Cidades

CAMPO GRANDE

Projeto que usa mosquitos para combater dengue começa nova fase

Agentes vão começar a orientar população das Moreninhas

RAFAEL RIBEIRO

16/08/2019 - 16h37
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Uma nova etapa do método Wolbachia, que pretende neutralizar a transmissão da dengue, zika e chikungunya utilizando o próprio vetor da doença, o mosquito Aedes Aegypti, deve começar na próxima semana, anunciou a Prefeitura de Campo Grande.

Nessa fase, os agentes de saúde serão capacitados sobre como orientar a população e explicar o trabalho realizado.

A primeira etapa desse projeto aconteceu há aproximadamente dois meses, quando foram coletados mais de 9 mil ovos do mosquito e enviados para a sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ). Lá, eles foram infectados com a bactéria wolbachia, que existe em boa parte dos insetos, mas que não é comum no Aedes.

A partir da semana que vem, os agentes comunitários passarão por capacitações para divulgar da forma mais clara possível como que o projeto funciona.

“Os ovos serão colocados dentro da casa do morador e vão eclodir lá, então a gente precisa dessa conscientização”, explicou o chefe de serviço do setor de entomologia, Lourival Pereira de Araújo.

Ele alerta para a importância dessa fase principalmente para que não haja confusão com os moradores. “A gente tem recusa até para a visita dos agentes, imagina quando chegar com um pode cheio de ovos nessas casas”, disse.

PRÓXIMOS PASSOS

Já pensando nas próximas fases, Araújo comenta que a expectativa é que em novembro esses ovos comecem a ser implantados nas residências da do bairro Moreninhas, regiçao sul da Capital. A quantidade e a data exata dependem do retorno da Fiocruz, que irá enviar parte dos ovos infectados para Campo Grande.

Segundo o chefe de serviço, a região dos bairros Moreninhas foi escolhida por ser uma área que não tem muitos outros bairros por perto, o que permite com que o mosquito infectado permaneça no local estabelecido, sendo possível o controle da infestação da população de Aedes Aegypti.

Em seguida será realizada uma nova coleta de ovos para começar o levantamento da população de mosquitos infectados pela bactéria. “Quando a gente começar a capturar os ovos em que quase 100% deles estarão infectados, nós vamos expandir para o resto da cidade”, explicou Araújo.

WOLBACHIA

A Wolbachia é uma bactéria presente na maioria dos insetos (cerca de 60%), como abelhas e borboletas, mas não é naturalmente encontrada no aedes aegypti. Quando implantada no mosquito, ela tem a capacidade de fazer com que o inseto não transmita dengue, Zika e chikungunya, mesmo que o vírus esteja em seu organismo. Mais recentemente, pesquisadores mostraram que ela inibe também a transmissão de febre amarela.

O objetivo de liberar mosquitos com Wolbachia na natureza é fazer com que eles se reproduzam e criem uma nova população de mosquitos que carregam a Wolbachia. Essa nova população, portanto, será inofensiva para os seres humanos. As picadas pelas fêmeas, é claro, continuam acontecendo normalmente, mas não há transmissão de vírus.

campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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