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PROTESTO

Protesto de dívidas em cartórios não terá custo para credor

Protesto de dívidas em cartórios não terá custo para credor

IZABELA JORNADA E ADRIEL MATTOS

26/09/2019 - 09h35
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Empresários de Mato Grosso do Sul passarão a não gastar ao protestar uma dívida em cartório. Com o projeto de alterações das tabelas de emolumentos, o credor não paga mais pelo protesto, apenas o devedor. Assim, o cartório, que é o intermediário entre as duas partes, não receberá no ato do registro de protesto, como ocorre hoje, os cartórios passarão a receber apenas no momento em que o devedor retirar o protesto de cartório. 

 “No modelo atual, o empresário paga as custas do protesto. Se o devedor pagar, também se cobra novamente as custas. Essas custas recebidas eu devolvo ao empresário junto da dívida”, explicou o presidente da secção Mato Grosso do Sul do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB-MS), Leandro Corrêa. No caso de o devedor não pagar a dívida no ato da cobrança, o cartório fica com as custas pagas pelo credor. Pela proposta, o credor ainda arca com as custas, e apenas o cartório não recebe nada no processo. “Nessa relação entre o comerciante, devedor e cartório, quem perde é o cartório, que trabalha de graça nesses casos, assumindo o risco da inadimplência”, declarou Corrêa.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) está revisando o valor das taxas cartorárias. Enquanto as escrituras com valores declarados de imóveis serão baixadas, outros serviços serão reajustados e terão aumentos de até 24%. De acordo com o juiz auxiliar da corregedoria geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Renato Liberali, a proposta está prevista para ser entregue na Assembleia Legislativa na segunda quinzena de outubro.

Como o texto ainda não está finalizado, a previsão é de que as mudanças propostas anteriormente pelo TJMS, em 2018, sejam mantidas. Entre elas está a lavratura ou aprovação de testamento que passaria a custar R$ 735 – aumento de 24% em relação aos R$ 592 cobrados atualmente. O processo para habilitação do casamento poderá ter reajuste de 15%, passando R$ 290 para R$ 332.

Levantamento dos atos cartorários entre 2016 e 2018 apontou os problemas da tabela atual e como uma nova se comportará. “É um trabalho inédito quanto à tabela de emolumentos e que servirá para projetos futuros. Os cartórios precisam ser viáveis financeiramente”, disse o juiz.

 

*Matéria editada às 12h26 para alterações de informações

Acerte seu relógio

Paraguai entra para o horário de Brasília e fica uma hora à frente de MS

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto nesta quarta-feira (15) para que a população aproveite melhor a luz natural; medida causa confusão na fronteira

15/10/2024 17h45

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras Reprodução/

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Enquanto os brasileiros discutem a possibilidade de retornar o horário de verão devido à crise hídrica que preocupa especialistas, no Paraguai, o presidente Santiago Peña (Partido Colorado) decretou, nesta terça-feira (15), a adoção do horário de verão de forma oficial durante todo o ano.

Buscando fortalecer o comércio no país e aproveitar melhor a luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica, o Paraguai adotou o horário de verão em outubro deste ano. Agora, o país terá o mesmo fuso horário de Brasília durante todo o ano.

A partir de agora, com a nova lei, o Paraguai está migrando do fuso horário -4 GMT (quatro horas atrás do Meridiano de Greenwich) para o fuso -3 GMT, o mesmo adotado em Brasília, na Argentina e no Uruguai.

A mudança de horário pode desorganizar ainda mais o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, uma vez que ambos os municípios operam de forma integrada, separados apenas por uma rua.

No lado brasileiro, a discussão é semelhante. A reinstauração do horário de verão ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros, especialmente em um momento em que o país enfrenta uma severa crise hídrica devido às ondas de calor extremo e à falta de chuvas em diversas regiões.

O horário de verão no Brasil foi extinto em 2019, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro revogou a prática por meio de um decreto. O texto justificava a medida com base em recomendações do Ministério de Minas e Energia, que indicou a pouca efetividade da prática na economia de energia.

O retorno do horário de verão será decidido a partir de amanhã (16). O tema se tornou um ponto de debate entre senadores e deputados, que argumentam a favor da reinstauração para aproveitar melhor a luz natural e também para alinhar os horários com os demais países do Mercosul.

Se o horário de verão for adotado novamente, Mato Grosso do Sul passará a compartilhar o mesmo horário do Paraguai. Caso a reinstauração do horário de verão não seja aprovada no Brasil, os horários entre os dois países funcionarão com uma hora de atraso em relação ao Paraguai.

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

 

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Mato Grosso do Sul

Tráfico: PF dá sequência à operação que respinga no "mais louco do Brasil"

Operação é desdobramento de investigação que respingou em "prefeito mais louco do Brasil"

15/10/2024 17h38

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15)

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15) Divulgação

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A Polícia Federal prendeu uma pessoa e cumpriou mais três mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15) na cidade de Ivinhema. A ação policial, denominada Operação Defray, é um desdobramento da Operação Lepidosiren, deflagrada em 8 de agosto último. 

Os policiais federais combatem na cidade uma organização de traficantes internacionais, que transportam maconha e cocaína do Paraguai para o Brasil. Conforme os policiais federais existe na cidade “uma associação criminosa responsável pela organização, logística e financiamento do tráfico transnacional de entorpecentes local”.

Casa do prefeito apreendida

A operação que deu origem à ação desencadeada nesta terça-feira (15) respingou no prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), tucano que se autoproclama “o mais louco do Brasil”. A casa que o prefeito mora acabou “apreendida” (bem bloqueado) pela Justiça Federal. 

“Durante as diligências, foram identificados e apreendidos um imóvel no valor de R$ 458 mil e uma caminhonete avaliada em R$ 519 mil, além do bloqueio de bens totalizando R$ 100 milhões, pertencentes aos envolvidos”, informou a Polícia Federal.

Diante dos fatos, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico transnacional de entorpecentes e financiamento ao tráfico.

A Operação Lepidosiren, que resultou na prisão de Luiz Carlos Honório ocorreu em 8 de agosto deste ano. Segundo a Polícia Federal, ele seria integrante de uma quadrilha e proprietário de um carregamento de  3,4 toneladas de maconha interceptado em junho de 2021.

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