Cidades

CORONAVÍRUS

Sujeito a multas, rebeldes sem máscaras reclamam: "é dinheiro que eles querem"

Multa varia entre R$100 e R$15 mil

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A partir desta terça-feira (1º) quem sair sem máscara pode ser multado em Campo Grande. O uso do equipamento era obrigatório desde 19 de junho, mas estava em período de adaptação e só agora começará a ser fiscalizado. No Centro da Capital, a maioria da população que circula pelo local usa a proteção, mas não é difícil achar pessoas descumprindo o decreto.  

O pedreiro João Carlos, de 64 anos, disse que acha exagerado o uso obrigatório da máscara. “A maioria disso tudo é política”. Ele estava sem o equipamento quando foi abordado pelo Correio do Estado e alegou que para multar quem circula pelas ruas sem máscara, a prefeitura deveria as distribuir o item para toda a população.  

“É dinheiro que eles querem, tem que fornecer máscara e álcool em gel para todo mundo então. Não deram nada para gente e agora querem cobrar multa”, relatou. O idoso foi até o Centro para sacar o salário, que lamentou ter diminuído pela metade. “Eu sei que a doença existe, só saio em caso de necessidade, quando ando de ônibus eu uso. Minha esposa fica brava comigo mas eu não aguento mais”, finalizou o pedreiro.

Outra pessoa que não fazia o uso da máscara pela manhã de hoje era a manicure Zilda Aparecida, de 48 anos. “Eu fui ali levar umas coisas na outra quadra e esqueci de pegar, mas acho importante usar sim”, explicou. Ela disse que se preocupa com a doença, mas que não tinha conhecimento ainda que a partir de hoje poderia levar multa.  “Concordo plenamente com o decreto”.

O ambulante Nelson Gomes, de 51 anos, viu suas vendas aumentarem em 30% depois que saiu o decreto da prefeitura. Ele disse que chegou a presenciar duas pessoas sendo abordadas por estarem sem máscaras por agentes da Guarda Civil. "Uma delas até veio comprar uma comigo depois, mas não quis perguntar se levou multa para não ser indiscreto”, comentou.

Nelson nem sempre foi ambulante, antes da pandemia era motorista de aplicativo. Quando as corridas diminuíram drasticamente, foi para a esquina da 14 de julho com a Avenida Afonso Pena comercializar os equipamentos de biossegurança. “Minha esposa é costureira, então ela faz e eu vendo. Foi nossa salvação”, relatou.  

“Venho para cá de manhã cedo, sempre reparo em quem está sem a máscara e vejo que ainda tem bastante gente sem. Infelizmente o brasileiro precisa sentir no bolso para se conscientizar. Não são todos, mas alguns sim”, finalizou.

Decreto  

Conforme o documento, a multa para infrações a Lei número 148 vai de R$ 100 (para casos leves) até R$ 15 mil (para gravíssimos). De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), Luís Eduardo Costa, a Vigilância Sanitária é responsável pela aplicação ou não das multas. Mas, ele salienta que a população também deve estar atenta ao próximo.

“A fiscalização não é uni presente e a teoria desse decreto é as pessoas policiarem umas às outras. A gente não pode entrar em nenhum local sem uma máscara, que é a barreira primária de proteção ao próximo, nem é a pessoa. É uma mudança comportamental, vamos ter que ter paciência e perseverança para fazer isso valer. E a multa passa a ser mais um passo para que isso seja educado na maioria das pessoas”, declarou o secretário.

Internacional

Menores de 16 anos ficam proibidos de acessar redes sociais na Austrália

A lei, considerada uma das mais rigorosas do mundo, precisa ser rompida dentro de 12 meses. Apesar da aprovação, ainda não está claro como as plataformas irão se adequar à medida

28/11/2024 18h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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Em um mundo cada vez mais digital, onde as informações e jogos onlines estão ao alcance das mãos dos consumidores, o Senado australiano aprovou, na tarde desta quinta-feira (28), uma lei histórica que proíbe o acesso de crianças e adolescentes menores de 16 anos a plataformas como Facebook, Instagram e X. A lei entra em vigor em 12 meses e exige que as plataformas se adaptem, sob pena de multas de até R$ 190 milhões caso não cumpram a medida.

O projeto de lei foi aprovado por 34 votos a 19 pelos representantes da Casa Legislativa australiana.

Com a decisão, plataformas como TikTok, Facebook, Snapchat, Reddit, X e Instagram serão responsáveis por multas de até 50 milhões de dólares australianos (aproximadamente R$ 194 milhões) por falhas sistêmicas para impedir que crianças menores de 16 anos tenham acesso às redes sociais.

O primeiro-ministro de centro-esquerda, Anthony Albanese, escreveu em suas redes sociais que as plataformas digitais geram problemas de ansiedade para os usuários e também são os principais canais para golpistas e outros crimes.

"Quero ver as crianças longe dos seus dispositivos e em campos de futebol, piscinas e quadras de tênis", disse Albanese em entrevista em setembro.

De acordo com as plataformas digitais, a autorização é uma das mais rigorosas do mundo, mas até o momento não deixou claro como fará para aplicar a lei no país em até 12 meses. 

Ainda segundo o portal G1, a Câmara precisa aceitar as emendas da oposição para que o projeto entre em vigor, mas isso não deve ser um obstáculo, pois o governo australiano é favorável com as normas aprovadas.

Nas próximas semanas, WhatsApp e YouTube provavelmente receberão isenções. 

 

No Brasil o debate é acesso das redes sociais nas escolas 

Enquanto isso no Brasil, o debate é sobre o acesso dos aparelhos celulares nas mãos dos adolescentes dentro das salas de aulas. 

No mês passado, o estado de São Paulo proibiu o acesso de celulares nas mãos dos adolescentes dentro das escolas públicas e privadas. 

