Cidades

Doação

Saiba como doar para vítimas de chuvas do Rio Grande do Sul

Governo estadual reativa Pix para receber dinheiro

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O governo do Rio Grande do Sul reativou a chave Pix para doações em dinheiro para ajudar as vítimas de enchentes no estado. A conta bancária nomeada como SOS Rio Grande do Sul, aberta no Banrisul, receberá os valores pelo Pix do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) número 92.958.800/0001-38. A chave é a mesma usada no auxílio às vítimas dos temporais ocorridos no ano passado. As contribuições em dinheiro podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas.

Nesse canal oficial de doações, os recursos serão revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades. A gestão e fiscalização dos recursos doados ficarão a cargo de um Comitê Gestor, presidido pela Secretaria da Casa Civil do estado e auditado por representantes do poder público local e de entidades de assistência social.

Dados para doação:

Conta SOS Rio Grande do Sul

Chave Pix - CNPJ 92958800/000138

Banrisul


Doações
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a Defesa Civil municipal estabeleceu locais para receber doações de pessoas interessadas em ajudar as vítimas da chuva. Entre os itens apontados pela instituição como mais necessários, neste momento, estão colchões e roupa de cama de tamanho solteiro, roupas e calçados infantis, produtos de higiene e limpeza como sabonete, escova e pasta de dente, papel higiênico, shampoo, toalhas de banho, e água e copos descartáveis. Para os animais de estimação, como cães e gatos, podem ser recebidos casinha para os animais, cama, coleira, guia, gradil e ração.

Os locais que recebem doações podem ser acessados no site da prefeitura. As doações serão encaminhadas ao depósito da Defesa Civil Municipal, na rua La Plata, 693, que funciona 24 horas. A distribuição dos donativos será realizada pela instituição.

Exército entrega mantimentos na região de Sinumbu, para afetados pela forte chuva no estado do Rio Grande do Sul Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Prefeituras
A Prefeitura de São José também realiza uma campanha de doações para as vítimas das chuvas no estado. O ponto de coleta é na sede do Procon, na Avenida Acioni Souza Filho, 2114, na Beira-Mar de São José. Os itens mais solicitados são água potável, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e roupas de cama.

Já a Prefeitura de Santa Cruz do Sul tem cadastrado voluntários para atuarem no atendimento às vítimas da enchente que também assola o município. As inscrições podem ser feitas no site da prefeitura.

A Prefeitura de Taquara pede que os itens doados sejam entregues na Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania, na Rua Guilherme Lahm, 947, centro, onde uma equipe faz a triagem. Também é possível doar via Pix, pela da chave com número de celular 51996654645, em nome de Rotary Club de Taquara, que fará a compra dos materiais necessários para os atingidos pelas chuvas.

Times de futebol

Foto: Gustavo Mansur/Palácio PiratiniFoto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

 

Os principais times gaúchos de futebol - Internacional, Grêmio e Juventude - também pedem ajuda às vítimas das chuvas no estado. Em função do mau tempo, o Grêmio suspendeu a coleta de doações nos postos abertos para evitar deslocamentos em áreas de risco. No lugar dos donativos físicos, o clube pede doações somente pelo Pix do Instituto Geração Tricolor, organização sem fins lucrativos da agremiação. A chave é o CNPJ 129859670001-59.

O Internacional está recebendo as doações no Estádio Beira-Rio e no Ginásio de Esportes Gigantinho, das 8h às 18h.

Em Caxias do Sul, o Esporte Clube Juventude escolheu o Estádio Alfredo Jaconi e o centro de treinamento do clube como pontos de arrecadação de agasalhos, água mineral, itens de higiene pessoal, limpeza e alimentos não perecíveis. 

Na manhã desta sexta-feira, atletas dos clubes ajudaram a distribuir alimentos e produtos de higiene pessoal aos atingidos pelos temporais. 

 

 

DENÚNCIA | MPMS

PM é xingado de 'macaco' por mulher que teria sido racista contra adolescente

Acusada ainda teria agredido a mãe do jovem de 13 anos em ocorrência registrada no interior de Mato Grosso do Sul

18/12/2024 09h16

Conforme MP, denúncia se baseia em

Conforme MP, denúncia se baseia em "robusto conjunto probatório, incluindo depoimentos de testemunhas, laudos periciais e boletins de ocorrência Ilustração/Arquivo Correio do Estado/ Paulo Ribas

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Longe cerca de 230 quilômetros de Campo Grande, um policial militar de Dourados ouviu ofensas racistas e foi chamado de "macaco" por uma mulher  - alvo agora de denúncia do Ministério Público -, enquanto esse agente atendia uma ocorrência em que essa mesma teria sido racista também contra um adolescente de 13 anos. 

