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Suspensão de aulas na rede pública pode ser prorrogada

Sindicatos dizem que não é o momento para retorno alunos e professores

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A suspensão das aulas na rede pública de ensino de Mato Grosso do Sul por conta da Covid-19 deve ser prorrogada até agosto, segundo instituições ligadas aos professores. Isso porque houve um aumento na curva de contágio no Estado nos últimos dias. Quando houve a prorrogação das aulas online até o final de junho, por exemplo, o Estado tinha apenas 479 casos confirmados da doença e um mês depois já são 3.785, um aumento de 790%.

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira, em reunião com a secretária de Educação do Estado, Maria Cecília Amendola da Motta, na manhã desta terça, a posição de ambos os lados era de uma nova prorrogação das aulas remotas. “Ainda depende da política macro para definir alguma coisa, tem que ouvir Ministério da Educação e Conselho Nacional de Educação, mas a secretária nos passou que a tendência é de prorrogar até o início de agosto”, afirmou Teixeira.

A reunião aconteceu entre a diretoria da Fetems e a secretária, que segundo o sindicato, tem ouvido também a categoria sobre a volta ou não às aulas. O último decreto estadual em vigor paralisa as atividades presenciais na Rede Estadual de Ensino até o dia 30 de junho. “Mato Grosso do Sul está em uma tendência de alta dos casos e não há disposição da categoria, nem da secretaria, em voltar agora. Falando pela Fetems, a categoria não quer voltar até porque estaria expondo os profissionais e as crianças à rua, com salas de aulas lotadas, para que eles possam levar a doença para os pais e avós que estão em casa”, completou o presidente.

Ainda segundo Teixeira, a secretaria prometeu continuar ouvindo a categoria. “A Maria Cecília nos disse que nada seria feito de forma unilateral, e sempre atendendo às recomendações médicas”.

No caso do Sindicato Campo-grandense de Profissionais da Educação Pública (ACP), o presidente Lucílio Nobre afirmou que também participou dessa conversa com a Secretaria de Estado de Educação (SED) e que a entidade também é a favor de uma nova prorrogação.

“Agora que está crescendo o número de casos aqui no Estado, o contágio aumenta a cada dia então é agora que temos que permanecer em casa, não tem condições de retomar as aulas. Com todo esse aumento dificilmente consigamos voltar em julho”, declarou Nobre.

O sindicalista lembrou que em alguns países onde houve a volta às aulas presenciais, como a França, foi necessário um novo fechamento porque os casos tiveram um novo crescimento. “Acaba não contribuindo com o controle da pandemia uma abertura agora. O que mais queremos ouvir é que tem segurança para voltar, mas não é o que está acontecendo agora”, salientou.

A secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta limitou-se a dizer que “ainda não está decidido” e que uma posição deveria ser tomada na próxima semana.

Sobre a Rede Municipal de Ensino (Reme) da Capital, que também tem decreto em vigor até o dia 30 deste mês, Lucílio Nobre falou que a categoria ainda não conversou com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para saber a posição do município. “Geralmente eles seguem o que a rede estadual orienta, mas também não acredito em uma volta.

Em conversa com o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), ele garantiu que esse assunto ainda não tem uma definição, mas disse também que “não haverá retorno sem segurança”.

Dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na terça-feira mostram que Mato Grosso do Sul tem 3.785 casos confirmados do novo coronavírus, sendo que 234 episódios confirmados nas últimas 24 horas. Ao todo 36 pessoas já morreram no Estado vítima da doença, a maioria em Campo Grande (8). A cidade com o maior número de casos é Dourados, com 1.292 positivos, seguida da Capital com 784.

PARTICULARES

Apesar de a rede pública caminhar para uma nova prorrogação da suspensão das aulas presenciais, as escolas particulares devem retomar suas atividades no dia 1º de julho. Uma reunião no dia 24 deste mês no Ministério Público de Mato Grosso do Sul deve sacramentar a decisão. Porém, apenas as turmas do ensino infantil, dos 6 meses aos 7 anos, devem retornar.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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