Cidades

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Servidores da UFMS decidem dia 18 se greve será mantida

Novo diálogo com o Governo acontece nesta sexta-feira, após o anúncio de mais R$ 5,5 bilhões no orçamento para centros de ensino

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A Seção Sindical dos Professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Adufms) se reúne novamente na terça-feira (18) para avaliar se a greve será mantida ou chegará ao fim na UFMS.

Ao Correio do Estado, a presidente da Adufms, Mariuza Camillo, informou que se reunirá com o Governo Federal, em Brasília, nesta sexta-feira (14), para um novo diálogo acerca do tema.

A conversa acontece após o anúncio feito pelo presidente Lula (PT) na última segunda-feira (10), de um acréscimo de R$ 5,5 bilhões no orçamento dos centros de ensino.

"Eu estou em Brasília, nós temos uma conversa com o Governo marcada para sexta-feira. E aí, a partir dessa conversa, nós vamos ver o que será encaminhado. A gente caminha de acordo com a decisão nacional, porque o nosso sindicato é nacional, e é o comando nacional de greve que faz essa discussão aqui", explicou Mariuza.

Além do aumento no orçamento, os docentes de todo o Brasil pedem por um reajuste salarial ainda neste ano, que, segundo o presidente Lula, não será acatado. Por isso, no dia 3 de junho, a proposta apresentada pelo Governo Federal foi recusada pela classe, e a greve mantida.

Apesar de não atender ao pedido de reajuste salarial, o acréscimo no orçamento teria "balançado" os grevistas.

"Ainda que esse anúncio feito pelo Governo não contemple todas as questões solicitadas, nós temos visto o Governo se esforçando para atender algumas questões. Mas nós ainda não fizemos uma avaliação após esse anúncio", acrescentou a presidente da Adufms.

Por outro lado, a forma com que o presidente se referiu à greve não agradou a classe. Durante seu pronunciamento, Lula criticou o prolongamento da  paralisação, argumentando: "Não é por 3%, por 2% ou 4% que a gente fica a vida inteira de greve. Vamos ver os outros benefícios, vocês já tem noção do que foi oferecido? Vocês conhecem o que foi oferecido?".  

 As críticas não foram bem recebidas pelos docentes.

"A nossa reunião do comando estava acontecendo de manhã, quando foi feita a fala do Lula. E o comando se mostrou ainda bastante insatisfeito, considerando a forma como foi expressa a questão da greve. Nós entendemos que o governo pode ainda rever as suas posições. Estamos aguardando sexta-feira para ver como será a reunião", concluiu Mariuza Camillo.

Saiba: O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) reivindica aumento de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026. O Governo Federal oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Relembre

No dia 23 de abril deste ano, os docentes de Campo Grande se reuniram na Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ADUFMS) e votaram "sim" pela adesão - a partir do dia 1º de maio - à greve nacional que reivindica a recomposição salarial ao nível da inflação.

Acréscimo no investimento

Tentando atender às reivindicações dos grevistas, o governo lançou um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na manhã desta segunda-feira (10) para as universidades federais e para os hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo de recursos para o custeio das instituições federais, em um total de R$ 400 milhões. Desse total, R$ 279,2 milhões serão para as universidades e outros R$ 120,7 milhões para os institutos federais.

Assim, o orçamento de 2024 dos centros de ensino chega a R$ 6,38 bi. O valor já é superior aos R$ 6,26 bi de 2023.

Além de contemplar as instituições já existentes, o novo programa prevê a construção de dez novos campi pelo país, em São Gabriel da Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Baturité (CE), Sertânia (PE), Estância (SE), Jequié (BA), Cidade Ocidental (GO), Ipatinga (MG), São José do Rio Preto (SP) e Caxias do Sul (RS).

Mesmo com o acrescimento orçamentário, a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitora da Universidade de Brasília (Unb), Márcia Abrahão, cobrou uma solução para a questão salarial dos servidores das universidade.

Com informações de Folha Press

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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