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Reforma do 2º trecho da rodovia que se esfarela vai custar R$ 131 milhões

Valor é referente a 61 quilômetros da MS-436, na região no norte do Estado. Outros 50 quilômetros da mesma rodovia custarão R$ 101,2 milhões

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A empreiteira paulista Vale do Rio Novo ofereceu desconto de R$ 2,2 milhões sobre o valor máximo estipulado pelo Governo do Estado e venceu a licitação para recapar os 61,6 quilômetros restantes da MS-436, que liga Camapuã e Figueirão, e que dois anos depois de ser entregue já começou a se esfarelar. 

Conforme homologação da licitação, publicada no diário oficial desta quarta-feira, a reforma da rodovia vai consumir ao menos R$ 131.866.652,70. O Governo do Estado estava disposto a desembolsar até R$ 134.079.892,17.

Os 61,6 quilômetros licitados agora estão localizados entre a cidade de Camapuã e a região conhecida como Pontinha do Coxo. Uma licitação para a reforma destes 60 quilômetros chegou a ser anunciada em maio do ano passado, mas depois este certame acabou sendo cancelado. Os motivos desta desistência não foram divulgados, mas naquela época o Estado informou que o valor máximo da obra seria de R$ 123 milhões. 

A outra parte da MS-436, de 50 quilômetros, também já está com a licitação concluída e será reformada pela construtora LCM Construção e Comércio, conforme publicação do diário oficial desta segunda-feira (3). O custo mínimo deste trecho foi definido em R$ 101.212.310,02, o que representa deságio de 1,6%, já que a administração estadual estava disposta a pagar até R$ 102.860.310,38 pela recuperação. 

Somando os 111 quilômetros, o recapeamento total da rodovia, que tem menos de 12 anos de uso, vai consumir pouco mais de R$ 233 milhões, valor 20% acima dos R$ 194 milhões anunciados em maio do ano passado para “refazer” a rodovia que se esfarela desde os primeiros anos de uso. 

 A empreiteira vencedora da licitação, a Vale do Rio Novo, atua em Mato Grosso do Sul há pelo menos oito anos. Ela participou, entre outras obras, da duplicação de alguns trechos da BR-163, entre Campo Grande e Coxim, que foram comandadas pela CCR MSVia. 

Mas, também já fez uma série de obras para a administração estadual em praticamente todas as regiões. Atualmente está atuando na pavimentação da MS-338, também na região de Camapuã e uma das obras pelas quais é responsável é a construção de um tunel para a passagem dos haxatrens usados pela Suzano para abastecerem de eucaliptos a fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo.

ESCANDALOSO

Em maio do ano passado, o então secretário de Obras, Hélio Peluffo, informou que o dinheiro usado para reformar a rodovia com apenas 11 anos de uso seria suficiente para construir 40 quilômetros de asfalto novo. 

Por conta dos constantes buracos, a rodovia consome milhões em manutenção desde que foi entregue. Somente entre janeiro de 2023 e abril de 2024 foram gastos R$ 5 milhões em tapa-buracos, segundo informação do governo estadual.

Mas apesar dos investimentos paliativos, as reclamações continuam e as chuvas constantes na região norte do estado no final de 2024 e começo de 2025 pioraram a situação.

Embora o tempo de durabilidade de uma rodovia dependa de uma série de fatores, como intensidade do tráfego, o normal é que resista entre dez e 25 anos até que comece a se deteriorar, conforme os manuais de engenharia. 

Porém, a MS-436 já estava tomada por buracos dois anos depois implantação, feita sob o Governo do então governador André Puccinelli. Por conta disso, a obra foi alvo da operação Lama Asfáltica, que chegou a levar prisão tanto o ex-governador como uma série assessores e até empresários. 
 

Rede Limpa

Nova etapa de operação retira 24 mil metros de fios irregulares no Centro

Foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular e força-tarefa também deve ser expandida para bairros

07/12/2025 17h00

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande Foto: Divulgação / PMCG

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Em nova do Projeto Rede Limpa, cerca de 24 mil metros de cabos irregulares foram retirados de postes na região central de Campo Grande, neste domingo (7). Na primeira etapa da operação, realizada no dia 27 de novembro, foram retirados 15 mil metros de fios irregulares

Conforme a prefeitura, o foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular, sendo o quadrilátero central, formado pelas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena e pelas ruas Calógeras e 13 de Maio.

A área foi escolhida após mapeamento técnico da concessionária de energia elétrica, a Energisa, que apontou que o local apresentou maior quantidade de instalações irregulares.

O ponto de partida da ação foi o cruzamento das ruas Treze de Maio e Barão do Rio Branco, às 7h. Os serviços se estenderam ao longo de todo o dia, com intervenções em 79 postes, sendo 28 na rua Treze de Maio, 35 na Calógeras e 16 na Afonso Pena.

