Cidades

estragos

Temporal provoca destelhamento, queda de árvores e falta de energia no Estado

Caracol decretou situação de emergência após mais de 500 casas serem danificadas; na Capital, 27 bairros ficaram parcialmente sem luz

Continue lendo...

As chuvas intensas, que começaram no domingo e se intensificaram ontem, deixaram um rastro de estragos em diversas cidades de Mato Grosso do Sul.

A 387 km de Campo Grande, o município de Caracol decretou situação de emergência em razão da queda de mil árvores, alagamentos em diversos pontos e danos em mais de 500 residências. 

Ao Correio do Estado, o prefeito de Caracol, Carlos Humberto Pagliosa (PSDB), afirmou que a tempestade foi tão forte que a impressão era de que um tornado tinha atingido a cidade. 

“Ficamos com mais de 500 casas danificadas, houve interrupção no fornecimento de energia elétrica, caiu o sinal de internet e mais de mil árvores foram derrubadas pelas chuvas. Com diversos prédios públicos e privados avariados, a cidade estava um cenário de guerra”, disse Pagliosa. 

Ainda segundo o prefeito de Caracol, foi mobilizada uma verdadeira força-tarefa para que os reparos fossem feitos nas residências. “Nós optamos por fazer um socorro imediato, em vez de retirar os moradores e alojar eles nos ginásios ou nas escolas, locais que os deixariam muito mal acomodados”, salientou. 

Conforme Pagliosa, os reparos na cidade contam com o auxílio do Corpo de Bombeiros Militar de Bela Vista. O próximo passo é avançar com os reparos para o entorno da cidade.

“Nossas equipes estão desde cedo desobstruindo as vias do município e vamos começar com os trabalhos de reparação nas estradas vicinais, que estão com muitos trechos destruídos”, reiterou o prefeito. 

Em Dourados, além da queda de árvores, as fortes chuvas destelharam a Escola Municipal Dom Aquino Corrêa, no distrito Panambi. Equipes da Defesa Civil do município foram acionadas para conter os danos do temporal. Conforme o meteorologista Natálio Abrahão, choveu 14,4 mm na cidade. 

Na região sul do Estado, Ponta Porã registrou acumulado de 17,2 mm de chuva. Mais de 30 famílias receberam ajuda da Defesa Civil da cidade. A Secretaria de Assistência Social distribuiu alimentos, roupas e cobertores. 

CAPITAL

Em Campo Grande, foram registrados ventos de 71,2 km/h, resultando na queda de árvores, rompimento de cabos de energia elétrica e desabastecimento parcial de energia em pelo menos 27 bairros. 

Houve relatos de quedas de árvores e destelhamentos em diversos bairros, como Los Angeles e Jardim Centenário. Conforme a Central Única das Favelas (Cufa), muitas famílias das comunidades Lagoa, Portal

Caiobá e Santa Emília perderam seus barracos durante o temporal. Conforme o meteorologista Natálio Abrahão, choveu pelo menos 48 mm na Capital. Na região norte de Campo Grande, no Bairro Carandá Bosque, o acumulado de ontem foi de 50,1 mm. Pelo menos 1,6 mil raios atingiram a cidade durante o intenso temporal. 

DESABASTECIMENTO

De acordo com a Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no Estado, a forte chuva em Mato Grosso do Sul veio acompanhada de granizo, ventos que ultrapassaram 90 km/h e mais de 713.888 descargas atmosféricas nos últimos dois dias. 

Ainda conforme a concessionária, o plano de contingência foi acionado e a empresa triplicou o número de equipes em campo para atender às ocorrências de falta de energia na Capital e no interior do Estado.

Até o fim da tarde de ontem, a concessionária informou que a quantidade de clientes com o abastecimento de energia normalizado após o impacto do temporal era de 70%. Em Campo Grande, até o início da noite de ontem, nenhum bairro estava totalmente sem energia. 

