Cidades

Inibir crimes e violência

Rua 14 de Julho terá mais policiamento com alta do movimento noturno na região

Depois de moradores denunciarem uso de som alto, Polícia Militar passará a intensificar a vigilância preventiva do comércio

Continue lendo...

O trabalho de segurança da Polícia Militar (PM) de Mato Grosso do Sul será redobrado na Rua 14 de Julho, para prevenção de violência e coibição do uso de som alto durante os dias de atividades noturnas de bares e restaurantes na via, após reclamações de alguns comerciantes da região.

Segundo a tenente-coronel Katia Santos, comandante do 1º Batalhão da PM, localizado no centro de Campo Grande, em função da grande quantidade de público que comparece no comércio noturno, é necessário a presença efetiva da PM para garantir a segurança.

“De quinta-feira até domingo, intensificamos o policiamento na Rua 14 de Julho, por conta da diversificação do público. A PM faz o seu papel, que é garantir a segurança no estrito cumprimento do dever legal”, informou a tenente-coronel.

De acordo com Katia, o principal motivo das rondas noturnas frequentes da PM na Rua 14 de Julho se dá por conta de reclamações dos moradores da região, que acionam a corporação policial por meio do 190 a fim de denunciar o som alto dos estabelecimentos.

“Orientamos por meses os donos dos bares sobre o som alto por meio de um grupo que tínhamos com eles, mas quando começamos a fazer as rondas preventivas da Rua 14 de Julho à noite, vimos que alguns não acatavam”, disse Katia.

Uma reunião realizada entre os donos de bares e a Polícia Militar, no dia 2 de agosto, tentou organizar a manutenção da ordem no comércio noturno, estreitando a relação entre a PM e os empresários. Entretanto, segundo a corporação policial, a recorrência de casos de desordem na redução do som continuaram.

Conforme noticiado em reportagem do Correio do Estado, essa desavença entre a PM e os comerciantes resultou em acusações de uso da força desproporcional da Polícia Militar contra os donos de bares e seus clientes.

Porém, em resposta a essa acusação, a PM informou que desconhece qualquer excesso de abordagem nas ocorrências que envolvem o comércio noturno da Rua 14 de Julho.

“Desconheço esse excesso, não há registro nem evidência policial de excesso na área do 1º Batalhão [de Polícia Militar]. Qualquer tipo de reclamação nesse sentido são infundadas”, declarou Katia.

O presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Centro de Campo Grande, José Luiz Kreutz, também reiterou o problema do som alto, que incomoda os poucos moradores das ruas adjacentes à Rua 14 de Julho.

“Os comerciantes extrapolam no barulho. Quem chegou primeiro lá são as pessoas que moram na região há 50 anos, e agora virou uma baderna, porque o que temos visto na Rua 14 de Julho são pessoas com tornozeleira eletrônica, com faca, canivete, e isso traz insegurança”, descreveu Kreutz.

O conselheiro de segurança ainda acrescentou que é possível melhorar o comércio no local, se tornando efetivamente um corredor gastronômico, mas isso se houver comprometimento por parte dos donos de bares.

“Dá para melhorar a segurança na Rua 14 de Julho, desde que os comerciantes respeitem as regras. Se eles cumprirem o alvará que eles têm, está resolvido”, opinou Kreutz.

CRIMES

O aumento de consumidores nos bares e nos restaurantes na Rua 14 de Julho também resultou no aumento da insegurança e de crimes no meio da multidão.

De acordo com a PM, dezenas de facas foram apreendidas durante as abordagens realizadas no período noturno, além de que pessoas que estavam foragidas também foram identificadas e presas no local.

Também há relatos e flagrantes da PM de traficantes vendendo e consumindo drogas na Rua 14 de Julho e também nas redondezas durante o andamento do comércio noturno.

