Cidades

CRISE FINANCEIRA

Rombo da Santa Casa chegou a R$ 158 milhões no ano passado

Mesmo recebendo R$ 383 milhões anuais os gastos operacionais do hospital passaram dos R$ 542 milhões

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Alegando situação financeira crítica, por conta de contrato deficitário com o município, gestor pleno dos recursos da Saúde, a Santa Casa opera com deficit de receita de R$ 158 milhões.

De acordo com informações de prévia do balanço financeiro da Santa Casa de Campo Grande de 2024, obtida pelo Correio do Estado, o hospital filantrópico recebeu R$ 383,5 milhões de receita entre janeiro e dezembro do ano passado, valor que inclui incentivos federais, estaduais e municipais.

Segundo os dados, os gastos operacionais do hospital chegam à casa dos R$ 542,4 milhões, gerando um prejuízo de R$ 158 milhões anual e R$ 13,2 milhões mensais.

A Santa Casa de Campo Grande, que suspendeu a realização de cirurgias em razão da falta de insumos, recebe dois tipos de recursos públicos: os incentivos genéricos, que são encaminhados para a entidade filantrópica para auxiliar no equilíbrio financeiro; e os incentivos específicos, voltados para custeio de setores de urgência e emergência.

Os incentivos integram a maior receita do hospital, gerando verba anual de R$ 193 milhões, tendo como recursos principais o custeio municipal, de R$ 37,8 milhões, e o recurso estadual de apoio financeiro, de R$ 60 milhões.

Já os específicos geram R$ 47 milhões de receita, tendo entre as maiores verbas os recursos federais para a Rede de Urgência e Emergência (RUE), de R$ 18,8 milhões, e o custeio de unidades de terapia intensiva (UTIs), de R$ 10,6 milhões.

Totalizando os dois tipos de incentivo, a verba gerada no ano foi de R$ 241 milhões, que, somada com a receita federal, a verba do Sistema Único de Saúde (SUS), que é de R$ 142 milhões, resulta no valor de receita anual do hospital, de R$ 383,5 milhões.

Mesmo recebendo os recursos mencionados, a direção da Santa Casa alega que o contrato atual com o poder público municipal é “reiteradamente deficitário com a instituição”.

E o aumento do deficit financeiro do hospital se agrava anualmente em função da “inflação de materiais médicos e do valor da força médica, além da força de outras categorias, como enfermagem e fisioterapia, têm aumentado ao longo do tempo, e isso também impacta bastante esse deficit”, informou a Santa Casa, em nota.

CUSTOS

O balanço da Santa Casa de Campo Grande também informa os setores de serviços médico-hospitalares que estão operando com deficit financeiro mensal e anual.

Todas as áreas que constam no balanço apresentam deficit de custo, comparado à receita recebida pelo hospital para cada área específica.

Segundo consta no documento, os setores de ginecologia e obstetrícia, onde se situam as UTIs neonatal do hospital, têm custo mensal de R$ 3,5 milhões e recebem R$ 3,1 milhões de receita, totalizando um deficit mensal de operação de R$ 600 mil. Esse valor, anualmente, gera um deficit de R$ 7.204.264.

Na unidade da UTI congênita, os custos, atrelados também à enfermaria, são de R$ 669 mil, tendo uma receita para o setor de R$ 291 mil. Mensalmente, o prejuízo financeiro é de R$ 378 mil, totalizando anualmente R$ 4,5 milhões de deficit.

No documento também consta o impacto financeiro da RUE, somando os leitos de UTI adulto, pediátrica, cuidados prolongados (UCP), enfermaria clínica e os leitos que ficam na porta de entrada, a receita arrecadada da Santa Casa é de R$ 9 milhões para os manter.

Porém, os custos informados pelo hospital para manter as unidades de atendimento é de R$ 13,8 milhões, gerando assim um deficit mensal de R$ 56,7 milhões.

ATENDIMENTO HOSPITALAR

De acordo com informações mencionadas em reportagens do Correio do Estado, a Santa Casa está operando mesmo com o desabastecimento de insumos hospitalares, que vem se agravando há meses.

