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Setor odontológico de Campo Grande segue na mira do Ministério Público

Abertura de outros dois inquéritos apura desde a falta de computadores em policlínica até o déficit de profissionais

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Através da 32.ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública da Comarca de Campo Grande, o setor odontológico da Capital segue na mira do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, com mais dois inquéritos instaurados que foram instaurados contra o município a fim de apurar: a falta de computadores em policlínica e o déficit de profissionais. 

Ou seja - somados aos quatro outros, abordados recente pelo Correio do Estado -, agora, são pelo menos seis inquéritos civis instaurados que buscam entender e, se preciso, colocar a situação dos serviços odontológicos de Campo Grande "de volta nos trilhos".

Como descrito na edição desta quinta-feira (12) do Diário Oficial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), esses outros dois inquéritos instaurados derivam do mesmo relatório do CRO que data de 27 de junho deste ano. 

Sendo que o documento expedido pelo CRO, entre outras irregularidades apontadas, indica a falta de computadores para registros e acesso à internet na chamada Policlínica Odontológica CAIC, localizada na rua Urubupungá, 25, do Aero Rancho. 

O que foi oficiado à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) após diligências preliminares, segundo o MPMS, que por sua vez esclareceu que, apesar de não serem novos, a unidade possui equipamentos com a devida conectividade. 

Ainda assim, a 32ª Promotoria instaurou o inquérito civil para: "apurar a regularidade do atendimento
prestado na Policlínica Odontológica CAIC, bem como se o local possui estrutura física adequada e equipamentos suficientes para prestação do serviço
". 

"Maior problema"

Além disso, o Diário do MPMS indica também abertura de inquérito para apurar a falta de profissionais para atender as demandas odontológicas da Capital, o "maior" entre todos os problemas, conforme apontado em relatório pelo CRO. 

"Sendo assim, como forma de sanar essa deficiência do sistema de saúde pública no oferecimento de serviços odontológicos, é necessário que haja contratação de mais profissionais cirurgiões-dentistas especializados, sobretudo para atuação na área da Endodontia", ressalta o documento. 

Em resposta ao Correio do Estado, o Executivo Municipal afirma investir em melhorias, tanto estruturais como de equipamentos, para qualificar os serviços odontológicos de Campo Grande. 

Segundo a Prefeitura Municipal de Campo Grande, não há desabastecimento de materiais de consumo "que inviabilize ou comprometa o atendimento odontológico ofertado à população" e que há dentistas aprovados para completar o quadro de profissionais que ainda não foram chamados, porém não esclarece os motivos. 

"Quanto ao processo seletivo para odontólogos especialistas, informamos que foi homologado o resultado final em 08 de agosto de 2024, (DIOGRANDE n. 7.608) e aguardamos convocação dos profissionais", complementa o Executivo em nota retorno. 

Entenda

Fiscalizações feitas pelo Conselho Regional de Odontologia do Estado de Mato Grosso do Sul (CRO-MS), resultaram em um relatório, publicado em 27 de junho, que tem baseado ações do Ministério Público em busca de melhorias para os serviços odontológicos prestados na Capital. 

Através de questionário, ao todo foram fiscalizadas 62 Unidades de Saúde de Campo Grande, buscando saber sobre demanda reprimida; agendamento e tempo médio de espera para consulta, etc.

"Dentre todas as Unidades que responderam ao questionário, nota-se a recorrência de problemas com o defeito ou falta de instrumentos odontológicos, como seladora, compressor e autoclave, sendo assim necessário enviar o material para outro local para selar e esterilizar", expõe trecho do relatório. 

Diante disso, a prefeitura confirma que as seguintes unidades foram revitalizadas de agosto para cá: 

  • USF 26 de Agosto,
  • USF Anhanduí,
  • USF Coophavila,
  • USF Dom Antônio Barbosa,
  • USF Vila Carvalho. 

O Executivo aponta para a entrega de duas salas de Odontologia na UPA Vila Almeida que, segundo a Prefeitura de Campo Grande, recebeu todos os equipamentos novos para início das atividades.

"Informamos ainda que desde o início desta gestão foram revitalizados 3 Centros de Especialidades Odontológicas, além da revitalização da Policlínica Santa Emília, ampliando o acesso da população da região do Distrito Sanitário Lagoa aos atendimentos odontológicos especializados", diz a Prefeitura. 