LIMPEZA E FISCALIZAÇÃO

Ao Correio do Estado, os donos de bares da Rua 14 de Julho relataram uma mudança de cuidado do poder público com o lixo acumulado na rua, quando a via passou a não ser mais interditada aos fins de semana, o que ocorreu a partir do dia 28 de setembro.

Aparecido Pereira, que trabalha em uma ótica na Rua 14 de Julho, também alertou à reportagem sobre a falta de limpeza no fim das atividades do comércio noturno.

“Você chega aqui na segunda-feira de manhã a rua está um lixo, um monte de garrafas, cheiro de urina em frente às lojas. Durante a semana, não acontece tanto o acúmulo de lixo, mas sábado e domingo é o dia todo”, disse.

Outro problema elencado foi o surgimento de ambulantes no comércio noturno da rua, que causou um prejuízo para os empresários com a competitividade injusta nos preços das bebidas.

Os donos dos bares chegaram a cobrar da PM a fiscalização para a retirada dos ambulantes da região, porém, a corporação policial informou que essa fiscalização deve ser realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur).

“Não podemos ser injustos com a Semadur, ela chegou a fiscalizar e ajudou os empresários com a regularização do alvará. Mas o que já flagramos acontecendo na Rua 14 de Julho são os donos de estabelecimento alugando indevidamente um espaço na calçada para ambulantes”, citou Katia.

Assine o Correio do Estado. 

demarcação

Terra de Douradina é foco da União para solução de conflito

Território Panambi-Lagoa Rica, que passa por tensões neste ano, deve ter processo regulatório avançado, pelo menos é o que projeta o Ministério dos Povos Indígenas

01/11/2024 09h00

Representantes do Ministério dos Povos Indígenas estiveram em Douradina em julho deste ano

Representantes do Ministério dos Povos Indígenas estiveram em Douradina em julho deste ano Divulgação

Continue Lendo...

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) tem como prioridade em Mato Grosso do Sul a regularização da Terra Indígena (TI) de Douradina, que foi palco de conflitos entre indígenas e fazendeiros neste ano.

De acordo com o MPI, propostas da Pasta foram apresentadas durante a primeira edição do Fórum Territórios Ancestrais, que ocorreu na TI Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, no fim de semana passado.

“Eles [guarani-kaiowá] já colocaram a regularização da TI Panambi-Lagoa Rica como uma das principais demandas da Grande Assembleia Aty Guasu, especialmente diante dos últimos ataques que aconteceram aos indígenas em julho e agosto de 2024, em Douradina-MS”, informou o MPI.

Questionados sobre o processo de regularização da TI do município, o MPI acrescentou que conversas com as lideranças do povo guarani-kaiowá estão sendo feitas para que haja um avanço no processo demarcatório da região.

“O processo de regularização da TI está sendo abordado durante o evento, apresentando as possibilidades e os entraves processuais e administrativos”, afirmou o MPI, por meio de sua assessoria.

Em reportagem do Correio do Estado, o secretário-executivo do MPI, Luiz Eloy Terena, já havia informado que, no caso de Douradina, chegou-se ao consenso de que um pagamento indenizatório pelas terras deve ser feito.

“Após um conjunto de audiências, chegou-se à conclusão de que é necessário a gente indenizar os proprietários rurais e entregar a terra para os indígenas”, informou Eloy Terena.

Esse procedimento, de acordo com o secretário-executivo do MPI, está em andamento e segue na fase de avaliação, informando os proprietários rurais e os indígenas guarani-kaiowá da região sobre o seguimento do procedimento.

Ainda conforme o secretário-executivo, Mato Grosso do Sul está no foco do governo federal para solucionar os conflitos por terras na região.

FÓRUM ANCESTRAL

O MPI lançou no fim de semana passado o Fórum Territórios Ancestrais na TI Ñande Ru Marangatu. Nesse evento, a Pasta discutiu estratégias para o enfrentamento do marco temporal, que passou pelo Legislativo federal, e atualizou informações para as comunidades indígenas de diferentes territórios sobre o andamento e as alternativas para a regularização fundiária.

