Cidades

Reconstrução

Quatro anos após incêndio, Museu Nacional apresenta fachada restaurada

Ao todo, cerca de 200 profissionais trabalharam para restaurar a fachada frontal

Continue lendo...

Quatro anos após o incêndio que destruiu grande parte do acervo e do edifício do Museu Nacional, a fachada principal da sede foi inteiramente restaurada e apresentada hoje (2). A partir de amanhã (3), o museu conta com intensa programação cultural e o público poderá, pela primeira vez desde a tragédia, se aproximar do edifício. O cronograma de obras segue até 2027, quando a reforma deverá ser concluída e museu completamente reaberto.  

Jardim e fachada do Museu Nacional recuperados após o quatro anos do incêndio. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta um  balanço das obras de reconstrução do Museu Nacional e a programação do bicentenãrio da independência.  

A cerimônia de entrega da fachada contou com autoridades nacionais e representantes de entidades internacionais envolvidas na reconstrução do prédio histórico. “Isso demonstra que o Museu Nacional vive e vive graças a vocês, que de mãos dadas nos ajudam a reconstruir essa instituição. E, sublinhando que Museu Nacional pertence à sociedade brasileira e, sim, a sociedade brasileira deve participar da sua reconstrução”, enfatiza o diretor do museu, Alexander Kellner.  

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, durante coletiva em que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta um  balanço das obras de reconstrução do Museu Nacional e a programação do bicentenário da independência.  

A reconstrução da fachada buscou conciliar tecnologia de ponta com técnicas artesanais para preservar ao máximo a estrutura local. As 30 esculturas centenárias de mármore carraca, por exemplo, que estavam no topo do Palácio de São Cristóvão, foram restauradas e passarão a compor as exposições do museu. No lugar delas foram posicionadas réplicas feitas a partir de tecnologia de impressão em 3D.  

Fachada recuperada do Museu Nacional após quatro anos do incêndio. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta um  balanço das obras de reconstrução do Museu Nacional e a programação do bicentenário da independência.  

“Conseguimos apesar da pandemia. Não podemos esquecer que enfrentamos, todos nós, um momento muito difícil para a humanidade, mas conseguimos chegar até aqui para poder brindar o bicentenário da Independência e mostrar que Brasil pode acontecer, pode ser um país desenvolvido”, diz a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires de Carvalho, instituição da qual o Museu Nacional faz parte.  

A diretora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, durante coletiva em que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta um  balanço das obras de reconstrução do Museu Nacional e a programação do bicentenário da independência.  

Ao todo, cerca de 200 profissionais trabalharam para restaurar a fachada frontal. Foi necessário consolidar alvenarias, restaurar esquadrias, ferragens, gradis, produzir 100 novas esquadrias, mantendo como referência as formas originais que existiam até setembro de 2018.  

Até o momento, as lajes de cobertura foram concretadas e impermeabilizadas; e 50% da estrutura metálica e dos caibros foram instalados. Do total de atividades contratadas para restaurar fachadas, coberturas e esquadrias do bloco histórico do palácio, 70% já foram executadas. A obra nas fachadas e coberturas segue até fevereiro de 2023 e o orçamento total desta etapa é R$ 23,6 milhões.  

Aberto ao público

Fachada recuperada do Museu Nacional após quatro anos do incêndio. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta um  balanço das obras de reconstrução do Museu Nacional e a programação do bicentenário da independência.  

A partir deste sábado (3), o público poderá se aproximar do prédio, pela primeira vez desde o incêndio de 2018. Para poder conferir a nova fachada, o público contará com a programação #MuseuNacionalVive no Bicentenário, com exposições temporárias, atividades educativas e apresentações culturais gratuitas. A programação completa está disponível no portal do projeto Museu Nacional Vive.  

Bicentenário da Independência

A entrega da fachada marca o bicentenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro. A data foi escolhida, entre outros motivos, pela importância que o prédio teve no período. Pouco antes da proclamação da Independência, no dia 2 de setembro de 1822, a princesa Leopoldina, casada com D. Pedro I, presidiu, enquanto o príncipe estava em viagem a São Paulo, reunião do Conselho de Estado que resultou na recomendação de que ele declarasse a independência do Brasil em relação a Portugal.  

O local também foi importante em eventos posteriores, até que o Brasil se tonasse uma república, e deixasse de ser governado pela família real, em 1889. “Nesta casa aconteceu a primeira reunião da assembleia constituinte republicada. Então, o Museu Nacional faz parte da história e da transição do Brasil República e da transição do Brasil que deixa de ser um país colônia de exploração e passa a ser um país soberano e independente. E a soberania nacional depende de ciência, tecnologia e inovação”, explica Denise, que ressalta que o momento é de “reafirmar que não seremos um país verdadeiramente independente se não tivermos instituições fortes e instituições científicas fortes”.