PREVISÃO

Hoje, o feriado da Proclamação da República deve ser de tempo firme em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o alerta de temporais em MS terminou nesta madrugada. 

O clima permanece úmido e com as temperaturas baixas, em razão da grande cobertura de nuvens. Contudo, a partir de hoje, o sistema de baixa pressão deve se locomover no sentido norte, rumo a Mato Grosso e Goiás, deixando o tempo firme em boa parte do Estado. 

“Na terça-feira, o sistema de baixa pressão já se afasta rapidamente e não há mais previsão de chuvas. Com exceção das cidades ao norte de MS, que podem ter alguns chuviscos”, afirmou Cléber Souza, meteorologista do Inmet.

Ao longo da semana, com a trégua nas chuvas, o calor volta e pode ultrapassar os 30ºC em MS. “A tendência nos próximos dias é de volta das altas temperaturas. Com o afastamento do sistema de baixa pressão, algumas cidades podem registrar mais de 30ºC ao longo da semana”, explicou o meteorologista. 

O feriado deve ter mínima de 19ºC e máxima de 28ºC em Campo Grande. Para amanhã, está previsto céu com poucas nuvens e temperaturas entre 16ºC e 30ºC. 

Na região pantaneira, hoje, Corumbá terá mínima de 19ºC e a máxima poderá chegar aos 36ºC. A quarta-feira na Cidade Branca será marcada por grande amplitude térmica, com as temperaturas oscilando entre 17ºC e 37ºC. 

Na região da faixa de fronteira com o Paraguai, os termômetros em Ponta Porã podem chegar hoje aos 30ºC, com mínima de 14ºC. Para amanhã, estão previstas temperaturas entre 16ºC e 31ºC, com a predominância de céu com poucas nuvens. 

Em Três Lagoas, a mínima para este feriado prevista pelo Inmet é de 19ºC, e a máxima, de 33ºC. A quarta-feira terá temperaturas entre 17ºC e 34ºC. (Colaborou Bianka Macário)

Rede Limpa

Nova etapa de operação retira 24 mil metros de fios irregulares no Centro

Foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular e força-tarefa também deve ser expandida para bairros

07/12/2025 17h00

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande Foto: Divulgação / PMCG

Continue Lendo...

Em nova do Projeto Rede Limpa, cerca de 24 mil metros de cabos irregulares foram retirados de postes na região central de Campo Grande, neste domingo (7). Na primeira etapa da operação, realizada no dia 27 de novembro, foram retirados 15 mil metros de fios irregulares

Conforme a prefeitura, o foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular, sendo o quadrilátero central, formado pelas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena e pelas ruas Calógeras e 13 de Maio.

A área foi escolhida após mapeamento técnico da concessionária de energia elétrica, a Energisa, que apontou que o local apresentou maior quantidade de instalações irregulares.

O ponto de partida da ação foi o cruzamento das ruas Treze de Maio e Barão do Rio Branco, às 7h. Os serviços se estenderam ao longo de todo o dia, com intervenções em 79 postes, sendo 28 na rua Treze de Maio, 35 na Calógeras e 16 na Afonso Pena.

A força-tarefa ainda terá outras etapas e deverá ser expandido para outros bairros de Campo Grande, embora ainda não haja cronograma definido.

Conforme a prefeitura, as ações ocorrerão de forma planejada, priorizando as áreas com maior concentração de irregularidades e risco à população.

Para o presidente do Conselho Regional do Centro, João Matos, a iniciativa atende a uma demanda histórica de comerciantes e moradores.

“O excesso de fios sempre foi uma preocupação no centro, tanto pela segurança quanto pelo impacto visual. Essa ação é muito bem-vinda e traz resultados concretos para quem vive e trabalha aqui”, afirmou.

A prefeita Adriane Lopes afirmou que o objetivo da retirada da fiação irregular não é apenas uma questão estética.