Diversos equipamentos e medicamentos usados no dia a dia para o atendimento aos pacientes e no trabalho dos servidores do hospital estão em falta.

Em razão da falta desses equipamentos, as cirurgias ortopédicas e as neurocirurgias que necessitam de materiais de prótese, por exemplo, estão sendo suspensas no hospital, uma vez que a situação impossibilita qualquer realização minimamente adequada.

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Atenção

Ciclone intenso vindo do Sul pode provocar tempestades e ventos de mais de 100 km/h em MS

Ciclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS e em outros estados da região Centro-Oeste e Sudeste

07/12/2025 10h03

As previsões são de chuva para a semana

As previsões são de chuva para a semana FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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A chegada de um novo ciclone chegando na região Sul do Brasil deve trazer tempestades e ventos fortes para Mato Grosso do Sul ao longo desta semana. 

Segundo o meteorologista do Metsul, Luiz Fernando Nachtigall, um centro de baixa pressão extremamente profundo, não costumeiro para a região, com valores de pressão atmosférica observados em ciclones tropicais no Hemisfério Norte e em ciclones extratropicais poderosos mais ao Sul do continente, vai avançar para o Sul do Brasil ainda no começo da semana. 

“A atmosfera extremamente aquecida, com valores ao redor e acima de 40ºC, associada aos valores de baixa pressão atmosférica é uma combinação explosiva e de altíssimo risco de tempo severo. Vários estados serão afetados na primeira metade da semana com uma grande onda de tempestades que afetará o Sul e estados do Centro-Oeste e do Sudeste no final da segunda e durante a terça-feira”, afirmou o meteorologista. 

As previsões são de chuva para a semanaCiclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS / Fonte: Metsul

As chuvas, embora irregulares, devem ser de valor excessivo, podendo acumular volumes de 100 milímetros a 200 milímetros em setores isolados. 

O Rio Grande do Sul deve ser o mais afetado pela condição, porém, os efeitos devem atingir Mato Grosso do Sul ao longo da semana, até a quinta-feira. Também são esperados vendavais intensos com rajadas acima de 100 km/h em todas as áreas afetadas. 

“Desenha-se, portanto, uma sequência de dias de altíssimo risco meteorológico entre a segunda e a quinta-feira, quando o ciclone começará a se afastar. Leve muito a sério o que está vindo”, alertou Luiz Fernando. 

Como o Correio do Estado já havia adiantado, as condições meteorológicas esperadas para a nova semana são de chuvas intensas e alívio no calorão. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, Mato Grosso do Sul está, novamente, em alerta de perigo para chuvas intensas, especialmente na metade norte do Estado. 

Na segunda-feira (8), é esperado um aumento de nuvens ao longo do dia, que favorece a formação de chuvas em várias regiões do Estado. 

Em algumas localidades, são esperados acumulados significativos, que podem ultrapassar os 40 milímetros em 24 horas. 

A formação de um sistema de baixa pressão atmosférica, junto com a passagem de cavados, cria um ambiente favorável para a ocorrência de tempestades, que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e possível queda de granizo. 

Como o tempo pode mudar rapidamente, o Cemtec recomenda que a população fique atenta aos alertas emitidos pelos órgãos oficiais, como a Defesa Civil. 

A ocorrência das chuvas deve aliviar o calor, já que as máximas não devem ultrapassar os 32ºC em todo o Estado, e as mínimas variam entre 21ºC e 25ºC. 

Em Campo Grande, a máxima esperada para a segunda-feira é de 27ºC. 

Eventualmente, são esperadas rajadas de vento entre 60 e 80 km/h, podendo acontecer, em pontos isolados, rajadas superiores a 80 km/h. 

São esperadas chuvas durante todos os dias da semana, com alertas pontuais de tempestade em pontos isolados do Estado. 
 

