Cidades

transporte

Projeto para melhorar ônibus acaba em convite para reunião

Agência de Regulação tinha até a terça-feira para entregar projeto ao Tribunal de Contas de MS, mas decidiu marcar encontro para apresentar mudanças

Continue lendo...

A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) de Campo Grande enviou um convite ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) no lugar do projeto que faria o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão do transporte coletivo e urbano da Capital, assinado com o Consórcio Guaicurus.

 

A autarquia tinha até esta terça-feira (16) para enviar o documento, exigência feita e aceita pela Prefeitura de Campo Grande ao assinar o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) criado para tentar resolver os problemas do serviço na Capital.

De acordo com o diretor-presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Júnior, a agência protocolou esse convite para uma reunião que ocorrerá no dia 25 e que faz parte de encontros de rotina com o Conselho de Regulação, que tem como membros:

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (CREA-MS), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), a Agência Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), os Conselhos Regionais das Regiões Urbanas de Campo Grande, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG).

Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor de Mato Grosso do Sul (ABCCON-MS), a Federação Estadual das Uniões das Associações de Moradores e Entidades Comunitárias do Estado de Mato Grosso do Sul (Feumams) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso Sul (CAU-MS), além dos concessionários.

“Nós convidamos o TCE-MS para essa reunião, junto ao Ministério Público, porque não decidimos nada sozinhos, temos sempre a participação do Conselho de Regulação, chamamos a Câmara Municipal na pessoa da Comissão de Transporte. Toda alteração de regulação tem que ser discutida lá”, declarou o diretor-presidente.

Oliveira Júnior também afirmou que já tem um esboço das alterações contratuais necessárias, mas não quis adiantar nenhum trecho porque, segundo ele, depende de uma aprovação por parte do Conselho de Regulação e também do aval do prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD).

Últimas notícias

IMBRÓGLIO

A revisão no contrato de concessão assinado com o Consórcio Guaicurus em 2012 se arrasta há, pelo menos, dois anos. 

Em 2019 as empresas que exploram o serviço entraram na Justiça para pedir que esse reequilíbrio fosse feito, mas não foi dado sequência porque ambas as partes não enviaram os documentos necessários para que fosse feita uma perícia.

Já em novembro de 2020 foi assinado o TAG com o Tribunal de Contas, sendo o reequilíbrio um dos principais pontos do acordo, já que ele daria brecha para uma melhora da prestação do serviço. O documento inicialmente dava prazo até dezembro daquele ano para que as alterações fossem feitas.

Entretanto, por causa da pandemia, a Agereg conseguiu estender essa entrega para março deste ano. Mas, novamente, o prazo não foi cumprido e nova data foi estabelecida, 16 de novembro.

Agora, com essa manobra, a prefeitura ganhou mais nove dias para que essa decisão de mudança seja tomada.

Em conversas anteriores com o diretor-presidente da Agereg, entre os pontos que ele citou como passíveis de alterações, estavam o sistema de gratuidades do transporte coletivo e a concessão de incentivos financeiros por meio de subsídios.

Outra alternativa apontada seria a mudança na fórmula de cálculo da tarifa, que atualmente é composta de cinco índices: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice de aumento do salário dos motoristas, o preço do diesel e o índice de passageiros equivalentes por quilômetro.

“Estamos discutindo alternativas para o valor da tarifa, ainda não foi decidido, mas podemos, por exemplo, alterar a fórmula da tarifa, talvez calcular por quilômetro rodado". 

"Precisamos tirar o peso das costas dos usuários. Podemos também pegar uma parte do IPVA [Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores] e depositar alguma porcentagem para um fundo. Precisamos unir forças nesse momento delicado”, disse o diretor-presidente da Agereg na semana passada.

De acordo com o Consórcio Guaicurus, as gratuidades no transporte coletivo de Campo Grande correspondem a 30 mil viagens diárias.

Assine o Correio do Estado

Tragédia

Acidente matou três pessoas da mesma família na BR-163 em MS

Mãe e filhos, naturais de Mato Grosso, seguiam viagem com destino ao Rio Grande do Sul, onde passariam as festas de fim de ano

18/12/2024 19h20

Reprodução Redes Sociais

Continue Lendo...

O acidente, que envolveu uma caminhonete S10 e um caminhão, tirou a vida de três pessoas da mesma família na manhã desta quarta-feira (18), no km 319 da BR-163, próximo à cidade de Sonora, município distante 362 km de Campo Grande.

A mãe, identificada como Luzimar Costa da Silva, de 40 anos, e os filhos, Maria Eduarda Ruppenthal, de 19 anos, e Miguel Ruppenthal Gomes, de 10 anos, não resistiram e faleceram no local.

A família seguia em uma caminhonete com placa de Tangará da Serra (MT) quando o pneu de um caminhão, que transitava no sentido Coxim/Sonora, estourou. O condutor perdeu o controle da direção, invadiu a pista o que culminou na colisão frontal.

Segundo informações do Idest, o motorista do caminhão, identificado como Van Cristino dos Reis, de 48 anos, ficou ferido. A previsão era de que fosse transferido para Campo Grande, onde passaria por exames.

Já o condutor da caminhonete, Antenor Ruppenthal, de 59 anos, sofreu fraturas nos dois braços e no fêmur devido ao impacto da batida. Ele deve ser encaminhado a Rondonópolis (MT) para dar continuidade ao tratamento hospitalar.

