Cidades

CAMPO GRANDE

Santa Casa alega superlotação e recusa novos pacientes

Setor de urgência e emergência, que originalmente deveria acomodar 13 leitos, encontra-se com mais de 80 pacientes internados

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Na figura de seu Diretor Técnico, Dr. William Lemos, a Santa Casa de Campo Grande veio à público nesta segunda-feira (24) indicar os níveis críticos de sua superlotação, informando que não deve admitir mais pacientes. 

Em material midiático e ofício divulgado pela instituição, que evidencia a dita superlotação da unidade, o diretor técnico explica que a situação é "caótica". 

Pelo ofício, a Santa Casa estabelece que: 

"Devido a motivos éticos é necessário a interdição de atendimento de quaisquer outroas naturezas que não emergências e referências exclusivias a partir de agora em função de desabastecimento grave de insumos, principalmente em ortopedia.

Assim, diante deste cenário, NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE NOVAS ADMISSÕES", 

"Estamos diante de pacientes que se acumulam e aglomeram em nossos corredores, não só no do pronto-socorro mas também no saguão da nossa área de imagem. Temos diversos pacientes aguardando atendimento e leitos", cita ele. . 

O Dr. William complementa que a Santa Casa passa por uma situação gravíssima de desabastecimento, sem interrupção até então no fluxo de entrada de novos pacientes. 

"Esse final de semana tivemos diversos politraumas e situações que acabaram culminando nessa lotação impressionante do nosso hospital, de quase 100 paciente no nosso pronto socorro, entre aqueles internados e em observação, tanto na área vermelha como na verde e a pediatria tem sido também um problema sério para nós nos últimos dias", diz. 

Conforme explícito em nota, o setor de urgência e emergência, que originalmente deveria acomodar 13 leitos, encontra-se com mais de 80 pacientes internados, de acordo com os dados atualizados até as 9h de hoje (24).

"E continua a pressão pelo número de pacientes que têm chegado. Não estamos conseguindo dar a vazão necessária para pacientes ortopédicos e clínicos, diante de um volume crescente que pressiona gravemente a assistência no nosso hospital que infelizmente pede socorro", completa o Dr. William Lemos.

Crise 

Como bem afirmado pelo Dr. William, a situação crítica da Santa Casa não é novidade, com a unidade se transformando em megapronto-socorro após a suspensão de cirurgias graças ao rombo de R$158 milhões em 2024. 

Na primeira semana de março, como bem acompanha o Correio do Estado, as alas verde e azul do pronto atendimento já eram as mais lotadas da unidade, com a vermelha também atendendo o dobro da capacidade. 

Diante da situação, a Santa Casa se apega à liberação - que há de vir - de R$25 milhões em emendas parlamentares que devem ajudar a “estancar a sangria” na crise financeira aguda do hospital. 

Informações do balanço financeiro da Santa Casa mostram que, em 2024, o hospital filantrópico recebeu R$ 383,5 milhões de receita entre janeiro e dezembro, o que inclui incentivos federais, estaduais e municipais.

Segundo os dados, os gastos operacionais do hospital chegaram à casa dos R$542,4 milhões, gerando um prejuízo de R$158 milhões anual e de R$13,2 milhões mensal.

 

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aviação/turismo

Gol volta atrás e mantém voos em Bonito

Trechos Bonito-São Paulo e São Paulo-Bonito seguem normais às terças e sábados pela Gol Linhas Aéreas

28/03/2025 09h25

Avião da Gol Linhas Aéreas Brasileiras

Avião da Gol Linhas Aéreas Brasileiras DIVULGAÇÃO

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Gol Linhas Aéreas decidiu manter voos de São Paulo (Congonhas) a Bonito.

Com isso, os trechos Bonito-São Paulo e São Paulo-Bonito seguem normais às terças e sábados.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado em 26 de fevereiro, a companhia aérea havia suspendido os voos de São Paulo a Bonito a partir de agosto de 2025.

No mês passado, a justificativa da suspensão ocorreu devido a "ajustes da malha aérea" e que os clientes que já haviam comprado passagens para data posterior à suspensão, ou seja, para viajar para Bonito a partir de agosto, fossem assistidos nos termos da resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Mas, a linha aérea voltou atrás e os voos seguem normais. 

O trecho Congonhas (CGH)-Bonito (BYO) foi inaugurado pela Gol em 2 de dezembro de 2021, com dois voos semanais: às terças-feiras e sábados. A aeronave é do modelo B737. O trajeto é de 1 hora e 55 minutos.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras também faz a rota Campinas-Bonito e Bonito-Campinas às terças, quintas e aos domingos.

Portanto, o turista pode voar até a Capital do Ecoturismo por duas linhas aéreas (Gol e Azul) e em quatro dias da semana (terça, quinta, sábado e domingo). Latam não faz a rota. Não há voos às segundas, quartas e sextas-feiras.

Passagens aéreas de São Paulo para Bonito, ida e volta, variam de R$ 577,00 a R$ 2.608,00.

Os meios de chegar em Bonito são aéreo ou terrestre. A maioria dos turistas chega em Bonito através do meio terrestre: carro, moto, ônibus, van, entre outros.

De acordo com dados do Observatório do Turismo e Eventos de Bonito (OTEB), 5.477 turistas desembarcaram pelo Aeroporto de Bonito, entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro de 2025, sendo 3.106 em janeiro e 2.371 em fevereiro.

