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Programa de venda de joias domina madrugadas na TV

Programa de venda de joias domina madrugadas na TV

FOLHA

16/05/2011 - 05h00
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À meia-noite de terça, a apresentadora Helen Marie entrou no ar ao vivo, para anunciar: "Hoje vamos falar de ouro!". Após uma pausa, prosseguiu, com ênfase: "Nós vamos falar de ouro 18 quilates!"

Começava mais uma edição do "Medalhão Persa", programa líder em venda de joias pela TV, transmitido às madrugadas, 365 vezes por ano, em duas emissoras ao mesmo tempo (Rede Vida e Canal Rural).

A atração é gravada em Curitiba, capital nacional do ramo. É de lá que também saem, sempre ao vivo, as imagens dos concorrentes "1001 Noites" (CNT), "TV Shopping" (AXN) e "Joias Vip" (canal 11 da Sky).

O iraniano Masoud Jafari, 54, dono do "Medalhão Persa", explica a coincidência: "É tudo feito por gente que trabalhava aqui". E lamenta: "Teve uma pessoa que levou minha cartela de clientes e meu apresentador, pelo dobro do preço. Foi traição".

Jafari chegou ao Brasil em 1994 a convite de um amigo que trabalhava em Curitiba. Passara os dez anos anteriores nos Estados Unidos, onde ainda vivem seus dois filhos, nascidos de um casamento com uma americana.

Instalado em Curitiba, se dedicou a fazer o que sabia: vender tapetes persas --empreitada que se mostrou infrutífera. "Organizei um leilão num clube árabe que juntou três pessoas", lembra.

Um dia, assistindo a um programa que ofertava pinturas pela TV, teve um estalo: se Maomé (o comprador) não ia à montanha (o leilão), a montanha iria a Maomé.

Alugou um estúdio, uma câmera e passou a oferecer tapetes via parabólica. Por sugestão de um cliente, que queria presentear a mulher, arriscou-se nas joias. Batata.

"Antes, ia duas vezes por mês ao Irã comprar tapete", conta. "Agora, vou duas vezes por ano." No tempo que lhe resta, visita Dubai, Tailândia, Índia, Sri Lanka, Bolívia, Austrália e qualquer outro país que tenha algum tipo de pedra preciosa.

R$ 50 MILHÕES

Hoje, o "Medalhão Persa" é uma empresa com dois estúdios, uma ourivesaria própria, 180 funcionários e 120 mil clientes cadastrados.

Além de vender tapetes (aos sábados) e joias (nos outros dias), Jafari comanda uma produtora, a VBC, responsável por transmitir leilões de gado do Canal Rural. Diz ter tido faturamento de R$ 50 milhões no último ano.

Naquela terça, como de costume, Jafari permaneceu no estúdio até 3h, quando o programa termina. "Muito cliente só aceita negociar comigo", justificou.

Enquanto ele conversava com uma compradora ao telefone ("Ela liga sempre no começo, para saber o que vai ter"), Helen Marie destilava seu conhecimento: "Vamos falar um pouco de tanzanita. Por que é tão cara? Porque só existe uma jazida, aos pés do Kilimanjaro [na Tanzânia]".

Locutora de rádio pela manhã, Marie se acostumou a gastar três horas por noite falando sobre pedras preciosas. Com a experiência, cunhou portentosos bordões.

Safira, esmeralda e rubi viraram "a trinca de sucesso das joias". Pérola de água salgada é sempre "uma bênção da natureza".

As joias são vendidas sempre em cinco parcelas de, no mínimo, R$ 79. Quando a peça excede R$ 10 mil, o valor não aparece na TV; o cliente só descobre se ligar para uma das 17 atendentes.

Assim ocorreu com Jerônimo, que, às 2h55, ligou interessado em um anel de brilhantes. "Cinco parcelas de R$ 2.400", respondeu a atendente. Ele barganhou. Ela fez por R$ 2.300.

A peça, que custava R$ 11.500, foi vendida no ato.

"MÃO AMIGA"

Bombeiros de MS 'heróis no RS' participam do 7 de setembro em Brasília

Integrantes do corpo militar sul-mato-grossense viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul

07/09/2024 15h35

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal Reprodução/GovMS

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Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul, que partiram rumo ao Rio Grande do Sul durante as tragédias que assolaram o Estado sulista - foram parte do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste sábado (7) feriado da Independência do Brasil.

Ao todo três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio prestado às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, sendo:

  • Tenente Vinícius Castro, do CBMMS;
  • Sargento Abraão Anicésio, do CBMMS
  • Cabo João Figueiredo, do CBMMS 
  • Cabo Carlos Eduardo Hickmann, da CGPA da PMMS
  • Anderson Luiz Veras Silva dos Santos, da CGPA da PMMS

 

Tanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, como a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Polícia Militar, prestaram apoio importante ao Estado sulista durante ações de resgate e evacuação da população. 

Relembre

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo FederalReprodução/GovMS/Álvaro Rezende

No fim de abril deste ano as chuvas assolaram o Rio Grande do Sul, com danos de inundações e deslizamentos em boa parte do território, com os sul-mato-grossenses sendo enviados já em 03 de maio. 

Esse primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, durante cerca de duas semanas, resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, com uma segunda equipe enviada em 11 de maio para trocar os grupos de apoio. 

Cabe lembrar que, em agradecimento ao ato de Mato Grosso do Sul, houve ainda a disponibilização de militares e equipamentos por parte do governador Eduardo Leite, para ajudar no combate às queimadas no Pantanal de MS. 

Momento que simbolizou a união entre os Estados foi o salvamento da bandeira do RS, feito por agentes militares de Mato Grosso do Sul, material que foi devolvido e entregue de Eduardo para Eduardo em solenidade feita em 1º de agosto. 

**(Colaborou Felipe Machado)

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BALANÇO

Painel da CGU soma 571 denúncias de assédio sexual neste ano

No painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União, mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações

07/09/2024 15h09

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União. Arquivo

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Denúncias e reclamações de assédio sexual já somam 571 casos neste ano, segundo informações de ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. 

Esse número aparece no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU), onde mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.

A lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual.

Até o momento, não há nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada.

O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens. 

 

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