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Saveiro com ar aventureiro

Saveiro com ar aventureiro

Redação

26/02/2010 - 06h16
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Há tempos a Volkswagen estava incomodada com a participação tímida da sua picapinha Saveiro e o crescimento contínuo da rival Fiat Strada. Os motivos eram óbvios: constantes investimentos em uma e atraso na outra. Isso durou até a chegada da nova versão da Saveiro, em agosto do ano passado. Primeiro, a Volks lançou cabine estendida, algo que apenas a rival da Fiat possuía até então. Depois colocou no mercado a versão cabine simples com preços mais atraentes. Agora, com a nova derivação Cross, é a vez de a picape da marca atacar de frente a Strada Adventure. Afinal, a versão pseudooff- road da Fiat, além de emprestar a imagem de robustez, responde por 35% das vendas da linha. Ou seja, a Volks está de olho numa fatia generosa do mercado, que soma, só às vendagens da Strada, mais de 3 mil unidades mensais. O caminho ainda é longo. Mas já foi pior. A Saveiro registrava médias de 2 mil unidades mensais até o lançamento da segunda geração. Era, até então, a mais antiga do segmento ao lado da Ford Courier e estava em terceiro no ranking, atrás da Chevrolet Montana. Em janeiro deste ano, as vendas chegaram a 3.380 unidades e o modelo ultrapassou a picape da Chevrolet. Por pouco, é verdade: apenas 40 unidades a mais. Com a nova versão, porém, a sua meta de atingir de 5 mil unidades mensais, anunciada no lançamento da nova geração, fica mais próxima da realidade. Pseudo off-road Para tal, a Volks segue a receita dos off-road lights de plantão. E tenta criar uma identidade própria para a linha Cross, que até então só existia com o CrossFox – resposta tardia à linha Adventure da Fiat. A Saveiro Cross usa apliques estéticos que evocam uma alma lameira e incorpora um conjunto ótico que remete ao próprio CrossFox. Na frente, grade diferenciada e para-choques na cor preta mais encorpados. O conjunto ótico, no geral, também acompanha a versão aventureira do Fox. Lentes escurecidas nos faróis principais, enquanto os faróis auxiliares – que reúnem o de neblina e o de milha – aparecem embutidos no spoiler. Na lógica da robustez visual, a picape ainda conta com molduras das caixas de roda também na cor preta e um friso na parte inferior das portas – também em preto – com o nome da versão escavado no plástico. Na configuração, o rack no teto se prolonga até a caçamba na forma de barras paralelas e fazendo as honras de santantônio. Os pneus Pirelli Scorpion são de uso misto que calçam rodas de liga leve aro 15. Na traseira, mais molduras na cor preta, lanternas escurecidas e o nome da configuração mais uma vez, só que desta vez pintado na lataria em itálico. Por dentro, a Volks lançou mão de um acabamento com o painel em Suspensão elevada em 3 cm, detalhes em preto na lateral e parachoque dão o toque lameiro à nova Saveiro Cross FERNANDO MIRAGAYA/CARTA Z NOTÍCIAS Capota marítima e protetor lateral realçam a traseira. Na tampa, o nome estampado Acabamento em dois tons e manopla do câmbio é personalizada. O motor é o 1.6 dois tons. Os anéis das saídas de ar são em preto brilhante e o pomo da manopla do câmbio recebeu a inscrição “Cross”. Há detalhes cromados nas molduras dos mostradores do quadro de instrumentos, na própria manopla da transmissão, botões do comando de ventilação e maçanetas internas das portas. O padrão de tecido dos bancos também é novo e segue a tecnologia Embossed, que simula as marcas deixadas por pneus na areia. Na parte estrutural, a Saveiro Cross segue a receita de sua principal rival: suspensão elevada em quase 3 cm, além dos pneus uso misto. O modelo da Volks será comercializado apenas na configuração cabine estendida e o motor é o conhecido 1.6 VHT de 101/104 cv de potência. Na lista de equipamentos, contudo, a Saveiro Cross tenta se diferenciar da concorrente. Sai de fábrica com direção hidráulica, trio elétrico lanterna de neblina, capota marítima, tampa da caçamba com chave, volante e banco do motorista com ajustes de altura e de profundidade, para-sóis com espelhos iluminados e alarme na chave do tipo canivete. Entre as bossas, sensor de obstáculos traseiro e repetidores dos piscas nas carcaças dos retrovisores, itens que sua rival não possui. Com isso, a Cross evidencia seu custo/ benefício mais atraente. Parte dos R$ 41.840 e com ar-condicionado chega a R$ 44.684. A Strada Aventure começa em R$ 46.020 já com ar, mas ao receber capota marítima e retrovisores elétricos alcança os R$ 48.440. Com todos os opcionais, porém, que incluem o air bag duplo, freios com ABS, rádio/CD/MP3 com entradas USB, SD Card e Bluetooth e volante multifuncional, a Saveiro Cross chega a R$ 47.937. Ainda permanece bastante competitiva. E é desta forma que a Saveiro quer abalar a liderança da Fiat.

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Casa de ex-prefeito de Campo Grande vai a leilão para pagar dívida de pensão

Alcides Bernal deixou de pagar pensão quando foi cassado, em 2014, e dívida ultrapassa R$ 112 mil a filho que mora no Tocantins

20/06/2025 17h33

Casa de Alcides Bernal, em Campo Grande, vai a leilão

Casa de Alcides Bernal, em Campo Grande, vai a leilão Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, terá uma casa levada a leilão devido a uma dívida de pensão que ultrapassa o valor de R$ 112 mil. A sentença é da 1ª Vara da Família e Sucessões de Palmas (TO), onde mora o filho do ex-prefeito.