 

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Farmácia vendia medicamentos proibidos na região central de Campo Grande

Ao todo foram apreendidos 638 caixas de medicamento, alguns considerados extremamente perigosos, podendo levar à dependência química ou até a morte

12/12/2024 13h30

Farmácia vendia medicamentos proibidos pela Anvisa em Campo Grande

Farmácia vendia medicamentos proibidos pela Anvisa em Campo Grande Polícia Civil

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Uma mulher de 33 anos foi presa na última quarta-feira (11), após ser flagrada comercializando remédios proibidos pela Anvisa, em local clandestino na região central de Campo Grande.

De acordo com relatos da Polícia Civil, a investigada mantinha uma farmácia sem autorização e documentação legal para ser aberta. No local ela vendia, sem receita, remédios que exigiam retenção de receitas.

Foram apreendidos 638 caixas de medicamento, muitos deles proibidos pela Anvisa e que podem levar à dependência química ou até a morte se utilizados sem acompanhamento médico.

Toda a carga foi apreendida e a investigação continua para verificar a origem da medicação.

Uso de medicamentos proibidos

A ANVISA, responsável por regulamentar a distribuição de medicamentos no país, realiza estudos rigorosos para garantir que os produtos disponíveis no mercado atendam aos padrões de qualidade e segurança.

Medicamentos proibidos, como alguns emagrecedores, anabolizantes e substâncias psicoativas, podem causar danos irreparáveis ao organismo quando usados fora das indicações médicas ou sem controle adequado. Contudo, muitos indivíduos, em busca de soluções rápidas para problemas como emagrecimento ou desempenho físico, acabam optando por esses produtos sem se preocupar com as consequências.

Entre os riscos mais alarmantes estão os efeitos adversos severos para o sistema cardiovascular, como arritmias, infartos e até mesmo AVCs. Além disso, o uso inadequado de substâncias proibidas pode levar a problemas renais, hepáticos, distúrbios hormonais, dependência química e danos psicológicos, como ansiedade e depressão.

O risco de interações perigosas com outros medicamentos também é uma preocupação constante, uma vez que o consumo inadequado pode alterar o funcionamento do organismo e intensificar os efeitos negativos de outras substâncias.

Outro aspecto relevante é a facilidade com que medicamentos proibidos circulam no mercado paralelo. Redes de venda ilegais, seja na internet ou no mercado informal, promovem a comercialização desses produtos sem qualquer tipo de fiscalização, expondo os consumidores a riscos elevados.

Sem a supervisão de um profissional de saúde, é impossível garantir que o medicamento adquirido seja de fato o produto indicado ou que tenha sido armazenado e transportado adequadamente.

Uso indiscriminado de medicamentos

A automedicação, prática de ingerir medicamentos sem a orientação de um profissional da saúde, é um problema crescente no Brasil. De acordo com estimativas, cerca de 35% dos medicamentos adquiridos nas farmácias no país são comprados por pessoas que se automedicam, muitas vezes sem qualquer diagnóstico médico prévio.

Com o fácil acesso à informação médica na internet, muitas pessoas tentam diagnosticar suas condições e buscar soluções por conta própria. No entanto, essa abordagem pode ser extremamente perigosa, pois pode levar ao uso indevido de medicamentos, com sérias consequências para a saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) alerta para os riscos da automedicação e, para conscientizar a população, lançou uma cartilha com orientações sobre o tema. As complicações decorrentes dessa prática são variadas e podem ser graves.

Entre os principais riscos, está a intoxicação, que ocorre quando as pessoas tomam doses inadequadas de medicamentos, podendo levar desde a ineficácia do tratamento até uma overdose. A interação medicamentosa também é uma preocupação, pois a combinação inadequada de medicamentos pode anular ou potencializar os efeitos de outras substâncias que a pessoa esteja tomando.

Além disso, o uso indiscriminado de remédios pode mascarar o diagnóstico correto da doença, aliviando temporariamente os sintomas, mas não tratando a causa real do problema, o que pode agravar o quadro de saúde. 

