Cidades

INFRAESTRUTURA

Prevista há 9 anos, barragem no Segredo não sairá do papel

O principal motivo apontado pela prefeitura de Campo Grande é a falta de recursos e a complexidade da obra; bacias de contenção serão feitas no lugar

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Elaborado em 2008, e aprovado em 2025, o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) de Campo Grande passou por uma série de dificuldades para implementação do pacote de obras previsto, entre elas, a instalação de uma barragem no Córrego Segredo, que teve seu projeto elaborado em meados de 2028, mas não sairá do papel por falta de recursos. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), “informa que a questão no Córrego Segredo, dos alagamentos na Avenida Rachid Neder com a Avenida Ernesto Geisel, envolve estudos apontando investimentos muito elevados e inviáveis pela complexidade”. 

A pasta relata que optou por uma iniciativa “mais viável”, que é a construção de bacias de contenção nos bairros por onde o Córrego Segredo passa, “cujo modelo já se mostrou eficaz onde foi executado, como as bacias de amortecimento do Córrego Reveilleau e no Bairro Nova Lima”. 

A bacia ativada no final do ano passado no Córrego Reivelleau, faz parte das iniciativas de contenção de enchentes previstas para o Córrego Prosa, que também deveria receber uma barragem.

Entretanto, os valores previstos para a construção das barragens nos dois córregos, Segredo e Prosa, era de R$ 120 milhões. 

Até janeiro de 2023, o ex-secretário da Sisep, Rudi Fioresi, alegou que a obra do Segredo estava sendo estudada, porque um novo projeto estava sendo elaborado para a região. Além disso, os recursos já tinham sido obtidos, e faltava a viabilização das verbas para a obra em si.

A respeito do Prosa, Fioresi afirmou na época que não era mais necessário a implantação da barragem, já que bacias de contenção estavam sendo construídas. 

A bacia do Córrego Reivelleau, localizada entre as avenidas Mato Grosso e Hiroshima, é, de acordo com a Sisep, a maior em operação em Campo Grande, com capacidade para 34 milhões de litros, e a primeira construída no sistema Gabião, que tem maior durabilidade. 

Além disso, a prefeitura enfatizou que possui outras frentes de prevenção a enchentes na Capital, e realizou em março deste ano, a limpeza do Córrego Prosa, do canal do Córrego Imbirussu, entre outras obras emergenciais como na Rua Catiguá, onde foi feita a limpeza do canal que escoava água da chuva para o local, das bocas de lobo da Catiguá e vias próximas. 

“Para acabar com os alagamentos e problemas como a queda do muro de contenção na Avenida Filinto Muller, ocorrido no início do ano passado, a prefeitura construiu um vertedouro auxiliar, que é aberto quando há o risco do Lago do Amor transbordar, e o muro foi refeito com reforço na estrutura e também no aterro, que serve para evitar o desmoronamento”, acrescenta a Sisep. 

O transbordamento do Lago do Amor foi o último grande estrago em Campo Grande, devido a fortes chuvas.

No início de 2023, o lago, que também passa por um processo de assoreamento, transbordou e invadiu a Avenida Senador Filinto Muller, que, em decorrência da força da água, teve uma cratera aberta em parte da pista. 

HISTÓRICO 

Apesar de Campo Grande viver um período de fortes ondas de calor e falta de chuvas, com um início de ano com precipitações abaixo da média para o período, a Capital já enfrentou diversos problemas de enchentes e alagamentos nos últimos 15 anos. 

Em dezembro de 2009, devido a fortes chuvas, uma cratera na Avenida Ceará foi aberta, poucas semanas depois, em fevereiro de 2010, parte de um viaduto na mesma avenida, desmoronou, também por causa do impacto das precipitações.

Na ocasião, parte do asfalto da Avenida Paulo Coelho Machado cedeu, e carros foram arrastados após o Córrego Vendas transbordar. 

