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Secretaria confirma nova variante do coronavírus em paciente de Mato Grosso do Sul

Também foi confirmado o primeiro caso da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM – P) no Estado, paciente de 15 anos faleceu em outubro

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Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou infecção pela nova variante da coronavírus em paciente de Mato Grosso do Sul. Se trata da P1, uma variante de atenção (VOC, sigla em inglês para Variant of Concern), que está em circulação comunitária no estado do Amazonas e oeste do estado do Pará.

O homem de 37 anos teve os primeiros sintomas no dia 2 de janeiro e testou positivo para o coronavírus no dia 8 do mesmo mês, pelo teste RT PCR. Ele ficou internado na UTI do hospital Santa Casa de Corumbá, mas já se encontra em recuperação domiciliar. Ele é do grupo de risco, com imunossupressão e obesidade.

De acordo com a assessoria da SES, ele contraiu a doença em Manaus, no estado do Amazonas, por isso é tratado como um caso em isolamento. A infecção, junto a outras três, estava em análise na Fiocruz, mas não existem outras confirmações de casos da P1 no Estado.

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“Diariamente o Lacen-MS realiza testes e envia amostras para São Paulo e Minas Gerais para poder identificar se há a presença dessa nova variante. Até o momento foi confirmada só essa pessoa, que estava em Manaus e veio para cá com a variante”, informou a SES.

O envio destas amostras são feitas respeitando critérios preestabelecidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com o objeto de avaliação: controle de qualidade laboratorial, investigação de suspeita de reinfecção, investigação de novas variantes circulantes no Brasil, entre outras.

As amostras que passam por essas avaliações devem ser enviadas somente aos Laboratórios de Referência Nacionais homologados pelo Ministério da Saúde. No caso do Mato Grosso do Sul, este laboratório de referência é o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo.

Para investigação aleatória de novas variantes circulantes são selecionadas amostras de pacientes que morreram pela doença, ou tiveram sintomas graves e leves da doença, amostras de áreas fronteiriças com outros países, amostras com histórico de viagem para áreas de transmissão da nova variante, ou ainda amostras com suspeitas de reinfecção.

Para investigação não aleatória de novas variantes circulantes são selecionadas amostras de pacientes com histórico de viagem para áreas de transmissão da nova variante.

Também foi confirmado pela SES o primeiro caso da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM – P) no Estado.

O caso é da adolescente de 15 anos, de Campo Grande, que faleceu em outubro de 2020, quando o caso entrou em investigação. Ela não tinha doenças preexistentes e se tornou a pessoa mais nova vítima da doença em Mato Grosso do Sul.

Por não apresentar comorbidades, a SES iniciou a investigação da Sim-P assim que a paciente faleceu. De acordo com a Secretaria, inúmeros exames foram realizados - conforme protocolos do Ministério da Saúde e, após envio de todos os laudos e informações, houve parecer favorável pelo comitê de SIM-P Nacional.

Ainda não se sabe o motivo da síndrome só afetar apenas algumas crianças e adolescentes. Contudo, a Sim-P costuma aparecer de três a quatro semanas após o pico do coronavírus.

Alguns dos sintomas associados à Sim-P são manchas pelo corpo, febre intermitente, olhos vermelhos, barriga inchada, pés e mãos descamando. Entretanto, uma pequena taxa de pacientes desenvolvem problemas mais graves pelas infecções e precisam de tratamento em UTIs.

Variante que surgiu em Manaus

Um estudo liderado pelo cientista português Nuno Faria, da Universidade de Oxford, em colaboração com Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical da USP, analisou a evolução da P.1 da Covi-19, mesma confirmada pelo paciente sul-mato-grossense.

A pesquisa mostrou que ela é de 1,4 a 2,2 vezes mais infeciosa que a tradicional, e possui muita propensão a causar reinfecção. Num grupo de pessoas que já contraiu a linhagem original do Sars-CoV-2, entre 25% e 61% dos pacientes expostos à nova linhagem do vírus poderiam se reinfectar.

A conclusão foi baseada em estudos que cruzaram dados genômicos do vírus com números da epidemia.

Existem ainda a linhagem P.2, que apresenta a mutação E484K no domínio de ligação com o receptor na Spike e já circula em todas as regiões geográficas do país, mas não foi confirmada no Estado.

Ambas linhagens, P.1 e P.2, são descendentes da linhagem B.1.1.28 (novo coronavírus) em circulação no Brasil desde março de 2020.

*Matéria alterada às 11:19 para acréscimo de informações

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ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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