O Museu Nacional foi criado por D. João VI, em 06 de junho de 1818 e inicialmente, sediado no Campo de Sant'Ana e serviu para atender aos interesses de promoção do progresso cultural e econômico do país. A construção, que completou 200 anos em 2018, localiza-se na Quinta da Boa Vista e é a mais antiga instituição científica do Brasil, reconhecida nacional e internacionalmente. O incêndio foi uma tragédia que chamou atenção do mundo todo.  

Reconstrução  

Parte interna do Museu Nacional recuperada após quatro anos do incêndio. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta um  balanço das obras de reconstrução do Museu Nacional e a programação do bicentenário da independência.  

O cronograma da reconstrução do museu segue até 2027. O orçamento preliminar estimado é de R$ 380,5 milhões de reais, sem considerar o acervo. Deste total, foram captados R$ 245,3 milhões, o que equivale a 64% da meta, sendo: R$ 124,8 milhões provenientes de recursos federais, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Educação (MEC) e Emendas Parlamentares; R$ 20 milhões de recursos estaduais, via Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj); e R$ 100,5 milhões de recursos da iniciativa privada, via Vale e Bradesco. Mais detalhes sobre a reconstrução estão disponíveis no portal do projeto Museu Nacional Vive.  

O Museu busca também a recomposição do acervo. Segundo Kellner, o Museu tinha cerca de 20 milhões de exemplares no acervo antes do incêndio. Ao todo, foram perdidos 85% deles. A meta é garantir 10 mil exemplares para as novas exposições, em 5,5 mil metros quadrados. Já foram recebidos um mil exemplares. “Se não tivermos uma participação intensa internacional, essa etapa vai ficar prejudicada”, diz o diretor. “Nós todos temos que merecer esse novo acervo e só vamos merecer se a gente reconstruir esse palácio com as melhores normas de segurança. Hoje estamos provando que estamos no caminho certo. A abertura da fachada demonstra não só nossa resiliência, mas o compromisso que temos”.

Assine o Correio do Estado.

Prejuízo

Brasil perde R$ 2 bilhões em vacinas vencidas

Ministério da Saúde atribui desperdício à desafios logísticos e rápidas mudanças na composição dos imunizantes

23/11/2024 17h00

Vacina

Vacina Reprodução / Agência Brasil-Tomaz Silva

Continue Lendo...

O Brasil enfrenta um desafio alarmante na gestão de seu estoque de vacinas contra a Covid-19. Aproximadamente 58 milhões de doses, avaliadas em cerca de R$ 2 bilhões, venceram no estoque federal desde o início da campanha de imunização em 2021. Este número representa apenas as vacinas que não chegaram a ser distribuídas aos estados e municípios.

Perdas Significativas e Discrepâncias nos Dados

O desperdício não se limita ao estoque federal. Há indícios de que as perdas nos estados e municípios podem ser ainda maiores, embora os números exatos sejam incertos devido a divergências nos dados. O Ministério da Saúde aponta uma diferença de mais de 175 milhões de doses entre as distribuídas e as efetivamente aplicadas.

Fatores Contribuintes para o Desperdício:

  • Sistemas não integrados de logística e movimentação de imunobiológicos
  • Atualizações nos modelos de vacinas para combater novas variantes
  • Desafios no armazenamento, especialmente para vacinas que requerem ultrafreezers
  • Resistência à vacinação e disseminação de notícias falsas

Impacto Financeiro e Tentativas de Mitigação

O prejuízo financeiro é substancial, com parte do dano sendo amenizada pela troca de 4,2 milhões de doses da Moderna, avaliadas em aproximadamente R$ 240 milhões. O Tribunal de Contas da União (TCU) estimou em setembro de 2022 que 54,2 milhões de vacinas, no valor de R$ 2,1 bilhões, haviam vencido nos estados e municípios.

Responsabilidade e Ações Futuras

A maior parte das vacinas vencidas no estoque federal foi adquirida durante o governo anterior, principalmente doses da AstraZeneca/Fiocruz. O atual governo enfrenta o desafio de organizar eficientemente a imunização contra a Covid-19, tendo enfrentado críticas por atrasos na compra de imunizantes.

O Ministério da Saúde reconhece a complexidade do problema e cita múltiplos fatores que contribuem para a perda de vacinas, incluindo mudanças rápidas na composição e tecnologia das vacinas, além de desafios logísticos.