Matérias jornalísticas apontam ainda que em janeiro de 2012, a Avenida Via Park e a Afonso Pena também ficaram debaixo d’água, após uma obra de contenção não conseguir dar conta da quantidade de água, após uma forte chuva.

A Via Park, apesar das iniciativas de prevenção, ainda viveu momentos de alagamento anos depois, em 2016 e 2018. 

Outras vias da Capital, como a Avenida Ernesto Geisel, Rachid Neder, Dom Aquino e Chaad Scaff, também vivenciaram enchentes nesses anos.

Em janeiro desse ano, o atual titular da Sisep, Marcelo Miglioli, relatou ao Correio do Estado que possui o mapeamento de todas as áreas de risco de Campo Grande, no entanto, não há recursos suficientes. 

“É importante a gente falar que Campo Grande tem um passivo muito frande nessa área de drenagem, e esse passivo vem de muitos e muitos anos. Então, os problemas já estão levantados, já estão mapeados, e agora nós estamos em busca de solução”, pontuou o secretário em janeiro.

SAIBA

O professor doutor Paulo Tarso Sanches, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), aponta que apenas ações pontuais não combatem enchentes, e o mapeamento das áreas críticas e a construção de obras como barragens, bacias, aumento de canais e galerias de drenagem, são importantes para prevenir enchentes. 

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ESTRAGOS

Com acumulado de quase 100 mm, chuva continua nesta segunda e preocupa autoridades

Na Capital, a força da chuva causou alagamentos, derrubou árvores e abriu crateras nas ruas

20/04/2025 18h00

Uma enorme cratera foi aberta pela força da chuva na Estrada SE-1, localizada no bairro Chacará dos Poderes

Uma enorme cratera foi aberta pela força da chuva na Estrada SE-1, localizada no bairro Chacará dos Poderes Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Tempo chuvoso de quase 100 milímetros, durante feriado de páscoa, deve se prolongar nesta segunda-feira apontam autoridades. 

De acordo com a Defesa Civil de Campo Grande, um novo alerta já foi emitido para a população informando que amanhã (21), a previsão indica que deve ocorrer mais chuvas na cidade que já foi afetada por estragos nas ruas.

A Defesa Civil segue em alerta para novas ocorrências que podem surgir a partir de segunda-feira com 18 agentes escalados na prestação de serviços. 

Conforme informou o Coordenador de Proteção e Defesa Civil de Campo Grande, Enéas Netto, foram registradas 16 ocorrências na cidade neste final de semana envolvendo alagamentos, vias danificadas e quedas de árvores.

Entre os chamados, o de maior gravidade foi atendido na Vila Popular, onde a água do Córrego Imbirussu transbordado invadiu casas na Avenida José Barbosa Rodrigues.

Na estrada SE-1, localizada no bairro Chacará dos Poderes, uma enorme cratera foi aberta pela força da chuva, além de causar estragos na rua de terra Jose Vitor Vieira. Por conta do dano causado foi necessária a interdição parcial da rua pela Defesa Civil, que monitora o local.

Diversos bairros apresentaram problemas com drenagem que resultaram em alagamentos, entre eles o Jardim Ouro Preto, que ficou com as ruas Quero Quero e Ernesto Geisel completamente alagadas.

No bairro Lageado, por exemplo, um caminhão de coleta de lixo chegou a ficar "atolado" em uma das crateras que ficaram ainda maiores com o volume de chuva.

Na Avenida Engenheiro Amélio Carvalho de Bais com a rua Yokohama, próximo ao Jardim Panamá, a chuva causou a derrubada de uma árvore que fechou os dois sentidos da avenida, situação que se repetiu também próximo ao Cemitério Santo Antônio. 

Ao todo sete ruas precisaram ser interditadas totalmente ou parcialmente em Campo Grande por conta de alagamentos ou crateras que foram abertas no asfalto devido a força da chuva.

Segundo a coordenação da defesa civil, a chuva na Capital ultrapassou os 100 mm neste final de semana, atingindo um índice de volume de chuva inesperado para o período.