Também estava na caminhonete uma criança de 7 anos, que sofreu escoriações leves. Ela permanece em observação no hospital, aguardando alta médica.

Nas redes sociais, o grupo de oração Filhos de Maria, do qual Maria Eduarda Ruppenthal fazia parte, lamentou a perda:

“Com profunda tristeza nos despedimos da nossa irmã Duda (Maria Eduarda Ruppenthal), uma menina meiga e cheia de vida, devota de Nossa Senhora Aparecida. Sua partida deixa uma lacuna irreparável no coração de seus familiares, amigos e em nosso grupo de oração. Oremos para que a Duda descanse em paz e que sua alma seja abençoada. Mãezinha, receba sua filha amada em seus braços e console todos os seus amados”, diz a mensagem publicada na página do grupo no Facebook.

Naturais de Mato Grosso, a família, que residia em Tangará da Serra, tinha como destino Horizontina, no Rio Grande do Sul, onde passariam as festas de fim de ano.

** Colaborou Alison Silva

Assine o Correio do Estado

Cidades

Corumbá tem novo espaço cultural com exposição permanente para destacar tradições do Pantanal

Prédio do século XIX abriga o Memorial Homem Pantaneiro, que conta com recursos audiovisuais e cenografia sobre a história dos pantaneiros

18/12/2024 18h59

Memorial Homem Pantaneiro remodelou prédio do Porto Geral

Memorial Homem Pantaneiro remodelou prédio do Porto Geral Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Conhecida como Capital do Pantanal, Corumbá passa a ter a partir deste dia 19 de dezembro um espaço cultural para expor informações sobre as tradições pantaneiras.

O Memorial Homem Pantaneiro, mantido pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), remodelou um dos prédios mais imponentes do Porto Geral para abrigar uma exposição permanente sobre a ocupação do Pantanal por povos originários, bandeirantes vindos de São Paulo, paraguaios, bolivianos e tantos outros povos. 

O local, identificado como Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) abre as portas a partir das 18h30, com entrada gratuita. O prédio que abriga o espaço é histórico, permaneceu erguido mesmo com a realização da Guerra do Paraguai nessa região. Sua construção data do século XIX.

O Memorial Homem Pantaneiro é um programa do IHP, iniciado em 2019 e que busca promover a cultura pantaneira, construída ao longo de séculos de ocupação.

Neste ano, houve uma reforma e o espaço ficou fechado entre março e começo de dezembro. Houve mudanças para inserção de cenografia, bem como uso de recursos audiovisuais para se contar um pouco da história pantaneira.

A partir do dia 20 de dezembro, o Memorial volta a receber visitantes de forma normal. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento acontece de quarta-feira a sexta-feira, das 15h às 18h30; e aos sábados e domingos, das 8h às 11h.

O espaço tem o Instagram @memorialhomempantaneiro e visitas de escolas e grupos podem ser agendadas pelo email [email protected].

O presidente do IHP, Angelo Rabelo, indicou que a proposta do Memorial é promover as tradições de pantaneiras e pantaneiros ligadas à produção pecuária, bem como destacar como a ocupação do território ocorreu com respeito aos limites da natureza.

“As mulheres e homens pantaneiros possuem um jeito muito específico e particular de lidar com a produção e a natureza. Eles chegam a se transformar quase em um só, diante do respeito aos limites e desafios do território. Essa cultura tão rica ensina muito sobre como devemos lidar com nosso Planeta e diz muito sobre a conservação.” 

No circuito de visitação que foi criado estão objetos pessoais que remetem à ocupação dos pioneiros no sistema de produção de gado no território. Tem também a exemplificação sobre a fé e a música e como elas se manifestam até hoje.

Os povos originários e pessoas de outras nacionalidades também compuseram esse mosaico pantaneiro. A mulher pantaneira faz parte dessa construção e vai ter voz ativa para contar sobre a história de ocupação e conservação ao longo dos séculos.

O historiador Juliano Borges, que concebeu o projeto conceitual, explica que o Memorial permite uma fluidez no trabalho para garantir que haja a nova exposição de longa duração e outras atividades também vão acontecer no espaço.

“O conceito de memorial é diferente de museu. O memorial não tem uma obrigação científica de contar e explicar uma história. Ele homenageia alguém, um lugar, um conteúdo ou uma população. Ele tem mais obrigação com a poesia, com o lúdico. O memorial deve emocionar.”

O arquiteto Ricardo Oliveira Alcarpi, responsável pela nova cenografia, comenta que a acessibilidade é um dos pontos dessa estrutura remodelada.

Agora o prédio passa a contar com banheiro, um elevador para acesso ao segundo piso e rampas para permitir a entrada no espaço. O mezanino de mais de 5 metros e com mais de 100 anos de construção também ganhou uma nova função para impressionar os visitantes.

Além disso, diante de suas cinco portas de mais de 6 metros de altura, o Memorial vai ter uma entrada alterada para instigar a visitação.

“Antes, as portas estavam sempre abertas e a luz do dia entrava até o fundo. Agora foi criado um hall de entrada. A pessoa que estará na rua não vai ver tudo que tem lá dentro, queremos que ela entre para descobrir o que está na exposição.”

O Ministério da Cultura deu suporte para remodelação do Ponto de Memória a partir de incentivos da Lei Rouanet e houve apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, autarquia do governo do Estado; além de parceria do Instituto Aegea/Ambiental MS Pantanal, ISA ENERGIA BRASIL, Hinove e Fort Atacadista.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).