Conforme informações do portal G1, o texto tem como objetivo restringir o uso de qualquer tipo de aparelho eletrônico com acesso à internet por estudantes durante o período de aulas, incluindo os intervalos. O texto, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede), recebeu aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Alesp em outubro.

Em Mato Grosso do Sul, o projeto de lei segue em análise na Assembleia Legislativa 

De acordo com o documento apresentado pelo deputado Pedro Pedrossian, o uso de dispositivos eletrônicos será permitido nas escolas apenas em situações específicas: quando houver necessidade pedagógica para utilização de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais, e para alunos com deficiência que dependem de auxílios tecnológicos para participar efetivamente das atividades escolares.


Preocupados com o ensino brasileiro e a saúde mental dos adolescentes, o Governo Federal vem debatendo a meses o uso de celulares entre os adolescentes nas escolas do país. 

Ao ser questionado no mês passado, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou ao portal G1 que é necessário impor limites ao uso de aparelhos celulares por crianças e adolescentes nas escolas.

Ao ser questionado se o MEC apresentava alguma proposta, o ministro disse que, no momento, desistiu de apresentar uma proposta própria de alcance nacional para implementar essas restrições e optou por ‘aproveitar’ os projetos de lei que já tramitavam na Casa.

Ainda de acordo com o ministro, o projeto de lei 104/2015, que trata do tema, foi aprovado pelos deputados na Comissão de Educação e agora seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Em seguida, será debatido no plenário e, posteriormente, no Senado.
 

Crise?

Igreja da "Cura Gay" deve fechar 20 unidades em MS e MT

Comunidade Cristã Aliançados, conhecida por cultos high tech e polêmica com 'Cura Gay', enfrenta possível crise

28/11/2024 17h58

Comunidade Cristã Aliançados, em Campo Grande

Comunidade Cristã Aliançados, em Campo Grande Marcelo Victor/Arquivo

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A Comunidade Cristã Aliançados, igreja evangélica neopetencostal que surgiu em Campo Grande e ficou famosa na década passada depois de ofertar um curso de “Cura Gay” para seus fiéis e familiares, está encolhendo de tamanho em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. 

Documento desta quinta-feira (28) assinado pelo líder da comunidade evangélica, o Pastor Denílson Cordeiro da Fonseca, traz o fechamento de nada menos que 20 igrejas da comunidade cristã: 12 no interior do Estado e oito na capital. 

Em assembleia agendada para o próximo dia 9 de dezembro, a Comunidade Cristã Aliançados vai tratar do fechamento das seguintes igrejas:

  • - Terenos (MS)
  • - Corumbá (MS)
  • - Dourados (MS)
  • - Água Clara (MS)
  • - Dourados (MS)
  • - Água Clara (MS)
  • - Anastácio (MS)
  • - Rondonópolis (MT)
  • - Jardim (MS)
  • - Sidrolândia (MS)
  • - Aquidauana (MS)
  • - São Gabriel do Oeste (MS)
  • - Coxim (MS)
  • - Fátima do Sul (MS)
  • - Comunidade Cristã Aliançados Young Church, voltada ao público jovem, e com sede em Campo Grande
  • - Santo Amaro, Campo Grande (MS)
  • - Moreninhas, Campo Grande (MS)
  • - Vida Nova, Campo Grande (MS)
  • - Jardim Imá, Campo Grande (MS)
  • - Los Angeles, Campo Grande (MS)

A matriz e carro-chefe da Igreja, a Aliançados Arena, continua aberta. O local, antiga casa de shows Diamond Hall, construída na década passada para ser a mais moderna casa de shows de Campo Grande, tendo recebido shows como Cabaré, Baile da Favorita (show de funk, com Ludmilla), Lulu Santos, entre outros, converteu-se em templo religioso. 

O local é conhecido pelos cultos high-tech. Pudera, a igreja fez altos investimentos em som e telão de led de alta definição. 

A Aliançados também ficou conhecida no início deste ano pela alavancagem financeira. Teve de devolver um terreno vizinho à Aliançados Arena, de onde pagava na época aluguel de aproximadamente R$ 180 mil, devido à dificuldade em honrar o contrato de compra da área por R$ 13,5 milhões.

A igreja foi à Justiça pedindo a rescisão do contrato de compra e venda, depois de sucessivas cobranças da empresa telefônica Tim, da qual havia comprado a área. Ela queria a devolução dos R$ 4 milhões já pagos além da rescisão contratual sem qualquer ônus. 

Na época da propositura da ação, a igreja ainda devia à empresa telefônica duas parcelas de R$ 1 milhão e um pagamento de R$ 6,5 milhões.

No processo, o pastor Denilson Cordeiro da Fonseca, representante da igreja, alegou que não conseguiu obter financiamento bancário para honrar o contrato porque o imóvel não estava livre e desembaraçado, algo que, segundo consta no processo, que não havia sido informado pela proprietária.

Havia edificações no local, o que dificultou a liberação do crédito.

A Cura Gay

O episódio da cura gay envolvendo a igreja Aliançados ganhou notoriedade em 2019, quando um denunciante procurou o Ministério Público para informar sobre a ação suupostamente enganosa do pastor, acusando-o de “usar discriminação contra LGBT, pregando a ‘cura gay’ mediante pagamento, contrariando preceitos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças, bem como o Código de Ética da Psicologia, que proíbe esses profissionais de induzir convicções de orientação sexual nos pacientes”, conforme a denúncia à época.

A “cura gay” era um curso chamado “Escola de Cura”, que promovia uma internação de três dias e garantia que os participantes alcançariam o objetivo desejado.

O curso era dividido em três módulos e custava R$ 970 por participante. A investigação no Ministério Público de MS acabou sendo arquivada.
 

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