O trabalho no atendimento das ocorrências realizado pela Defesa Civil teve apoio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

A defesa civil também informa que é possível acionar os agentes escalados do dia para atender chamados através do número 156 (ouvidora da Prefeitura de Campo Grande), ou pelo 199 da defesa civil.

INTERIOR

O temporal que atingiu o interior do Estado foi ainda mais devastador, já que diversas cidades tiveram problemas com enchentes em torno de rios, que causaram alagamentos em casas, rodovias e derrubaram pontes de acessos importantes.

Em Bela Vista, conforme informou a Defesa Civil do município para a reportagem do Correio do Estado, os maiores danos foram nas vias rurais.

A rodovia estadual MS-472 que fica na região de Apaporé precisou ser interditada por conta de uma inundação que ocorreu no Rio Apa. No local o Corpo de Bombeiros foi acionado para resgatar 3 pessoas que foram arrastada pela correnteza quando o motorista de um veículo tentou atravessar o ponto inundado.

Duas pontes na região foram danificadas. Uma Fazenda que fica aproximadamente 40km em direção a Caracol também foi inundada devido as chuvas.

No município de Jardim ocorreu alagamento em residências de quase todos os bairros da cidade, prédios públicos também ficaram alagados após as chuvas.

Alguns moradores da cidade ficaram desabrigados e precisaram de auxílio da Secretaria de Assistência Social para prestar acolhimento aos afetados pelo alagamento de suas residências.

Cidades

Acidente entre moto e capivara deixa mulher morta em rodovia de MS

Vítima era passageira da motocicleta que se chocou com o animal na MS-450, entre os distritos de Palmeiras e Piraputanga

20/04/2025 16h28

Passageira de moto morreu após colisão com capivara

Passageira de moto morreu após colisão com capivara Foto: O Pantaneiro

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Uma mulher de 32 anos morreu em um acidente envolvendo uma motocicleta e uma capivara, na noite desse sábado (19), na MS-435, entre os distritos de Palmeiras e Piraputanga, em Aquidauana.

De acordo com informações do site O Pantaneiro, a mulher era passageira da moto.

O condutor, um homem de 30 anos, seguia pela rodovia quando de chocou com a capivara, na pista. Com o impacto, ele e a passageira caíram.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a mulher não resistiu aos ferimentos e morreu no local do acidente.

Já o condutor estava consciente e com ferimentos aparentemente leves. Ele recusou atendimento médico.

Equipes da perícia e da Polícia Civil foram ao local fazer os levantamentos iniciais. As circunstâncias do acidente serão investigadas.

Acidentes na madrugada

Pelo menos outros três acidentes foram registrados entre a noite deste sábado (19) e a madrugada de domingo (20) no interior de Mato Grosso do Sul.

Em um dos casos, uma colisão frontal envolvendo dois veículos pequenos deixou quatro pessoas feridas na  na saída para o distrito de Casa Verde, em Nova Andradina.

Em um Fiat Siena estavam o motorista, de 70 anos, e uma passageira, de 59, enquanto em um Gol havia quatro pessoas.

Segundo informações, o Siena teria entrado na contramão na rotatória que dá acesso ao bairro Universitário e, em seguida, colidido frontalmente com o Gol. 

Os passageiros que seguiam no banco traseiro do Gol foram socorridos pelo Samu com ferimentos leves, enquanto motorista e passageiro do banco da frente não se feriram. 

Já os dois passageiros que ocupavam o Siena foram imobilizados e transportados para o Hospital Regional de Nova Andradina. 

Outra ocorrência registrada pela Polícia Militar, também em Nova Andradina, envolveu um Onix e uma motocicleta Biz, que colidiram em um cruzamento de ruas e deixaram a motociclista ferida.

No terceiro acidente, registrado nesta madrugada, um motorista que dirigia um Ford Fiesta bateu de frente com uma caçamba utilizada para recolher entulhos. Ele não sofreu ferimentos graves.

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