Cidades

INFRAESTRUTURA

Sem previsão para conclusão de reforma, aeroporto da Capital será privatizado

Ao custo de R$ 39,9 milhões, a obra foi financiada com recursos provenientes do Fundo Nacional de Aviação Civil

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O governo federal ontem publicou portaria com os Planos de Outorga Específicos (POE) para concessão à iniciativa privada de três aeroportos de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá. Enquanto a privatização não ocorre, o Aeroporto Internacional de Campo Grande segue sem previsão para o término das obras.

Ao Correio do Estado, o superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Wilson Brandt Filho, relatou que ainda são necessários ajustes para a conclusão das obras que começaram em outubro de 2019. 

Ao custo de R$ 39,9 milhões, a reforma foi financiada com recursos oriundos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).  

“Não tem uma data certa para as obras terminarem, estamos fazendo uma série de trabalhos que devem demandar, pelo menos, 90 a 120 dias. Tivemos muitos problemas com fornecedores, e ainda é necessário que uma terceira esteira chegue para a área do desembarque. Precisamos concluir a parte de trânsito no estacionamento também, mas são detalhes que não afetam a operação”, salientou.  

Em agosto do ano passado, durante cerimônia com o então ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, foi entregue a ampliação, em 178%, da sala de embarque do Aeroporto Internacional de Campo Grande. A capacidade de passageiros cresceu 80%, saindo de 2,5 milhões para 4,5 milhões de usuários por ano.  

Além disso, o aeroporto também recebeu renovação das pistas de taxiamento, do pátio de aeronaves e do acesso viário ao terminal aeroportuário, além da recuperação e do nivelamento da faixa preparada da pista de pouso, com implantação de áreas de escape, e da recuperação do sistema de drenagem.

Ao fim das obras, o terminal de passageiros estará 65% maior, passando de 6.185 m² para 10.027 m². O saguão será ampliado de 1.508 m² para 2.916 m², e as áreas comerciais de 560 m² para 842 m².  

O terminal contará, ainda, com projetos de sustentabilidade, por meio do reaproveitamento da água da chuva e do sistema de climatização. Serão mais três balcões de check-in e mais dois equipamentos de raios X.

CONCESSÃO

No dia 23 de fevereiro de 2021, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) decreto assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que qualifica várias rodovias, portos e aeroportos para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).  

O pacote que inclui a concessão à iniciativa privada dos aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã engloba ainda outras 13 unidades controladas pela Infraero, como o aeroporto de Congonhas, em São Paulo.  

As outorgas ainda precisam ser aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo formalizadas por meio de contratos de concessão. A previsão é de que os leilões dos aeroportos, que contemplam quatro regiões do País, sejam divididos em três blocos.  

Em 2021, foram leiloados 22 aeroportos, que geraram R$ 3,3 bilhões em outorgas ao governo federal e investimentos privados de R$ 6,6 bilhões para os próximos 30 anos.  

De acordo com o texto publicado ontem no DOU, “a exploração dos aeroportos elencados permanecerá atribuída à Infraero até que ocorra a assunção integral das operações pelas sociedades vencedoras dos processos licitatórios”.

À reportagem, o superintendente da Infraero Wilson Brandt Filho estimou que todo o processo de transição para a iniciativa privada dura, em média, nove meses.  

“A empresa possui 90 dias para apresentar a documentação [na fase de licitação]. Depois disso, ainda são necessários seis meses para que ocorra a transição na administração do aeroporto, trabalho que demanda tempo para treinar e formar toda a equipe de funcionários”, disse.  

Por esta razão, Brandt Filho relatou que, ao ser passado para a iniciativa privada, o aeroporto da Capital já estará com as obras concluídas. “Faz parte do edital de concessão a entrega de 100% do local, então, até lá estaremos com todas as obras terminadas”, pontuou.  

BENEFÍCIOS

Wilson Brandt Filho acredita que a concessão dos aeroportos para a iniciativa privada pode ser benéfica. Ele deu como exemplo outras unidades que saíram da administração da Infraero e tiveram investimentos em tempo recorde.  

“Dou como exemplo o que ocorreu no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. A unidade passou a ser administrada pelo grupo alemão Frankfurt Airport Services Worldwide [Fraport] em 2018 e, de lá para cá, os terminais de embarque e desembarque nacionais e internacionais foram ampliados após investimentos milionários”, relatou.  

Conforme o superintendente, a concessão do aeroporto de Campo Grande para a iniciativa privada pode viabilizar, ainda, a implementação de voos diretos da Capital para destinos internacionais.  

“Essa é uma situação em que, como estatal, estamos amarrados. Porque, se fizermos um acordo com uma determinada companhia aérea, precisamos expandir para todas as demais as mesmas condições de trabalho, e tudo isso por meio extremamente burocrático”, salientou Brandt Filho.  

SAIBA

Em 2021, foram leiloados 22 aeroportos, que geraram R$ 3,3 bilhões em outorgas ao governo federal e investimentos privados de R$ 6,6 bilhões para os próximos 30 anos. 

BRASIL

Veja quem são os 2 brasileiros presos na Argentina condenados do 8 de Janeiro

Refugiados no País vizinho, acusados dos atentados foram presos e aguardam data para extradição

16/11/2024 17h32

Ambos seguem aguardando decisão do juiz Daniel Rafecas, da Justiça Federal da cidade de Buenos Aires, sobre a possível data das extradições.

