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Infraestrutura

Soluções para revolucionar o trânsito vai de passarelas a metrô

Especialista salienta a necessidade de rotas e modais alternativos para atender maior demanda de fluxo de veículos nas principais vias da Capital

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Com poucas áreas de rotas paralelas, atraso nas obras e falta de engenharia e projetos para o controle de fluxo do trânsito, Campo Grande precisa de novas alternativas para atender à demanda do fluxo de veículos nas principais vias do município, avaliam especialistas.

Em entrevista ao Correio do Estado, o engenheiro especialista em gerenciamento de riscos Albertoni Martins manifesta preocupação com a demora da Capital em modernizar as principais rotas de percurso de Campo Grande, além de destacar a falta de acessibilidade, de passarelas e de ciclofaixas nas avenidas de maior circulação de automóveis.

De acordo com o especialista, Campo Grande não conta com áreas de recuo e viadutos para entregar viabilidade ao fluxo intenso na região de encontro entre as avenidas Costa e Silva e Gury Marques, conhecida popularmente como rotatória da Coca-Cola.

“Os urbanistas alegam que os gastos com esse tipo de engenharia são em vão, pois abaixa o valor dos imóveis próximos, atrai moradores de rua, ambulantes e tem um prazo de validade. Mas o que importa é a viabilidade e funcionalidade para o cidadão comum”, disse Martins.

Segundo o especialista em trânsito Carlos Alberto Pereira, a longo prazo, é preciso pensar em novos modais para o município, seja no investimento da malha de veículos leves, seja na construção de passarelas, seja na ampliação de acesso aos canteiros ou na possível utilização de metrô no município.

“É hora de buscar por novas obras de engenharia e arte que corrijam os problemas que observamos hoje, além das falhas deixadas por gestões anteriores na Rua 13 de Maio ou na Rua da Divisão, que se arrasta ano após ano. Parte da população não entende que além de atender às necessidades de fluxo, isso se torna um atrativo e aumenta a rentabilidade da área”, pontuou Pereira.

Entretanto, soluções viárias como o metrô estão longe de serem implementadas na Capital, haja vista que o quilômetro construído do metrô não sai por menos de R$ 100 milhões, podendo chegar a R$ 500 milhões em grandes metrópoles, conforme dados do Congresso Brasileiro de Construção Sustentável.

TRANSTORNO

A comerciante Jociara Lescano trabalha na região da rotatória da Coca-Cola, entre Costa e Silva e Gury Marques, há quatro anos e relata que os três semáforos, instalados em 2022, são considerados como um meio que trouxe ainda mais problemas no fluxo das vias.

“Não consigo ter acesso a rotas alternativas ao redor da região. Parece até que as ruas estão mal colocadas, já que dirigir por Campo Grande é sempre um grande desvio, seja por obras na pista, seja pela falta de segurança ao ultrapassar”, disse.

As obras da região central de Campo Grande afetam o caminho de Jociara até seu local de trabalho. “O ‘quebra-quebra’ da 14 de Julho e da Brilhante me prejudicou, além de formar filas que não possibilitam um desvio. O fluxo no trânsito da região é complicado. Ficou mais difícil a acessibilidade, tive de me programar mais vezes, e sem contar com os acidentes que se tornaram mais constantes”, destacou.

O técnico de enfermagem Rafael Paes relata a necessidade de propostas para a região sul da Capital.
“Estava em estudos para ser instalado um viaduto em anos anteriores, mas acho que desistiram, porque isso ia piorar mais, causando transtornos pela obra, além de atrair ainda mais acidentes se a gente continuar nesse vai e não vai das obras. É algo a se pensar e cobrar, se vale a pena gastar para ter uma obra a longo prazo em relação ao futuro da Capital”.

No panorama geral, o município conta com 85 obras em execução, 26 já passaram das datas limite de conclusão, segundo dados da Subsecretaria de Gestão de Projetos Estratégicos (Sugepe).

ONDA VERDE

A sincronização de semáforos que proporciona acesso à sequência do sinal verde ao longo do trânsito de Campo Grande chegará em novas vias, de acordo com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

Cerca de 20 equipamentos de controle de velocidade da Avenida Eduardo Elias Zahran e da Rua Rui Barbosa serão ajustados para responder comandos programados pela internet nos primeiros meses de 2023.
O serviço já funciona durante o horário de pico das ruas 14 de Julho, 13 de Maio e Rui Barbosa, entre a 26 de Agosto e a Antônio Maria Coelho, e a 13 de Junho entre a Afonso Pena.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o município atualmente conta com 621 cruzamentos semaforizados e 84 radares em funcionamento nas principais vias, além de ferramentas para controle de tráfego.

Para Albertoni, esperar que apenas o investimento em fiscalização resolva os problemas de alto fluxo é uma ilusão. “Precisamos pensar na mobilidade urbana para a interação entre pessoas e meios de transporte. Ao analisarmos os níveis de riscos da velocidade alta nas vias, facilmente entendemos que, ao reduzirmos a velocidade, consequentemente reduzimos a gravidade de acidentes, mas apenas redução não soluciona o aumento do fluxo”, afirmou.

O especialista complementa que é necessário pensar em outras alternativas para o trânsito em Campo Grande. “Seja por meio de um transporte público eficiente, como o veículo leve sobre trilhos [VLT], seja por um projeto de intermodalidade já aplicado no exterior”, salientou.

