Cerca de 40 pessoas manifestaram pacificamente em frente ao Fórum de Campo Grande e pediram Justiça no caso que apura o assassinato do presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis, vereador Carlos Antônio Costa Carneiro (PDT), ocorrido na manhã de 26 de outubro deste ano. Parentes e amigos se dirigiram ao local vestidos com camisetas e segurando faixas para acompanhar a audiência com testemunhas de acusação, que prestaram depoimento das 14h às 16h40min de ontem.
A esperança de Ailton Fernandes, tio da vítima, era de que Irineu Maciel, 37 anos, e Aparecido Souza Fernandes, 34, – apontados como autores do crime – e Valdemir Valsan, indicado como intermediador do homicídio, revelassem para o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, Aluízio Pereira dos Santos, o nome do mandante da execução. "Estamos reforçando o pedido de Justiça porque a população de Alcinópolis está inconformada em não saber quem é o mandante do assassinato", garantiu o ex-prefeito do município, Ildomar Carneiro Fernandes.
"Pelas investigações a gente percebe que o mandante é de Alcinópolis, tanto é que a exigência era para que a execução fosse na cidade. O criminoso achou difícil fugir do município e chegou a desistir do crime, mas não tinha como devolver os R$ 3 mil que recebeu de sinal do mandante e teve que fazer o serviço", revelou o irmão do vereador, Helder Costa Carneiro.
Durante a manifestação, a esposa de Carlos Carneiro, a professora Nara Simone Silva Carneiro, frisou que "o criminoso esteve em Alcinópolis vários dias, conheceu minha família e ainda assim teve coragem de matar meu marido. Um ser humano desse não tem família porque destruiu a minha".
Revolta
Após permaneceram algum tempo em frente ao Fórum, manifestantes entraram no prédio para acompanhar a chegada dos réus na sala de audiência. Familiares e amigos da vítima ficaram agitados quando da entrada dos acusados. Aparecido, que estava algemado ao comparsa Irineu, chegou à sala chorando. Já Valdemir usava muletas porque quebrou uma das pernas durante acidente de trânsito envolvendo uma viatura da polícia que o levava para entrevista coletiva um dia após a morte da vítima.
Revoltados com a situação, parentes do vereador questionaram a emoção de Aparecido e o agrediram verbalmente. Além do pai da vítima, o vice-prefeito Alcino Fernandes Carneiro (PDT), outros familiares se emocionaram quando se depararam com os indiciados. Pelo menos seis policiais militares da Companhia de Guarda e Escolta impediram que os manifestantes se aproximassem dos acusados.


