Para os sul-mato-grossenses é comum ouvir o 'grito' das araras ao cair da tarde. Dificilmente esse grito pertence a araras azuis, que até pouo tempo atrás totalizavam 1.500 aves. Hoje são 6 mil e grande parte da 'culpa' é do Instituto Arara Azul, que faz o serviço de conservação da espécie no Refúgio Ecológico Caiman.
O trabalho é árduo, pela manhã a equipe sai a campo para fazer o monitoramento dos ninhos. Isso acontece para produção de relatório sobre quantidades, estrutura do ninho, conservação, etc. Fernanda Fontoura, bióloga de campo, explica que a extinção da espécie deve-se por diversos fatores: “O primeiro é o tráfico de animais, porque a arara é um bicho muito bonito, ela é igual um papagaio. Se você ensinar a falar, ela fala, a dançar, ela dança. É um bicho extremamente inteligente, muito curioso e muito bonito. Também por causa da caça, desmatamento; Além de tudo isso temos as características naturais da espécie, por exemplo, a arara azul bota em média dois ovos por ninho, no máximo três, e esses ovos e os filhotes ainda correm o perigo de predação.”
Colaboração
A maioria das araras azuis estão espalhadas pelo Pantanal, por isso é importante caso as pessoas vejam araras azuis avisem ao projeto, para ajudar no monitoramento.
O período em que as Araras estão em reprodução, considerado período crítico pela bióloga, vai de julho a março. No entanto, o serviço fica mais intenso após setembro, pois é quando os ovos começam a eclodir. Nessa fase ocorre anilhamento, microchip, coleta de sangue para estudos genético e de sanidade das aves.
Caso você veja alguma arara azul, avise o Instituto Arara Azul pelo e-mail [email protected]. Também é possível acompanhar o Instituto em um dia no campo, basta entrar em contato.


