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Santa Casa começa a vacinar profissionais da saúde atuantes na linha de frente

Primeira imunizada foi médica que trabalha na UTI Covid desde março, ela dedicou a vacina "para todas as pessoas que não puderam esperar por esse momento"

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O Hospital Santa Casa de Campo Grande recebeu 300 doses da vacina contra a Covid-19 na manhã desta terça-feira (19). Os profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus serão priorizados, dos 6 mil colaboradores do hospital, a expectativa é que mil sejam vacinados na primeira leva do imunizante.

A unidade vai seguir a ordem de vacinação padronizada pelo Ministério da Saúde, todos os profissionais lotados na UTI Covid e Enfermaria Covid serão vacinados primeiro. Posteriormente, serão os atuantes do Pronto Socorro, Plantão Hospitalar, Centro Cirúrgico, Especialidades Cirúrgicas, CTIs, Enfermarias e todos os setores assistenciais.

As doses dos imunizantes produzidas pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, chegaram a Mato Grosso do Sul na tarde de ontem (18), na Base Aérea de Campo Grande, trazidas por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Últimas notícias

A médica infectologista da Santa Casa, Priscilla Oliveira assegurou que todas as pessoas que trabalham no hospital, diretos e indiretamente, serão imunizadas.

A primeira a receber a dose da Coronavac foi a médica Maristela Curado do Amaral, de 44 anos, que trabalha desde o início da pandemia nos leitos de UTI Covid da Santa Casa. Ela conseguiu passar pelos dez meses de pandemia sem pegar o vírus, mesmo trabalhando diretamente com ele.

“Precisamos que o máximo de pessoas sejam vacinadas para que o vírus pare de circular e a pandemia acabe. Se eu pudesse dedicar esse momento eu dedicaria para aquelas pessoas, aquelas famílias que infelizmente não puderam esperar por esse momento, é para elas que a gente dedica nosso trabalho”, relatou.

Uma equipe multiprofissional composta por 13 médicos, enfermeiros, técnicos e administrativos, também foram os primeiros a receber a vacina. Todos eles vão tomar a segunda dose no dia 4 de fevereiro, 17 dias após a primeira dose como foi orientado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Oliveira disse que a chegada da vacina foi um alívio para todos os profissionais da saúde.

“É uma dose de esperança em cada frasco. Principalmente para os profissionais de saúde que vivenciaram tempos muito difíceis. A gente espera vacinar o maior número de profissionais pra ser possível ter um alento e voltar a nossa rotina”, disse.

A médica ressaltou ainda que além da vacina possuir boa eficácia para evitar a infecção do coronavírus, também impede o agravamento da doença. “Evitando que as pessoas vão para as unidades hospitalares, que é o que a gente quer nesse momento”, enfatizou.

Ela relatou que o hospital ainda enfrenta lotação máxima dos leitos de UTI Covid, “infelizmente ainda está morrendo gente”. Fato que também foi lembrado pela primeira imunizada, que explicou que o hospital ainda possui muitas pessoas em estado grave e que recentemente a faixa etária de casos graves mudou.

“No início eram pessoas mais idosas, mas hoje as idades estão diminuindo. Então pessoas de 30 a 40 anos também estão chegando em estados mais graves, a gente não pode baixar a guarda, os cuidados são os mesmos”, apontou.

Interior

As 158.760 doses de vacinas Coronavac que Mato Grosso do Sul recebeu do Ministério da Saúde ontem (18) já foram distribuídas aos 79 municípios do Estado.

Desta forma, as prefeituras já estão autorizadas a iniciar a vacinação contra a Covid-19 em todo o Estado nesta terça-feira. 

A entrega foi feita para todas as cidades em menos de 24 horas. A distribuição começou por volta das 20h e o último lote saiu de Campo Grande às 4h desta terça.

“As prefeituras já estão distribuindo as vacinas para as unidades de saúde e já estão prontas para começar a vacinação”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.

Vacinação

Como as doses enviadas não são suficientes para atender todo o grupo prioritário, foi feita nova classificação entre este grupo.

Na primeira etapa, serão vacinados apenas profissionais de saúde que atuem na linha de frente contra a pandemia (pronto-socorro, unidades de terapia intensiva e Unidades de Pronto Atendimento), indígenas que moram em aldeias e idosos que estejam institucionalizados, ou seja, que estejam internados ou morem em asilos.

A orientação do Ministério da Saúde é garantir as duas doses para os imunizados, ou seja, 79 mil sul-mato-grossenses serão vacinados neste primeiro momento, dos 211 mil que compõe as prioridades anteriormente informadas pelo Ministério da Saúde.

A primeira pessoa vacinado no Estado foi a indígena Domingas da Silva, 91 anos, moradora da aldeia Tereré, em Sidrolândia.

Confira as demais fases do Plano Nacional de Vacinação:

Fase2 (Vacinação entre o segundo e terceiro mês após início da vacinação)_ Pessoas de 60 a 74 anos que não vivem em instituições de longa permanência, como asilos e instituições psiquiátricas.

Fase3 (Quarto mês após início da vacinação)_ Pessoas com comorbidades: diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer ou obesidade grave.

Grupo prioritário (Vacinação durante os 12 meses seguintes após fase 3)_ Professores (nível básico ao superior, setor público ou privado), forças de segurança (policial federal, militar ou civil e Forças Armadas) e salvamento (como bombeiros), funcionários do sistema prisional, presos, quilombolas, moradores de rua, portadores de deficiência, dentre outros.