Através do Promotor de Justiça João Linhares, que atua como titular na 4ª Promotoria de Justiça da comarca de Dourados, o MPMS ofereceu essa denúncia contra a moradora do bairro Altos do Alvorada II em Dourados, onde aconteceu o caso. 

Com a denúncia apresentada na última quarta-feira (11), a mulher passa a ser acusada de: 

  • Racismo por injúria | Lei n. 7.716/89, com alterações da Lei n. 14.532/2023;
  • Desacato | art. 331 do Código Penal; 
  • Lesão corporal | art. 129 do Código Penal e 
  • Resistência a policiais | art. 329 do Código Penal.

Segundo o Ministério Público, a denúncia se baseia em "robusto conjunto probatório, incluindo depoimentos de testemunhas, laudos periciais e boletins de ocorrência".

Como a Justiça recebeu a ação penal do MPMS cerca de dois dias depois, a partir de então foi dado início à tramitação do dito processo judicial contra essa mulher acusada. 

O caso 

Em 05 de novembro do ano passado, no bairro Altos do Alvorada II, que fica cerca de 4,3 km da região central de Dourados, o policial militar foi chamado para atender uma ocorrência em que, de acordo com o Promotor de Justiça, uma mulher teria sido racista contra um jovem. 

Segundo a denúncia, a ré em questão teria proferido ofensas racistas contra esse adolescente de 13 anos, além de agredir a mãe dele, gerando assim lesões corporais leves nessa vítima. 

Com a chegada da Polícia Militar, um dos PMs passou a ser alvo da mulher que, "deixando claro o racismo mediante injúria", segundo o MP em nota, chamava esse agente de "macaco". 

Não bastassem os xingamentos, essa mesma mulher ainda desacatou também os outros policiais que atendiam a ocorrência, que foram acertados por chutes durante a resistência. 

Para além da denúncia, foi requerido também pelo Ministério Público que, caso aconteça a condenação, que seja fixado valor de no mínimo R$ 5 mil para reparação dos danos morais causados para cada uma dessas vítimas de racismo, ou seja, tanto ao adolescente como ao policial militar.

Racismo em Dourados

Cabe lembrar que Dourados tem sido palco de diversos episódios de racismo, xenofobia e intolerância, casos esses que vem a público pelas movimentações dos Ministérios Públicos Federal e Estadual de Mato Grosso do Sul. 

Caso recente com relação a crimes de ódio foi do douradense, alvo de ação penal do MPMS em 23 de setembro, por uma série de frases e atos discriminatórios que caracterizam racismo e xenofobia contra a população nordestina

Através das redes sociais, esse acusado fez uma série de publicações que propagavam a ideia de que os nordestinos seriam "mais burros" e "inferiores" ao restante da população brasileira. 

Antes desse, em 25 de maio deste ano, a "Marcha dos Terreiros" de Dourados também gerou ódio nas redes sociais e um procedimento foi instaurado pelo Procurador da República, Marco Antonio Delfino de Almeida, para apurar os fatos. 

Na ocasião, cerca de 16 comunidades se reuniram na realização da marcha, feita após casos de furtos de ossadas - como a de um bebê do cemitério municipal São Vicente de Paula, em Ponta Porã, como publicou o Correio do Estado - ganhar repercussão na mídia. 
**(Com assessoria)

 

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TRANSPORTE COLETIVO

Decisão do STJ pode levar Capital a ter aumento extra na passagem de ônibus

Corte Especial anulou determinação do presidente do Tribunal de Justiça de MS, o que pode abrir caminho para novo reajuste

18/12/2024 09h00

Preço da passagem de ônibus hoje é de R$ 4,75 para o cidadão, enquanto a tarifa técnica está em R$ 5,95; valores poderão aumentar

Preço da passagem de ônibus hoje é de R$ 4,75 para o cidadão, enquanto a tarifa técnica está em R$ 5,95; valores poderão aumentar Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou nula a decisão do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Sérgio Fernandes Martins, no pedido de suspensão de liminar ingressado pela Prefeitura de Campo Grande contra decisão que favorecia o Consórcio Guaicurus. A medida barrava um possível reajuste extra do transporte coletivo, o que agora pode acontecer.

