Cidades

CAMPO GRANDE

Prevista para este ano, instalação de fingers no aeroporto fica para 2025

Obras incluem construção de segundo piso, pontes de embarque, ampliação do estacionamento, entre outros, e estavam previstas para começar no segundo semestre deste ano

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As obras estruturais no Aeroporto Internacional de Campo Grande, que incluem a construção de um segundo e de três pontes de embarque e desembarque de passageiros, os chamados fingers, ficou para 2025.

Em anúncio feito em março, a empresa que administra o aeroporto, a Aena, informou que as obras começariam no segundo semestre de 2024, com previsão de entrega para 2026.

No entanto, em comunicado mais recente, a empresa disse que está em fase final do processo de contratação de empreiteira e que a previsão de início dos trabalhos é "nos próximos meses", sem especificar datas.

"Conforme cronograma definido pelo edital de concessão, a Aena tem um prazo até junho de 2026 para a conclusão das obras de modernização do Aeroporto de Campo Grande. O processo de contratação da construtora responsável pelas obras está na fase final, com previsão de início dos trabalhos nos próximos meses", diz a nota.

O finger é esperado há anos pela população que utiliza o terminal na Capital e a obra está prevista em contrato de concessão.

Em outubro de 2023, quando foi assinado o contrato, o diretor presidente da Aena no Brasil, Santiago Yus, disse que, em aeroportos com mais de um mulhão de passageiros, o contrato estipula que 70% dos viajantes devem ser embarcados através de fingers ou ponto de embarque.

Em Mato Grosso do Sul, também passarão por obras estruturais os aeroportos de Corumbá e Ponta Porã, que também estão em processo de contratação de construtora, com a mesma previsão de conclusão, para 2026.

Obras

Os investimentos em todo o Bloco SP/MS/PA/MG somam R$ 4,5 bilhões e preveem a ampliação da capacidade operacional de todos os aeroportos, com aumento da área construída dos terminais de passageiros.

Campo Grande

No aeroporto de Campo Grande, estão previstas a construção de um segundo piso no terminal de passageiros e pontes de embarque e desembarque, reforma do pátio de aeronaves e ampliação do estacionamento, entre outros.

Com a reforma, o aeroporto deve atingir a capacidade de 2,6 milhões de passageiros por ano, além de preparar o terminal para receber voos internacionais.

Confira as obras previstas para o aeroporto da Capital:

  • Ampliação do terminal de passageiros, passando de 10.000 m² para 12.000 m²
  • Sala de embarque com 5 portões em área de 1.036 m²
  • Restituição de bagagem com 2 esteiras em área de 373 m²
  • Balcões de check-in com 20 posições em área de 190 m²
  • 3 controles de segurança (raios-x) com 113 m²
  • Ampliação do estacionamento
  • Reforma do pátio com 11 posições de estacionamento para aeronaves tipo C
  • Implantação de pontes de embarque
  • Possibilidade de atender voos internacionais
  • Realocação do ponto de abastecimento de aeronaves, que atualmente se localiza fora do pátio e será transferido para a área interna do sítio aeroportuário
  • Construção de uma taxiway de saída rápida para acesso à área militar

 A Aena assumiu a gestão do aeroporto em 13 de outubro de 2023, com obras inacabadas.

 

Ponta Porã

Já no aeroporto de Ponta Porã, a área construída vai passar dos atuais 800 m² para 2.600 m², com o espaço da sala de embarque quadruplicado e a superfície da área pública nove vezes maior.

Veja melhorias:

  • Ampliação do terminal de passageiros de 800 m² para 2.600 m²
  • A superfície da área pública será nove vezes maior
  • Novo edifício para órgãos públicos
  • Sala de embarque com 2 portões em área de 350 m²
  • Balcões de check-in com 4 posições em área de 70 m²
  • 1 controle de segurança (raios-x) com 40 m²
  • Restituição de bagagem com 1 esteira em área de 130 m²
  • Reforma do pátio com 3 posições de estacionamento para aeronaves tipo C
  • Construção de áreas de escape de segurança, no fim da pista, em ambas as cabeceiras  
  • Adequação da faixa preparada
  • Novo pátio para aviação geral

Corumbá

O aeroporto de Corumbá vai dobrar a capacidade operacional, que poderá alcançar 100 mil passageiros ao ano. No lado ar, haverá uma bateria de melhorias e revitalizações, com foco no aumento da segurança operacional. Também serão implantadas quatro posições de estacionamento tipo C no pátio. A Aena assumiu a administração do aeroporto em 10 de novembro.

Principais melhorias:

  • Ampliação do terminal de passageiros de 1.950 m² para 2.850 m²
  • A superfície da área pública será 2 vezes maior
  • Sala de embarque com 2 portões em área de 350 m²
  • Balcões de check-in com 4 posições em área de 70 m²
  • 1 controle de segurança (raios-x) com 40 m²
  • Restituição de bagagem com 1 hipódromo em área de 130 m²
  • Construção de áreas de escape de segurança, no fim da pista, em ambas as cabeceiras  
  • Adequação da faixa preparada
  • Instalação de PAPI na cabeceira 09
  • Reconfiguração do pátio de aviação geral

Conforme a Aena, as obras estruturais de grande porte tem objetivo de transformar os aeroportos em equipamentos de infraestrutura mais modernos, seguros e confortáveis.

A Aena é responsável por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional, operando 17 aeroportos, em nove estados.

CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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