Além da presença de Eloy Terena, outros representantes do MPI vieram ao Estado, assim como membros regionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Conselho Aty Guasu e outras lideranças.

A equipe do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas (Demed) do MPI, que é responsável pela coordenação do Gabinete de Crise guarani-kaiowá, realizou uma reunião com lideranças indígenas locais com o objetivo de alinhar as próximas ações, estreitando o diálogo com a Aty Guasu, que tem assento nessa instância.

Lançado em Mato Grosso do Sul, o evento ocorrerá nacionalmente em diversas regiões do País. 

ANTÔNIO JOÃO

De acordo com o MPI, o processo de regularização da TI Ñande Ru Marangatu, que obteve acordo histórico entre indígenas e fazendeiros, ainda está em trâmite, bem como as tratativas para a posse dos indígenas. 
Pelo acordo, a União indenizará os proprietários da terra em R$ 146 milhões. Desse total, R$ 27,8 milhões serão pagos pelas benfeitorias feitas nas terras. Após o pagamento das benfeitorias, que deve ser realizado ainda neste mês, os fazendeiros deverão deixar o local. 

Após o pagamento, os proprietários rurais terão 15 dias para se retirarem dos 9.317 hectares, que serão oficialmente pertencentes ao povo guarani-kaiowá.

O restante da indenização está separado da seguinte forma: R$ 102,2 milhões serão destinados pela União aos proprietários rurais pela terra nua, por meio de precatórios, e R$ 16 milhões serão arcados pelo governo do Estado como contrapartida. Esses valores devem ser pagos no ano que vem.

Saiba: O valor de R$ 27,8 milhões a título das benfeitorias foi apontado em avaliação individualizada feita pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas em 2005, corrigido pela inflação e pela taxa Selic.

Assine o Correio do Estado.

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para o final de semana em Campo Grande e demais regiões de MS

Chove em todo o estado durante todo o final de semana

01/11/2024 04h30

Chuva em Campo Grande

Chuva em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

A previsão para o final de semana em Mato Grosso do Sul, entre sexta-feira (1) e domingo (3), indica condições meteorológicas mais instáveis e favoráveis para aumento de nebulosidade, chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios, rajadas de vento e, pontualmente, queda de granizo. São esperados acumulados significativos de chuva com valores que podem ficar acima de 30 mm/24h.

Essa situação meteorológica ocorre devido ao deslocamento de cavados, aliado ao intenso transporte de calor e umidade. Além disso, a formação de áreas de baixa pressão atmosférica deverá favorecer a formação de instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul.

Os ventos atuam do quadrante norte com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperaturas mínimas de 23°C e 24°C e máximas entre 28°C e 32°C. Chove sexta, sábado e domingo.
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas mínimas entre 23ºC e 26°C e máximas entre 29°C e 34°C. Pode chover durante sexta, sábado e domingo.
  • Em Porto Murtinho são esperadas mínimas de 24°C e 26°C e máximas de 31ºC e 33°C. Há previsão de chuva na sexta-feira, sábado e domingo.
  • O Norte do estado deve registrar temperaturas mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 30°C e 35°C. Deve chover durante todo o final de semana. 
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas mínimas entre 21°C e 24°C e máximas entre 30°C e 33°C. Há possibilidade de chuva sexta, sábado e domingo.
  • Anaurilândia terá mínimas de 22°C e 23°C e máximas entre 29°C e 34°C. Choverá na sexta-feira, no sábado e no domingo.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínimas de 22°C e 23°C e máximas entre 30°C e 34°C. Há probabilidade de chuva sexta e sábado.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas mínimas entre 21°C e 23°C e máximas de 28°C e 32°C. Irá chover sexta, sábado e domingo.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínimas de 22°C e 23°C e máximas de 30°C e 36°C. Chove todo o final de semana.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).