Cidades

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Sorria, você está sendo filmad@

Sorria, você está sendo filmad@

ALTEMIR LUIZ DALPIAZ

04/02/2010 - 23h21
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A questão da segurança pública está em evidência nos assuntos emergentes. Junto com outras questões de primeira necessidade da humanidade, como, saúde e educação, a segurança está há muito tempo ocupando o topo das discussões que envolvem o estado e seus cidadãos. Uma das medidas repressoras contra a violência, incluindo o vandalismo, está no uso das câmeras de segurança em ruas e praças. Antes exclusividades de shoppings, estádios, estabelecimentos comerciais, residências e algumas prisões, agora as lentes se espalham pelas cidades. George Orwell em seu livro, “1984”, que foi escrito em 1948, falava do Grande Irmão, o Big Brother. Nessa ficção o autor projetou o futuro em um governo autoritário, onde a principal “arma” do governo era o controle sobre seu povo. Esse controle se dava também com o uso de câmeras. Não vivemos ainda, oficialmente, ou de novo, em um Estado autoritário, mas, sentimos a ausência do poder público em algum momento da história e que por isso, abriu brechas para a proliferação da ação violenta como meio de se viver, a qual deixou conseqüências sentidas hoje. São os roubos, furtos e sequestros com fins de se conseguir dinheiro; a agressão como reflexo dos ódios e o vandalismo como forma de afirmação social, de pertencimento a um grupo. Com a justificativa de estancar situação, o poder público começa a utilizar esses meios, que em um primeiro momento intimidam as ações e que depois, podem servir como material de investigação. Por outro lado, analisando os aspectos e motivos que fazem alguém se armar, drogar-se e depois sair por aí praticando delitos, criamos a expectativa de quais serão suas reações frente aos mecanismos que tentam impedi-los. Provavelmente, como historicamente está provado, os alvos dessa tecnologia criarão mecanismos para esconderem suas identidades, ou mais simplesmente, suas fisionomias, ou ainda, em uma atitude extrema, mais radical, um ataque direto ao “olho eletrônico”. Saber que estamos sendo vigiados nos incomoda. Nós nunca reagimos com indiferença ao fato, basta observarmos a atitude de quem vai ser fotografado: sempre há uma pose premeditada por trás de uma olhadela para a câmera. Portanto, saber que estamos sendo filmados, interfere em nossas expressões e movimentos. Há os que criticam esse posicionamento de espalhar câmeras em locais públicos, usando como argumento a invasão de privacidade. Mas, qual a privacidade que temos ao andarmos pelas calçadas ou transitarmos pelas ruas das cidades? Outro questionamento se refere ao controle exercido por quem filma alguém. Itinerários, horários e companhias podem ser monitorados, terem seus dados cruzados e pensando um pouco mais longe, servirem realmente de controle total sobre as movimentações dos sujeitos. Nesse caso, o que pode incomodar não é o fato em si da possibilidade de ser investigado, e sim, o mau uso que os detentores dessas informações poderão fazer se elas tiverem um destino incerto. Porém, não ter câmeras de segurança em vias públicas, não descarta a possibilidade da vigilância sobre os outros. Basta ver as imagens que o satélite Google Earth disponibiliza na Internet e imaginar as possibilidades do conteúdo a sua disposição, não revelado, ou ainda, o que outros satélites espalhados pelo espaço podem ter de informações. Diante de tantas possibilidades e da necessidade urgente de combate a violência, os meios de combate se juntam ao uso de avançadas tecnologias. Dessa mesma forma, as tecnologias de comunicação colocam todos em exposição pública. São os canais de relacionamentos, os sites de buscas disponibilizados em mídias instantâneas e a nossa instintiva e cultural necessidade de espionar o outro, o voyeurismo, que todos juntos, fazem as informações circularem instantaneamente. São novos tempos. Tempos de sorrir, sacudir os ombros e seguir adiante, sabendo que estamos sendo observados.

Serviço de Trânsito

Com 'guichê 60+' agências do Detran atenderam mais de 300 idosos em MS

Com enfoque em atendimento personalizado, pessoas com idade a partir dos 60 anos têm acesso a taxas diferenciadas

22/10/2024 17h00

Fotos: Rachid Waqued

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Com duas agências para atendimento preferencial a pessoas acima dos 60 anos, mais de 300 idosos foram atendidos pelo Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

Com o intuito de ofertar atendimento humanizado, o modelo de atendimento tem foco na qualidade. Atualmente, são duas agências: uma em Campo Grande e outra em Dourados.

Conforme atualização do Detran-MS, por dia são atendidos em média 27 clientes; apenas nos primeiros dias, resultou em 277 pessoas com atendimento personalizado.