Em fevereiro, Martins anulou decisão do desembargador Eduardo Machado Rocha, da 2ª Câmara Cível do TJMS, que considerou válido o pedido do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo de Campo Grande, que requeria o estabelecimento da data base para reajuste da tarifa de ônibus em outubro e o reequilíbrio do contrato.

Com a medida, a tarifa técnica do transporte coletivo na Capital poderia saltar dos atuais R$ 5,95 para R$ 7,79, o que deve impactar no valor pago hoje pelo usuário do serviço.

NOVELA

Esse imbróglio começou no ano passado, em outubro, quando a juíza Cíntia Xavier Letteriello, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, acatou pedido do Consórcio Guaicurus em ação que solicitava o reajuste extra e a manutenção da data base para outubro, como havia ficado estabelecido no contrato de concessão de 2012.

Porém, em dezembro do ano passado, o desembargador Eduardo Machado Rocha cassou a decisão, acatando argumento de que os empresários, ao contrário do que alegavam, estavam obtendo lucros acima do previsto em contrato. Mas o mesmo magistrado, em janeiro deste ano, voltou atrás e manteve a decisão da juíza de primeiro grau.

A prefeitura, então, entrou com um pedido de suspensão de liminar ao presidente do TJMS e, no início de fevereiro, Martins concordou com o fato de que a medida poderia impactar em um aumento exorbitante na tarifa de ônibus e derrubou a decisão do seu colega desembargador.

Logo após a publicação de Martins, o caso subiu para o STJ, onde a ministra Maria Thereza de Assis Moura, em decisão liminar, cassou a decisão do presidente do TJMS por entender que ele não tinha competência legal para suspender uma decisão que um colega seu já havia dado. Com isso ela restabeleceu a decisão de Rocha.

Entretanto, o processo ficou parado no STJ até ser julgado pela Corte Especial, o que ocorreu no mês passado, conforme informou o ministro Luis Felipe Salomão, que presidiu a sessão de julgamento. Com a medida, o presidente do TJMS, assim que retornou de seu afastamento, reconheceu a sentença e deu fim a reclamação feita pela Prefeitura de Campo Grande.

“Tendo em vista a cassação da decisão anteriormente proferida por esta Presidência, declaro revogada a liminar e julgo extinto o processo, sem resolução de mérito”, determinou Martins, na semana passada.

REFLEXO

Com essa publicação, o Consórcio Guaicurus agora tenta fazer valer essa decisão que o beneficia para conseguir o reajuste da tarifa do transporte coletivo.

No processo que corre na 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, para onde o caso voltou, as empresas alegam que a decisão de outubro do ano passado deve ser executada.

“Por meio da decisão de fls. 566/569, este juízo concedeu tutela de urgência para determinar o reajuste da tarifa, tendo como data base o mês de outubro de cada ano (cláusula 3.7 do 1º aditivo – fl. 454), bem como a revisão do contrato”, diz trecho do documento.

O caso havia sido paralisado também na 4ª Vara, por determinação da juíza, até que fosse concluída a perícia técnica nas contas do Consórcio Guaicurus, já que as empresas alegam prejuízos e, por isso, seria necessário o reequilíbrio do contrato, com a revisão do documento.

Como a perícia ainda não foi feita, não há decisão sobre a revisão do contrato. Entretanto, a concessionária também pede que, ao menos, seja determinado o reajuste ordinário da tarifa, já que, segundo eles, esse ponto não havia sido suspenso.

“A prefeitura deveria ter efetuado o novo reajuste da tarifa no decorrer do mês de outubro do presente ano, sendo provocada, de forma expressa, pela requerente, por meio do ofício anexo, enviado no dia 9/9/2024, todavia, apesar das inúmeras reuniões e tratativas, até o momento, permanece inerte, causando enormes prejuízos à requerente”, alega. 

Sobre essa solicitação, ainda não há decisão judicial, o que só deve ocorrer em janeiro, já que o recesso forense começa nesta sexta-feira.

Saiba

A revisão do contrato de concessão está prevista no documento de 2012, que estabelece que isso seja feito a cada sete anos, o que não ocorreu em 2019.

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