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Aporte necessário

Rombo no Fundo de Amparo ao Trabalhador deve chegar a R$ 18 bilhões

Em 2018, esse montante pode chegar a R$ 20,6 bilhões

G1

30/08/2017 - 08h42
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As estimativas do governo mostram que o Tesouro Nacional terá que cobrir uma diferença negativa de cerca de R$ 18 bilhões no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em 2017. No ano seguinte, esse montante pode chegar a R$ 20,6 bilhões, segundo a proposta de orçamento aprovada em junho pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo). Em 2016, a injeção de recursos foi de R$ 12,5 bilhões.

Esta necessidade de repasse compromete diretamente a meta fiscal do governo, que é de déficit primário de R$ 139 bilhões este ano. O próprio governo já pediu para elevar a meta fiscal deste ano e do próximo para R$ 159 bilhões.

O FAT é o fundo de onde sai o dinheiro para o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial. Os recursos são arrecadados de impostos e tributos. Quase metade desta receita é destinada para custear as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).

O fundo teve uma arrecadação de R$ 71,6 bilhões em 2016 e gastos de R$ 56 bilhões. Mas, como parte desses recursos são desviados para outros fins, falta dinheiro para arcar com os gastos de seguro-desemprego e abono salarial. Para a conta fechar, o FAT precisa de aportes do Tesouro Nacional.

Procurado, o Tesouro Nacional informou que o aporte de 2017 já consta na Lei Orçamentaria Anual de 2017 e que, em relação à ajuda para 2018, "a proposta orçamentária ainda não foi finalizada“.

O Codefat, subordinado ao Ministério do Trabalho, informou que a última projeção "será revista quando das novas estimativas de gastos com pagamento de benefícios do abono salarial, com base nos novos dados da RAIS".

Dependência crescente do Tesouro

A dependência do FAT do dinheiro do Tesouro é crescente. Em 2012, ele conseguia pagar 80% dos gastos do seguro-desemprego com recursos próprio. Esse número caiu para 67% em 2016, mostram dados do Ministério do Trabalho enviados ao G1. Ou seja, o fundo passou a depender mais da ajuda do Tesouro para pagar o restante dos benefícios.

A crise econômica piorou esse quadro. Com o desemprego em alta, os gastos do governo com o seguro-desemprego saltaram de R$ 5,2 bilhões, em 2012, para R$ 12,6 bilhões em 2016.

Problema é estrutural

O déficit do FAT vem de longa data, mas a piora no mercado de trabalho em tempos recentes enxugou a arrecadação do fundo e elevou ainda mais os gastos com o seguro-desemprego, agravando seus problemas financeiros.

Para o consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados, Leonardo Rolim, o rombo é estrutural e não vai se resolver apenas com o aumento das contratações no mercado de trabalho. O pleno emprego na última década, segundo ele, também ajudou a complicar a situação do fundo.

“O Brasil tem uma rotatividade elevada e, quando há muita oferta de emprego, isso ajuda a aumentar os gastos com seguro-desemprego, ao contrário do que acontece em outros países”, diz. “Quando o Brasil gera 1 milhão de empregos, 19 milhões foram contratados e 18 milhões, demitidos”, exemplifica Rolim.

Por este motivo, mesmo que a economia se recupere em breve e o desemprego caia, o FAT continuará deficitário, na visão de Rolim. Para 2018, o Conselho Deliberativo do Fundo (Codefat) prevê que as despesas totais do FAT vão aumentar 4,3% em relação a 2017, de R$ 75,4 bilhões para R$ 78,7 bilhões.

A política de valorização do salário mínimo foi outro causador da piora nas contas do FAT, explica a professora de economia da Fecap, Juliana Inhasz. “Isso aumentou os gastos com o abono salarial, que tem os benefícios vinculados ao valor do mínimo. Quando ele cresce, o pagamento fica maior”.

Desvio de recursos

A receita do fundo vem das contribuições do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). Mas 30% destes recursos são desviados para outros fins, pelo mecanismo chamado Desvinculação de Receitas da União (DRU).

Por lei, o governo pode remanejar a receita de todos os impostos e contribuições federais como quiser, contanto que respeite este limite. Isso serve para deixar mais livres as despesas previstas no Orçamento, mas reduz a capacidade do FAT de se “bancar” sozinho.

Em meio à crise fiscal, a intenção do governo é que o Tesouro deixe de aportar os recursos no FAT para compensar a DRU, afirma Rolim. “Se isso acontecer e nada mais for feito, a saída será começar a resgatar os recursos que estão no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social )”, afirma.

O BNDES tem o FAT como sua principal fonte de recursos. O fundo destina no mínimo 40% de sua arrecadação ao banco de fomento. Em junho deste ano, o saldo de recursos do FAT no BNDES era de R$ 240 bilhões. Em 2016, o FAT transferiu R$ 15,3 bilhões de suas receitas para o banco.

O banco de fomento confirmou que está negociando com o governo a devolução de recursos do FAT. Não, no entanto, uma definição de quanto será devolvido nem quando.

Para Rolim, a devolução dos recursos do BNDES não é a melhor alternativa. Ele entende que o governo precisa encontrar outras soluções que aumentem a arrecadação do FAT.

"Na minha visão, a melhor saída é regulamentar a contribuição sobre a rotatividade nas empresas, fazendo com que os empregadores que tem rotatividade maior paguem mais", sugere.

Inhasz, da Fecap, vê como alternativa a emissão de mais títulos de dívida do governo para cobrir o rombo. Isso, no entanto, trará um aumento da dívida pública e a consequente piora do quadro fiscal. "O cobertor está muito curto, não tem como cobrir sem tirar de outro lugar."