Fotos: Rachid Waqued / Agência Shopping Campo Grande

Capital

Em Campo Grande, o Guichê 60+ funciona na agência do Shopping Campo Grande.

O serviço teve início no dia 7 de outubro; em nove dias, 169 pessoas foram atendidas, com servidores capacitados para oferecer um atendimento empático e único.

No final do processo, o cliente ainda pode avaliar o atendimento dos colaboradores do Detran-MS.

“Na quinta-feira, atendemos um casal, e eles falaram que esse atendimento foi a melhor coisa que o Detran já fez para eles (os idosos). Atendimento rápido, não precisa agendar. E ela disse também que o atendimento da servidora foi extremamente ágil, de uma simpatia e educação, explicando tudo direitinho, com a paciência que eles necessitam”, disse a gerente da Agência do Shopping Campo Grande, Tamie Nadielli.

Dourados

A agência de Dourados foi a primeira a ofertar o serviço personalizado para os idosos e teve um total de 108 atendimentos em sua agência híbrida (entre os dias 3 e 18 de outubro).

“Nessa semana, o Guichê 60+ virou uma sala de aula. Tinham três pessoas para baixar o aplicativo e ter o documento do veículo no celular. A Evelyn atendeu os três juntos. Eles conversaram, fizeram amizade e acharam o máximo. O mais legal é que olhavam para a servidora e falavam: 'Olha o que eu sei fazer!' mostrando para ela como visualizar o documento. Comprovando que tinham aprendido o que ela tinha acabado de ensinar. Isso é gratificante”, compartilhou a gerente Elizangela Ximenes.

Atendimento personalizado

Os Guichês 60+ do Detran-MS representam um serviço inovador na gestão que trabalha tanto com o serviço digital quanto inclusivo.

"O Detran-MS avançou muito em tecnologia, e agora estamos focando também nas melhorias que podem impactar positivamente na vida do cidadão. O Guichê 60+ fortalece a inclusão e a valorização dos idosos na sociedade. Contribui para um envelhecimento mais ativo e saudável, promovendo uma convivência respeitosa entre as gerações”, pontuou o Diretor-Presidente do Detran-MS, Rudel Trindade.

Benefícios

Muito além do atendimento personalizado, pessoas com idade igual ou acima de 60 anos irão usufruir de cobrança de taxas com desconto nos seguintes serviços:

  • Emissão
  • Reemissão ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Segundo a Lei Estadual (n° 4.282, de 14 de dezembro de 2012), que prevê valores das taxas de serviço conforme a emissão da CNH expedida.

“A partir de 60 anos, em que a validade da CNH é de cinco anos, o valor é de 50% da guia; e a partir de 70 anos, em que a validade é de três anos, o valor é de 30% da guia”, explica o Diretor de Habilitação do Detran-MS, Luiz Fernando Ferreira.

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Meio Ambiente

Maior tatu-canastra é capturado no Pantanal de MS

Com a captura, foi possível realizar exames que auxiliarão a entender o processo de reprodução da espécie na natureza

22/10/2024 16h50

Imagem Divulgação

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O Projeto Tatu-Canastra capturou o maior tatu da espécie em 14 anos de trabalho no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Um macho, com 160 cm de comprimento e 36 kg, recebeu o nome de Wolfgang.

O nome faz alusão ao trabalho do presidente do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), Arnaud Desbiez, que, no dia 26 de setembro, recebeu o prêmio The Wolfgang Kiessling International Prize.

A premiação, pelo programa American Humane, veio justamente pela captura e registro do maior tatu-canastra já registrado no Pantanal sul-mato-grossense.

Imagem Divulgação

Avaliação


O animal passou por diversos exames para verificar a condição de saúde, assim como recebeu a instalação de um chip com rádio transmissor VHF.

Também foi feita a coleta de sêmen para estudos sobre a reprodução do tatu-canastra na natureza.

Todo o procedimento foi supervisionado pela médica veterinária e pesquisadora do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) para a coleta do material biológico.

“O principal objetivo do estudo é entender melhor como funcionam a biologia e a fisiologia reprodutiva do tatu-canastra e do tamanduá-bandeira em vida livre”, explica Carolina, que também é mestranda pela UNESP de Botucatu.

A pesquisa é financiada pela Rufford Foundation, do Reino Unido.

Reprodução


A pesquisa está concentrada na análise da qualidade do sêmen e da morfologia espermática, com o objetivo de criar, no futuro, um banco de preservação de diversas espécies

. O estudo proporcionará um maior entendimento sobre a reprodução do tatu-canastra, cujo conhecimento ainda está pouco avançado.

“A validação dessas técnicas para monitoramento da reprodução em vida livre pode contribuir significativamente para a conservação desses dois gigantes da nossa fauna”, acrescenta a médica veterinária.

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