Não prioritário (Vacinação após o grupo prioritário, nos 12 meses seguintes após fase 3)_ Menores de 60, que não estão em condição de vulnerabilidade, não atuam em profissões essenciais e não têm comorbidades.

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Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (26) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Mesmo com calorão, há previsão de tempestade na região pantaneira

26/11/2024 04h30

Recomenda-se a ingestão de muita água, devido ao calor e tempo seco no estado

Recomenda-se a ingestão de muita água, devido ao calor e tempo seco no estado Arquivo

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Nesta terça-feira (26), a previsão indica tempo firme, com sol e variação de nebulosidade devido a atuação do sistema de alta pressão atmosférica que favorece o tempo quente e seco.

As temperaturas estarão em elevação e altas podendo atingir valores de 33° a 40°C. Além disso, esperam-se baixos valores de umidade relativa do ar, entre 15% e 35%. Por isso recomenda-se beber bastante líquido, umidificar os ambientes e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia. Devido ao aquecimento diurno não se descartam pancadas de chuvas isoladas.

Os ventos atuam do quadrante norte (norte/nordeste) com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 25°C e máxima de 36°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 25°C e 36°C. Podem ocorrer tempestades.
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 27°C e a máxima de 39°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 36°C. 
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 23°C e 36°C. 
  • Anaurilândia terá mínima de 23°C e máxima de 38°C. 
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 22°C e máxima de 38°C. 
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 22°C e 35°C. 
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 22°C e máxima de 37°C. 

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Campo Grande

Motoristas conquistam reajuste salarial e cancelam greve

Entre outros ganhos, salário dos motoristas saltou de R$ 2,7 mil para R$ 2,9 mil; pagamentos acontecem a partir de fevereiro de 2025

25/11/2024 19h30

Motorista realiza saída do Terminal Morenão

Motorista realiza saída do Terminal Morenão Foto: Gerson Oliveira

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Após cinco reuniões, motoristas e Consórcio Guaicurus finalmente chegaram a um acordo que reajusta o salário de 1,4 mil trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande e cancela a greve na Capital.

A conquista da categoria foi firmada nesta segunda-feira (25) em reunião que durou aproximadamente 2h30, realizada com portas fechadas e representantes do consórcio e do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU) na sede da Viação Cidade Morena, nas Moreninhas.

Com o reajuste, o salário dos motoristas saltou de R$ 2.749 para R$ 2.968, a serem pagos de forma retroativa a partir de fevereiro de 2025. Além disso, outro ganho da categoria foi o acréscimo de R$ 100 no vale alimentação, que agora passa a ser de R$ 350.

Os trabalhadores também conquistaram um reajuste de R$ 10 no plano de  assistência médica, que salta para R$ 200 mensais. Entre as outras pedidas, sem avanços. A categoria não conseguiu com que o Consórcio Guaicurus passasse a pagar o vale-gás mensalmente, benefício que segue cedido em meses intercalados.

Outras solicitações não atendidas foram o reajuste de 2% na Participação nos Lucros (PL), que atualmente é de 9% ao mês, acumulada em seis meses (os motoristas gostariam que esse valor fosse para 11%), além de uma melhoria no plano odontológico já pago, que segue em R$ 40 por mês.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Ferreira comemorou a conquista dos motoristas.

“Essa é a quinta reunião, processo já desgastante, saímos com um ganho real de 4%, foi muito bom, a única coisa que não ficou boa, foi a questão do (pagamento) retroativo, foi o que conseguimos fazer para que o reajuste de 8% fosse conquistado”, falou ao Correio do Estado.

Com isso, apesar do cancelamento da greve, os 1,4 mil funcionários só terão os salários reajustados a partir de fevereiro do ano que vem, isso porque, segundo Ferreira, a diferença salarial entre o que já é pago mensalmente e o novo salário da categoria, cerca de R$ 219 mensais referentes aos meses de novembro, dezembro e janeiro, só chegará ao bolso do trabalhador a partir do ano que vem. 

“Esse valor reajustado já passa a valer desde então, porém, os pagamentos (da diferença) só serão quitados em três parcelas entre fevereiro, março e abril de 2025”, destacou o sindicalista.

Anteriormente, o sindicato havia recuado sobre a possibilidade de uma paralisação devido à retomada das negociações com a empresa. Além disso, uma solicitação do Hemosul para adiarem a  greve também foi levada em consideração pelos motoristas.

Sem reajuste salarial, a cada ano, a renovação do contrato entre os motoristas de ônibus de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus se tornou um ponto central nas discussões sobre o transporte público da capital.

Reajuste

Devido ao desequilíbrio econômico alegado pela empresa, as contas do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público de Campo Grande, passam por uma perícia desde outubro. O objetivo da análise é avaliar a necessidade de reajuste na tarifa do ônibus , fixada atualmente em R$ 4,75. O consórcio, no entanto, solicita um aumento para R$ 7,79.

O processo de reajuste, que se arrasta desde o ano passado, foi suspenso em agosto deste ano pelo o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, que decidiu suspender a revisão do contrato de concessão e o reajuste da tarifa até que a perícia fosse realizada. A reportagem esteve presente na reunião, entretanto, não conseguiu falar com ninguém vinculado ao Consórcio Guaicurus. O espaço segue aberto.

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