Ambos seguem aguardando decisão do juiz Daniel Rafecas, da Justiça Federal da cidade de Buenos Aires, sobre a possível data das extradições. Reprodução

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Confirmada a prisão, pelo Ministério de Segurança da Argentina, de dois dos 61 brasileiros procurados pelos atentados golpistas de 8 de Janeiro de 2023 que fugiram para o País vizinho, abaixo você confere exatamente quem são Joelton Gusmão de Oliveira e Rodrigo de Freitas Moro Ramalho. 

Sendo 265 acusados já condenados pelos mais diversos crimes durante o atentato em 8 de janeiro, a prisão dos dois, como bem acompanhada pelo Correio do Estado, precede a extradição de ambos. 

Joelton Gusmão de Oliveira foi o primeiro detido, na última quinta-feira (14), na cidade de La Plata, longe cerca de 60 quilômetros da capital argentina, enquanto Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anos, foi detido ainda ontem (15). 

Informações do Ministério de Segurança enviadas ao Estadão, apontam que ambos seguem aguardando decisão do juiz Daniel Rafecas, da Justiça Federal da cidade de Buenos Aires, sobre a possível data das extradições.

Gusmão já prestou depoimento, enquanto Ramalho deve ser ouvido ainda neste sábado (16). 

Após identificado pela Polícia Federal (PF) que mais de 60 fugutivos brasileiros estariam na Argentina, ainda em outubro o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a extradição dos procurados. 

O pedido original, feito por meio de uma consulta em junho deste ano pelas autoridades brasileiras, questionava sobre o paradeiro de 143 investigados e condenados por participação na tentativa de golpe.

Na época, o porta-voz da Casa Rosa, Manuel Adorni, afirmou que o governo de Javier Milei seguiria com o processo conforme a legislação do país.

"Se efetivamente existem criminosos na Argentina nessas condições, seguiremos o caminho legal correspondente."

Joelton

Morador de Vitória da Conquista (BA), Oliveira foi condenado a 17 anos de prisão em fevereiro deste ano, pelos crimes de: 

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • Ggolpe de Estado,
  • Dano qualificado,
  • Deterioração do Patrimônio tombado e
  • Associação criminosa armada.

Relatório da Polícia Federal (PF) aponta que Oliveira fez gravações de seu celular e afirmou que "é assim que toma o poder", chamando outras pessoas a subirem a rampa do Congresso Nacional.

"Dentro de um dos prédios públicos, Joelton Gusmão de Oliveira comemora a entrada no prédio, afirmando estar ‘dentro da nossa casa’, enquanto filma a sua esposa também em postura de comemoração. Nesse registro, inclusive, é possível ouvir um barulho de bomba ao fundo", diz trecho do documento apurado pelo Estadão.

"Já nas dependências do Plenário do Senado, grava a sua esposa fazendo uso de microfone instalado em uma mesa do ambiente para afirmar que estão exigindo intervenção militar porque todo poder emana do povo, juntando-se Joelton Gusmão de Oliveira ao coro de ‘todo poder emana do povo’", descreve o relatório sobre a atuação de Oliveira e de sua esposa, Alessandra Faria Rondon, também condenada a 17 anos de prisão.

Rodrigo 

Morador de Marília, no interior paulista, Ramalho era considerado foragido desde abril deste ano, quando a polícia perdeu o sinal de sua tornozeleira eletrônica.

A medida cautelar foi imposta para que ele cumprisse a liberdade provisória, concedida por Moraes em agosto do ano passado.

Entregador de comida e pai de dois filhos, Ramalho foi preso em flagrante no dia 8 de janeiro de 2023 pela participação nos atos golpistas e condenado em abril deste ano a 12 anos e seis meses de reclusão, e um ano e seis meses de detenção.

A pena também inclui o pagamento de indenização a título de danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões, entre todos os condenados no inquérito.
 

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MUNDO

Cúpula Social do G20 chega ao fim; confira declaração final

No documento é possível notar propostas aos líderes mundiais nas áreas de combate à fome, bem como sustentabilidade e reforma da governança global

16/11/2024 17h01

Presidente brasileiro vai repassar as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana

Presidente brasileiro vai repassar as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana Tomaz Silva/Agência Brasil

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Pluralidade de vozes que construiu o G20 Social ao longo da presidência brasileira do G20 divulgou, na manhã deste sábado (16), o documento final do encontro. 

Nele, é possível notar propostas aos líderes mundiais nas áreas de:

  • Combate à fome,
  • Sustentabilidade e
  • Reforma da governança global.

As propostas foram sistematizadas e definidas por consenso entre os participantes para serem entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encerramento da Cúpula Social. 

Por sua vez, o presidente brasileiro vai repassar as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.

Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).

Além das atividades desenvolvidas pelos 13 grupos de engajamento, o G20 Social também incluiu pela primeira vez encontros entre as trilhas política (Trilha de Sherpas), financeira (Trilha de Finanças) e os grupos de engajamento.

Abaixo, você confere a versão do documento, que está viabilizado para leitura online através de desktop, disponível ainda para download caso o conteúdo esteja sendo visualizado através de celular. 

 

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