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Primeiro júri de ataque neonazista no Brasil está parado há quatro anos

Primeiro júri de ataque neonazista no Brasil está parado há quatro anos

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Passados 12 anos, o júri do caso que poderia ser o primeiro de um grupo neonazista no Brasil ainda não tem data para acontecer. O julgamento, inicialmente marcado para junho de 2013, foi suspenso porque dois dos quatro réus não foram localizados.

Nos últimos quatro anos, o processo mudou de promotores, alguns réus trocaram de advogados e as três vítimas preferiram esquecer o caso e permanecer em silêncio.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o processo aguarda a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre dois recursos -um apresentado pelo Ministério Público e outro por advogados dos réus.

Os defensores pedem que a acusação mude para lesão corporal -o que tiraria o processo do júri e o levaria para um juiz.

Já a promotoria defende que ele permaneça nas mãos dos jurados. "O pedido que fizemos no STJ é para que a acusação de tentativa de homicídio, para aqueles que participaram ativamente do ataque, seja mantida. No Tribunal do RS, ela permaneceu para apenas um dos réus", diz a promotora do caso, Andrea Machado.

Para ela, a demora na resolução acontece devido ao tamanho do processo, já que são 14 acusados -quatro por tentativa de homicídio e o restante por outros crimes.

"O processo andou relativamente rápido no primeiro grau, mas com os recursos e o fato de que foi ficando muito grande, muitas peças sendo adicionadas, acabou parando", diz ela.

ATAQUE

O caso aconteceu na noite de um sábado, 8 de maio de 2005. Três rapazes estavam reunidos na esquina das ruas República e Lima e Silva, no coração da Cidade Baixa, em Porto Alegre. Um ponto de encontro tradicional de jovens e universitários. Dois deles usavam quipás na cabeça -espécie de chapéu na religião judaica.

A data marcava 60 anos do fim da Segunda Guerra. No meio da conversa, um dos jovens com quipá chamou a atenção dos outros dois. Um grupo de pessoas, com idades entre 15 e 30 anos, cabeças raspadas e usando coturnos pretos com cadarços brancos, se aproximou. Um dos membros apontou para os jovens: "tem judeu lá".

Em questão de segundos, os três jovens começaram a levar pontapés, socos e facadas. Uma das vítimas terminaria perdendo um rim e 80% do pulmão esquerdo.

O inquérito da Polícia Civil identificou 14 responsáveis pelo ataque. O processo ouviu 16 testemunhas de acusação e 26 de defesa. Os agressores foram indiciados por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e racismo. Quatro deles chegaram a ser presos preventivamente, mas foram liberados em seguida.

Uma das vítimas foi D. (que pediu para não ser identificado). Ele disse à Folha que cansou de esperar o julgamento. "Eu não sei se estaria disposto a passar por todas as audiências de novo. Passou tanto tempo, eles já esqueceram quem eu sou. Não me importo que eles estejam soltos, desde que não repitam isso com ninguém".

CRESCIMENTO

Na última década, as células neonazistas no Brasil cresceram mais que a média da população. O país tem hoje entre 25 mil e 30 mil pessoas em grupos organizados e cerca de 250 mil que consomem material nazista com regularidade. O cálculo é da pesquisadora da Unicamp, Adriana Dias, que levantou o número com base em downloads de fóruns online.

Segundo ela, na época do ataque no RS, o neonazismo brasileiro estava restrito aos três estados do Sul, São Paulo e, começava a aparecer, no Rio de Janeiro. Doze anos depois, ele já está espalhado por todo o Centro-Oeste, com presença forte em Goiânia e no Distrito Federal.

"As células aqui ainda são menores do que as do exterior. O nosso racismo é voltado para o negro, o judeu e o gay, mas principalmente para o nordestino", analisa Dias.

 

Festa da Feirona

Feira Central seleciona artistas regionais para comemoração do centenário

Colônias com grupos de dança ou musicais podem se inscrever para participar da festa em comemoração aos 100 anos da Feirona, em Campo Grande

28/04/2025 18h15

Crédito: Saul-Schramm

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Em comemoração ao centenário, a Feira Central de Campo Grande lançou edital para selecionar artistas locais que irão contribuir com a programação do evento. A feirona, como ficou popularmente conhecida, completa 100 anos no dia 4 de maio.

Além de promover eventos gastronômicos e esportivos, a atração cultural abrirá espaço para apresentações musicais e grupos de dança que integrem a cultura regional sul-mato-grossense.

Também serão contratados dois intérpretes de Libras, e cada um receberá R$ 2.500 para atuar durante o período das festividades.