*Com informações de Folhapress

Assine o Correio do Estado

previdência social

Saiba como excluir automaticamente pagamento associativo pelo Meu INSS

Entidades deve ter autorização do segurado para debitar valor fixo

23/11/2024 16h30

INSS em Campo Grande MS

INSS em Campo Grande MS Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

Continue Lendo...

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que tiverem desconto de mensalidade de associação a entidades e sindicatos no contracheque, podem pedir a exclusão do débito de forma automática pelo aplicativo ou pelo site Meu INSS.

Novos descontos no benefício previdenciário ficarão bloqueados até que o segurado, se quiser, faça o desbloqueio da contribuição associativa. A exclusão já existia, porém, não era de forma automática.

O INSS calcula que dos atuais 7,6 milhões de aposentados e pensionistas associados a sindicatos e outras organizações de classe, 1 milhão reclamaram de descontos indevidos entre janeiro de 2023 a maio de 2024,

E segundo auditoria determinada pelo próprio INSS, todos os débitos nos benefícios que foram autodeclarados como não autorizados foram cancelados.

Saiba como excluir descontos


Os beneficiários devem acessar o Meu INSS com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha do portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br. E seguir o passo a passo abaixo.

·         Na página inicial, o internauta deve selecionar “Novo pedido”.

·         No campo de busca (onde tem a lupa) escrever: “Excluir mensalidade”.

·         Em seguida irão aparecer opções, selecione: “Excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício”.

·         Depois, clicar em “Atualizar” para conferir e, se necessário, atualizar os dados.

·         Selecionar, então, o ícone “Avançar”.

·         Posteriormente, ao ler as instruções, o usuário deve escolher “Avançar” e informar os dados solicitados

·         Então, se necessário, será a hora de anexar os documentos.

·         O aposentado ou pensionista deverá selecionar a agência de relacionamento com o INSS e conferir os dados informados no requerimento.

·         Por fim, deverá declarar que leu e concorda com as informações disponibilizadas acima e clicar em Avançar.

Descontos indevidos
Caso o segurado do INSS queira o estorno de valores de descontos considerados indevidos em seus benefícios realizados por entidades associativas, ele pode entrar em contato direto pelo telefone, que aparece ao lado do nome da entidade no contracheque.

Caso prefira, o beneficiário da previdência social pode enviar e-mail para [email protected], informando o ocorrido. O INSS irá entrar em contato com a entidade autora do desconto em folha, solicitando os documentos que autorizaram o desconto ou a devolução dos valores.

Reclamações e denúncias sobre descontos não autorizados de associações ou entidades podem ser registradas diretamente no Portal Consumidor.Gov  e na Ouvidoria do INSS, por meio da Plataforma Fala BR.

Legislação


O desconto de mensalidade, em valor fixo, diretamente em aposentadorias e pensões por morte, necessita de prévia autorização expressa do titular do benefício previdenciário.

A Instrução Normativa PRES/INSS nº 162, de março deste ano, regulamenta o desconto de mensalidade associativa nos benefícios de aposentados e pensionistas.

Pelas regras, o desconto não poderá ser maior do que 1% do limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e não poderá haver mais de uma dedução de mensalidade associativa por benefício.

O documento estabelece ainda procedimentos para celebração, operacionalização e acompanhamento dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) relativos aos descontos de mensalidades associativas. Atualmente, 37 empresas têm autorização para realizar descontos de mensalidades associativas, desde que aposentados e pensionistas solicitem ou autorizem.

Conforme a norma do INSS, o desconto deve ter autorização prévia do aposentado ou pensionista e não pode ser feita por procurador ou representante legal (curador, guardião ou tutor), exceto por decisão judicial específica que autorize a dedução.  Cabe à entidade provar que a autorização foi obtida legalmente.

Além disso, o desconto tem de ser formalizado por um termo de adesão, que deve ser por meio de assinatura eletrônica avançada e biometria para novos contratos, apresentação de documento de identificação oficial, válido e com foto, e número do CPF.

O desconto de mensalidade associativa não poderá incidir em:

·         benefício por incapacidade temporária;

·         pensão alimentícia;

·         benefício assistencial;

·         acordo internacional para beneficiários residentes no exterior;

·         benefícios pagos por intermédio de empresa convenente ou contratada para complemento de pagamento; e

·         benefícios concedidos por determinação judicial, em caráter provisório.

Os aposentados e pensionistas que têm dúvida sobre desconto de mensalidade associativa no pagamento de seus benefícios, podem consultar a tela inicial do aplicativo/site  Meu INSS, na aba “mensalidade associativa”.

Para saber quais entidades têm acordo com o INSS para realizar descontos de contribuições associativas, o interessado deve acessar o link.

Para mais informações, há também a Central 135.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).