Albertoni explica que a confiabilidade das vias de circulação do município é baixa, principalmente em relação ao fluxo de veículos. Segundo ele, Campo Grande deve se adequar para garantir acesso eficaz para motoristas, pedestres e bicicletas sobre as vias de maior velocidade.

“A natureza cognitiva, física, social e ambiental da população vem demonstrando a necessidade de planejar mecanismos que não dependam exclusivamente de semáforos e radares para controlar o fluxo e riscos de acidentes, pois precisamos pensar em camadas de proteção para o caso de falha dessas ferramentas”, finalizou o especialista.

 

rio apa

Caminhonete cai de balsa durante travessia a rio e motorista morre afogado

Homem embarcou veículo para atravessar de Caracol ao Paraguai e conseguiu sair do veículo após a queda, mas foi arrastado pela correnteza

21/12/2025 17h00

Caminhonete caiu de balsa durante travessia

Caminhonete caiu de balsa durante travessia Foto: Divulgação / Bombeiros

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Um homem de 42 anos, de nacionalidade paraguaia, morreu afogado durante a travessia de uma caminhonete por meio de balsa, no Rio Apa, em Caracol. O veículo caiu no rio e a vítima foi arrastada pelas águas. O acidente aconteceu na última sexta-feira (19) e o corpo da vítima foi encontrado na manhã deste domingo (21). 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu na última sexta-feira homem estava dentro do veículo e o embarcou na balsa, para fazer a travessia que liga uma base do Exército Brasileiro a um destacamento do outro lado da margem, pertencente à Armada Paraguaia.

O veículo foi embarcado sem estar devidamente travado e, durante a travessia, caiu no rio. 

Já na água, a vítima conseguiu sair da caminhonete, mas não conseguiu retornar até a balsa, pois foi arrastado pela correnteza e desapareceu no rio.

O Corpo de Bombeiros iniciou as buscas no sábado (20). Equipe de mergulhadores de Campo Grande se até o local para ajudar no resgate.

A caminhonete foi localizada, retirada do rio e devolvida aos familiares ainda no sábado. Já o corpo da vítima foi encontrado na manhã deste domingo, a cerca de 1,5 km do ponto onde ocorreu o desaparecimento.

A balsa de travessia manual é utilizada para cruzar o rio Apa.

O Corpo de Bombeiros reforça a importância do cumprimento rigoroso dos procedimentos de segurança em travessias fluviais, a fim de prevenir acidentes dessa natureza.

As circunstâncias do incidente serão investigadas.

 

Economia

Procon de Campo Grande atendeu mais de 2,3 mil consumidores em 2025

Durante o ano, o órgão realizou 822 audiências de conciliação e 486 ações fiscalizatórias através de denúncias no canal 156

21/12/2025 16h30

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital FOTO: Valdenir Rezende/Arquivo Correio do Estado

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Ao longo de 2025, 2.306 consumidores precisaram acionar o Procon Municipal de Campo Grande para receber desde orientações técnicas até formalização de reclamações. 

O balanço divulgado pelo órgão, ligado à Secretaria de Assistência Social (SAS) apontou que, destes atendimentos, 242 casos foram solucionados diretamente pelas notificações, sem a necessidade de abertura de um processo administrativo. Ao todo, foram realizadas 822 audiências de conciliação.

Através do canal 156, foram recebidas denúncias que resultaram em fiscalizações diretas e 486 ações fiscalizatórias. 

Além disso, foram fiscalizados supermercados, postos de gasolina, distribuidoras de combustível, lojas de suplementos, agências bancárias, óticas, pet shops e todos os shoppings da Capital. 

O superintendente do Procon Municipal, José Costa Neto, destacou que a gestão 2025 focou em equilibrar a fiscalização rigorosa e o empoderamento do consumidor. 

“O balanço de 2025 reflete um Procon cada vez mais presente no dia a dia de Campo Grande. Superamos a marca de 2.300 atendimentos priorizando a agilidade; resolver 242 casos apenas com notificações mostra que as empresas estão mais atentas ao peso do órgão. Mas o nosso maior legado este ano foi a prevenção. Quando monitoramos preços por quatro semanas antes da Black Friday ou levamos palestras de educação financeira aos bairros, estamos dando ao consumidor a ferramenta mais poderosa que existe: a informação. Nossa fiscalização, que percorreu desde os postos de combustível até todos os shoppings da capital, garante que as regras sejam cumpridas, mas é a educação do consumidor que transforma o mercado a longo prazo.”

Ações de fiscalização

O Procon intensificou o monitoramento em estabelecimentos de Campo Grande em datas estratégicas, marcadas por grande movimento. 

Na Black Friday, o órgão acompanhou o comportamento dos preços de 29 produtos em grandes lojas do Centro durante quatro semanas. 

Durante o dia das mães, as ações do Procon orientaram 462 consumidores. No Dia dos Pais, o foco foi no setor de serviços, resultando em visitas técnicas em 12 barbearias por toda a cidade. 

Educação Financeira

O setor de Projetos e Pesquisas do Procon levou 6 palestras orientativas por toda a Campo Grande, com temas cruciais como Educação Financeira e Prevenção de Golpes. 

No total, aproximadamente 500 consumidores participaram das palestras, fortalecendo a cultura do consumo consciente e seguro. 

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