Em conversa com o Correio do Estado, a presidente da Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande (Afecetur), Alvira Appel Soares de Melo, explicou que o edital busca trazer expressões culturais que normalmente não se apresentam na Feira.

“Todos sabem que a feira é um ponto de expressão, mas eventualmente queremos proporcionar uma caravana cultural que possa vir, com algumas apresentações. Para isso, convidamos as colônias, esse pessoal todo, raiz, para que possam se inscrever, e nós vamos selecionar conforme os temas que estamos propondo para os meses do centenário”, explicou Alvira.

O espaço está aberto para colônias de todos os cantos do Estado que queiram contar suas histórias no espaço da Feira Central.

“Por exemplo, os irmãos bolivianos, os paraguaios, a colônia árabe. É por isso que abrimos este edital, para que essas pessoas possam, por meio de seus grupos, entrar em contato com a Feira.”

Muito além da música, os organizadores estão buscando grupos de dança, e todas as formas de expressões culturais estão aptas para realizar a inscrição, que passará por seleção.

Cachês

  • Atrações musicais: R$ 4 mil 
  • Grupos de dança: R$ 4 mil

No total, serão oferecidos 10 cachês de valor individual, sendo três destinados a grupos de dança e sete a atrações musicais, com 90 minutos de apresentação cada.

A comemoração, que teve início em abril, se estenderá por quatro meses, com encerramento previsto para agosto.

Neste ano, os entusiastas podem comparecer em peso à 17ª edição do Festival do Sobá que será de 7 a 11 de agosto.

O prato típico, trazido pela colônia japonesa da província de Okinawa, caiu no gosto da população e transformou-se em uma atração turística.

Para se ter uma ideia, o sobá, prato adaptado da gastronomia oriental, tornou-se símbolo da gastronomia local e foi reconhecido como patrimônio cultural e imaterial da Cidade Morena.

Os festejos tiveram início com o Festival do Peixe e a 2ª Festival da Música Cristã.

Saiba como se inscrever

O período de inscrições encerra-se no dia 2 de maio. O interessado deve enviar um e-mail com o portfólio do artista ou grupo, contendo links de vídeos de apresentações.

Cabe ressaltar que o interessado deve enviar também cópia digitalizada do RG e CPF para o e-mail: diretoria@feiracentralcg.com.br.

Dúvidas podem ser encaminhadas por mensagem no perfil do Instagram @feiracentralcg ou pelo site feiracentralcg.com.br.

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BEM-ESTAR ANIMAL

Em maio, Consultório Móvel da Subea atenderá em três bairros da Capital

Os bairros Vivendas do Parque, Vila Margarida e Nova Campo Grande receberão atendimento

28/04/2025 17h20

Prefeitura divulga agenda do Consultório Móvel da Subea

Prefeitura divulga agenda do Consultório Móvel da Subea FOTO: Divulgação

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No mês de maio, a Prefeitura de Campo Grande, através da Superintendência de Bem-Estar Animal (Subea), realizará atendimento veterinário gratuito em três bairros da Capital, sendo eles: Vila Margarida, Vivendas do Parque e Nova Campo Grande.

O consultório móvel da Subea tem o objetivo de facilitar o acesso a serviços de saúde animal para a população. Além disso, a ação visa atender pelo menos 100 animais por semana, oferecendo consulta veterinária, vacina antirrábica, vacina polivalente (para caninos) vermífugo, carrapaticida, microchipagem, além de avaliação para castração em uma das clínicas credenciadas com a prefeitura, tudo de forma gratuita, para cães e gatos.

A iniciativa da Prefeitura Municipal de Campo Grande pretende reforçar a importância dos cuidados preventivos, contribuindo para a saúde pública e o controle populacional de animais.

COMO FUNCIONA?

Os atendimentos serão realizados por distribuição de senhas, sendo 5 para consultas e 5 para castração, por período.

Para atendimento, é necessário que o tutor leve documento com foto, comprovante de residência e o comprovante de cadastro no NIS atualizado nos últimos 24 meses. É importante que os tutores mantenham os animais devidamente contidos com coleiras ou em caixas de transporte.

Confira os locais e datas de atendimento em maio:

12/05 a 16/05 – Associação Vila Margarida
Rua Naviraí, 692 – Vila Margarida
Horário: 8h às 11h / 13h às 15h

19/05 a 23/05 – Associação dos Moradores Vivendas do Parque
Rua José Vicente Pereira Neto, 345 – Vivendas do Parque
Horário: 8h às 11h / 13h às 15h

26/05 a 30/05 – Praça Nova Campo Grande
Rua Sessenta com Rua Cinquenta e Nove – Nova Campo Grande
Horário: 8h às 11h / 13h às 15h

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