio Grande do Sul e Paraná, onde são cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Barão de Cotegipe (RS) e Maringá (PR).

"Ao mesmo tempo acontece outra operação no Rio Grande do Sul, que engloba outras cidades da região Sul e tem algumas empresas comuns com a nossa operação aqui. São ações distintas. O objetivo lá são empresas que fraudam licitação para compra de remédios. A nossa envolve especificamente a Prefeitura de Ladário e são empresas ligadas à Educação; Saúde e Obras", complementou o delegado da PF. Toda a documentação apreendida; bem como equipamentos e detidos são encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal de Corumbá.

Este Diário apurou que estão presos temporariamente: Name Antonio Faria de Carvalho (Secretário Municipal de Finanças); Eliene Urquiza (Secretária Municipal de Educação); Candelária Lemos (Advogada Geral do Município); Márcio José Pimenta (Setor de Licitações); Samuel Molina (Contador); e Maria Helena Silva (Núcleo de Projetos da Prefeitura).

Investigação do MPF

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) a quadrilha praticava sobrepreço; superfaturamento; direcionamentos e fraudes em licitações, conluio entre empresas e montagem de procedimentos licitatórios. As investigações teriam iniciado a partir de suspeitas de irregularidades na aplicação de recursos federais destinados à merenda escolar dos estudantes da rede municipal de ensino de Ladário.

A Controladoria Geral da União, atendendo solicitação do MPF, também realizou fiscalização nas licitações e contratos da Prefeitura de Ladário - dos anos de 2008 a 2010 - que envolviam recursos federais, identificando irregularidades em todos os procedimentos analisados. Em 2008, foi o último ano da administração de José Francisco Mendes Sampaio (na época filiado ao PDT). A partir de 1º de janeiro de 2009, a Prefeitura passou a ser comandada por José Antonio Assad e Faria (PT).

As irregularidades foram encontradas não apenas nas aquisições de gêneros alimentícios para a merenda escolar, mas em todas as áreas investigadas (educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura e habitação).

O Questor

O nome Questor faz referência ao administrador financeiro na Roma antiga. Os questores eram responsáveis pela coleta de impostos e supervisão do tesouro e da contabilidade do Estado. Em cada província romana, um questor pagava o exército e os funcionários do governo, coletava impostos e era a principal autoridade depois do governador da província. Fonte: Diário Corumbaense (www.diarionline.com.br).
 

Cidades

Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

27 vagas

UFGD abre concurso para professor com salários de até R$ 13 mil; confira

Inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet

23/12/2025 18h30

UFGD

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Com salários de até R$ 13 mil, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) publicou edital de concurso público para provimento de cargos da carreira para 27 novos professores.

Conforme o edital, a remuneração inicial varia de R$ 3.399,47 a R$ 13.288,85, de acordo com a titulação exigida e o regime de trabalho.

Os valores são acrescidos de auxílio-alimentação (R$ 587,50) para jornadas de 20h semanais e R$ 1.175,00 para 40h semanais. As inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet.

As oportunidades contemplam campos como Administração, Agronomia, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Gestão Ambiental, História, Letras, Engenharia de Alimentos, Pedagogia e Medicina, entre outros, conforme detalhado no edital.

Provas

O processo seletivo será composto por prova escrita, prova didática, ambas de caráter eliminatório e classificatório, além de prova de títulos, de caráter classificatório. O edital de convocação para o sorteio de pontos e para a prova escrita será publicado em 26 de março. O sorteio está marcado para 28 de março, e a prova escrita ocorrerá em 29 de março (domingo).

A prova didática será realizada nos dias 25 e 26 de abril, conforme edital específico dessa etapa. O procedimento de heteroidentificação está previsto para 12 de maio, enquanto o envio dos títulos ocorrerá de 19 a 21 de maio. O resultado preliminar será divulgado em 1º de junho, e o resultado final, após recursos, em 3 de junho.

A taxa de inscrição é de R$ 200, com possibilidade de pagamento até o último dia de inscrição, em qualquer agência bancária durante o horário de expediente. O edital completo, com a descrição das áreas, requisitos e demais orientações, está disponível aqui!

Isenção de taxa

Os pedidos de isenção da taxa de inscrição poderão ser feitos entre 16 e 26 de dezembro. Têm direito ao benefício candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo, além de doadores de medula óssea. O resultado preliminar da isenção será divulgado em 9 de janeiro, com homologação final prevista para 13 de janeiro, após análise de recursos.

Do total de vagas, a UFGD assegura políticas de ações afirmativas, destinando 25% para candidatos autodeclarados negros (pretos ou pardos), 3% para indígenas e 2% para quilombolas, independentemente da área. Também há reserva de vagas para pessoas com deficiência. Ao todo, sete vagas são destinadas a candidatos negros, uma para indígenas, uma para quilombolas e duas para pessoas com deficiência.

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