Outro risco relevante é o de reações alérgicas inesperadas, que podem ocorrer com o uso de medicamentos sem prescrição. Por fim, algumas substâncias têm potencial para causar dependência, principalmente quando usadas em doses incorretas ou por longos períodos.

O uso descontrolado de medicamentos também pode gerar resistência, especialmente no caso de antibióticos, comprometendo sua eficácia em tratamentos futuros.

A prática de automedicação também leva ao acúmulo de medicamentos em casa, o que pode resultar em problemas como:

  • confusão entre os remédios
  • uso de medicamentos vencidos
  • ineficácia devido ao mau armazenamento
  • ingestão acidental por crianças

Diante desses riscos, a orientação é clara: antes de tomar qualquer medicamento, é fundamental consultar um médico.

Somente um profissional da saúde pode realizar o diagnóstico adequado, considerando as particularidades do organismo de cada paciente e garantindo um tratamento seguro e eficaz. Evite a automedicação: ela pode ser perigosa e colocar sua saúde em risco.

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Motorista de aplicativo é esfaqueado e tem moto roubada em Campo Grande

Equipes do Batalhão de Choque recuperaram o veículo 5 horas após o crime

12/12/2024 13h04

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Um motorista de aplicativo, que não teve a identidade revelada, foi esfaqueado e teve sua motocicleta roubada na tarde da última quarta-feira (11). O crime aconteceu no Bairro Jardim Tarumã, em Campo Grande.

A vítima foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento Coronel Antonino, com lesões nas costas e no pescoço, e já recebeu alta.

Equipes do Batalhão de Choque recuperaram o veículo menos de 5 horas após o crime. Em nota, o Choque informou que ter tomado conhecimento o paradeiro do suspeito através do Centro de Operações da Polícia Militar.

Quem contatou a polícia foi uma mulher, que apontou a presença de cinco homens armados em frente à sua residência, que procuravam pelo marido dela, que estava "escondido" dentro de casa.

Ao chegar no local, o Choque se deparou com outras viaturas da Polícia Militar, e a equipe informou que, no período da tarde, um motorista de aplicativo havia ido realizar uma corrida na residência em questão, e que ao chegar no bairro Tarumã, foi roubado e ameaçado com uma faca pelo passageiro, que era "cliente" do transporte por aplicativo.

Durante a abordagem, o homem desferiu golpes nas costas da vítima. Depois, roubou a motocicleta, uma Honda FAN 160 ano 2024, bem como o celular e o capacete.

Investigações apontavam que o marido da denunciante, que estava escondido na residência, era o autor do crime. Com a chegada das viaturas de reforço, alguém mencionou "o Choque chegou", momento em que o suspeito saiu da residência e subiu no telhado do imóvel.

A equipe capturou o homem, que confessou o crime. Ele revelou ainda que os itens subtraídos estavam em outra residência, localizada no bairro Coophavila II.

"Diante da informação, a guarnição se deslocou até a residência de desse indivíduo e teve a confirmação de que o primeiro homem havia deixado a motocicleta em sua casa e que ele desmontou as peças para instalá-las na moto de seu irmão", explica o Choque, em nota.

Divulgação

Na residência, foram encontradas várias peças da motocicleta roubada, como guidão, amortecedor, carenagem lateral, rabeta traseira, painel, aranha, banco, frente completa, escapamento, filtro, tambor, para-lama traseiro/dianteiro e a roda dianteira com o garfo.

Na motocicleta do irmão do dono da casa, estava instalado o para-lama dianteiro da moto que foi roubada.

"Vale ressaltar que algumas das peças apresentadas pelo indivíduo, como banco, roda, carenagem lateral e asa do tanque, não correspondiam às originais, conforme o ano e foto da motocicleta roubada. Existe a possibilidade de mais peças da moto subtraída estarem na motocicleta do irmão do autor", acrescenta nota do Choque.

Indagado sobre o restante da motocicleta, o homem levou a equipe até a rua outra residência onde foi encontrado o quadro da motocicleta, o motor, o tanque e a roda traseira.

Diante dos fatos, a motocicleta desmontada, juntamente com a outra motocicleta que estava com o para-lama dianteiro da motocicleta roubada (que pode conter ainda demais peças roubadas), foram entregues na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), e o autor conduzido à delegacia de Polícia Civil.

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