"O Rede Limpa é, sobretudo, uma ação de segurança e organização urbana. Estamos cuidando da cidade, prevenindo riscos e garantindo mais tranquilidade para quem circula pelo centro”, afirmou.

Adriana Ortiz, representante da Agência Estadual de Regulação (Agems), disse que a ação também tem caráter regulatório e de fiscalização.

“Essa operação é resultado de um trabalho técnico e integrado, que busca garantir que as normas sejam cumpridas e que os serviços prestados à população ocorram com segurança e qualidade”, declarou.

Já o gerente da Energisa, Moacir Costa, explicou que todas as operadoras foram previamente comunicadas com antecedência sobre a realização da ação deste domingo.

“As empresas credenciadas junto à Energisa foram notificadas antes da primeira etapa e novamente comunicadas nesta semana. O objetivo é corrigir irregularidades e organizar a ocupação dos postes de forma adequada e segura”, pontuou.

Primeira etapa

Na primeira etapa do projeto, foram vistoriados 43 postes, com a retirada de cerca de 15 mil metros de fios irregulares, um resultado considerado positivo.

A ação dessa fase teve início no quadrilátero formado pelas avenidas Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras. Também foram incluídas ruas internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.

Foram atendidos 21 postes na Rua 13 de Maio e 22 na Avenida Calógeras. Em média, foram removidos cabos de 12 pontos por poste. As equipes iniciaram os trabalhos às 22h, horário escolhido para minimizar impactos no trânsito e na circulação de pedestres.

Após a limpeza dos postes, haverá rondas preventivas pelas forças de segurança para evitar novas ligações clandestinas.

A operação contou com a participação da Agência Estadual de Regulação (Agems) e da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Articulação Regional (Sear), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semades), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

boletim

Mortes por aids caem 4% no período de um ano em MS

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que há 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids no Estado

07/12/2025 14h30

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes Foto: Breno Esaki / Agência Saúde-DF

Continue Lendo...

O número de mortes por aids teve queda de 4,1% em Mato Grosso do Sul no comparativo entre 2023 e 2024. Boletim epidemiológico 2025, com ano-base 2024, foi divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde e aponta que em 2023 foram 172 óbitos pela doença no Estado, passando para 165 em 2024.

Ainda conforme a Pasta, o resultado acompanha a tendência nacional. O País reduziu 13% os óbitos por aids no período, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor número em três décadas.

Considerando o número de casos, foram registrados 788 em Mato Grosso do Sul no ano passado. O Estado contabiliza ainda 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que o resultado reflete os avanços em prevenção e diagnóstico, com terapias de ponta que atualmente são capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível e que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou Padilha.

Os casos de aids no Brasil também apresentaram redução no período, com queda de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil no último ano, conforme o boletim epidemiológico.

No componente materno-infantil, o País registrou queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%.

Em todo o Brasil, há 68,4 mil pessoas que vivem com o vírus HIV ou aids, mantendo a tendência de estabilidade observada nos últimos anos.

O País manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O país também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Isso significa que o país interrompeu a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Os resultados estão em linha com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção, diagnóstico e tratamento

O Brasil adota a estratégia de Prevenção Combinada, que reúne diferentes métodos para reduzir o risco de infecção pelo HIV.

Antes centrada principalmente na distribuição de preservativos, a política incorporou ferramentas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus.

Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, resultado que fortaleceu a testagem, aumentou a detecção de casos e contribuiu para a redução de novas infecções. Atualmente, 140 mil pessoas utilizam a PrEP diariamente.

Para dialogar com o público jovem, que vem reduzindo o uso de preservativos, o Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo.

No diagnóstico, houve expansão na oferta de exames com a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais do que no ano anterior, além da distribuição de 780 mil autotestes, que facilitam a detecção precoce e o início oportuno do tratamento.

O SUS mantém oferta gratuita de terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV.

Mais de 225 mil utilizam o comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, combinação de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos a longo prazo.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).