Portanto, estima-se que, do total de turistas que visitaram Bonito e região em fevereiro de 2025, 13,93% desembarcaram pelo aeroporto.

Em fevereiro de 2024, o aeroporto de Bonito recebeu 2.160 passageiros. No mesmo período de 2025, esse número aumentou para 2.371, representando um crescimento de 211 passageiros (9,77%).

Segurança pública

Bioceânica corre o risco de se tornar rota do tráfico

Reforço de segurança também será necessário em função do aumento de imigração que a nova via comercial deve gerar

28/03/2025 08h00

A ponte em Porto Murtinho está com 67% da construção pronta

A ponte em Porto Murtinho está com 67% da construção pronta Álvaro Rezende / Divulgação

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Com a preocupação de que a Rota Bioceânica, estrada que liga o Estado a outros países da América do Sul por meio do modal rodoviário, facilite o caminho para a criminalidade, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Superintendência Regional de Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul devem ampliar o seu efetivo em Porto Murtinho com a instalação de uma unidade operacional e uma delegacia na região, respectivamente.

Ambas as autoridades de segurança já manifestaram receio de que a rota comercial – que vai melhorar o acesso rodoviário de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a Argentina e o Chile – possa ser utilizada pelo tráfico internacional de drogas.

De acordo com a PRF, uma das estratégias para inibir o uso do corredor econômico pela criminalidade é a construção de uma nova unidade operacional em Porto Murtinho, cidade que é ponto de partida da Rota Bioceânica no Brasil.

“Essa unidade reforçará as atividades de fiscalização e as operações de combate ao crime, abrangendo também o controle do trânsito e do transporte de cargas e passageiros, além de todas as demais atribuições já desempenhadas pela PRF”, declarou a corporação, por meio de nota.

Além dessa ampliação estrutural na segurança da região fronteiriça, com a implementação da Rota Bioceânica, uma das principais estratégias da instituição será um plano de integração com os órgãos de segurança do Brasil e dos países conectados pela via.

“Essa cooperação envolverá a troca de informações, a realização de operações conjuntas, a criação de sistemas de comunicação ágeis entre as instituições e a promoção de intercâmbios entre os agentes de segurança, medidas que serão fundamentais para aprimorar os resultados das ações ao longo do trajeto”, concluiu.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, foi realizado um memorando de entendimento com os países que integram a rota e com nações próximas, como o Uruguai. 

O Paraguai já assinou essa documentação e há a previsão de que o Chile e o Uruguai também assinem o acordo. A PRF ainda aguarda a resposta da Argentina para avançar as tratativas.

A Superintendência Regional de PF em MS também tem projetos voltados para a melhoria na fiscalização viária na cidade de Porto Murtinho. Conforme a instituição, está em tramitação a instalação de uma delegacia da PF no município.

Segundo o superintendente da PF em MS, Carlos Henrique Cotta D’Ângelo, essa delegacia deve contar com prédios da PRF, da PF, da Receita Federal do Brasil (RFB), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura e Pecuária, a serem cedidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), além do alinhamento com a aduana paraguaia.

A nova delegacia está sendo projetada dentro do prognóstico de que a Rota Bioceânica deve aumentar a demanda por melhorias na segurança, por conta do fluxo de imigração que a ponte na região de Porto Murtinho vai acarretar.

OBRAS DA ROTA

A obra da ponte sobre o Rio Paraguai, unindo o município de Porto Murtinho à cidade paraguaia de Carmelo Peralta, está com 67,05% de sua construção executada.

A informação foi dada na 9ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Paraguai, convocada pelo Ministério das Relações Exteriores e realizada em fevereiro. Atualmente, o canteiro de obras da ponte conta com mais de 400 trabalhadores que atuam dos lados do rio.

Os viadutos já foram finalizados e os pilares estão sendo implantados. A expectativa é de que a obra fique pronta no primeiro trimestre de 2026.

O governo de Mato Grosso do Sul realiza investimentos nas cidades que farão parte do trajeto, entre elas Porto Murtinho, que recebeu R$ 40,6 milhões em obras nos últimos anos. Com investimento do governo federal, as construções serão realizadas na BR-267, que dará acesso à Ponte Bioceânica.

Para as obras, serão investidos R$ 472,4 milhões por parte da União. O valor vai ser utilizado para a restauração de 101 km da BR-267, que liga o distrito de Alto Caracol a Porto Murtinho, e na construção de um centro aduaneiro de fronteira.

No Brasil, a futura rota percorrerá rodovias dos estados de Santa Catarina, do Paraná, de Mato Grosso do Sul e de São Paulo. Com a Rota Bioceânica, a previsão das autoridades é de que o investimento gere ganhos expressivos na exportação, na importação, na competitividade dos produtos regionais e na promoção de intercâmbio entre o Brasil e a Ásia, além do Mercosul e do Chile.

ANVISA

A Anvisa também está se preparando para a nova rota. 

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, a agência enviou ao Ministério do Planejamento e Orçamento informações sobre os requisitos para o comércio exterior de bens e produtos sujeitos à fiscalização e ao controle sanitário.

Saiba

A Rota Bioceânica está sob a coordenação do Ministério do Planejamento e Orçamento e conta ainda com a participação de outros 11 ministérios.

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