A força-tarefa ainda terá outras etapas e deverá ser expandido para outros bairros de Campo Grande, embora ainda não haja cronograma definido.

Conforme a prefeitura, as ações ocorrerão de forma planejada, priorizando as áreas com maior concentração de irregularidades e risco à população.

Para o presidente do Conselho Regional do Centro, João Matos, a iniciativa atende a uma demanda histórica de comerciantes e moradores.

“O excesso de fios sempre foi uma preocupação no centro, tanto pela segurança quanto pelo impacto visual. Essa ação é muito bem-vinda e traz resultados concretos para quem vive e trabalha aqui”, afirmou.

A prefeita Adriane Lopes afirmou que o objetivo da retirada da fiação irregular não é apenas uma questão estética.

"O Rede Limpa é, sobretudo, uma ação de segurança e organização urbana. Estamos cuidando da cidade, prevenindo riscos e garantindo mais tranquilidade para quem circula pelo centro”, afirmou.

Adriana Ortiz, representante da Agência Estadual de Regulação (Agems), disse que a ação também tem caráter regulatório e de fiscalização.

“Essa operação é resultado de um trabalho técnico e integrado, que busca garantir que as normas sejam cumpridas e que os serviços prestados à população ocorram com segurança e qualidade”, declarou.

Já o gerente da Energisa, Moacir Costa, explicou que todas as operadoras foram previamente comunicadas com antecedência sobre a realização da ação deste domingo.

“As empresas credenciadas junto à Energisa foram notificadas antes da primeira etapa e novamente comunicadas nesta semana. O objetivo é corrigir irregularidades e organizar a ocupação dos postes de forma adequada e segura”, pontuou.

Primeira etapa

Na primeira etapa do projeto, foram vistoriados 43 postes, com a retirada de cerca de 15 mil metros de fios irregulares, um resultado considerado positivo.

A ação dessa fase teve início no quadrilátero formado pelas avenidas Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras. Também foram incluídas ruas internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.

Foram atendidos 21 postes na Rua 13 de Maio e 22 na Avenida Calógeras. Em média, foram removidos cabos de 12 pontos por poste. As equipes iniciaram os trabalhos às 22h, horário escolhido para minimizar impactos no trânsito e na circulação de pedestres.

Após a limpeza dos postes, haverá rondas preventivas pelas forças de segurança para evitar novas ligações clandestinas.

A operação contou com a participação da Agência Estadual de Regulação (Agems) e da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Articulação Regional (Sear), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semades), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

boletim

Mortes por aids caem 4% no período de um ano em MS

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que há 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids no Estado

07/12/2025 14h30

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes Foto: Breno Esaki / Agência Saúde-DF

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O número de mortes por aids teve queda de 4,1% em Mato Grosso do Sul no comparativo entre 2023 e 2024. Boletim epidemiológico 2025, com ano-base 2024, foi divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde e aponta que em 2023 foram 172 óbitos pela doença no Estado, passando para 165 em 2024.

Ainda conforme a Pasta, o resultado acompanha a tendência nacional. O País reduziu 13% os óbitos por aids no período, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor número em três décadas.

Considerando o número de casos, foram registrados 788 em Mato Grosso do Sul no ano passado. O Estado contabiliza ainda 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que o resultado reflete os avanços em prevenção e diagnóstico, com terapias de ponta que atualmente são capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível e que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou Padilha.

Os casos de aids no Brasil também apresentaram redução no período, com queda de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil no último ano, conforme o boletim epidemiológico.

No componente materno-infantil, o País registrou queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%.

Em todo o Brasil, há 68,4 mil pessoas que vivem com o vírus HIV ou aids, mantendo a tendência de estabilidade observada nos últimos anos.

O País manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O país também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Isso significa que o país interrompeu a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Os resultados estão em linha com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção, diagnóstico e tratamento

O Brasil adota a estratégia de Prevenção Combinada, que reúne diferentes métodos para reduzir o risco de infecção pelo HIV.

Antes centrada principalmente na distribuição de preservativos, a política incorporou ferramentas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus.

Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, resultado que fortaleceu a testagem, aumentou a detecção de casos e contribuiu para a redução de novas infecções. Atualmente, 140 mil pessoas utilizam a PrEP diariamente.

Para dialogar com o público jovem, que vem reduzindo o uso de preservativos, o Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo.

No diagnóstico, houve expansão na oferta de exames com a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais do que no ano anterior, além da distribuição de 780 mil autotestes, que facilitam a detecção precoce e o início oportuno do tratamento.

O SUS mantém oferta gratuita de terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV.

Mais de 225 mil utilizam o comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, combinação de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos a longo prazo.

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