De acordo com os autos do processo, na época em que ainda era prefeito, Bernal e o filho celebraram acordo em processo que tramitou em Campo Grande, onde ficou estabelecido que seria descontado o valor de três salários mínimos diretamente de seus subsídios de prefeito, inclusive o 13º salário, e seriam depositados na conta do filho.

O acordo foi homologado por sentença que transitou em julgado. No entanto, Bernal foi cassado em 2014 e, sem o desconto em conta, ele deixou de cumprir a obrigação com o filho.

“Por ocasião de sua cassação, por pura liberalidade, por humanidade e generosidade do Exequente, mesmo sofrendo as agruras da falta de pagamento da pensão (contraindo dívidas para continuar se mantendo), pensando que o seu pai, até lhe seria grato, por deixar passar um tempo razoável para se recompor, deixou passar alguns meses, contudo, após esse tempo, o Exequente começou a tentar contato, para tentar uma composição amigável com o Executado, não conseguindo nem uma resposta”, diz a ação.

Também conforme a ação, o filho tentou várias formas de contato, por meio de ligações em celular pessoal e na prefeitura, assim como por meio de conhecidos e amigos próximos, que também tentaram contato via ligação e pessoalmente com Bernal, mas sem sucesso. 

Assim, foi protocolizada nova petição, para execução dos débitos que haviam sido deferidos para desconto em folha, totalizando 36 meses pendentes, contando com dois 13º salários, que não foram pagos de janeiro a abril de 2013 e de abril de 2014 até setembro de 2016.

O montante devido, com juros de mora e atualização monetária e capitalização simples, até o mês de setembro de 2016, é de R$ 112.252.23.

Na ação, é citado também que o pagamento da pensão alimentícia é a obrigação mínima de Bernal, já que, segundo os autos, há abandono afetivo desde o nascimento de seu filho.

O filho relata que está passando por necessidades financeiras e que a ajuda do pai, que não está sendo paga, está fazendo falta. Dentre as dificuldades citadas, está o fato de que o rapaz tem "inúmeros gastos diários" e que parou de estudar por falta de recursos financeiros.

Desta forma, foi pedido a intimação para que Bernal efetuasse o pagamento do débito pendente no prazo de três dias e, caso não realizasse a quitação, que fossem penhorados bens, quanto bastassem para o adimplemento da da dívida.

Sem o pagamento, o imóvel a ser leiloado é uma casa localizada no Jardim Paulista, em Campo Grande, que se encontra penhorada, com a devida intimação do devedor. Na ação, não consta quando será realizado o leilão.

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Justiça bloqueia R$ 40 milhões de família que provocou "muralha de fogo" em MS

Segundo investigação, pai e filhos são responsáveis por queimadas que causaram danos ambientais severos em áreas públicas e privadas na região pantaneira

20/06/2025 17h00

"Muralha de fogo", em Corumbá, em 2024 Foto: Divulgação

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 A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 40,7 milhões em bens de uma família acusada de provocar incêndios criminosos para criação ilegal de pasto em Corumbá, região do Pantanal sul-mato-grossense. A ação, movida pelo Ministério Público Federal (MPF), envolve o pecuarista Carlos Augusto de Borges Martins, conhecido como “Carlinhos Boi”, e seus três filhos, que, segundo a investigação, são responsáveis por queimadas que causaram danos ambientais severos em áreas públicas e privadas, incluindo a chamada “muralha de fogo” que viralizou nas redes sociais em junho de 2024 durante a tradicional Festa de São João.

O incêndio teve como ponto de ignição propriedades utilizadas pela família, como a Fazenda Pira-Retã e o Sítio São Domingos, área inserida em uma Área de Preservação Permanente (APP) às margens do Rio Paraguai, nas proximidades de um ponto de captação de água que abastece a cidade de Corumbá.

De acordo com laudos da Polícia Federal, a ocupação irregular e as construções precárias no local impedem a regeneração da vegetação nativa e geram lançamento de esgoto e lixo diretamente no solo, aumentando o risco de contaminação do rio.

O MPF aponta que a família Martins utilizava irregularmente o cadastro da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro-MS) para movimentar e criar bovinos em áreas pertencentes à União, na região conhecida como “Retiro Tamengo”. As terras, além de públicas, incluem áreas privadas sem cercas delimitando os perímetros, o que favorecia a ocupação ilegal.

O objetivo da ação civil pública é obter a desocupação imediata das áreas invadidas, com a retirada dos bovinos, demolição das construções irregulares e recuperação ambiental do espaço por meio da implantação de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Também foi solicitado o pagamento de indenizações pelos danos ambientais, restituição dos lucros obtidos ilegalmente e compensação por danos morais coletivos.

A propriedade já havia sido alvo de fiscalização pela Polícia Militar Ambiental em 2013, quando foram constatadas construções ilegais e a degradação ambiental do local. Agora, com as novas provas e a reincidência da prática, o caso avança na 1ª Vara Federal de Corumbá, vinculada ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

O processo segue em tramitação na esfera federal, e os acusados poderão apresentar defesa nas próximas etapas judiciais.

"Muralha de fogo"

Terra do Banho de São João, considerada a maior festa junina do Centro-Oeste, Corumbá foi o município que mais queima em todo o Brasil em 2024. O triste extremo, entre a festa e os incêndios que devastam o Pantanal, foi registrado pela corumbaense Elisa Márcio, e compartilhado em uma rede social, em junho do ano passado.

Segundo o Painel Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a região pantaneira registrou mais de 14 mil focos de incêndio. 

Além disso, conforme noticiado anteriormente, a população do município sofre com a fumaça que vem das queimadas, que associada às altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar, tornam o cenário ainda mais crítico.

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