PMA

Pescador quebra Piracema e é multado em R$ 33 mil por Pintado de 21 kg em MS

A PMA abordou o homem durante fiscalização na região de Dourados

07/12/2025 08h15

Peixe foi apreendido pela PMA

Peixe foi apreendido pela PMA Reprodução

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Um motorista foi multado em mais de R$33 mil na última sexta-feira (5) em Dourados, a 226 quilômetros de Campo Grande, por estar transportando um peixe de espécie proibida durante a Piracema. 

Segundo o 2º Batalhão da Polícia Militar Ambiental (MS), o condutor foi abordado pela equipe perto da ponte do Rio Dourado, na MS-156, ao ser flagrado em alta velocidade. 

Durante a fiscalização, o homem admitiu estar carregando um peixe da espécie pintado de 21 quilos e de 1,40m, pescado dois dias antes no Rio Dourado. Segundo ele, a pesca estava guardada na casa de um amigo e ele teria voltado para buscá-la. 

Os policiais se dirigiram até a residência indicada pelo motorista. O morador negou ter armazenado o animal, mas a equipe encontrou sangue, cheiro forte no freezer e indícios de que o peixe teria sido guardado ali. 

Com as evidências, o morador admitiu que teria guardado o animal para o autor. 

De acordo com a PMA, o caso configura infração ambiental por pesca durante o período da Piracema e pelo transporte e armazenamento irregular do pescado, conforme a Lei Federal nº 9.605/98, o Decreto Federal nº 6.514/2008 e o Decreto Estadual nº 15.166/2019.

O pescador recebeu multas de R$ 18.420,00 pela pesca de em R$ 15.420,00 pelo transporte e conservação irregulares do peixe, totalizando R$ 33.840,00, além de um auto de infração pelo armazenamento ilegal do animal. 

A Polícia Militar Ambiental reforça que é ilegal a prática da pesca durante o período da Piracema pois é época essencial para a reprodução das espécies nativas. Assim, as equipes continuarão intensificando as fiscalizações. 

Piracema

Piracema iniciou no dia 5 de novembro nos rios de Mato Grosso do Sul. Com isso, qualquer tipo de pesca (pesque e solte, amadora e profissional) está proibida até 28 de fevereiro de 2026, bem como o transporte de pescados.

A pesca continua permitida para ribeirinhos – que precisam do peixe para se alimentar – na quantidade necessária para o consumo do dia, não sendo permitido estocar. Neste caso, é permitido pescar com varas em barrancos.

A Piracema é o período de reprodução dos peixes, em que os animais completam seu ciclo de vida sem interferência da ação do homem. O termo tem origem da língua tupi e significa “migração de peixes rio acima”, conforme o Dicionário Michaelis.

O objetivo é combater a pesca ilegal e predatória para que os peixes possam subir os rios para se reproduzirem.

Operação Piracema, da Polícia Militar Ambiental (PMA), fiscalizará rios de todo o Estado, em pontos georreferenciados identificados como áreas de maior incidência de pesca ilegal, realizando:

  • bloqueios terrestres e aquáticos
  • vistorias em estabelecimentos comerciais
  • verificações de estoque declarado de pescado
  • operações noturnas e diurnas em locais estratégicos

A Operação Piracema conta com o emprego do Sistema de Gerenciamento da Informação Ambiental (SIGIA), ferramenta tecnológica que permite o mapeamento e monitoramento em tempo real das ações fiscalizatórias. O sistema possibilita análise georreferenciada, coleta de dados e apoio à tomada de decisões estratégicas.

CRIME

Pescar durante a piracema é crime ambiental inafiançável. Portanto, quem desrespeitar a regra será autuado, multado, conduzido até uma Delegacia de Polícia e responder por processo administrativo e criminal. Além disso, pescados, barcos e apetrechos serão apreendidos.

Quem for flagrado praticando pesca predatória, durante o período de defeso, está sujeito à prisão em flagrante e à aplicação das seguintes penalidades:

  • multas de R$ 700,00 a R$ 100.000,00, acrescidas de R$ 20,00 por quilo ou fração do pescado apreendido;
  • apreensão de petrechos, embarcações, veículos e demais materiais utilizados na prática ilegal;
  • pena de detenção de um a três anos, conforme o artigo 34 da Lei de Crimes Ambientais.

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