Meteorologia

Reveillon deverá ser de tempestades e rajadas de vento em MS

Conforme boletim meteorológico do Cemtec, chuvas devem atingir todas as regiões do estado com ventos de até 60 km/h

26/12/2024 17h30

Previsão do tempo indica chuvas em todas as regiões do estado

Previsão do tempo indica chuvas em todas as regiões do estado Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A virada do ano de 2024 para 2025 deverá ser de tempestades e fortes rajadas de vento em Mato Grosso do Sul. A informação foi divulgada pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima no Estado (Cemtec), em boletim de tendência meteorológica.

Conforme a publicação, esse cenário está previsto em razão de uma baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e Argentina. Este cenário aliado ao transporte de calor e umidade, favorece a formação das chuvas no estado.

Ainda conforme o Cemtec, entre os dias 31 de dezembro e 2 de janeiro, a previsão indica ocorrência de chuvas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Neste recorte, a publicação indica acumulados entre 30 e 90 milímetros de água, com ventos de até 60 km/h.

Para depois desta data, a tendência é que o estado receba um volume de chuvas ainda maior. Do dia 3 ao dia 11 de janeiro, os mapas do Cemtec indicam acumulados entre 50 e 175 milímetros de água.

Semana termina sob alerta de chuvas

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também emitiu alerta de risco de chuvas. Conforme a publicação - no recorte entre quarta-feira (25) e sexta-feira, dia 27 de dezembro - a semana terminará chuvosa em todo o estado de Mato Grosso do Sul.

Segundo o instituto, estão previstas chuvas entre 30 e 60 milímetros; ou 50 e 100 milímetros por dia, com ventos de até 100 km/h neste período.

Diante deste cenário, o Inmet também alertou para o risco de cortes de energia elétrica no estado, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Em caso de emergência, o instituto recomenda o contato imediato com a Defesa Civil, pelo telefone 199.

HOMENAGEM

"Deus me deu, Deus tomou", diz pai de criança que morreu em acidente na BR-262

O acidente aconteceu na manhã de Natal do dia 25; o menino de 8 anos estava em uma caminhonete com a família quando seu pai perdeu o controle da direção, saiu da pista e bateu em uma árvore

26/12/2024 16h32

"Deus me deu, Deus tomou", diz pai em homenagem ao filho que morreu na BR-262 Reprodução: Redes Sociais

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Benjamin Pinheiro Quintana, de 8 anos, morreu em um trágico acidente na manhã de Natal do dia 25. O pai da criança era quem dirigia uma caminhonete S10, quando ao desviar de um carro, perdeu o controle da direção, saiu da pista e bateu em uma árvore na BR-262.

Diego, que é pastor em Corumbá, postou uma homenagem à Benjamin nas redes sociais nesta quinta-feira (26), onde lamenta a morte da criança, mas afirma que tem fé em Deus para passar pelo momento.

"Deus me deu, Deus tomou, benfito seja o nome do senhor", iniciou o pai na postagem.

No texto, lamentou a perda do filho: "enquanto segurava seu corpo naquele asfalto, consegui agradecer a Deus por ter me permitido ter você por 8 anos", disse.

Confira a homenagem do pai ao filho na íntegra:

"Deus me deu, Deus tomou, benfito seja o nome do senhor.

Hoje tive a maior perda de toda a minha vida. É difícil acreditar que perdi você desse jeito tão difícil meu filho, é anti-natural, parece não estar certo.

Enquanto segurava seu corpo naquele asfalto consegui agradecer a Deus por ter me permitido ter você por 8 anos.

Em 8 anos aprendi sobre o verdadeiro amor, sobre um carinho genuíno, sobre uma alegria contagiante... tudo foi você que me ensinou meu amor e hoje Deus te pediu de volta pra Ele.

Não vou deixar de Te adorar em meio a essa dor Senhor. Mesmo sem entender, sigo te amando, Só preciso que me ensine como viver sem ele.

Benjamin Pinheiro Quintana Mudou minha vida de 14/04/2016 a 25/12/2024."

 

Acidente

Segundo informações do site Diário Corumbaense, em uma entrevista, Diego contou que o acidente foi causado por um carro modelo Fiat Pálio, que seguia no sentido contrário e invadiu a pista em que a caminhonete estava.

"O motorista jogou o carro pra cima da gente. Rapidamente desviei, mas não consegui voltar à pista. Caímos numa ribanceira e colidimos com uma árvore". Após o impacto, o motorista do Palio fugiu sem prestar socorro.

O pai de Benjamin conseguiu sair primeiro e retirou o enteado Pietro, e cortou o cinto de segurança de Isabela, que conseguiu escorregar para debaixo do veículo e ser salva logo depois. Ao chegar no caçula, Diego percebeu na hora, que a criança já não tinha mais sinais vitais. 

Diego ficou em estado de choque e permaneceu no local do acidente até os trabalhos preliminares da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e perícia, sendo posteriormente também encaminhado ao hospital.

“Esperei o socorro por cerca de duas horas, mas não havia o que fazer em relação ao meu filho. Permaneci abraçado com ele, pensando em tudo que vivemos juntos, desde o nascimento até a sua partida. Questionei o que Deus quis me ensinar com tudo isso”, desabafou o pai.

Eles viajavam de Campo Grande para Corumbá quando houve o acidente, na região do distrito de Salobra.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu os demais integrantes da família. Inicialmente, elas estavam orientadas e apresentavam apenas escoriações, mas foram encaminhadas para unidade de saúde em Miranda para atendimento.

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